hu
ANO
VIII - N2 20
JORNAL. DO CENTRO DE VlDA INDEPENDENTE DO RIO DE JANEIRO
CVI
O Centro «it- Vida
Indepcndenteé um projeto
desenvolvido a partir
«Io movimento de
reinclusãosoeialdaa
pessoas portadoras
dl- defíciêneia que
não aceitam ficar à
margem
da
sociedade e nem h
mercê de instituições
ou especialistas <(u«
decidam tudo por
elas. A fundação do
CVI-RJ
é
1
realização de mu
sonho que completa
Kl anos «K- lulas,
conquistas
e
perseverança .Na |
foto: equipe do
( \ iK.l,iia primeirasede,
localizada naTíjuca( 1989),
DEZ ANOS DE HISTORIA
UMA TRAJETÓRIA DE LUTAS,
CONQUISTAS E PERSEVERANÇA
Editorial
Patrimônio de
conquistas sociais
Pág. 2
Assessoria Jurídica
Código de
trânsito: fomos
jogados às feras?
Pág. 4
Parceria
Terra Encantada
Acessibilidade garante
lazer aos portadores
de deficiência
Pág. 07
JAN/FEV 98
Maior parque temático da América do
Sul priorizou o mercado de trabalho para
as pessoas portadoras de deficiência e a
acessibilidade em todos os seus
brinquedos e dependências. Além de
oferecer ônibus e estacionamento
exclusivo.
Págs. 3 e 4
Ripper:
Elo fundamental
da parceria
CVI/PUC
Pág. 5
Fórum
A nova visão do
empresário social
Pág. 11
EDITORIAL
JAN/FEV
Patrimônio de conquistas
sociais
Estamos iniciando o ano de comemorações
pelos 10 anos de fundação do Centro de Vida
Independente do Rio de Janeiro (CVI-RJ), a
completarem-se no dia 14 de dezembro.
Neste número dojornal, iniciando seu novo
ciclo bimensal, apresentamos a programação
provisória para as comemorações, marcando,
desde modo, um acontecimento tão
significativo. Preferimos distribuí-las ao longo
do ano, em vez de organizar um grande evento
numa data única, para transmitira imagem
de uma presença constante do CVI-RJ na vida
comunitária do Rio de Janeiro, assinalando
sua inserção em aspectos e segmentos
diversificados da cidade. Desejamos mostrar a
abrangência de nossas ações, revelando uma
estrutura que cresce em complexidade e alcance
social, dentro de uma perspectiva original e
renovadora que nos distingue das propostas
dos demais serviços já existentes.
Ao abordar o CVI dentro deste contexto,
estoufocalizando seu lado mais estrutural. No
entanto, o que mais desejo enfatizar, neste
momento, é a forma como esta estrutura se
organiza, alimentada e alicerçada por uma
força vital que é a essência mesma de sua
formação e existência. Quando menciono esta
força vital, na realidade quero referir-me à força
integradora de uma equipe que está coesa, não
sópelaparticipação e envolvimento num trabalho
estimulante e o pioneiro, como, muito mais ,
CARTAS
~~Z~< ^
Lesão Medular
"Gostaria que vocês do CVI me esclarecessem o seguinte
problema: No dia 23 de Janeirode 1994, sofremos um acidente
de carro, onde minha filha de apenas 1 mês e 23 dias ficou
paraplégica, lesão medular ti e t2. Hoje, ela usa cadeira de
rodas, já freqüenta a escola, e sofre com um calor quase que
ASSINE
Pelo desejo que sustenta cada uma das ações
realizadas.
Esta é uma realidade que remonta ao início
dos anos 70, quando foi formado o Clube dos
Amigos da ABBR (CLAM-ABBR), fundado
por um grupo de pessoas, naquela época em
processo de reabilitação, e que veio a constituirse na principal e mais constante liderança do
movimento social das PPDs (Pessoas
Portadoras de D eficiência) no Rio deJaneiro,
com influência significativa para o movimento
a nível nacional. O CIAM-ABBR resultou na
ADEFERJ (Associação de Deficientes Físicos
do Estado do Rio de Janeiro) que por toda a
década de 80 conquistou um papel destacado
dentro do movimento de lutas das PPDs. Efoi
deste núcleo básico de pessoas que nasceu o
CVRJ, fortalecido por uma rede de relações
formadas e sedimentadas ao longo desta história,
e que atualmente imprime características
estruturais inclusive para as pessoas que se
integraram à equipe neste percurso.
Esta ligaçãoforte que nos une, vem criando
e sustentando vínculos importantes,
assinalando a força do desejo e o sentido de
construção, que sempre conferimos a nossos
investimentos. Nestes 10 anos de atividades,
além das conquistas sociais realizadas, este é
o nosso patrimônio maior, orientando e
projetando o alcance de nossas ações.
• LILIA PINTO MARTINS - Presidente
insuportável, principalmente nos dias quentes. É sempre
assim, é sóatemperatura se elevar queadela se eleva também.
Inclusive, esse calor que parece febre já foi confundido com
infecção. Os médicos não me explicam o por quê deste calor
no corpo.
Queria saber se esse calor tem alguma relação com a lesão
medular que ela tem. Se possível, gostaria que vocês
publicassem uma matéria no jornal SuperAção, falando das
mudanças que ocorrem com pessoas após uma lesão medular.
(Andréa-Campo Grande)
centro de vida
independente do
rio de janeiro
Rua Marquês de São Vicente 225
-Estacionamento da PUC
(ao lado do Planetário da Gávea)
CEP: 22451-041 Rio - RJ - Brasil
Tel: (021) 512-1088
Fax 239-6547
DIRETORIA
Lilía Pinto Martins
izabel L. Maior
Marlene Morgado
Presidente
Diretora-tesoureira
Diretora-secretária
Administração
Geraldo Nogueira - Diretor-Executívo
SuperAção
Uma publicação do CVI- Centro de Vida
Independente do Rio de Janeiro, produzido
pelo Setor de Informação
Conselho Editorial
Ritamaria Aguiar * Lilia Pinto Martins
Geraldo Nogueira * Rogério Luiz F. Soares
Redação
Chrístina Magnavita
Miro Lopes (MTb/Reg. 18.643)
Diagramação e Arte Final
César Penna
Toda matéria do SuperAção pode ser
reproduzida, total ou parcialmente, desde que
seja citada a fonte. Estabelecemos permuta
com publicações similares.
■ Andréa, a terapêuta Sheila Salgado esclarece suas
dúvidas na página 11.
Legislação
"Ficaria muito grato pela informação de como adquirir o
livro Pessoa Portadora de Deficiência - Legislação, citado na
coluna: Dicas para uma boa leitura.
(Ricardo Rodrígues,arquiteto-FortalezaCE)
■ Prezado Ricardo, a colunista Ritamaria Aguiar já
encaminhou um exemplar do livro pelo correio. Boa leitura!
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JAN/FEV
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Diversão e bale, como a vida quer,,,
'Dispõe sobre a obrigatoriedade das casas de diversão públicas destinarem poltron
exclusivamente assento eà locomoção de deficientes físicos paraplégicos."
(Lei n2 1285 - de 11 de Julho de 1988.)
por Christina Magnavita
Diversão faz parte de uma vida
saudável. E todo cidadão tem
esse direito. Mas nem sempre
essa Lei é cumprida. Muitos
estabelecimentos de cultura e
lazer, ou melhor, a maioria deles
no país, não dispõem de
acessibilidade para portadores
de deficiência. Sejam eles
deficientes físicos ou sensoriais.
Quantos restaurantes têm
cardápios em braile? Quantos
cinemas têm poltronas especiais
para deficientes? E boates e
bares? Sempre apertados, sem
rampas ou banheiros adaptados.
Vocês
devem
estar
se
perguntando - E a fiscalização?
Bom, não conheço nenhum tipo,
e você? A vergonha é completai
Este quadro precisa
mudar. É necessário que a cultura
do nosso país seja transformada,
quando se fala em deficiência.
Afinal de contas, cerca de 10%
da população mundial é portadora
de algum tipo de deficiência. E
como tudo na vida, a educação
começa em casa. Muitos ainda
não têm a mínima noção de como
é importante não ocupar a vaga
de um deficiente em um shopping,
por exemplo. E na maior cara de
pau cometem esta infração sem
a menor preocupação social, e,
em contrapartida, não sofrem
nenhum tipo de interceptação por
parte dos que deveriam fiscalizar.
É um descaso repugnante. Até
mesmo no novo código de
trânsito, não foi estabelecida
nenhum tipo de penalidade para
este tipo de infração.
Por essas e outras, o
portador de deficiência sofre para
ir a um cinema, um teatro, ou a um
bar. Precisando de ajuda de
terceiros para subir escadas ou
para passar por portas apertadas,
que até uma pessoa mais
"gordinha" tem dificuldade. Na
verdade esta cultura terceiro
mundista, onde as pessoas só se
preocupam com o próprio nariz,
está enraizada no nosso país.
Mas, a esperança é a última que
morre.
Prova
disso é a iniciativa
do
primeiro
parque temático
do Rio de Janeiro.
Seguindo
o
exemplo
dos
grandes parques
de diversão dos
EUA e Europa, o
Terra Encantada
adaptou
seus
ônibus,
banheiros,
telefones,
acessos
a
brinquedos
e
treinou
seus
operadores para
recepcionar os
portadores de
deficiência. O
projeto não está
completamente
finalizado, mas já
preparado para
receber qualquer pessoa
portadora de deficiência. E o
CVI foi conferir.
Um dia no Parque
Parando o carro no
estacionamento já dá uma certa
impressão de não estar no Brasil.
O estacionamento é distante,
porém não há nenhum tipo de
dificuldade. Uma plataforma com
rampa, dá o acesso ao portador
de deficiência ao ônibus que
leva
os
visitantes
do
estacionamento até o parque.
Na entrada, existe uma porta
lateral com passagem fácil e direta
para o deficiente. Todos os
banheiros são adaptados e
existem rampas de acesso por
todo o parque, além de cadeiras
de rodas manuais e com motores
para alugar.
Márcio Garibi, deficiente
físico, visitou o parque e conferiu
todas as instalações. Segundo
ele, os brinquedos ainda não estão
perfeitamente adaptados, mas a
iniciativa do parque e a
preocupação com uma igualdade
para todos de aproveitarem este
lazer já é uma grande coisa. "Em
termos de terceiro mundo, você
ter a opotunidade de estar se
divertindo em um parque, para um
deficiente físico já é uma coisa
por si só excepcional.
Faz
esquecer
as
discriminações do diaa-dia.", disse ele.
Márcio
experimentou todos os
brinquedos, e deu dicas
para o gerente de
operações, Emerson
Pinto, para que a Terra
Encantada seja um
exemplo para outros
estabelecimentos de
lazer. O Livro Guia para
Deficientes do parque já
está sendo finalizado.
Para
isso,
o
empreendimento conta
F/Rodolpho Machado(Divulgação)
com a consultoria da ITPS International Theme Park
Services, que tem um vasta
experiência no setor de parques
temáticos em todo o mundo.
Segundo Emerson, a intenção do
parque é tentar ao máximo
favorecer o deficiente. "O Márcio
foi de grande serventia, agora
temos dicas importantes *%^
F/ Daniel Laender
Garibi aprovou ônibus adaptado
ASSESSORIA
JAN/FEV 98
F/ Dmmel Lmaider
ASSESSORIA JURíDICA
Alexandre Gaschi
Código de Trânsito: fomos jogados às feras?
• •^ para atender melhor os
deficientes. Hoje, nossa gama de
atrações já tem como receber o
deficiente. Temos operadores
treinados para isso. Mas nosso
projeto vai além. Estamos fazendo
um grande estudo e vamos em breve
adaptar, de fato, estas atrações para
trazer maior segurança e conforto."
concluiu.
O parque já recebeu um
número significativo de pessoas
portadoras de algum tipo de
deficiência. E como diz a gerente de
marketing do Terra Encantada, Ivone
Malta, todos saem sorrindo e alegres
dos brinquedos. "Este tipo de reação
dá mais força para que nós acertemos
em tudo. O Terra Encantada é para
todo mundo", disse.
E se você, agora, quer visitar o
parque e tem dúvidas, é fácil. O Terra
Encantada tira suas dúvidas por
telefone é só ligar. Tel: 421 -9466/9467.
/•/ Daniel Laender
Terra Encantada contrata deficientes
Além de toda a estrutura de
adaptação que o parque está
montando, o Terra Encantada abre
vagas de empregos para portadores
de deficiência. A partir do mês de
fevereiro, dez pessoas portadoras
de deficiência serão funcionários
do parque. Trabalharão como
operadores e também na área
administrativa. Segundo Alaine
Mattos, gerente de Recursos
Humanos, o parque pretende,
futuramente, abrir mais vagas para
deficientes, "Será uma experiência.
Nossos novos funcionários são
deficientes físicos, ainda não
podemos contratar deficientes
visuais,poisnãotemosequipamentos
preparados para isso, mais estamos
trabalhando para que eles também
façam parte do nosso staff", disse.
Se você desejar mandar seu
cunículopamoparqueésóendereçáiopara o Depf de Recursos Humanos
doparquetemático Terra Encantada.
Desrespeito e descaso, marca
registrada do Brasil. É impressionamte
como o cidadão brasileiro sobrevive à
tanta impunidade.
Otão badalado Código Nacional de
Trânsito, o mais novo símbolo do verão,
por exemplo, exige que os pedestres
atravessem pela faixa de segurança.
Ora, de que maneira uma pessoa
portadora
de
deficiência,
especialmente os usuários de cadeira
de rodas ou com dificuldade de
locomoção - muletas, andadores,
carrinho de bebês, pessoas obesas,
etc. - chegarão à calçada oposta onde
não há uma rampa ou qualquer outro
tipo de acesso. É claro e evidente que
procurarão um lugaronde exista, pelo
menos, um rebaixamento do meio fio
ou coisas do tipo. Senão, só a famosa
mãozinha dá jeito.
Outro ponto importante, é a
ocupação indevida das vagas
reservadas às pessoas portadoras de
deficiência, principalmente, as
localizadas nas ruas. Estão sempre
ocupadas e quando o policial é alertado
a resposta é imediata, "Infelizmente,
não posso fazer nada!". O legislador
deveria terprevisto, além de uma multa
muito mais pesada, bem como uma
perda de pontos severa, uma
preparação mais adequada de nossa
digníssima polícia.
Fomosjogados às feras. De maneira
nenhuma estamos fazendo apologia à
desorganização do trânsito, muito pelo
contrário, a educação de motoristas e
pedestres é de vital importância para
umtrânsitosaudável. Entretanto, com
umacidadetotalmentedespreparada,
sem sinalização, cheia de buracos,
sem acesso adequado e
com um poder público desses,
ficaremos, enquanto contribuintes,
falidos. Daqui pordiante, trabalharemos
para pagar multas, muitas vezes sem
saberda infração cometida.
As regras de trânsito nasceram para
auxiliar o exercício da cidadania, no
sentido de não existirem abusos e falta
de respeito das duas partes. Por estas
razões, a pessoa que se sentir
injustiçada, ameaçada ou coisas do
gênero têm o direito à ampla defesa
junto ao Detran. Além disso, tanto
instituições quanto pessoas portadoras
de deficiência devem pressionar o
Congresso no que tange aposição deste
segmento no Código Nacional de
Trânsito.
Na coluna de Ricardo Boechat, do
GLOBO , publicada em 02.02.98, ele
alerta ironicamente o mencionado
desrespeito, quando diz" Quem ocupar
irregularmante vagas reservadas para
portadores de deficiência nos
estacionamentos, não devem temer o
novo Código Nacional deTrânsito. Não
foram fixadas multas específicas para
esse delito. A Lei do Gerson continua
em vigor, certo? Apesardo Código não
contar taxativamente, ou seja por
escrito, com este tipo de infração,
atravésdos meiosde integração à norma
jurídica, analogia e costumes, que
nossos fiscais de trânsito deveriam
conhecer, sabe-se que é um tipo de
infração
igual
as
demais,
estacionamento em local proibido,
exclusivo para portadoresde deficiência,
e deve, com o mesmo rigor e forma,
sen punida. Seráqueosespertinhos,
com o aval do governo, continuarão
levando vantagem em tudo?
mroiiivwir
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JAN/FEV
PARCERIA
98
José Luiz Mendes Ripper
- o elo fundamental de uma parceria que deu certo José LuizMendes Ripper, professorde
Desenho Industrial do Departamento de
Artes e Coordenador do Laboratório de
Treinamento e Desenvolvimento de
Protótipos (LOTDP), da Pontifícia
Universidade Católica (PUC) do Rio de
janeiro, é um incansável entusiasta das
pesquisas de projetos voltados ao meio
ambiente e, muito especialmente, do
desenvolvimento de protótipos de
equipamentose adaptaçõespara pessoas
portadoras de deficiência física.
O desenvolvimento de projetos dessa
ordem e para esse tipo usuário enseja
uma pedagogia específica. Exige
conhecimento apurado nas áreas de
fisiobgfia e fisioterapia, cujas informações
recorrem á participação especializada do
CentrodeVidalndependente(CVI), dadaa
filosofia de orientação sobre a pessoa,
cuidados singulares e serviços
especializados, que a entidade presta,
priorizando caso a caso, conforme a
condição de cada portador de deficiência.
"Se nós não tivéssemos o CVI,
precisaríamos de uma assessoria muito
similar. Nós não somos auto-suficientes
para trabalhar nessa área automotora. É
vital uma assessoria especializada, como
dos própriosdefidentesquevêmaoCVI em
busca de orientação e ajuda" explica o
professor
Ripper.
O Departamento de Artes inclui no
currículo do Desenho Social, na área de
graduação do Desenho Industrial, estudos
sobretecndogiaematériaprima acessíveis,
enactepós-graduaçãoalhhadepesquisa,
que insere objeto, meio ambiente e
sociedade. Tanto na esfera da iniciação
científica, quanto do aperfeiçoamento, os
alunos têm buscado junto aos portadores
de deficiência física, a fonte de suas
pesquisas, inspiração de projetos e,
conseqüentemente, odesenvolvímentode
equipamentos e adaptações corporais (
para deslocamento físico)emanuais (para
escrita, digitação, escovação, etc),
indispensáveisà suaformação acadêmica
definitiva.
Aliados por afinidades mútuas, ofuturo
bacharelado, em busca de uma formação
maisamplaecompleta, e os portadores de
defidênda (hemiplégicos, paraplégicos e
tetraplégicos), na expectativa de novos
equipamento e adaptações - que lhes
possibiitem maior mobilidade e acesso a
novosespaços.emelxrquaídadeeconlrDle
desuavida, semaintercessãode terceiros,
exercendo assim a plenitude de sua
ddadania - acabaram por estabelecer um
fófumcteestudospemianentBmenteabefto,
atravésdoconvênioCVI/
LOTDP.
O professor José
Ripperteve seu primeiro
contato com o CVI,
através de Rosângela
Bermam Beiler.então
presidente da entidade
recém-fundada, quando
participavam de um
congresso congênere
no Ceará,
onde
apresentou um dos seus
projetos - o desizador
anfíbio - uma espécie de
trenó, especialmente
projetado para deslizar
na areia e flutuarno mar,
possibilitando ao usuário
portador de defidênda
automotora a conquista
de novos espaços e o
exerddodeatívidadesde
lazer
até
então
impossíveis.
Identificados pela
mesma filosofia de trabalho, as portas da
PUCseabriramparaoCVI, estabelecendo
voluntariamente uma parceria - e firmando
Troca de
experiências
Instalado ao lado do CVI, junto ao
estacionamento,
numa
área
aproximadamente de 400 metros
quadrados, o Laboratório Oficina de
Treinamento e Desenvolvimento de
Protótipos abriga a Oficina de Vida
Independente, sob a coordenação de a
desenhista industrial e sua ex-aluna na
PUC, Renata Matos, com a qual troca
informações e experiências sobre os
portadores de deficiência. Desse diálogo
vêm surgindo soluções constantes na
adaptação de equipamento e criação de
acessórios ou interfaces, produzidos pela
Oficina.
0 professor Ripper, no memento, vem
, juntamente com a CVI, desenvolvendo
objetos em bambu - matéria prima bastante
acessível, de baixo custo efácil mango na
confecção das peças , sem falar na sua
resistência, tanto quanto dos metais
utilizados para a fabricação de peças
convencionais e, até estruturas (ireliças)
e suportes de grande porte. Ao seu lado, a
professora Ana Branco faz pesquisas em
"living desing" e desenvolve uma horta
para ser tratada e utilizada por ponadom
de deficiência.
Ripper. Na opiniãodeíe, "avantagem
de estar na PUC, é que o CVI pode
também oontar com assessorias nas
diversas áreasem que presta serviços".
Em contrapartida, afirma Ripper "o
desenvolvimento do nosso
conhedmerto, consequentemente, é
maior com a proximidade do CVI.
Aumenta o acervo do nosso
conhecimento na área do deficiente'.
"Quanto mais conhecemos a
pessoa portadora de defidênda, o
produtofica mais personalzadoe mais
eleinterfereafevordo usuário" conftma
Ripper, enfatizando a importância da
pesquisa Destaca ainda a atuação
positiva dos diversos setores do CVI,
especialmente da Oficina de Vida
Independente que também realiza
pesquisas, desenvolve projetos e
confecciona protótipos, deparceriacom
o laboratório da universidade, ecredita
aotrefcahodoCVIeLOTDPosméritos
dessa parceria se manter em alta.
imediatamente um convênio - que ao longo
desses quase dez anos de atuação conjunta,
conta com a colaboração irrestrita do professor
Para o bem dos portadores de
deficiência física.
Agora no Brasil a
ALMOFADA AMERICANA
Especialmente tndic8d<» para
prevenção e erradicação de
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98
Acelerando.,.
VIAJAR é PRECISO...
José Egidio Vizzoni Polido*
Nos meus 07 anos de chumbado,
eu fiz várias viagens em que tive enfrentar
algumas situações adversas, mas que
foram contornadas pela presença de
familiares, já que, até então, eu nunca
havia viajado sem a companhia deles. E
nem me imaginava realizando esta proeza.
Na primavera de 1995, eu fui
convidadoa ira Natal (RN), porocasiãode
umeventoquefoi realizado naquela capital,
e, naquele momento, eu não dispunha de
nenhum acompanhante. O que fazer? Ir
ou não ir? Decidi, para surpresa minha e
de minha família, que viajaria. E posso
afirmar que foi uma experiência única e
deliciosa, pois, durante uma semana,
convivi com outros chumbados e pude
observar e aprender alguns macetes e
dicas que auxiliam e evitam que a aventura
se transforme em um pesadelo. Eis, ao
meu ver, algumas dicas básicas:
- Checar pneus, rolamentos,
assento e encosto da cadeira para que
ela, literalmente, não te deixe"na estrada".
- Levar
uma
almofada
sobressalente quese possa molhar, pois
você poderá se molhar por necessidade ei
ou por descuido.(risos). Umjontexque se
solte ou fure sem que você perceba.
- Observar no local onde você se
fixará (hotel, pousada, etc.) se a largura
das portas do quarto e banheiro são
compatíveis com a cadeira - normalmente
a do banheiro não é - e adotar uma
estratégia de movimentaçâoquete permita
saber de imediato, em quais situações
necessitará de apoio/ajuda.
-"Descolar" ou manter de plantão
no seu banheiro uma dessas cadeiras
para o banho.
- Levar na bagagem somente o
necessário, caso contrário a volta poderá
ser impraticável pelo volume de
"lembrancinhas".
- Carregue sempre consigo
material que te permita fazer um
cateterismo de alívio ou uma troca de
jontex.
- Nunca abuse das "comidas
típicas"regionais para evitar futuros
transtornos gastrointestinais (mais risos).
- Não se acanhe em solicitar ajuda
numa situação inusitada ou inesperada.
Lembre-se de que você viajou para se
divertir, e a ajuda na hora certa é
determinante na continuidade do prazer.
-Uma boadosedehumor também
se faz necessário em qualquer viagem,
pois não é raro aparecerem pessoas das
mais diversas te interpelando com frases
do tipo: "Você não acredita em Deus?
Você não tem fé? Porque, se você acreditar
e ter fé, logo, logo você vai levantar daí!"
- A última dica é só para quem
viajarsozinho.Paquereesedeixepaquerar!
A estada se torna muito mais estimulante
quando se encontra alguém para trocas
recíprocas de carinho. E como diz um
velho amigo Iguaçuano: "Beijar na boca é
ótimo! E não faz filhos...
Bom, depois dessa viagem á
Natal, eu já fiz várias outras igualmente
maravilhosas. No carnaval de ... no
Carnaval....Ah! Que pena! Não vou poder
relataressa viagem, porque, só agora, me
toquei que o Carnaval 98 já está chegando.
E eu, já estou de malas prontas para ir à
Iriri, praia pequenina de águas tranqüilas,
no litoral capixaba, onde, com certeza,
encontrarei uma bela nativa para "trocar
beijos"e saborearcomigo uma "excelente
moqueca de peixe na panela de barro".
Por que você não faz o mesmo? Arrume
suas malas! E tenha uma ótima viagem.
Para quem gosta
de velocidade, a dica é o
kart. O primeiro esporte
do nosso grande campeão
Ayrton Senna não é
privilégio das pessoas sem
nenhum
tipo
de
deficiência. O kart
adaptado
já
vem
crescendo no país, como
emtodoomundo. Jatemos
até corredores brasileiros
arrebentando nas pistas
dos EUA. Patrocinador e
profissional do esporte
Willian Pitt é o exemplo de
que nada é impossível.
Quando sofreu um
acidente
e
ficou
paraplégico achou que
jamais voltaria às pistas.
Errou feio! Agora não sai
delas.
E agora é tempo de velocidade no Rio de
Janeiro.Em Abril, o primeiro Campeonato
Mundial de kart adaptado será realizado na
cidade maravilhosa, no Kartódromo do Sport
Station, em Jacarepaguá. Surpresa? Com
certeza, a modalidade está em ascensão. E
para isso, o kart adaptado contou com a
iniciativa de uma pessoa portadora de
deficiência que gostando muito do esporte,
procurou adaptá-lo para se divertir com os
amigos. A partir daí, foi só esperar algum
tempo para que esta proposta engrenasse.
Dito e feito!
Em julho de 96, foi feita uma apresentação
no Rio de Janeiro, na pista de kart do Via
Parque, com grande sucesso e a modalidade
entrou para o calendário oficial dos jogos
paradesportivos do Brasil. Bingo! Em
Novembro de 1996 foi realizado o primeiro
Campeonato Brasileiro de kart adaptado. E
apesar do esporte adaptado, na época, ser
novo no país, o campeonato contou com
muitos atletas, cobertura total da imprensa e
a presença de um excelente público.
*Tetraplégico
m
PPDs preparam para a largada no Campeonato Brasileiro
Interclubes Paradesportivos
Por essas e outras, o ano de 1997 deu
continuidade ao crescimento do esporte. Q
Brasil levou uma comissão para um congresso
de paradesportismo na Inglaterra, onde foram
apresentadas fitas de vídeo detalhando o seu
desenvolvimento no país. Bingo, novamente!
Sucesso absoluto. Ó Brasil ficou com o Io
lugar no congresso, que julgava novas
modalidades paradesportivas, ganhando o
direito de realizar o Mundial no Rio de Janeiro.
O Mundial terá 90 vagas, 70 para
estrangeiros e 20 para brasileiros, com 2
modalidades, o Adaptado, para pessoas
portadoras de paraplegia e o não adaptado,
para outros tipos de deficiência que não
necessitem de adaptação. Para participar a
exigência é já ter algum contato com
automóvel. Segundo Marcelo Santos, hoje.
Coordenador de Kart da Abradecar, haverá
uma seleção para os participantes, e mesmo
os que não forem escalados, não ficarão de
fora da festa. Paralelo ao campeonato
acontecerá um torneio extra em off. Vale
conferir! Mais informações pelo telefone:
(024)969-5420/493-4499.
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JAN/FEV
98
IO ANOS
CVI uma organização construída com
muita determinação
Rosângela Bermann Beiler, uma das fundadoras do CVI no Brasil, fala sobre o movimento de
vida independente, as lutas, metas, ações e conquistas das
pessoas portadoras de deficiência
SuperAção-Comoequando começou omovimentode vida
independente das pessoas portadoras de deficiência?
conjunto.
Passados três meses, com o projeto semiconcluído, era a hora de convidaroutros membros para
formarem a equipe de trabalho. Assim foi a criação da
Entidade privada, sem fins lucrativos-CVIRJ, fundada a
14 de dezembro de 1988.
Rosângela Bermann Beiler - Wo início da década de 70
surgiu nos EUA, um movimento de re-inciusào social
cuja bandeira foi levantada pelas próprias pessoas
portadoras de deficiência mais severas (a maioria,
veteranos que voltavam mutilados da guerra, heróis
nacionais) que não aceitaram ficar à margem da
sociedade ou a mercê de instituições, de especialistas,
ou de familiares que por e/es tudo decidiam.
Acompanhando uma tendência internacional de luta
por direitos civis e humanos em toda a área social, essa
filosofia se espalhou dentro das entidades de luta dos
portadores de deficiência já existente em diversospaíses,
e cresceu movimento de vida independente, a nível
mundial.
SuperiAção-Oquefoiprecisoequaisasmaioresdificuldades
encontradas para implantaroprimeiroCVI no Brasil e adaptar
a filosofia dos CVIs e serviços prestados pelas entidades às
necessidades das pessoas portadoras de deficiência?
Rosângela - Mossa experiência foi adaptada a partir do
modelo norte-americano de Vida Independente. Nos
EUA,aocontráriodoqueocorrenoBrasil, asminoriasem
geral são hoje uma prioridade social, já que os
problemas de infra-estrutura básica estão sanados ou
pelo menos sob controle. A legislação específica da área
(como a ADA e outras leis voltadas aos portadores de
deficiência) é cumprida e serve de recurso fundamental
para a garantia dos direitos do grupo.
Super Ação- Como você define os CVIs?
Rosângela- Os CV7s são cenírospresíadores de seív/co.
Nospaíses industrializados são geralmentemantidospor
verbas públicas e privadas. Não possuem fins lucrativos
e atuam complementarmente às Instituições e ao
movimento politico-reivindicatório dos portadores de
deficiência, oferecendo um atendimento direto ao
indivíduo, fornecendo meios para que seus clientes
atinjam o maior grau de independência e autonomia,
dentmdaspossibilidadesfísicas, intelectuais, econômicas
eambientais década um. Estetrabalhoégeralmentefeito
por pessoas portadoras de deficiência e técnicos
capacitados.
""V iver com autonomia é a
liberdade / autoridade da pessoa
portadora de deficiência, fazer
escolhas e tomar decisões"
O conceito de "Independent Living" (um "viver com
autonomia") significaa líberdade/autoridadeda pessoa
comdefíciência de fazerescolhas e tomardecisõessobre
os te/nas inerentes à suas próprias vidas, até então
decidida pelas instituições ou pela família.
Dentro dessa premissa o movimento de vida
independente se une á luta dosportadoresdedefíciênda,
pelaequiparaçào deoportunidadeseodiieitoàcidadania,
através de programas de capacitação, de auto-ajuda e/ou
ajuda mútua, e de serviços que gerem o fortalecimento
pessoal esocial do indivíduo.
SuperAção -Qual foi o seu envolvimento inicial com o
movimento e como surgiu a idéia de implantá-lo no Brasil?
Rosângela -WoBras//, um projeto como o Centro deVida
Independente do Rio de Janeiro era sonho antigo entre
aqueles que fundaram-no há 10 anos. A mesma equipe
deportadoresdedefídênciaetécnicosquedeuorigemao
CVIRJJá vinha trabalhando junta desde 1978 para a
emancipaçãosodaldosegmento, sqaatravésdaatuação
político-reívindícatóría, seja através do trabalho
terapêutico com o deficiente e sua família.
Como oferecer serviços que promovam a
"As conquista do movimento
muitas vezes se perdem na falta de
mecanismos de implantação
e fiscalização e no
desrespeito às instituições"
Rosângela Bermann Beiler
qualidade de vida e a conscientização as pessoas com
deficiência e da sociedade em geral, com objetividade e
profissionalismo, a partir da experiência adquirida em
anos detrabaihovoiuntáriofoi sempre a questão central
dessegrupo.
A resposta veio sendo amadurecida na medida
em que, por um lado, o desejo de realizar o trabalho
crescia em cada um, e poroutro, cresciam as dificuldades
operacionais: a pouca disponibilidade de tempo para o
trabalhoapenasvoluntário,a necessidadedevalorização
profissional na área, a falta de recursos financeiros...
Em agosto de 1988, fomos convidados pela
ABCA - Associação Brasileira dos Companheiros das
Américas, a visitar os EUA. A viagem tinha como
objetivo o intercâmbio de informações no Movimento
dos Portadores de Deficiência. Entre as várias
entidades visitadas, o que mais despertou a minha
atenção foram os'Independent Living Centers", que
aqui no Brasil passamos a chamar de Centros de Vida
Independente. Atravésdosvários contatos realizadose
da vasta literatura recolhida durante a viagem, retomei
ao Brasil estimulada a iniciar um centro semelhante no
Rio, comoprojeto-piloto, adaptado à nossa realidade de
país em desenvolvimento. Se o projeto desse certo,
passaríamos a divulgá-lo e expandi-lo a nível nacional.
Ao chegar, me reuni com Sheila Salgado e Lilia
Pinto Martins, ambas ativistas experientes e minhas
parceiras de muitos anos de luta, para passar as
infórmaçõesedesenvoíver idéias. Coincidentementeas
duastinham propostasdeúabalhoqueseafínavamcom
as minhas e começamos a elaborar o projeto em
Embora estejamos progredindo rápido emváriasáreas,
no Brasil são escassos os serviços adequados para o
atendimento do segmento, principalmente no Norte e
NordestedoPaís. As conquistas do Movimento polrticoreivindicatório muitas vezes se perdem na falta de
mecanismos de implantação e fiscalização e no
desrespeito às instituições. Com as dificuldades de
infraesturuta e o baixo poder aquisitivo das famílias, os
milharesdeindivíduosquesetomam defícientesa cada
dia, necessitam retornará atividade produtiva e buscar
sua independência física e financeira.
Dentro dessa realidade, consideramos importante
investir a capacitação e a colocação profissional. Mas
paraqueoindMduoesteja física, emocional esocialmente
preparado para otrabalho, etapasanteriorestemqueser
vencidas. Nossosserviçosincluem acessoà informação
eaosrecursosdsponrveisnacomunidade, equipamentos
eadaptaçõesparavidaindependente,gruposdesuporte
ao defícienteea família, acessibilidade, cursos, assessor»
jurídica, entre outros.
SuperAção - Como o CVIRJ se instalou na PUC? Como se
estabeleceu esse convênio e qual sua importância para a
entidade e para as pessoas portadoras de deficiência?
Rosângela -Há certa de 15 anos, o Curso de Desenho
Industrial do Departamento de Artes da PUC-Rio,
liderado pelo Professor José Luiz Mendes Ripper, vem
atuando junto asetorespouco assistidosda sociedade.
Muitos dos projetos desenvolvidos (especificamente
aquelesvottadosparaadeficiênciajnodeconerdeváríos
anos foram desenvolvidos em parceria comaequipedo
CVI. Em 1990, Ripper nos
(continua na página 10) m 9^
1 O ANOS
1 O ANOS
DEZ ANOS LUTANDO POR UMA VIDA INDEPENDENTE
Obras na
atual sede
do CVI-RJ,
cujo início
se deu em
dezembro
de 1992.
Equipe CVI de
1996.
V Coordenadora de Acessibilidade da
CVI-RJ e Coordenadora Científica do
Seminário.
Solenidade, na Câmara Municipal do RJ, de
concessão de Medalha Pedro Ernesto ao CVI, por
prestação de relevantes serviços à comunidade
IO ANOS
JAN/FEV 98
(Conclusão da página 07)
••# convidou para ocupar um espaço
na PUC e, na mesma época, criou o
Laboratório Oficina de Treinamento e
Desenvolvimento deProtáíipos-LO.T.D.P.
O laboratório teria o objetivo de promover
um espaço para integrardiversos núcleos
depesquisaedesenvoMmentode projetos
alternativos, voltados para o bem estar
social, com aplicação direta na
comunidade. O prédio está localizado no
centrodoestacionamentorotativodaPUC
(onde posteriormente o CVI viria a
construir sua sede) e congrega alguns
projetos sociais, entre eles, o CVI, com a
Oficina de Adaptações e Ajudas Técnicas
para Pessoas com Necessidades Especiais.
crescendocomovemacontecendoa "olhos
vistos". Contamos com parcerias
fundamentais,comoadoLO.T.D.PJPUC,
do Rotary, ICCO, Vitae, Cedae e tantos
outros, inclusive indivíduos. Cada qual
teve uma importância enorme em cada
área específica. Hoje, com o brilhante
trabalho de continuidade da nova gestão,
oCVIé uma entidade estáveleprestigiada
a níveis nacional e intemacional.
Super Ação - Qual a sua visão sobre os
SuperAção - Conte-nos fatos, que
centros de vida independente estrangeiros e
de que maneira eles podem colaborar para contribuíram para ratificar as atividades e
que as entidades nacionais possam ampliar objetivosdoCVI, ocorridosdurante sua gestão
a frente da entidade do RJ?
suas atividades?
Rosângela - Creio que o intercâmbio de
idéias e experiências sempre ajuda a
estabelecer novos conceitos, gerar
conscientização e fortalecer um
movimento. Apesarde ada comunidade
ter sua própria realid; de, o contato com
uma rede nacional e internacional de
pessoas e entidades atuando na mesma
área pode acelerar o processo de
transformação social, inclusive como
mecanismo de pressão política. Em cada
parte do mundo as entidades possuem
caracíeristicasprópriasmasodiscursoem
tomo do movimento, por igualdade de
oportunidades é o mesmo. Somando ao
trabalho local, esta pressão mundial,
exercida inclusive pelas entidades
representativasaníveliníemacional, através
deinstrumentoscomoaONUeseusvários
órgãos, toma-se maisfácil atingir nossos
objetivos.
"Construímos, equipamos
e estruturamos nossa
entidade para que
pudesse seguir
crescendo
a olhos vistos"
Rosângela -ApesardeestarafrentedoCVI
desde sua fundação em 1988 até fins de
1996, durantetodoesseperiodo,todasas SuperAção - Quais as expectativas que as
decisões importantes quanto aos rumos pessoas portadoras de deficiência podem
da entidade foram tomadas em conjunto alimentar sobre os CVI no futuro?
com a equipe técnica, que é nossa maior
riqueza. O CVIRJpossui uma equipe rara Rosângela - Cada CVI possui sua própria
de se constituir: altamente gabaritada, individualidade e realidade. Para nós, lá é
comprometida, competente, coesa e com difícilantecíparofuturodonossoCVIRJ...
formação e experiência profundas no Estamos crescendo muito a cada dia e
movimentodelutadaspessoasportadoras abrindo novos espaços, novas frentes. O
de deficiência. Com uma equipe como futuro do CVI deve ser definido e
pela demanda de sua
esta e muito trabalho, o sucesso é uma determinado
clientela e apenas porisso. Oquetemosa
conseqüência natural.
Durantenossagestão, conseguimos os almejar de mais ambicioso, éJustamente
convênios do CVI que estão até hoje em podermos atender a essa demanda,
vigor; conseguimos apoio institucional e crescendo de acordo com as suas
visibilidade, captamosasprimeiras verbas necessidades. Nesse sentido, aequipedo
de projetos e parcerias, construímos e CVI deve estar sempre aberta e atenta a
equipamos nossa sede e estruturamos a ouvirseupúblico-alvoeadaptar-seàssuas
entidade para que pudesse seguir expectativas.
SuperAção - Conte-nos qual é o fato que
vocêconsideramais reievantedasua gestão
como presidente do CVI. Por quê?
Rosângela - Não conseguiria destacar
apenas um fato relevante, já que todo o
processo foi igualmente intenso e
importante, a cada nova fase da entidade.
PensoqueminhamaiorcontribuiçàotaJves
tenha sido manter a equipe unida e
estimulada a dedicar tanta energia a um
projeto que começou sem qualquer
recurso, apenas
com a vontade e a paixão das pessoas.
Hoje estamos aí, com a mesma equipe (já
bem ampliada), a mesma garra epaixão. E
é isso que faz toda a diferença.
SuperAção - Na sua opinião como está o
movimento de vida independente no Brasil,
com parado ao dos paísesdesenvolvidos?
Rosângela-Novamente, minha experiência
se limita ao CVIRJ. Este não deixa nada a
desejaraos CVIs do primeiro mundo. Ao
contrário, hoje já temos muito trocar e
mesmoa ensinar. Em relação aos demais
CVIs nacionais, fico surpresa a cada nova
entidade criada. O movimento está
crescendo muito e rápido mas ainda há
muito a ser feito. Afinal, o processo de
desenvolvimento um CVI não termina
com a criação de uma entidade. O desafio
é grande e o projeto, ambicioso. São
necessárias muita
determinação,
estratégia e dedicação. Torço para que
os CVIs criados até agora continuem
crescendo e se fortalecendo. Estaremos
sempredisponiveisparadartodoosuporte
a nós solicitado.
Um Ano de Comemorações
O CVIRJ está em tempo de festa
e prepara uma agenda para
celebrar os seus 10 anos de
existência. É uma programação que
envolve todos os setores e que
interessa a todos os portadores de
deficiência, como participantes, e
ao público em geral porque serão
eventos artísticos, culturais e
esportivos abertos. Na verdade, o
CVI convida todos os leitores do
SuperAção, agora bimensal, para
participarem, enviando suas
sugestões. Essa agenda de eventos
comemorativos dos 10 anos do
CVI, tão logo cada programa estiver
confirmado, será devidamente
divulgadana mídia, hanossahomepage (http:w\vw/ibase/
~CVIRJ.com.br.), pelo nosso jornal,
e por outros meios de comunicação.
Um dos projetos do qual o leitor
poderá de imediato, participar
encaminhando idéias, listagem ou
mesmo material é o da "Exibição de
Vídeos". É necessário que os vídeos
abordem o valor da pessoa portadora
de deficiência. Os temas para o Ciclo
de Palestras que pretendemos realizar
no correr do ano, é outro projeto que
espera contar com as sugestões de
todos. Além das sugerir temas, a
indicação de palestrantes será muito
benvinda.
Também está previsto um grande
encontro de confraternização com exparticipantes do Curso de Lesão
Medular -Social assim como o
Momento de Esporte e Lazer (MEL),
que acontecerá em No va Iguaçu.
Uma iniciativaj á foi encaminhada: a
criação de um logotipo comemorativo
dos 10 Anos. Em parceria com a
PUC, o CVIRJ estará promovendo
um concurso para a escolha do logo
vencedor.
Outros eventos festivos, artísticos,
esportivo e culturais, surgirão da
soma de idéias que, certamente, o
CVIIU receberá.
Para a data oficial de aniversário,
dia 14 de dezembro, o CVIRJ está
preparando um evento significativo.
Até lá a ordem é manter
permanentemente o climade festa.
I
GERAL
JAN/FEV 98
Sheila Salgado responde...
A carta da Andréa nos deu uma boa
idéia de escrever sobre um assunto que é
uma informação valiosa neste verão
exagerado que estamos vivendo este ano.
O que tem acontecidocomaJuliana, o
excesso de calor, até confundido com um
quadro de infecçâo, pois parece uma febre,
é uma situação muito simplesque acontece
com quase todas as pessoas que têm uma
lesáo medular na região cervical ou na
região toráxica alta, porque temos um
mecanismo de regulação da temperatura
corporal para garantir o funcionamento de
todos os órgãos. Esta regulação se dá
através da nossa pele, que expelindo suor
perde temperatura no calor ou contraindo
os porors retêm o calor no caso do invemo.
Este mecanismo acontece devido a um
controle situado na reião toráxica da medula
e quando temos uma lesão alta, ele fica
desconectado e o corpo fica a mercê da
temperatura do ambiente, ou seja, a pessoa
portadora de lesão medular, cervical ou
toráxica alta não tem condição de regular
mais a temperatura corporal através dos
mecanismos internos. Por isso, são
Importantíssimos os cuidados para manter
a temperatura corporal através de
mecanismos extemos, principalmente nos
meses onde o meio ambiente fica mais
hostil - muito quente (como o verão que
estamos vivendo), ou muito frio(que não é
muito o nosso caso aqui no Rio, como em
alguns lugares do Sul, no inverno).
A melhor forma para não deixar a
temperatura corporal subir, que é muito,
muito prejudicial à saúde, sendo muitas
vezes confundida com febre, e em certos
casos, desencadeando até mesmo uma
parada respiratória, em situação muito
extrema, é esfriar o corpo com banho frio,
água gelada, ou gelo, principalmente na
nuca, axilas, braços, pernas e cabeça,
mantendo a temperatura corporal de fora
para dentro, não se tem problema, a pessoa
podecurtira vida. Ira praia, praticar esportes,
tomar sol, brincar, tomando além dos
cuidados conhecidose necessários a todos,
um mais! Esfriaro corpo, vai aqui uma dica,
principalmente para aqueles que vivem em
uma cidade quente susceptível a
engarrafamentos, sob um sol escaldante se você tem uma lesão medular alta
(toráco-cervical) não saia em dias quentes
sem ter água gelada, um burrifador( como
aqueles de molhar plantas ou de
cabeleireiros) e um pequeno isopor com
gelo no carro, eaí nenhum problema maior
no trânsito pode se tornar um risco de vida
para você. Secuide, não tenha medo é só
se protegerpara sua temperaturase manter
por volta de 36° C. Porque depois ela sobe
e você vai precisar de um tempo muito
maior para voltara respirar normalmente e
se sentir menos mal, ás vezes necessitará
de muitas horas e este estado te trará uma
exaustão muito grande. O melhore prevenir
antes que o desequilíbrio aconteça. Se
você não consegue suarem grande parte
do corpo sua temperatura sobe e a parte do
corpo capaz de suar tenta compensar
desesperadamente, suando em demasia,
tentando manter a temperatura corporal a
, mais ou menos, 36° C. Isto não é um
problema, uma doença, é apenas uma
característica normal quando não se tem
rnais a regulação térmica interna do corpo.
É só mantê-la extemamente e saborear a
vida calorosamente, no verão ou no invemo,
porque todas as estações tem sua graça,
sua cor e seu sabor.
Aproveitamos a oportunidade para
divulgarnosso80curso-Compreendendoa
Lesão Medular, que iniciará na última quartafeira de março, às 19h, na nossa sede. Este
curso tem como objetivo informar, discutire
partilhar informações sobre seu corpo, suas
peculiaridades após uma lesão medular.
Se informar e dividir todas as angústias
podem tornar a vida mais leve, esperamos
que você ainda tenha muitas questões em
busca de respostas. Nossos encontros
são semanais durante, mais ou menos, 6
meses.
ASSINE
sw»
Se você ainda não respondeu a
pesquisa
que o CVIRJ lhe enviou, ainda está
em tempo.
Mande o envelope devidamente
preenchido
e indique a forma de assinatura
desejada para continuar recebendo o
seu jornal em casa.
Tempo maior para cidadania
"Nosso Tempo" agora é apresentado em duas edições semanais. O
programa transmitido originalmente aos sábados, 8h40m, pela Rádio Ministério
daEducaçãoeCultura(MEC-800Kwts),tambémestáindoaoaràsterças-feiras,
8h45min. desde o início do ano. Dedicado às pessoas portadoras de deficiência
e produzido e apresentado com a participação delas, o programa "Nosso
Tempo" conta com a comunicação do mineiro de Tombos, Pauto Fernando
Mendonça, que é deficiente visual. A musicoterapeuta Ritamaria Aguiar que
também é apresentadora, empresta seus conhecimentos e criatividade à
produçãodo programa. Umaseqüêndadequadroscdiocaaoalcance do ouvinte
questionamentos do universo das pessoas portadoras de deficiência para
convidados e especialistas que através de suas pesquisas e experiências
apresentam novos conceitos de vida independente e orientações oportunas a
cadacasoquestionacto,quersejaatra\^deentrevistasouquadros consagrados.
Geraldo Nogueira diretor-executivo do CVI RJ fala de Legislação esclarecendo
sobre os direitos e deveras dos portadores de deficiência; as dicas enfocando
assuntos do dia-a-dia, como prevenção contra doenças e a importância das
vacinas e os cuidados pré-natais correm por conta do médico Anael Mário; o
recém-lançado quadro sobre novas tecnologias que facilitam a vida dos
PPDs, já se impôs por sua finalidade: atingir objetivamente o interesse de todos.
No aspecto de cultura geral, o "Nosso Tempo" apresenta uma programação
diversificada, desde resenha literária, onde divulga os lançamentos de autoria de
portadores de deficiência, passando por comentários sobre vídeos, artesplásticas até a música com o lançamento de novos talentos através da execução
de seus trabalhos.
Com oito anos de existência, dos quais seis na Rádio MEC, "Nosso Tempo"
lavra um tento precioso em sua carreira, mas não arrefece sua esperança de
ganharmaiortempoportransmissão. Graçasaconsdentizaçãodiretora, Regina
Bailes, que decidiu dar mais um dia ao programa, "NossoTempo" poderá
ter seu horário também ampliado brevemente.
Para a produção do "Nosso Tempo", "o programa é uma conquista política,
social e histórica dos portadores de deficiência. Além de ser o seu porta-voz,
ele ê o fortalecimento da cidadania das pessoas portadoras de deficiência".
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FÓRUM
JAN/FEV 98
A nova visão do empresário social
Qualéop^eldoempresáriobrasileiro
na nova visão social do Pais? Que
responsabilidades teria, terá ou tem, o
empresário com relação a nossa
sociedade? O que realmente interessa e
integra essa sociedade? Pensando nisso
me vieram algunsconceitos fundamentais
para balizar, para colocar esse conteúdo.
O primeiro seria que tipo de relações
tem o empresário brasileiro? Que
relações são essas? Me vieram dois
tiposdediálogos:um,quepode-sechamar
de "eu e tu". E o que seria esse diálogo
"eu e tu"?Odiálogocomooutro.Equem
é esse outro? É o que a gente respeita
como autoridade, e não invade os limites.
Existe uma fionteira de relacionamento o respeito pelo outro, - existe todos os
ouvidos. Quando me relaciono com o tu,
com o outro, me faço todo ouvidos.
Ouvidos no sentido de captar o outro, no
sentido de entender, compreender os
anseios, as angústias, as frustrações, as
paixões, todos esses sentimentos.
Sentimentosquenemprecisamviratravés
dapalavra, que também não precisam ser
expressados com as mãos ou com os
olhos. Em uma relação "eu e tu", as
pessoas se unem num sentimento uno,
sem qualquer tipo de invasão.
Eu posso também ter uma outra
relação, a relação "eu e isso". Ai, eu me
relaciono com um objeto. É como falar
para espelho. Invado o objeto com aquilo
que eu quero. Não preciso respeitar
fronteiras com o outro, porque o outro é
um objeto, então tenho uma relação "eu
- isso" - que diverge da relação "eu - tu",
onde surge uma questão que transcende
a todos os sentimentos. Surge o amor, a
solidariedade, surge o amor à vida e a vida
é fundamental. E mesmo tendo uma
relação "eu e isso", onde não há
compromisso com o respeito, posso
transformá-la numarelação "eu e tu". Por
exemplo, se eu vejo uma árvore e sinto a
vida desta árvore, que é um objeto, eu
transformo essa relação.
Esses dois relacionamentos, esses
dois diálogos, esses dois ouvidos é que
vão fazer com que, no meu entender, a
visão do novo empresário social, é aquele
empresário que está na sua fábrica, mas
que não está transformando seus
trabalhadores num "eu-isso". É um
empresário que está ligado aos anseios.
Ele está atento por maior que seja a sua
organização, por maior que seja a
quantidade de funcionários que existam
nela. Ele tem sistemas de escuta, tem
conselhos de fábrica, diálogos com as
pessoas; ele faz planejamento
corporativos, faz co-gestões e participa
não só dentro da sua fábrica, como da
comunidade.
Acho que o papel do empresário o do
novo empresário social, é uma questão
que coloco hoje: será que um dia, nós
vamos ter esse empresário social no
Brasil, onde o mais importante é a conta
bancária alta? Refletindo sobre esse
assunto, pensei na relação dos temas
"Empresariado, Trabalho e (Eficiência
na globalização". A dEficiência escrita
desta forma espetacular, d minúsculo
com um E deste tamanho, é fantástico.
Porque é através desta "eficiência",
desta arte de ser de cadaum, respeitando
exatamente os seus limites, não
invaãndo as fronteiras do outro, mas
possibilitando que o dom de cada um
possa florir. A arte particular, o dom
único de cada um,é a eficiência Vejo
que nessa questão - em que a
competitividade é a palavra jargão,
chave, - uma outra palavra, um outro
sentido, uma outra forma de
relacionamento: solidariedade. Mas a
questão é: até quando e quem vai
suportar esta competitividade
selvagem? Que valores, que éticas uma
sociedade, um social pode ter desta
maneira?
Acredto que existam empresários,
que têm equipe, que pensam numa
nova visão social. Acredito que não
são simples palavras, mas quero levar
a mensagem ao PNBE nacional, que
con^egacercade 700 empresários de
íodooBrasil.Chegade"eu-isso", vamos
para o "eu-tu".
'Palestra proferida pelo empresário
Alfredo Laufer, coordenador-geral do
Pensamento Nacional das Bases
Empresariais, durante o I Seminário
Empresariado, Trabalho e dEficiência,
realizado pelo CVIRJ, no auditório de
Furnas Centrais Elétricas em
novembro de 1997.
Ministro Paulo Renato abre debates
sobre inclusão da pessoa com deficiência
O Programa de Pósgraduação em Distúrbios do
Desenvolvimento
da
Universidade Mackenzie
realizará de 2 a 4 de abril, o I
Ciclo
de
Debates
MuÜiprofissionais sobre a
Inclusão
da
Pessoa
Deficiente destinado a todos
os profissionais da Educação
e da Saúde envolvidos direta
ou indiretamente com o tema.
O Ministro Paulo Renato
de Souza, convidado
especial do evento, fará a
conferência magna, sobre a
"Educação no Brasil: estado
atual e perspectivas".
O objetivo do evento é
promover uma ampla
discussão da matéria e tentar
minimizar a distância entre a
teoria e os ideiais da inclusão e
a prática de fato possível,
visando esclarecer a dúvidas
comum a todos. Profissionais
da área, pais, professores e
dirigentes
das
escolas
inclusivas poderão levar suas
dúvidas, questionamento e
depoimentos, que serão
tratados nos painéis Educação
Especial:
Realidade
e
tendências, Integração e
Inclusão: do que estamos
falando?
Os debates sobre a Inclusão
da Pessoa com Deficiência
acontecerão, a partirdas 8h, no
Auditório Rui Barbosa, da
Universidade de Mackenzie, na
capital paulista.
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JAN/FEV
GERAL
98
O que vaipelos CVIs
Universidade de
Maringá apoia
as atividades de
pesquisa de
PPDs
O Programa Interdisciplinar
de Pesquisa e Apoio às
Excepcionalidades (Propae),
da
Universidade de
Maringá(UEM) e o Centro de
Vida Independente de Maringá
(CVI), assinaram, no dia 12 de
novembro, convênio de
cooperação mútua. O convênio
foi assinado pela vice-reitora
Neusa Altoé e pelo presidente
do CVI, Alexandre Carvalho
Baroni.
Os objetivos gerais são os
de implantar e apoiar as
atividades de pesquisa os
portadores de deficiência e para
a população em geral; otimizar
o rendimento dos recursos
materiais e humanos existentes
e disponíveis nas duas
instituições; e utilizar o
planejamento
como
instrumento do processo de
desenvolvimento de recursos
humanos para a vida
independente das pessoas
portadoras de deficiência.
Informalmente, o CVI já vinha
trabalhando com a UEM,
prestando assessoria à
Comissão Central do vestibular
Unificada (CVU) sobre
medidas para facilitar a
realização das provas por
portadores de deficiência. De
imediato, estão previstos dois
projetos para serem executados
em conjunto: o laboratório de
estudo em educação especial,
que será montado este ano no
Centro de Atenção Integral à
Criança e ao Adolescente
(Caie) da UEM, com recursos
da Capes (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior)e o Encontro
Nacional de Acadêmicos com
Deficiência, previsto para abril
próximo ano, com participação,
também, do DCE.
O CVI foi criado, em
outubro de 94, com o objetivo
de promover a melhoria da
qualidade de vida do portador
de deficiência. Entre suas
principais atividades, podem ser
citadas a prestação de
informações e assessoria sobre
todos os tipos de deficiência,
realização de trabalhos de
conscientização, parceria com
associações similares para
atividades conjuntas, entre
outras. Os membros do CVI
proferem palestras, prestam
depoimentos
sobre
as
deficiências e lutam pela
eliminação de barreiras
arquitetônicas, que dificultam
ou impedem a locomoção dos
deficientes, e contra a
discriminação por parte da
população. Além disso, o centro
oferece turmas de natação,
com aulas para iniciantes e para
aperfeiçoamento (competição).
Boletim sem nome
integra PPDs de
Campinas
O CVI Campinas deu o
primeiro passo para sua
consolidação ao participar do
3o Seminário de Vida
Independente, realizado no Rio
de Janeiro, no inicio de
dezembro.
A
entidade
campineira
esteve
representada
por
seu
presidente Vinícius Garcia, o
vice-presidente Fábio Alves e
a secretária Katia Fonseca. O
encontro atendeu amplamente
expectativas dos diretores do
CVI-Campinas que, a partir de
agora, sentem-se aptos para
lutar nesta longa trilha de
promover a independência ao
portador de deficiência.
Entre seus próximos passos,
o CVI-Campinas pretende
repassar aos participantes os
conceitos de vida independente,
as leis específicas que
garantem os direitos dos PPDs,
mercado de trabalho, opções
de lazer, serviços de
atendimentos clínicos e
fisioterápicos,
esportes
especiais, entre tantas outras
atividades
criadas
exclusivamente para pessoas
que tenham condições físicas,
sensoriais ou mentais especiais.
O principal meio de
comunicação entre o CVICampinas e os PPDs da cidade
será o Boletim mensal de
informação da entidade, que
lançou um concurso para
escolha do nome. Todos podem
participar mandando sugestões.
Pelo correio - Rua Nuporanga,
404, apto.01 - Chácara da
Barra - CEP 13092-130 Campinas - SP.
Pela Internet - e-mail [email protected]
Pelo telefone - 253-2209 (com
Katia) e 241-8907 (com
Vinícius)
A visita de
Ken Bahart
Ken é o novo presidente do
Companheiros das América RioMaryland (EE.UU) e consultor
geral do National Capital
Partner's Maryland. Bahart é
também
diretor
do
Departamento de Jardins
Zoológicos e Meio Ambiental e
veio ao Brasil para intermediar
um convênio entre o Rio -Zoo e
o Jardim Zoológico de Baltimore.
Na ocasião, ciceroneado por
Marcelo
Cavalcanti
(Coordenador do Companheiros
das Américas) e Ritamaria
Aguiar (diretora executiva),
visitou o CVI RJ participando de
Maurício Lobo/Sec. do Meio Ambiente): Paulo Braga (Superintendente
do IBAMA); Ken Bahart ( Diretor do Instituto de Partnerís Maryland);
Giovana M.L de Oliveira I Pres. da Fundação Parques e Jardins); Rita
Maria Aguoiar ( Diretora Executiva do Companheiros da América e
Consultora do CVI-RJ); Vicente Cantini (Pres. do RioZoo); Ronald Heed
(Presidente dos Companheiros das Américas)
uma reunião, a convite da
presidente Lilian Martins, naqual
estiveram presentes o diretor
executivo Geraldo Nogueira e o
assessor jurídico, Alexandre
Gaschi. Foram discutidos
aspectos jurídicos entre os dois
países, como é constituído o
apoio financeiro do CVI e a sua
proposta de trabalho.Na ocasião,
Ken levantou a possibilidade de
voltar ao Rio de Janeiro. "Caso
isto aconteça e sua vinda
coincidir com o II Seminário
Empresariado e Trabalho, que
acontecerá em setembro,
promovido pelo CVI e outras
instituições, Ken fará parte do
evento", lembrou Marcelo.
Os CAs
são uma
organização privada que têm
como um dos objetivos
intercambiar cultura-científica
entre Estados do Brasil e Estados
Unidos.
O
Estado
correspondente do Rio é
Maryland.
Competência
Social
para
o
Trabalho
O CVI-RJ promoverá, sob a
coordenação
da
musicoterapeuta Ritamaria
Aguiar e da presidente Liiia Pinto
Martins, o Curso Competência
Social para o Trabalho, na área
de Deficiência Mental, no dia 13
de abril, das 9 às 16h, na sede da
Entidade. Ana Cristina S. O.
Lima será a instrutora do curso.
Mais informações pelo
telefone:(021)512-1088.
Dançando com
Beth
O CVI-RJ promoverá, no SESCCopacabana, um curso de dança
ministrado por Beth Caetano.As
aulas terão início em abril. Mais
informações pelo telefone; (021)
512-1088(com Beth).
Cadeiras de Rodas
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para diversas marcas e modelos
GERAL
Dicas para uma
leitura interativa
por Ritamaría Aguiar
Resenha Literária
JAN/FEV
98
Disque 1402 para falar...
com surdos
"Pássaros Sem Asas"
F/Américo Vermelho(Telerj)
Autora: Tomnin, Genaura
A obra autobiográfica tem um aspecto filosófico,
enfoca memórias, é otimista sem ser piegas.
Numa narrativa fluenteaautorafaladeamor,"Soltaalira
dos versos, sinto-mealadadepoisdetanta tempestade",
e convida a todos para uma grande reflexão. A postrura
da autora é a de repassar aos leitores todo o aprendizado
a que se submeteu após a doença que a deixou para
plégica.
Expoe-senãosomenteem sonhos, masnasmúsicas,
espectativase anseios, sem alienação.
A autora inicia uma retrospectiva temporal (afesta); o
tombo e o diagnóstico de mielite transversa (infecção
medular-vírus). As ações e limitações impostas pela
sociedade, comodelegadade polícia. Positivas também
são as mensagens, como porexemplo:
"Acreditoqueestamos nesse planeta-terra-numa
força superiorque nos rege. Osdesgastes e rupturas do
corpo físico são imprescindíveis ao crescimento do
espírito. Mostra também como deu a volta por cima,
sacudiu a poeira efoià luta, através dotrabalho como
fatordeequilíbrioeoamordosfamiliareseamigos.
"Mais importante que andare aceitar a si mesmo, é
viver cada minuto em toda sua plenitude, superando
obstáculos e fazendo degraus para novas investidas".
Número de páginas: 280
Produçãoindependente: 1aedição/jun91 -F edição/
set92-3a edição/97
Endereço: RuaPindorama-Quadra31a-lote14A
teíefax: 281-3312
Vila Brasilia - Cep: 75-300-Goiânia- GO
Endereço da autora: Rua T31 - apto. 500- Setor B
Cep. 74230- fe/; 062- 24Í-8009
Vídeo
Histórias adaptadas do real ou as ficcionadas estão
sendo fortalecidas pelo crescente interesse do público.
Alguns filmes ajudam a desmistificartabus, outros ainda
levam um ranço de preconceito e discriminação.
Entretanto, todos eles nos ajudam a refletir na ação, ou
seja, efetuarmos realmenteessa mudança de paradigmas.
E é pelo conhecimento, pela percepção e pelo
discernimentoque poderemos avançar. Umdosobjetivos
dessacolunaéa aproximaçãodasquestõesdas pessoas
que portam alguma deficiência com o público universitário
e, naturalmente, com toda a população. Refletir na ação,.
Ok?
"A trajetória de um ídolo"
Estados Unidos. 1994
Em um acidente de carro, músico perde uma das
mãos e recomeça, após vencer o período de
hospitalização, a buscar alternativas para continuar sua
carreira. Assim, através da música eletrônica prossegue
sua vida profissional e artística.
Um dos integrantes do grupo Leopard's, que também
sofreu um acidente, continuou a tocar bateria, após ter
colocado uma prótese de braço. Não sei se o vídeo conta
uma história verídica, mas é tão parecida com a do
baterista do Leopard's.
Agora os surdos podem nos
"ouvir" ao telefone. Basta discar 1402
para falar ... com eles. Mais
importante ainda, os surdos agora
podem "falar" com todo mundo. A
tecnologia que desemprega, é a
mesma que afaga com preciosas
invenções, indispensáveis a
qualidade de vida de todos nós.
Afinal, os surdos precisam se
comunicar, além da linguagem dos
sinais.
A Telerj lançou o Serviço de
Atendimento do Surdo (SAS), que possibilita aos
portadores de deficiência auditiva e, conseqüentemente
com problemas de fala, a comunicação com as
demais pessoas. O SAS é um serviço de auxílio via
telefonista, através do código 1402, que consiste
numa central onde quatorze telefonistas especialmente
treinadas se revezam no atendimento. Elas dispõem
do mesmo aparelho especial para surdos dispon íveis
na Rede de Telefones Públicos para Surdos (TS) da
Telerj. A comunicação é feita por digitação, recebida
pela central do SASe a mensagem é retransmitida
pelas telefonistas ao destinatário por telefone
convencional. E vice-versa.
Inauguração
Uma iniciativa da Telerj em conjunto com a
Federação Nacional de Educação e Integração dos
Surdos (Peneis), a inauguração do Serviço de
Atendimento ao Surdo (SAS), pelo código 1402, só foi
possível após a implantação da Rede de Telefones
Públicos para Surdos (TS), em junho 97. A solenidade
contou com as presenças do presidente da Peneis,
Antônio Canvas, da diretora-geral Leni Barbosa e do
diretor-técnico da entidade, João Carlos Alves, Luiz
Fernando Taboada (gerente do Departamento de
Desenvolvimento de Produto e Serviços), Reynald
Waldstein (gerente da divisão), Rosemere Barqueiro
(gerente do projeto), José Pinto (suporte técnico) e
Fabiene Puig (desenvolvimento de produto), entre
inúmeros convidados.
O presidente da Telerj, Danilo Lobo, falou aos
presentes através do sistema vídeo-conferência e
destacou queo"serviço cumpre uma função social, ao
contribuir para integrar à sociedade uma de suas
parcelas". Com a palavra o presidente da Feneis,
Canvas agradeceu a oportunidade de um canal direto
de comunicação telefônica para os deficientes
auditivos. Para a professora Leni Barbosa, o código
1402, é "uma conquista buscada pelos surdos há
muito tempo". Francimar Maciel, assessorada Feneis,
foi a intérprete da cerimônia, utilizando a linguagem
dos sinais.
Em videoconferência, o presidente Danilo
Lobo cumprimenta a diretora-geral do INES, Leni
Barbosa, durante a inauguração do Serviço de
Atendimento para Surdos (SAS)
Suporte
O diretor-técnico da Feneis, o analista de sistema
João Carlos Alves testou e aprovou o novo serviço,
durante demonstração que contou com as telefonistas
Elci Franca, Ruth Varjão, Alaíde Costa e as supervisoras
Percília Lopes e Ivone Silva. Elas fizeram o Curso de
Atendimento ao Surdo, montado por Ricardo Augusto
Barbosa, daSeçãodeSuporteaoAtendimentoda Telerj,
em parceria com a Feneis. A duração do curso foi de
cinco dias e incluía rotina de atendimento, registro e
complementação de chamadas e técnicas de
conversação entre surdos através do TS -Telefone para
Surdos. As aulas foram ministradas pelas monitoras
Maria Aparecida de Oliveira e Terezinha Mariano. Lecio
Marchon Soares, gerente da Divisão de Tráfego Manual
e Serviços Especiais, informou que a equipe se reveza
dia e noite, e afirmou que está "à altura das expectativas
desse grupo específico de clientes".
Os aparelhos tanto geram quanto recebem chamadas,
estabelecendo conexão para ligações locais, interurbanas
e internacionais de qualquer Telefone para Surdo,
instalados em cabines dos postos telefônicos nos
seguintes pontos: Rodoviária Novo Rio, Aeroporto
Internacional do Rio de Janeiro, Av. N.S. de Copacabana,
540- SL, Norteshopping, Niterói (Av. Amaral Peixoto, 36
- Centro), Nova Iguaçu (Av. 13 de Maio ,405), Duque de
Caxias (Rua conde de Porto Alegre, 515-Centro), Campo
Grande (Av. Cesário de Melo, 2.040) e Petrópolis (Praça
Dr. Sá Earp Filho, 39-Centro).
O acordo de mútua e permanente colaboração entre
a Telerj e a Feneis inclui um serviço de banco de dados,
para divulgar sua programação cultural e outros eventos,
através do Telefone do Surdo e dos 500 aparelhos
especiais já acoplados a telefones particulares.
NOTAS OC NOTICIAS
Metodologia Participativa
Desafios e ações
O Processo Metodologia Participativa para Solução
de Problemas (PSBH) desenvolvido pela Dreyfus Health
Foundation é um método de trabalho que se baseia na
abordagem-convite a participação ativa das pessoas
envolvidas na comunidade, mostrando as suas
necessidades. Segundo Daniel Becker e Katia Edmundo
"isto possibilita a mobilização comunitária e a
responsabilidade com as mudanças. Os participantes
identificam seus problemas e são encorajados a trabalhar
sobre eles em um processo dialético. O resultado é o
fortalecimento dos indivíduos, que se capacitam a dirigir
um novo olhar sem os recursos que estão, de fato,
disponíveis.
No Brasil o PSBH teve sua 1a fase em 94. O
Cedaps resolveu ampliar, e essa nova fase o PSBH
tem se transformado em poderoso mecanismo de
articulação. Neste sentido,oCedaps tem desenvolvido
algumas ações. A mais recente foi a realizada entre
5 e 7 dezembro. O Seminário de Metodologia
Participativa para Solução de Problemas, convidou 30
líderes de diferentes formações para discutir idéias e
buscar soluções para os problemas comunitários e
contou com a participação do neurologista Aníbal
Coelho (CPPII), Ritamaria Aguiar e Sérgio Sílvio.
"Ao utilizar e divulgar o Processo de Metodologia
Participativa, o Cepads pretende dar acesso aos
indivíduos e comunidades a um efetivo instrumento de
intervenção na construção de um mundo melhor".
A Funarte e Very Special Arts promovem o I
Congresso Latino Americano de Arte Educação
Inclusiva e o I Festival Latino Americano de Arte sem
Barreiras. Com a coordenação geral de Roberto
Pucetti Bueno, incansável batalhador que é também
presidente da Associação Brasileira de Arte e
Educação, Albertina Santos e Ritamaria Aguiar. O
tema central será "Desafios, perspectivas e ações".
Os eventos reunirão países da América Latina,
convidados especiais de outros continentes em torno
de um novo paradigma educacional. Haverá
lançamento de livros, comooda Di*. EsterNisembaum,
Oficinas e Mesas Redondas.
Uma realização Funarte USA/Sesc Pompéia/
Anistia Internacional. Apoio Ministério da Cultura,
Ministério da Justiça. Coordenação MEC-Secretaria
de Estado de Cultura de São Paulo, entre outros.
Alguns conferencistas: Gordon Porter - Canadá;
Ricardo Lobo - Colômbia; Trerio Rojas -Venezuela;
John Kemp - Estados Unidos.
Artistas nacionais e intemacionais se apresentarão
sob a direção artística de Otoniel Serra e Paulo César,
Nenem L. Quino, Maria Lúcia Godoy, Zezé Gonzaga,
entre outros grandes intérpretes. Para mais
informações: (021)297-6116/Ramal290.
Oficina de Máscaras
O Solazer - O Clube dos Excepcionais começou a
promover, uma Oficina de Máscaras, material de largo
uso em eventos e de grande interesse nas áreas de
Educação, Psicologia e Atividades Artísticas. A oficina
será ministrada pelo artista plástico Jeovah da Silva
Santos e a taxa de inscrição é de R$20,00. Maiores
informações pelo telefone: 568-0360 ou pelo telefax: 5222490.
DefNetéTop 10
O site Banco de Dados sobre Pessoas com Deficiência
(Def Net) foi selecionado pela revista Internet World,
como um dos 10 melhores da Intemet brasileira. A
escolha garante ao Def Net o Selo Top 10 e o habilita a
concorrer ao prêmio IW Best 97/98, ao Grand Prix - o
melhor dos melhores pelos júris popular e oficial, - e ao
Prêmio Imprensa. O site é produzido pelo Centro de
Informática e Informações sobre Paralisias Cerebrais.
Quem quiser matar a curiosidade é só visitar o site
DefNet: http://www.montreal.com.br/defnet/evotar nele!
Sintetizador de voz em português
O Delta Talk, um sintetizador da MicroPower,
toma possível ouvir em português qualquer tipo de
texto, facilitando a vida dos deficientes visuais. O
usuário poderá contar com leitura de planilhas de
Excel, banco de dados ou relatórios. O software tem
um módulo de processamento de linguagem natural,
que é capaz de prod uzi r entonação e ritmos adequados
ao texto, além de ser possível controlara velocidade,
tonalidade e volume de áudio produzido. O sintetizador
não requer nenhum hardware especial, funciona apenas
com o Windows a partir de um PC486 que tenha placa
de som comum compatível com o sistema de CD
ROM.
Serviço de Clípping
O CVI-RJ presta, entre outros, um dos mais
completos serviços de recortes de jornais e
revistas do País, especializado exclusivamente
em selecionar noticiário sobre portadores de
deficiência (mental, física, sensorial, renal e
geral, diabetes e saúde mental), veiculado em
mais de 65 publicações nacionais.
As pessoas e entidades interessadas em
adquirir a coletânea de notícias poderão fazer
uma assinatura trimestral, semestral ou anual,
junto ao Setor de informação do CVI-RJ, pelo
custo básico de um salário-mínimo por trimestre.
As assinaturas podem ser feitas por telefone
(021) 512-1088 ou E-mail CVIRJ @
ax.ibase.org.br/CVIRJ@ cvi.puc-rio.br
Painel de Ajudas Técnicas
O Painel de Ajudas Técnicas (PAT) é um
espaço aberto para a apresentação e
demonstração de equipamentos com o objetivo
de informar os portadores de deficiência, técnicos
e vendedores , sobre às características,
especificações e indicações de uso dos diferentes
equipamentos disponíveis no mercado.
"Não podemos esquecer que para indicação
de uma cadeiras de rodas, almofada, entre
outros equipamentos, vários aspectos devem ser
considerados", esclarece Renata Aráujo Mattos,
coordenadora da Oficina de Vida Independente
do CVI. Acrescenta ainda "Sendo, assim um
bom equipamento usado em situação diferente
de suas condições se torna ineficiente e muitas
vezes prejudicial".
No início de fevereiro, o CVI recebeu Mônica
Terwindt, representante da empresa norteamericana Roho International. Ela apresentou as
almofadas Roho
com tecnologia
desuspensãoá
ar e orientou a
respeito das
aplicações para
os diferentes
modelos. Com o
auxílio de um
aparelho
(Sensor
Pressure) que
mede a pressão de corpo contra a cadeira de
rodas. Ela exemplificou as indicações
experimentando diferentes almofadas com
usuários presentes.
Pesca adaptada
No dia 14 de fevereiro, numa parceria da
Confederação Brasileira de Desportos Subaquáticos
e o CVI, foi realizado o 7o Campeonato do Clube
Barracuda de Desportos. O campeonato contou com
a presença de muitos atletas e foi um sucesso.
Quem levou o Troféu Solidariedade para casa foram
os atletas Carlos Henrique e Carlos Gens, com 73
peças. O segundo lugar ficou para Raniero Basci e
Teixeira e o terceiro Lemnir Jorge e Coolago. Se você
se interessa pelo esporte e deseja saber mais sobre
o assunto, pode pescar informações acessando as
home pages Http://www antares.com.br/cbp - http: /
/www.antares.com.br/cbpds/ou
[email protected]. E boa pescaria!
Central de Intérprete
A Associação de Pais e Amigos dos Deficientes
da Audição (APADA), de Niterói, RJ, inaugurou um
serviço de intérprete para surdos que atende \ a
qualquerhoradodiaeda noite, com três plantonistas
a disposição dos interessados. O serviço vem suprir
uma falta comum em palestras e seminários em que
o deficiente auditivo fica em desvantagem. E, também
o caso, das reuniões do Conselho da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social, e Conselho
Estadual de Assistência Social, da Secretaria de
Trabalho e Ação Social (do Gabinete Civil do Govemo).
Serviço custa R$16,00 por hora (nos dias úteis) e
R$20,00 (nos fins-de-semana eferiados). As despesas
eventuais de transporte e alimentação correm por
conta do contratante. Para contatar os serviços da
Central de Intérpretes da APANA-Niterói (RJ), basta
ligar para Gildete Amorim, tel.: 546-1636 Código
118.2965.
CONGRESSOS & EVENTOS
EVENTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
XIII Congresso Nacional
da Associação Brasileira
Faça sua Assinatura
de Paralisia Cerebral Valor anual R$20,00
Curso para Pais-Cursos
Pré-Congresso: Introdução
O pagamento é feito através do envio do cupom devidamente preenchido, acompanhado
ao Método Bobath, Órteses
de cheque cruzado, nominal ao Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro ou
para Membros Superiores
comprovante de depósito em conta corrente(Banco Itaú - Ag. 1108 c/c 20608-5) para R.
na Paralisia Celebrai,
Marques de São Vicente, 225, Estac. da PUC - Gávea- CEP-22451 -041 - RJ-RJ.
Informática na Educação,
Método
Hanen
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Eu
, quero assinarSuperAção
Comunicação, Integração
Meuendereçoé:
S e n s o r i a I ,
CEPCidade
Estado
Desenvolvimento Cognitivo
e Emocional da Criança,
Telefone()
Fax()
E-mail
Visão
sub-Normal,
Informações Complementares
Laboratório de Marcha,
É portador de deficiência ( ) Sim
( ) Não
visita ao Laboratório de
Qual?
Marcha da AACD e
Participa de atividades do CVIRJ ( ) Sim ( ) Não
Biofeedback(dia 23).
Congresso: Desafios
Quais?
Terapêuticos nas áreas;
Data: / /
Assinatura
Paralisia
Cerebral,
Síndromede Rett, Doenças
Vasconcellos, presidente da Flapia. O
Neuromuscuíares, Mielomeningocele, Mal
formações congênitas - Realização da ABPC congresso é destinado aos profissionais
Associação Brasileira de Paralisia Cerebral - Centro
das áreas de Saúde, Educação, Justiça,
de Conveções Rebouças - São Paulo - SP
Ciências Sociais e Filosofia. - Maksoud
Plaza - São Paulo - SP.
I Congresso Brasileiro da Flapia Federação Latinoamericana de Psiquiatria
da Infância, Adolescência, família e
Profissões Afins- Programa Preliminar: A
Ética, a Cidadania, a Solidariedade e o
Resgate dos Valores Humanos no
Trabalho com Crianças, Adolescentes,
Família e Comunidade. Alguns temas
específicos: Problemas forenses e éticos
na Prática da Psiquiatria da Infância,
Adolescência e Família; Nova Ética nas
Relações de Trabalho; O Abuso de Poder
na relação Médico/Paciente; e, O
Fenômino da Farmaco - Dependência na
Sociedade Atual. Entre os convidados
figuram Arturo Grau Martinez (Chile), Berta
Benitez de Nale (Argentina), Esperanza
Perez de Piá (México), Vida Prego de
Marberino (Uruguai) e João Antônio Árias
(Paraguai). A comissão organizadora é
presidida pordra. Amélia Thereza de Moura
II Congresso Mundial de Educação Especial
O Ministério de Educação da República de Cuba, o
Centro de Referência Latinoamericana para Ia
Educacion Especial, Unicef e Unesco promovem o
II Congresso Mundial de Educação Especial, VII
Conferência Latinoamericana e I Encontro
Internacional de Educação Inicial e Pré-escolar que
terá como temas centrais, entre outros, O diagnóstico
e a evolução do desenvolvimento da criança, Família
, escola e comunidade - uam trilogia necessária no
desenvolvimento, Programas globalizados e
currículos para pré-escola e escolares. Formação
estética e sócio moral das crianças, Administração
de justiça dos menores e Atenção ás crianças com
transtornos emocionais e da conduta - Desafio da
Pedagogia Especial. Entre os convidados estão os
drs. Alberto de Ia Rosa (Universidad de Madrid),
Luiz Moll (San Diego- Califórnia), Jhenifer Stonner
(Bolívia), dras. Marina Chadwik (Chile) e Liuba
Suieikova (Rússia). Local: Palácio de Convencione
dela Habana Internacional Conference Center-Cuba
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e terapêutica. Atendimento a domicílio.
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Remetente: Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro (CVIRJ)
Rua Marques de São Vicente 225 - Estacionamento da PUC - Gávea
Rio de Janeiro - RJ - Brasil - Cep: 22451-041
E-Mail [email protected]/[email protected]
Home Page: HTTP://WWW/ibase.org.br/~CVIRJ
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