PROJETO DE VISITAÇÃO BÊNÇÃO DAS CASAS Preparação dos missionários/as visitadores/as INTRODUÇÃO Dentre as atividades do ano centenário (2008), em sintonia com o que nos foi pedido na Assembléia de Pastoral de 2007, estamos incentivando nossas paróquias a realizar a visitação e bênção das casas. A visitação e bênção das casas deve ser realizada pelas lideranças de nossas paróquias, a começar pelos ministros e ministras da visitação e bênção. Porém, tendo em vista a quantidade de casas, apartamentos, etc. que existem em nossas paróquias, é necessário que se unam aos ministros da visitação e bênção as demais lideranças. A equipe que coordena o Centenário sugere que a visitação aconteça no tempo pascal de 2008. Os visitadores e visitadoras, escolhidos pelas paróquias, receberão de Dom Murilo o ministério extraordinário da visitação e da bênção. É importante que cada paróquia promova a formação de seus visitadores. A visitação das casas no centenário tem como Objetivo Geral o mesmo de todos os demais projetos: celebrar o centenário da criação da Diocese de Florianópolis à luz do Tema: Discípulos e missionários de Jesus Cristo e do Lema: “De graça recebestes, de graça daí” (Mt 10,8). Os Objetivos Específicos deste projeto são os seguintes: a. Levar, de pessoa em pessoa, de casa em casa, a Boa Notícia do Centenário e do quanto Deus tem feito acontecer na evangelização do seu Povo, em Santa Catarina, nos 100 anos (de 1908 a 2008). b. Agradecer, em família, esse passado como dom de Deus. c. Tomar consciência do centenário celebrado no decorrer do ano de 2008 e motivar à Ação de Graças a partir da família, convidando‐a para as grandes celebrações, em âmbito paroquial, comarcal e arquidiocesano. d. Proclamar uma Palavra de Deus que anime a todos a prosseguirem no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, iniciado no Batismo, como seus discípulos missionários (Mt 10, 1‐8; 24‐30; 40‐42). e. Oferecer a Bênção de Deus para a casa e seus moradores. PRIMEIRO TEMA: Entendendo o Centenário de criação da Diocese de Florianópolis a. Quando foi criada a Diocese de Florianópolis? A diocese de Florianópolis foi criada dia 19 de março de 1908 pelo Papa Pio X, com a Bula Quum Sanctissimus Dominus Noster (Tendo em vista que o Santíssimo Senhor nosso). Na época, a nova diocese compreendia todo o estado de Santa Catarina. Diocese é uma porção do povo de Deus, cujo cuidado pastoral está confiado ao bispo diocesano. Uma diocese nasce da necessidade de se dar uma maior atenção pastoral a uma determinada região. Em 1927 nossa Diocese tornou‐se Arquidiocese da nova Província Eclesiástica de Santa Catarina. Isso se deu com a criação das Dioceses de Lages e Joinville. Atualmente, a província eclesiástica de Santa Catarina possui 10 dioceses. Nesses cem anos de diocese muitos foram os que aqui se dedicaram: bispos, padres, diáconos, leigos e leigas, religiosos e religiosas. Destacamos os nossos pastores: Dom João Becker (1908‐1912); Dom Joaquim Domingues de Oliveira (1914‐1967); Dom Afonso Niehues (1967‐1991); Dom Eusébio Oscar Scheid (1991‐2001); Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger (2002‐...). Alguns bispos auxiliares nos ajudaram e continuam nos ajudando: Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger (1985‐1991); Dom Vito Schlickmann (1995‐2004); D. José Negri (2005‐...). De 1957 a 1965 tivemos um arcebispo coadjutor, Dom Frei Felício César da Cunha Vasconcellos, com direito a suceder Dom Joaquim. Porém, Dom Felício foi transferido para Ribeirão Preto antes de Dom Joaquim tornar‐se emérito. 1 b. Porque celebrar o centenário da Diocese (agora Arquidiocese de Florianópolis)? • • • Queremos, no ano centenário: Relembrar do passado, reconhecendo nele os dons de Deus – por exemplo: os santos que aqui viveram, quer reconhecidos pela Igreja (Santa Paulina, e também a Beata Albertina, já que na época em que viveu, a região da atual Diocese de Tubarão pertencia à Florianópolis), quer não; Tomar consciência do presente e renovar nossa entrega ao Senhor; Cultivar a esperança no futuro, preparando‐o com novas formas de evangelização e novas práticas pastorais. c. Que frutos se espera da celebração do centenário de nossa Diocese? Além da multiplicação de ações de graça e atos de louvor à Santíssima Trindade pelas graças recebidas, desde a criação da Diocese de Florianópolis, espera‐se que a celebração do centenário nos ajude a ouvir, com renovada abertura de coração, a advertência do Senhor: “Teme a Deus. Pois eu, o Senhor, sou vosso Deus. Cumpri minhas leis e observai meus decretos. Ponde‐os em prática e vivereis seguros na terra” (Lv 25, 17‐18). d. Qual é o lema do centenário da Diocese de Florianópolis? O lema são as palavras de Jesus, que lemos no Evangelho de Mateus: “ De graça recebestes, de graça daí ” (Mt 10,8). e. O que diz a Oração do Centenário da Diocese de Florianópolis? A oração do Centenário começa assim: “Bendito sejais, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, porque em vossa infinita bondade nos dais a graça de celebrar o centenário de criação de nossa Diocese”. Depois de agradecer a fidelidade dos que nos antecederam, de reconhecer sua presença na Palavra e na Fração do Pão, manifestamos ao Senhor o desejo de fazer sua vontade, contando com a intercessão da Mãe de Seu filho. f. O que diz o hino do Centenário da Diocese de Florianópolis? O hino acentua que somos discípulos e missionários de Jesus Cristo; que em Santa Catarina a Igreja cresceu e deu frutos/ que queremos continuar aclamando sua presença no meio de nós/ e que sentimos necessidade de ouvir o que o Espírito Santo nos diz: “De graça recebestes, de graça daí”. g. Qual o significado da logomarca do Centenário? A logomarca tem por finalidade identificar todo material preparado para as celebrações. Seu fundo é de cor vinho (lembra o mistério de nossa Redenção, a Eucaristia e o testemunho da vida cristã dado ao longo dos cem anos) e apresenta uma cruz, sinal do cristianismo; um báculo, lembrando que Cristo é o Pastor e o bispo, seu enviado; o livro do Evangelho, o Pão e o Cálice, clara representação do mistério da Eucaristia, por meio da qual a Arquidiocese recebe a vida; peixes, lembrando os cristãos; água, lembrando o Batismo e o oceano que banha nossa Arquidiocese. h. Que conseqüências deverão ter as celebrações e atividades do centenário de criação da Diocese de Florianópolis? Queremos que a celebração do centenário tenha como conseqüências aquelas desejadas pelo Senhor, ao instituir as celebrações jubilares (Lv 25): recordar permanentemente que Deus é o Senhor de tudo; que os bens deste mundo são para todos, e não apenas para alguns/ que é preciso converter‐nos, para viver em plenitude o plano de Deus/ e que Lhe manifestamos nossa gratidão vivendo e agindo de acordo com os ensinamentos de Jesus: “De graça recebestes, de graça daí” (Mt 10,8). Enfim, a celebração do centenário deverá promover uma grande missão evangelizadora, na linha do que é proposto no Documento de Aparecida. 2 SEGUNDO TEMA: A espiritualidade do Missionário/a Visitador/a 1. Um chamado de Deus e da Igreja a ser respondido. É o chamado batismal. ‐ Viver a consciência do chamado batismal à missão evangelizadora. Deus chama, pelo Batismo, a ser profeta, sacerdote e pastor. É o chamado de todos os batizados. No batismo está o chamado de Jesus para que eu seja seu discípulo missionário. “Vamos formar uma rede de missionários para o ministério da Visitação e da Bênção”. 2. Um chamado para a missão ‐ Na celebração do centenário, o chamado de Deus concretiza‐se numa missão bem específica: a missão de visitar as casas de nossa paróquia para evangelizar e abençoar a partir da celebração do centenário. 3. A identidade do Missionário Visitador – Quem é chamado a ser Missionário Visitador, recebe uma preparação para exercer bem esta missão e a provisão de nosso Arcebispo para visitar e abençoar em nome da Igreja. Precisa ter clara e assumida a identidade do Missionário Visitador. a. Quem sou? Sou católico. Sou discípulo missionário de Jesus Cristo. Ele é, decididamente, para mim, o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14, 6). Quero viver a sua Vida em plenitude (Jo 10,10), assim como prometi no Batismo, confirmei na Crisma e, sempre que declaro a minha fé no “Creio em Deus Pai...” (o Credo). b. Quem sou? Sou um convidado por Deus, através da Igreja, para integrar o grupo dos Missionários Visitadores. c. Respondendo sim, torno‐me um voluntário para esta missão de ir, de casa em casa, levando a boa notícia do centenário e a Bênção de Deus. d. Quero aproveitar esta Missão para viver, em maior profundidade, a identidade cristã, católica e a missão batismal e ajudar muitos outros a viverem também o seu batismo. Sei que não é um crachá que conta, nem outro sinal externo, mas as atitudes, palavras, comportamento de fé e amor, a exemplo de Cristo. 4. A resposta ao chamado de Deus e da Igreja é a resposta da FÉ – Procurar viver a consciência da fé como resposta ao chamado batismal. O Missionário Visitador vai cultivar a resposta da fé a exemplo: a. do profeta Isaías: “Eis‐me aqui; enviai‐me” (Is 6,8); b. da Virgem Maria: “Eis aqui a serva do Senhor; faça‐se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38); c. dos Apóstolos: “e eles deixaram tudo e seguiram Jesus” (Mt 4,22). 5. A resposta do Missionário Visitador ‐ É também uma manifestação da fé assumida no Batismo. Da fé em Cristo, que se desenvolve, depois de conhecê‐lo, amá‐lo, encontrar‐se com ele, segui‐lo já há um bom tempo, vem a alegria, a coragem, o entusiasmo... que, o Missionário Visitador precisa ter em seu coração. Esta fé viva o move a responder sempre “Sim” a Deus. Precisa pedir também: “Senhor! Eu creio, mas aumenta a minha fé” (Lc 17, 5). Com fé viva, encontra disposição e tempo para uma boa preparação para a missão. Na fé encontra, também, disposição para a ORAÇÃO. Da oração sai forte e destemido para bater à porta das casas, dos apartamentos, dos barracos... Da oração vem a firmeza para ir ao encontro do desconhecido. A fé dar‐lhe‐á forças para enfrentar distâncias sem reclamar; para escutar, com grande humildade, as pessoas que julgam e condenam a Igreja. A resposta ao chamado de Deus e da Igreja é a resposta da ESPERANÇA CRISTÃ. O Missionário Visitador aproveita esta missão de ir às casas, para cultivar a Esperança Cristã. Nossa esperança está em Jesus; em suas promessas (Palavra), nos Sacramentos, na sua Igreja, na sua presença no meio de nós. A Esperança Cristã leva o Missionário Visitador a considerar mais o bem do que o mal, que há nas pessoas e nas famílias . “Nossa esperança tem nome, sobrenome, e endereço: é Nosso Senhor Jesus Cristo”. Por isso nas visitas não critica. Escuta tudo com paciência e oferece Jesus como resposta. Também não se perde em fofocas ou em assuntos que distanciam dos objetivos da missão. Depois da visita, as pessoas visitadas devem se sentir renovadas em sua Esperança Cristã. Isto é possível com a graça de Deus. Por isso também, cada visita deve ser preparada pela oração e feita em clima de oração. Quem planta Esperança Cristã colhe frutos de Esperança Cristã. 3 6. A resposta ao chamado de Deus e da Igreja é resposta de Caridade – Não pode faltar na visita missionária a CARIDADE: o amor a Deus e o amor aos irmãos. A caridade, como São Paulo à apresenta em 1Cor 13, 1‐13. As palavras passam; serão esquecidas, as atitudes de bondade, paciência, compreensão, misericórdia, amor, de partilha, de fidelidade ao amor de Deus, de perdão... poderão ser guardadas no coração por muitas pessoas e atravessar gerações. Uma visita de caridade é sempre lembrada e gera mais vida. 7. O Missionário Visitador leva Jesus Cristo às famílias – Toma como exemplo inspirador de suas visitas: ‐ a visita do Arcanjo Gabriel à Maria de Nazaré (Lc 1, 26‐38). ‐ a visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel (Lc 1, 39‐56). Vai com a simplicidade e a confiança com que Jesus ia à casa de Lázaro, Marta e Maria (Lc 10, 38‐42); com a espontaneidade de Jesus entrando na casa de Zaqueu (Lc 19, 1‐10). 8. Os afastados ‐ O missionário visitador dá uma atenção especial aos católicos que estão afastados da Igreja, a exemplo do bom pastor que, amando todas as suas ovelhas, vai a procura da ovelha desgarrada (Jo 10, 11‐16; Lc 15, 1‐7). 9. O método dois a dois – Os Missionários Visitadores, vão sempre dois a dois. É o método recomendado por Jesus aos 72 discípulos (Mt 10, 12‐14). Em dois garantimos uma especial presença de Jesus Ressuscitado na visita (Mt 18, 20; Lc 24, 13‐35). 10. Sigilo – O Missionário Visitador procura ser discreto e até sigiloso sobre a situação particular das famílias e sobre tudo quanto ouvir em confidência no decorrer das visitas. 11. A Palavra ‐ Não deixará de proclamar a Palavra de Deus, com breve reflexão e aplicação prática. Motivando a fidelidade, ao batismo e à vivência do Evangelho. 12. Oração ‐ Animará as famílias à oração diária, à participação na Santa Missa dominical, ou ao Culto Dominical. Se possível, convidará a participar de um Grupo Bíblico em Família. 13. Nunca desanimar ‐ Não desanimará se for mal recebido (Rm 12, 14; 1Cor 4, 8‐13). 14. Desafios ‐ Procurará preparar‐se com antecedência, enquanto for possível para enfrentar com fé, alegria e simplicidade os desafios tais como: a) atingir os apartamentos num edifício; b) chegar aos condomínios fechados; c) enfrentar o anonimato; d) ultrapassar a televisão; e) valer‐se do telefone, etc. TERCEIRO TEMA: Informações práticas para a visitação e bênção das casas a. O método para a realização da visitação e bênção dos lares No texto sobre a espiritualidade do missionário visitador já aprendemos que o método deve ser aquele de Jesus: de dois a dois. Os Missionários Visitadores, vão sempre dois a dois. É o método recomendado por Jesus aos 72 discípulos (Mt 10, 12‐14). Em dois garantimos uma especial presença de Jesus Ressuscitado na visita (Mt 18, 20; Lc 24, 13‐35). Entendemos que o grupo deve ser constituído de dois ou três missionários visitadores. b. Materiais que os missionários visitadores devem levar consigo na visitação e bênção das casas Cada pequeno grupo de missionários que irá visitar um lar deve levar consigo: • A Bíblia que será utilizada para a proclamação do Evangelho: Mt 10, 1‐13. É importante que essa passagem já esteja assinalada para ser mais facilmente encontrada na hora da proclamação; • Uma vasilha com água benta. Importante que a água, abençoada pelo pároco, seja levada num recipiente simples, mas digno. Se for utilizada uma garrafa de vidro ou plástico, que sejam retirados os rótulos. 4 Quando a água benta for levada numa garrafa, por exemplo, na hora da bênção pode ser colocada um pouco dessa água num copo, e a aspersão pode ser feita com um ramo ou algo parecido. O ramo ou o aspersório deve ser providenciado antecipadamente; • O crachá de identificação. Cada missionário visitador deverá possuir um crachá de identificação. A Arquidiocese elaborou um único crachá para todos. Cada paróquia encomendou o necessário para os seus missionários visitadores. No caso de faltarem crachás, cada paróquia poderá providenciar um crachá de identificação ou até mesmo copiar o modelo feito para toda a Arquidiocese; • O folheto da celebração. Trata‐se da celebração que será feita em cada lar. Cada grupo de missionários visitadores deve levar uma quantia tal que as pessoas presentes, em cada lar, possam acompanhar a celebração. Terminada a celebração, os missionários recolhem os folhetos para que possam ser utilizados na casa seguinte. Cada paróquia encomendou uma determinada quantia de celebrações. Caso faltem folhetos, as paróquias podem fotocopiar o folheto elaborado pela Arquidiocese; • Um folder sobre o centenário que deve ser deixado em cada lar, como lembrança da visita e divulgação do centenário de criação da diocese. Cada paróquia encomendou uma quantidade suficiente de folders para a visitação. Além do folder, cada paróquia pode pensar em alguma outra lembrança que poderia ser deixada no lar; • Incentivamos também cada paróquia a elaborar um folheto com informações úteis sobre a vida paroquial que poderá ser deixado nas casas. Para as paróquias que possuem um informativo paroquial, a visitação e bênção da casa é uma ótima oportunidade para fazer a distribuição do informativo. Se for possível, incentivar à leitura do Jornal da Arquidiocese e a acompanhar algum programa católico de rádio ou de televisão. Para isso, é necessário saber informar alguns horários: levá‐los por escrito e entregá‐los em mãos. c. Entendendo a celebração que será realizada em cada lar Cada grupo de missionários visitadores que irão a uma casa deverão levar consigo algumas cópias da “celebração e bênção da casa”, a fim de que todos os presentes possam acompanhar a celebração. Trata‐se de uma pequena, mas significativa celebração centrada no anúncio da Palavra de Deus e na Bênção do Lar. A celebração tem início com o sinal da cruz e o conhecido canto “este encontro será abençoado”. A seguir, com calma e expressão, um dos ministros visitadores proclama Mt 10, 1‐13. Para tanto, os missionários visitadores devem levar consigo a Bíblia. Terminada a proclamação, invoca‐se o Espírito Santo através de um refrão conhecido (como por exemplo, “Vem Espírito Santo, vem!” ou “A nós descei Divina Luz!”). A seguir, um dos missionários visitadores (previamente escolhido e preparado) faz uma pequena meditação sobre o texto bíblico que foi proclamado. É interessante que seja ressaltado o versículo 8b: “De graça recebestes, de graça dai” e o versículo 12: “entrando numa casa, saudai‐a: paz a esta casa”. Terminada a meditação, o ministro que preside reza a oração da Bênção e, aspergindo a casa com água benta, conclui a oração. Uma vez feita a bênção e, tendo aspergido o lar, se fazem as preces, rezam‐se o Pai‐ nosso, a Ave‐Maria, o Glória ao Pai e é concluída a celebração. d. Indicações importantes para a visitação Os missionários visitadores irão em nome do Senhor Jesus. Portanto, é fundamental assumir uma postura e atitudes dignas de um discípulo‐missionário de nosso Senhor Jesus Cristo. É importante: • Ter presente o sentido da missão, assim como estudamos no texto sobre a espiritualidade do missionário visitador. A visitação e bênção é uma ação de Deus para a qual nos colocamos ao seu serviço. É fundamental o espírito evangélico e o clima de oração que deve marcar cada visita; • Utilizar roupas dignas para o momento; • Agir sempre com discrição, evitando exageros, brincadeiras indevidas, comentários inoportunos, etc.; 5 • Manter sempre o sigilo quanto às conversas que podem acontecer em cada lar, ou sobre as impressões que cada um poderá ter ao entrar numa casa. De maneira alguma fazer comentários negativos sobre os lares visitados. É preciso ser discreto e manter o sigilo sobre tudo o que acontecer; • Mais do que falar, saber ouvir; • Agir sempre com caridade. As palavras passam, os gestos de caridade permanecerão; • Evitar, durante a visitação e bênção de um lar, discussões sobre temas polêmicos. Se as pessoas da casa começarem a tratar de assuntos polêmicos ou a fazer perguntas para as quais os missionários visitadores não foram devidamente preparados, devem procurar orientar as pessoas para que busquem o padre, na paróquia, já que o momento da visitação é mais voltado para a celebração e bênção do lar; • Anotar o que as pessoas podem pedir durante a visitação. Por exemplo: um doente para ser visitado, receber a unção, a confissão, a comunhão; algum membro da família que quer receber um sacramento, etc. Tudo isso pode ser muito útil para as atividades pastorais e evangelizadoras da paróquia. Portanto, cada grupo de missionários visitadores providencie um caderno e caneta para possíveis anotações. e. Alguns lembretes interessantes em vista da vida paroquial • É importante que os missionários visitadores estejam atentos, em cada lar, com os doentes e idosos. Percebendo a existência de uma pessoa idosa ou doente, o missionário visitador deve dar o máximo de atenção e, se possível, encaminhar as informações para a pastoral da saúde, para os ministros extraordinários da eucaristia, para o padre, etc. • Os missionários visitadores devem conhecer também os Grupos Bíblicos em Família (GBF), e sempre que possível, convidar as pessoas para participarem dos Grupos Bíblicos em Família que existem naquela rua. Portanto, é importante que os missionários visitadores saibam onde existem os Grupos Bíblicos e procurem, a partir da visitação e bênção dos lares, multiplicá‐los na paróquia. • O projeto da visitação e bênção dos lares quer ter uma dimensão missionária. Portanto, é importante que os missionários visitadores não procurem somente os lares daqueles irmãos e irmãs que já participam da vida paroquial. É importante buscar também os lares daqueles que não participam ou não conhecem devidamente a vida de nossas comunidades eclesiais, de nossas paróquias. • Evitar visitas longas. O ideal é que sejam de 10 a 20 minutos. Se houver necessidade de mais tempo, é bom programar uma revisita. Conclusão “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações (...). Ensinai‐lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28, 19‐20). Este é o grande horizonte dos missionários ministros da visitação. Subamos, se possível, a um lugar bem alto e de lá, olhemos todas as casas para as quais o Senhor nos envia com o Evangelho, a bênção da Igreja e os objetivos da missão. Depois, vamos descer. Agora vamos dois em dois, de casa em casa, com a certeza, da nossa fé: Jesus está conosco. O Espírito Santo nos dirá o que devemos pensar, escutar, dizer como devemos agir e o que devemos fazer, para a maior glória de Deus, o bem das almas das pessoas e das famílias que encontramos e para a nossa própria santificação. O Eterno Pai nos acompanha com o seu olhar providente e misericordioso. Nossa Senhora, os Santos e os Anjos intercedem por nós. 6 Celebração da bênção a ser feita nas casas 7 Oração e Hino do Centenário Oração do Centenário Hino do Centenário Bendito sejais, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, porque em vossa infinita bondade nos dais a graça de celebrar o centenário de criação da nossa diocese. De graça recebestes, de graça dai! De graça recebestes, de graça dai! 1. Discípulos e missionários / de Jesus Cristo, fiéis ao Evangelho, seguindo sua Cruz! Cem anos já foram passados / que a diocese criada por Pio Décimo, foi dom de Deus! Somos agradecidos pela fidelidade dos que nos antecederam, pelos bispos que aqui trabalharam, pelos padres e diáconos que vos serviram, pelos leigos e leigas que aqui viveram sua fé e pelos religiosos e religiosas que testemunharam o Reino futuro. Os dons recebidos nos fazem lembrar a advertência de vosso Filho: "De graça recebestes, de graça dai!" (Mt 10,8). 2. Em Santa Catarina a Igreja / cresceu, deu frutos: de uma só diocese, agora são dez! Com júbilo nós celebramos / o centenário regado pelo suor, pela fé, pelo amor! 3. Aos bispos que aqui trabalharam / padres, diáconos, a eles nosso preito de amor, gratidão. Aos religiosos, religiosas, / leigos e leigas, a todos a memória do imenso labor! 4. O bem que nós realizamos / foi pura graça: são obras que o Senhor preparou para nós! (cf Ef 2,8-10) Queremos acolher a todos / em torno à Mesa, e continuar clamando: Ele está entre nós! Como discípulos e missionários de Jesus Cristo, desejamos reconhecer sua presença na Palavra e na Fração do Pão e, com alegria, continuar proclamando: Ele está no meio de nós! 5. Maria, Mãe de Deus e nossa, / Mãe do Desterro, conosco ela caminhe e nos mostre Jesus! E Catarina, a Padroeira, / Virgem e Mártir, alcance-nos coragem, firmeza na fé! 6. Queremos, Pai, ser vosso povo, / Igreja santa, Sinal do vosso amor, comunhão e missão! O nosso ouvido está atento / à voz do Espírito. O Espírito que fala às Igrejas, nos diz: (cf Ap 2,7). Queremos, Pai, fazer vossa vontade, sendo Povo Santo, Igreja diocesana, sinal do vosso amor na comunhão e na missão. Na caminhada para vós, anima‐nos a intercessão da Mãe de vosso Filho, Nossa Senhora do Desterro. A vós, Pai, com o Filho e o Espírito Santo, honra e glória, louvor e gratidão, pelos séculos sem fim. Amém! Para reproduzir esse material, o conteúdo pode ser baixado e vizualizado no site da Arquidiocese: Projeto de Visitação e Benção das Casas Preparação dos visitadores e visitadoras http://www.arquifln.org.br/centenario/downloads.php 8