Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Jornada da Integração do Ensino, Pesquisa e Extensão SINTEGRA Tecnologias enológicas para a produção de vinhos de qualidade Celito Crivellaro Guerra Diamantina, MG, 17 de maio de 2012 I. História do vinho 1. O vinho na antigüidade 2. O vinho na Europa romana e pós-romana 3. O vinho a partir de Pasteur [C6 H12 O6 → 2(CH3 CH2 OH) + 2CO2] 4. O vinho do período pós filoxera 5. O vinho dos “novos países vitivinícolas” (vinhos emblemáticos) 6. Vinhos varietais, de assemblage, de terroir e de autor 7. Paradigmas e questões da atualidade enológica mundial 7.1. Tecnologia, gestão da qualidade e regulamentação (OIV, Codex Alimentarius, regulamentos...) 7.2. Enologia de aditivos enológicos 7.3. Enologia de métodos físicos de tratamento da massa vinária 7.4. Enologia racional, mercado consumidor e internacionalização II. Noções de qualidade de vinhos 1. Conceito: Vinho é um corpo líquido constituído de água, substâncias orgânicas e minerais. Deve ser isento de defeitos tecnológicos, possuir estrutura química rica, complexa e marcante (tipicidade) e harmonia físico-química e organoléptica. Tais atributos dependem da videira (potencial genético), da região de cultivo (fatores naturais) e da competência do viticultor e do enólogo (fatores humanos) e manifestam-se pela capacidade de conferir ao consumidor uma sensação agradável, imediata, intensa, complexa, harmônica e persistente, nos planos visual, olfativo e gustativo. 2. Padrões de identidade/qualidade → enquadramento legal 3. Qualidade & percepção da qualidade II. Noções de qualidade de vinhos Metabolismo secundário: depende do potencial genético da cultivar, das condições naturais, do manejo agronômico e da tecnologia enológica) → Aromas TIPICIDADE AROMÁTICA Polifenóis e polissacarídeos ESTRUTURA → Metabolismo primário (menor grau de dependência) Álcoois, ácidos e açúcares MATRIZ DO SABOR II. Noções de qualidade de vinhos 1. Fatores que determinam a qualidade da uva e do vinho 1.1. Potencial genético de variedades e clones 1.2. Fatores naturais 1.2.1. Clima 1.2.1.1. Insolação 1.2.1.2. Precipitação pluviométrica 1.2.1.3. Umidade relativa do ar 1.2.1.4. Temperaturas diurnas e noturnas 1.2.1.4.1. Importância da amplitude térmica 1.2.1.4.2. Importância da faixa de temperaturas mínima e máxima 4.2.2. Solo 4.2.2.1. Rocha mãe e gênese 4.2.2.2. Drenagem e capacidade de retenção de água 4.2.2.3. Propriedades físicas e químicas 4.2.2.4. Matéria orgânica x vigor das plantas 4.2.2.5. Topografia: solos de encosta x solos planos 4.2.2.6. Exposição solar II. Noções de qualidade de vinhos 1.3. Fatores humanos (tecnologia) 1.3.1. Manejo agronômico do vinhedo visando ao equilíbrio vigor / produção (podas, gemas por planta) 1.3.1.1. Sistemas de condução (produtividade) 1.3.1.2. Arquitetura da videira (espaçamento entre plantas, sistema de poda e adubação) 1.3.1.3. Protocolo fitossanitário e seleção de microorganismos 1.3.2. Tecnologia enológica 1.3.2.1. Equipamentos e parâmetros de utilização 1.2.2.2. Adaptação da tecnologia ao potencial de qualidade da uva 1.2.2.3. Influência dos microorganismos sobre a tipicidade e a qualidade do vinho III. Tipos de vinho 1. Quanto à cor 1.1. Branco 1.2. Rosado, rosé ou clarete 1.3. Tinto 2. Quanto ao teor de CO2 2.1. Tranqüilo 2.2. Frisante 2.3. Espumante (natural ou moscatel) 2.4. Gaseificado 3. Quanto ao teor de açúcar (tranqüilo) 3.1. Seco 3.2. Demi-sec, meio-seco ou abocado 3.3. Suave ou doce III. Tipos de vinho 4. Quanto ao teor de açúcar (espumante) 4.1. Nature 4.2. Extra-brut 4.3. Brut 4.4. Sec ou seco 4.5. Demi-sec 4.6. Doce 5. Quanto à elaboração 5.1. Leve 5.2. De mesa* (fino ou de mesa) 5.3. Licoroso 5.3.1. Alcoolizado (seco ou doce) 5.3.2. Doce natural 5.4. Composto 5.4.1. Vermute 5.4.2. Quinado 5.4.3. Gemado 5.4.4. Composto com jurubeba III. Tipos de vinho 6. Quanto à capacidade de envelhecimento 6.1. Jovem 6.2. De guarda 7. Quanto à origem botânica da uva 7.1. Fino 7.2. De mesa 8. Quanto à elaboração 8.1. Varietal 8.2. De assemblage 9. Quanto ao modo de estabilização 9.1. Sem madeira 9.2. Estabilizado em barricas / com taninos adicionados IV. Composição e maturação da uva 1. Casca 1.1. Taninos 1.2. Antocianinas 1.3. Proteínas 1.4. Polissacarídeos 1.5. Minerais 1.6. Aromas 2. Polpa 2.1. Açúcares 2.2. Ácidos 2.3. Minerais 1.6. Aromas 3. Sementes 3.1. Taninos 4. Diâmetro da baga 5. Relação casca/sementes/polpa 6. Relação sólido/líquido IV. Composição e maturação da uva Variáveis físicas da uva Cabernet Sauvignon, safra 2010 Peso de Trata200 bagas mentos (g) ↓ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 290,88 279,38 289,88 324,18 262,48 320,68 260,38 257,68 294,68 306,58 241,28 275,38 Peso de 200 cascas (g) % em relação à baga Peso de 200 polpas (g) % em relação à baga Peso das sementes (g) % em relação à baga Peso médio de uma semente (mg) 149,98 138,90 148,93 180,18 129,78 165,60 135,76 118,66 152,75 160,15 124,91 145,47 51,56 49,72 51,38 55,58 49,44 51,64 52,14 46,05 51,84 52,24 51,77 52,83 130,25 130,14 130,16 132,87 122,03 143,77 114,49 129,63 131,70 136,13 107,39 120,29 44,78 46,58 44,90 40,99 46,49 44,83 43,97 50,31 44,69 44,40 44,51 43,68 10,65 10,34 10,79 11,13 10,67 11,31 10,13 9,39 10,23 10,30 8,98 9,62 3,66 3,70 3,72 3,43 4,07 3,53 3,89 3,64 3,47 3,36 3,72 3,49 35,62 34,01 34,81 37,35 35,69 35,68 33,54 34,78 33,87 35,03 32,65 34,98 IV. Composição e maturação da uva 1. Maturação tecnológica ou da polpa 2. Maturação fenólica ou de cascas e sementes 3. Degustação de bagas 4. Qualidade da uva 4.1. Adaptação ao produto a elaborar 4.2. Qualidade físico-química 4.3. Qualidade sanitária IV. Composição e maturação da uva Variáveis tecnológicas ao longo da maturação da uva C. Sauvignon, safra 2010 Tratamentos Variáveis ↓ ↓ Datas de coleta das amostras 14/02 21/02 28/02 07/03 14/03 H Mendozino, espaçamento entre plantas = 3,0m X 3,0m Açúcares (g/L) Álcool provável (%) pH Acidez total (g/L) 175,2 10,31 3,15 96,5 185,5 10,91 3,31 82,6 202,3 11,90 3,40 71,4 213,9 12,58 3,44 75,8 219,0 12,88 3,51 70,1 Latada Aberta, espaçamento entre plantas = 3,0m X 3,0m Açúcares (g/L) Álcool provável (%) pH Acidez total (g/L) 175,7 10,34 3,23 95,1 181,9 10,70 3,30 87,3 190,0 11,18 3,30 80,0 191,2 11,25 3,46 73,9 219,0 12,88 3,59 64,7 IV. Composição e maturação da uva Variáveis fenólicas ao longo da maturação da uva C. Sauvignon, na safra 2005 Tratamentos Variáveis ↓ ↓ H Mendozino, espaçamento entre plantas = 3,0m X 3,0m Latada Aberta, espaçamento entre plantas = 3,0m X 3,0m Datas de coleta das amostras 14/02 21/02 28/02 07/03 14/03 Taninos das cascas - TC (g/L) TC (% sobre o total de taninos) Extratibilidade - ETC (%) Taninos das sementes - TS (g/L) Extratibilidade -ETS (%) Antocianinas (mg/L) Extratibilidade - EA (%) 2,04 24,6 59,9 8,29 45,8 727,8 79,0 1,45 23,7 73,1 6,13 55,8 551,7 97,2 2,50 37,0 59,1 6,75 52,4 741,5 80,1 2,63 44,5 76,5 5,91 750,8 90,6 2,60 42,1 64,9 6,18 67,3 715,9 80,2 Taninos das cascas - TC (g/L) TC (% sobre o total de taninos) Extratibilidade - ETC (%) Taninos das sementes - TS (g/L) Extratibilidade -ETS (%) Antocianinas (mg/L) Extratibilidade - EA (%) 2,38 24,6 58,0 7,31 43,2 789,9 81,5 1,37 17,7 66,4 6,38 61,0 556,4 86,8 2,27 24,8 69,4 6,87 65,5 755,3 80,2 2,68 29,5 74,9 6,42 690,1 86,1 2,47 28,3 71,7 6,26 61,9 722,0 87,4 V. Composição química do vinho 1. Água (70 a 90% v/v) 2. Álcool total (7 a 20% v/v) 2.1. Etanol - via glicolítica 2.2. Glicerol ↓ via glicero-pirúvica 2.3. Metanol 2.4. Álcoois superiores 2.4.1. 1-propanol 2.4.2. 2-metil-1-propanol (isobutílico) 2.4.3. 2-metil-1-butanol (isoamílico ativo) 2.4.4. 3-metil-1-butanol (isoamílico) 2.4.5. Hexanol V. Composição química do vinho 3. Ácidos orgânicos (5 a 10 g/L) 3.1. Ácido tartárico (2-7 g/L) 3.2. Ácido málico (1 a 5 g/L) 3.3. Ácido cítrico (0,1 a 2 g/L) 3.4. Ácido láctico (0,0 a 4 g/L) 3.5. Ácido succínico (0,1 a 0,5 g/L) 3.6. Ácido pirúvico (0,05 a 0,1 g/L) 4. Açúcares (0,0 a 200 g/L) 4.1. Glicose 4.2. Frutose 4.3. Relação glicose/frutose na uva V. Composição química do vinho 5. Polifenóis (1 a 8 g/L) 5.1. Não flavonóides 5.1.1. Ácidos fenólicos (séries cinâmica e benzóica) 5.1.2. Estilbenos 5.1.3. Cumarinas 5.1.4. Fenóis voláteis (4-vinilfenol, 4-vinilguaiacol, vanilina, etc.) 5.2. Flavonóides (C6-C3-C6) 5.2.1. Antocianinas 5.2.2. Flavanóis 5.2.3. Flavonóis 5.2.4. Flavanonóis 5.2.5. Procianidinas 5.2.6. Prodelfinidinas 5.2.7. Vitisinas 5.2.7. Taninos condensados, gálicos e elágicos (castalagina, vescalagina) V. Composição química do vinho: polifenóis • Grande família de compostos naturais, composta por dezenas de sub-grupos e de milhares de estruturas químicas distintas • Função nas plantas: proteção contra predadores, parasitas e injúrias • Originários do metabolismo bioquímico secundário • Compostos orgânicos mais estudados • Propriedade química principal: reatividade • Videira: grande produtora de polifenóis • Diretamente relacionados à qualidade do vinho V. Composição química do vinho: polifenóis Não flavonóides: • Fenóis ácidos da série cinâmica: Moléculas C6 - C3 (baixo p.m.; teores de até 100mg/L) • Fenóis ácidos da série benzóica: Moléculas C6 - C1 (baixo p.m.; teores de até 100mg/L) • Estilbenos: Moléculas C6 - C1-2 - C6 (teores de µg/L a mg/L) • Cumarinas e isocumarinas: Moléculas C6 - C3 (teores de algumas µg/L) • Taninos hidrolisáveis: Gálicos (x . C6 - C1 ) e elágicos ( x . C6 - C1- C6 - C1 ) • Outros: Benzoquinonas, betaxantinas, saponinas... Não flavonóides: fenóis ácidos R4 COOH R1 R3 R2 COOH R4 R1 R3 R2 ___________________________________________________________ Ácidos benzóicos R1 R2 R3 R4 Ácidos cinâmicos --------------------------------------------------------------------------------------------------hidroxibenzóico H H OH H p-cumárico protocatéquico H OH OH H caféico H ferúlico vanílico H OCH3 OH gálico H OH OH OH OCH3 sinápico siríngico H OCH3 OH salicílico OH H H H gentísico OH H H OH Não flavonóides: estilbenos R2 R3 H R1 H OH ___________________________________________________________ Estilbenos R1 R2 R3 --------------------------------------------------------------------------------------------------astringina O-Glicose OH OH resveratrolosídeo OH H O-Glicose piceída O-Glicose H OH piceatanol OH OH OH resveratrol OH H OH Não flavonóides: estilbenos ε-viniferina (adição de duas moléculas de resveratrol) Não flavonóides: cumarinas O HO O O H HO C O C6H11O5 CH3O OH Umbeliferona bergenina V. Composição química do vinho: polifenóis Flavonóides: • Flavanonóis (dihidroflavanóis) Fustina, taxifolina, naringenina • Flavonóis Kaempferol, quercetina, isoquercetina, miricetina • Flavanóis, taninos condensados ou proantocianidinas Formas monoméricas (catequinas): (+)-catequina, (-)-epicatequina, (-)-epigalocatequina, (+)-galocatequina Formas oligoméricas: procianidinas, prodelfinidinas Formas poliméricas: taninos condensados (esterificados ou não pelo ácido gálico) • Antocianinas (livres e aciladas) Cianidina, delfinidina, petunidina, paeonidina, malvidina V. Composição química do vinho: flavonóides Localização na uva, teores e evolução: • Flavonóis e flavanonóis (dihidroflavanóis) Precursores das antocianinas, são sintetizados e estocados principalmente nas partes herbáceas. • Flavanóis (proantocianidinas) Formas monoméricas (catequinas): Precursores das antocianinas, são encontrados nas sementes em teores apreciáveis, diminuindo ao longo da maturação. Formas oligoméricas: Encontrados nas sementes e cascas da uva. Formas poliméricas: Encontrados principalmente nas cascas. • Antocianinas Encontradas nas cascas; também na polpa nas uvas tintórias. Flavonóides : flavonóis (taninos) R1 R2 HO O R3 OH H O OH __________________________________________________ Flavonóis R1 R2 R3 -----------------------------------------------------------------------------------kaempferol; apigenina* H OH H quercetina miricetina OH OH OH OH H OH Flavonóides : flavanonóis (taninos) OH OH R2 O H OH H O R1 __________________________________________ Flavonóis R1 R2 ----------------------------------------------------------------------fustina H OH taxifolina OH OH naringenina* OH OH (C4’=H) Flavonóides : flavanóis (taninos) R3 OH HO O H R2 OH R1 Procianidinas Unidade Monomérica R1 = OH, R2 = R3 = H (+) - catequina R1 = H, R2 = OH, R3 = H (-) - epicatequina Prodelfinidinas R1 = OH, R2 = H, R3 = OH (+) - galocatequina R1 = H, R2 = OH, R3 = OH (-) - epigalocatequina Observação: por vezes, O - Ácido gálico em R2 → P - galato Flavonóides : procianidinas diméricas OH OH OH HO OH O H H OH OH HO HO OH OH HH HO OH OH (OH)2 H H OH OH H H HO O O O HO Função e importância dos taninos da uva • Proteção antioxidante • Propriedades gustativas - estrutura / corpo • Propriedades gustativas - amargor • Propriedades tácteis - adstringência • Relação com os polissacarídeos • Relação ideal face às antocianinas • Taninos de sementes, cascas e maturação da uva Taninos da madeira (hidrolisáveis) • Reatividade e peso molecular • Efeito da alta reatividade face às antocianinas • Extração da madeira (barricas) • Relação com a oxidação controlada (manejo do O2) • Propriedades gustativas (tostagem) • Propriedades tácteis (adstringência) Taninos ‘comerciais’: tipos e generalidades • Uvas: brancas x tintas; cascas x sementes • Tara (Caesalpinea spinosa) taninos gálicos • Quebracho (Quebrachia spp.) taninos gálicos • Carvalho (Quercus spp.) taninos elágicos • Castanheira (Castanea sativa) taninos elágicos • Pureza, doses e época de aplicação • Efeitos (vantagens e inconvenientes) Flavonóides : antocianinas R1 OH HO + O R2 HO O OH __________________________________________ OH OH Antocianinas R1 R2 OH ---------------------------------------------------------------------malvidina O-CH3 O-CH3 cianidina delfinidina paeonidina petunidina OH OH O-CH3 O-CH3 H OH H OH Flavonóides : antocianinas - equilíbrio químico OCH3 OCH3 OH O O OCH3 OH + O HO O-Glucose O-Glucose OH OH OCH3 OCH3 OH HO O OH OCH3 OH OH HO O-Glucose OH OCH3 O OCH3 O-Glucose OH Flavonóides : principais reações no vinho • Condensação antocianina-acetaldeído-tanino • Polimerização tanino-acetaldeído-tanino • Condensação direta antocianina-tanino • Degradação das antocianinas • Oxidação não enzimática dos taninos Flavonóides : complexo flavanol-etil-antocianina OH 4 HO 6' 5' HO 4' 3 5 4a 6 2 1' 7 O OCH3 OH 8 3' 2' 3' OH OH 2' HO 7 8 + 8a O 2 4' 1' 6' 6 5 OH 4a 4 3 O HO 1' 5' OCH3 2' O 3' OH 4' 5' 6' OH OH Guerra C.C., 1997 Flavonóides : outras reações no vinho Cicloadições de antocianinas em C4 e no grupo OH em C5 (com constituintes tendo duplas ligações polarisáveis): Piranoantocianinas a) Antocianina com acetaldeído (Vitisina B) b) Antocianina com ácido pirúvico (Vitisina A) c) Antocianina com ácido α-cetoglutárico d) Antocianina com ácido cumárico ou 4-vinilfenol e) Antocianina com ácido caféico ou 4-vinilcatecol f) Antocianina com com ácido sinápico ou 4-vinilsiringol g) Antocianina com com ácido ferúlico ou 4-vinilguaiacol h) Antocianina com acetona i) Antocianina com diacetil j) Antocianina com acetoína Reações entre Taninos e uma piranoantocianina: a) Vinilflavanol + antocianina b) Flavanol + Piroantocianina Reações entre os derivados pirúvicos das antocianinas (ou não) e os derivados vinilícos dos flavanóis: portisinas (pigmentos azuis) V. Composição química do vinho: minerais, etc. 6. Minerais (0,2 a 4 g/L) 6.1. K, Ca, Mg, Na, P, Fe, Mn, Cu 6.2. Li, Rb, Zn 7. Proteínas, peptídeos e aminoácidos (0,2 a 4 g/L) 7.1. Prolina 8. Polissacarídeos (0,1 a 3 g/L) 8.1. Neutros 8.2. Ácidos 9. Substâncias voláteis/aromáticas (µg/L a mg/L) 9.1. Aroma primário: terpenóides, carotenóides, pirazinas 9.2. Aroma secundário: álcoois, ésteres, fenóis voláteis 9.3. Aroma terciário 10. Substâncias sulfuradas V. Composição química do vinho: evolução química e organoléptica 1. Elaboração / fermentações (nascimento) 2. Estabilização (crescimento; juventude) 3. Envelhecimento em garrafa I (apogeu da qualidade) 4. Envelhecimento em garrafa II (declínio da qualidade) 5. Potencial de guarda (longevidade) VI. Etapas da vinificação 1. Vinhos tintos tranqüilos 2. Vinhos brancos tranqüilos 3. Vinhos rosados 4. Vinhos frisantes 5. Vinhos espumantes métodos champenoise e Charmat 6. Vinhos espumantes método Asti 7. Vinhos espumantes ou frisantes artificiais 8. Vinhos licorosos por alcoolização 9. Vinhos licorosos doces naturais 10. Vinhos compostos VI. Etapas da vinificação 1. Colheita 1.1. Colheita manual e mecânica 1.2. Horários de colheita e cuidados no transporte 1.3. Tratamentos para proteção oxidativa e microbiológica 2. Recepção da uva 2.1. Controle sanitário 2.2. Controle físico-químico 2.3. Seleção 2.4. Processamento (esmagamento; desengace; prensagem) 2.5. [Modificação da relação sólido / líquido] 2.6. Adição de anidrido sulfuroso VI. Etapas da vinificação 3. Pré-fermentação 3.1. [Adição de enzimas pectinolíticas e/ou de taninos] 3.2. Maceração pré-fermentativa a frio 3.3. Maceração carbônica 3.4. Termovinificação 3.4.1. Flash-détente 3.4.2. Vinificação fracionada 3.5. Prensagem da uva inteira (vinhos brancos e rosados) VI. Etapas da vinificação 4. Fermentação alcoólica (FA) / maceração 4.1. Parâmetros da fermentação alcoólica 4.1.1. Semeadura de leveduras 4.1.2. Bioquímica da fermentação e potencial alcoólico 4.1.3. Correção do grau glucométrico 4.1.4. Controles analíticos e sensoriais 4.2. Parâmetros da maceração 4.2.1. Temperatura (parâmetros; modulagem) 4.2.2. Duração 4.2.3. Tipos de homogeneização fase sólida / fase líquida 4.2.3.1. Remontagem tradicional 4.2.3.2. Sistema Vinimatic 4.2.3.3. Sistema Ganimede 4.2.3.4. Remontagem automática com ou sem D.F.S. 4.2.3.5. Déléstage 4.2.3.6. Sistema de êmbolos 4.2.3.7. Sistema de rosca sem-fim 4.2.4. Freqüência e modulagem das intervenções na macer. 4.3. Controles durante a fermentação alcoólica / maceração VI. Etapas da vinificação 5. Período pós fermentação alcoólica 5.1. Descuba 5.2. Fermentação malolática (FM) 5.2.1. Natural 5.2.2. Induzida 5.2.3. Ocorrência precoce, normal ou tardia: implicações 5.3. Controles de final de fermentação alcoólica e desenvolvimento da fermentação malolática VI. Etapas da vinificação 6. Início da estabilização 6.1. Trasfega e desborra 6.2. [Adição de taninos] 6.3. Correção dos teores de anti-oxidante 6.4. [Micro-oxigenação] 6.5. Controles analíticos 7. Estabilização 7.1. Tartárica: uso de baixas temperaturas 7.2. Polifenólica: aditivos protéicos (colagem) 7.3. Protéica: polifenóis e tratamento térmico 7.4. Microbiológica 7.5. Madeira x aço inoxidável; potencial de oxido-redução 7.6. Controles analíticos 8. Final da estabilização / tratamentos pré-engarrafamento 8.1. Controle analítico e correções finais 8.2. Assemblages VI. Etapas da vinificação 9. Engarrafamento 9.1. Máquinas 9.2. Gases inertes e proteção contra a oxidação 9.3. Embalagens 10. Envelhecimento em garrafas 10.1. Reações predominantes em ausência de oxigênio 10.2. Formação do bouquet ou aroma terciário. 10.3. Potencial de longevidade VII. Etapas da vinificação de vinhos espumantes 1. Elaboração do vinho base 1.1. Características analíticas e sensoriais desejadas 1.1.1. Técnicas aplicadas para sua obtenção 2. Clarificação e estabilização 3. Segunda fermentação na garrafa: detalhes tecnológicos e bioquímicos 4. Segunda fermentação em autoclave: detalhes tecnológicos e bioquímicos 5. Elaboração de espumante pelo processo Asti: detalhes tecnológicos e bioquímicos VIII. Etapas da vinificação de vinhos licorosos 1. Vinhos licorosos secos ou semi-doces (vins de liqueur) (Elaborados com adição de álcool) 1.1. Principais vinhos e detalhes de elaboração Porto; Madeira; Jerez; Marsala 2. Vinhos licorosos doces não aromáticos (liquoreux) (Doces naturais) 2.1. Principais vinhos e detalhes de elaboração Sauternes; Tokaj; Vinsantos (toscano e trentino); Trockenbeerenausleses; Vins de paille; Vins de glace Vins jaunes 3. Vinhos licorosos doces aromáticos (Doces naturais) 2.1. Principais vinhos e detalhes de elaboração Muscat de Frontignan; Moscato naturale d’Asti IX. Vinhos do mundo - aspectos gerais 1. Vinhos tintos tranqüilos 1.1. Vinhos de alta gama e /ou de alta notoriedade: Bordeaux, Bourgogne, Toscana (Chianti, Montalcino, Montepulciano), Valpolicella (Amarone), Priorat, Alto Douro 1.2. Vinhos ‘emblemáticos’: Califórnia, África do Sul, Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Suíça, Brasil 2.3. Vinhos surpreendentes: Neuquén, novas regiões brasileiras, China (Ningxia), vinhos de altitude / vinhos tropicais. 2. Vinhos brancos tranqüilos 2.1. Vinhos de assemblage: raros 2.2. Vinhos varietais: Chardonnay, Sauvignon blanc, Pinot gris, Gewürztraminer, Sylvaner, Rieslings, Muscats 2.3. Vinhos especiais: vin de glace, vinhos da Europa central, Austrália, Nova Zelândia, Chile e Brasil (novas regiões) IX. Vinhos do mundo - aspectos gerais 3. Vinhos rosados 3.1. Diferentes métodos de elaboração: univarietais, assemblage de rosés, assemblage tinto + branco, maceração curta. 3.2. Principais vinhos: França, Espanha e Itália. Brasil... 4. Vinhos frisantes Principais vinhos - Itália e Brasil: o Prosecco 5. Vinhos espumantes 5.1. Métodos champenoise e Charmat 5.2. Vinhos de alta gama e /ou de alta notoriedade: Champagne 5.3. Vinhos surpreendentes: Francciacorta, Cava, espumantes brasileiros 6. Vinhos espumantes moscatéis 6.1. O método Asti 6.2. Os moscatéis brasileiros. 7. Vinhos espumantes ou frisantes artificiais Considerações pessoais IX. Vinhos do mundo - aspectos gerais 8. Vinhos espumantes ou frisantes de uvas labruscas e/ou híbridas 9. Vinhos licorosos 9.1. Secos ou moderadamente doces: Jerez, Marsalla, Madeira, Vins Jaunes, Porto 9.2. Vinhos doces: Tokaj, Sauternes, Recioto della Valpolicella, Vinsanto (Toscano; Trentino), Vins de Paille 10. Vinhos compostos 10.1. Vinhos de maior notoriedade: a predominância da marca 10.2. Vermute (aromatizado) X. Tópicos de controle de qualidade 1. Principais análises por família de componentes do vinho 2. Evolução dos teores de certos compostos 3. Análise sensorial aplicada ao controle de qualidade 3.1. Degustação de base 3.2. Degustação para avaliação quantitativa 3.3. Degustação comparativa para avaliação qualitativa 4. Perfil analítico, sensorial e qualidade e longevidade de vinhos XI. Vinícolas e princípios de vinificação 1. Vinificação em escala descendente 2. Equipamentos e rotinas 3. O tempo como aliado da qualidade do vinho 4. Considerações finais e conclusões XII. Bibliografia JOHNSON, H. O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos. Ed. Siciliano. São Paulo.208. JOHNSON, H. A História do Vinho. Companhia das Letras. São Paulo. 1999. JOHNSON, H. Como apreciar vinhos. Ediouro S.A. Rio de janeiro. 1991. McCARTHY E. & EWING, M. Vinho para leigos. Mandarim. São Paulo. 1996. PIRES, L. Enciclopédia de Vinhos. Editora Record. Rio de Janeiro. 1993. JOBÉ, J. (Editor). El Grand Libro del Vino. Editorial Blume. Barcelona. 1979. CLARKE, O. The Wine Book. Portland House. New York. 1990. RIBÉREAU-GAYON, P & DOVAZ, M. Guide Pratique du Vin - Hachette. Paris. 1994. PEYNAUD, E. Conhecer e Trabalhar o Vinho. Ed. Portuguesa. Lisboa. 1982. USSEGLIO-TOMASSET, L. Chimica enologica. AEB Ed. Brescia, 1978. DE ROSA, T. Tecnologia dei vini spumanti. AEB Ed. Brescia, 1979. DE ROSA, T. Tecnologia dei vini rossi. AEB Ed. Brescia, 1979. DE ROSA, T. Tecnologia dei vini liquorosi e da dessert. AEB Ed. Brescia, 1979.