Resistências dos Materiais - Aula 5 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS – AMB 28 AULA 5 Tração e compressão Professor Alberto Dresch Webler - 1 Resistências dos Materiais - Aula 5 Introdução a mecânica dos materiais • A mecanica dos materiais é um ramos da mecanica aplicada que lida com o comportamento de corpos sólidos sujeitos a diversos tipos de carregamento. • Também chamados de resistência dos materias e mecânica de corpos deformáveis. 2 Resistências dos Materiais - Aula 5 Introdução a mecânica dos materiais • O principal objetivo da mecânica dos materiais é determinar as tensões, deformações e deslocamentos em estruturas e seus componentes devido a ação de cargas sobre eles. • Se pudermos determinar essas quantidades para todos os valores das cargas, até as que causam falha, teremos uma noção completa do comportamento mecânico dessas estruturas. 3 Resistências dos Materiais - Aula 5 Introdução a mecânica dos materiais • Por exemplo: Uma rede de água de aço (utilizados normalmente em adutoras). Se conhecermo todas as propriedades do material empregado, podemos determinar a pressão máxima de trabalho. Identificar juntamente as juntas das tubulações se são adequadas para tais enforços solicitados. Qual a pressão máxima e minima que a rede de água deve ter? 4 5 Resistências dos Materiais - Aula 5 Introdução a mecânica dos materiais • Assim o entendimento do comportamento mecânico é essencial para o projeto seguro de todos os tipo de estruturas como: • Aviões; E o engenheiro superestima? • Antenas; • Prédios; Em geral eles superestimam • Pontes; • Maquinas; • Motores. E na engenharia Ambiental? Rede de água, esgoto, adutoras, ETE e ETA... O pedreiro faz calculo em suas estruturas? 6 panoramio.com/photo/52607417 • Na mecânica dos materias vamos examinar tensões e deformações dentro de corpos reais, isto é, corpos de dimensões finitas que deformam sob cargas. salvemixconcreto.com.br Resistências dos Materiais - Aula 5 Introdução a mecânica dos materiais 7 • Leonardo da Vinci (1452 – 1519 – 67anos) e Galileu Galilei (1564-1642 – 78anos), conduziram experimentos para determinar a resistência de fios, barras e vigas, porém não desenvolveram teorias, pelos padrões atuais. • Leonhand Euler (1707-1783 – 76 anos) desenvolveu a teoria matemática de colunas e calculou carga crítica de uma coluna em 1744. O que é carga crítica em pilar? www.engenhariax.com Resistências dos Materiais - Aula 5 Um pouco de História 8 Resistências dos Materiais - Aula 5 • Tensão e deformações Normais 9 Tensão e deformações normais Resistências dos Materiais - Aula 5 • A base da mecânica são TENSÃO e DEFORMACÂO. • Na disciplina, muitas vezes usaremos uma barra prismática. • O que é uma barra prismática? • É um membro estrutural reto, com a mesma seção transversal ao longo do seu comprimento. 10 Resistências dos Materiais - Aula 5 Tensão e deformações normais Compressão Tração 11 Tensão normal Resistências dos Materiais - Aula 5 • Tensão é dada em unidades de força por unidade de área e é referida pela letra grega – σ (sigma). • As tensões podem ser uniformes por toda a área ou podem variar em intensidade de um ponto para outro. a b a b 12 Resistências dos Materiais - Aula 5 Tensão normal • A resultante dessas tensões deve ser igual a magnitude da tensão aplicada, multiplicada pela área da seção transversal – A da barra, ou seja, P = σ.A. • Logo: σ (Pa ou N.m-2) = 𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚2 ) a b a b 13 Resistências dos Materiais - Aula 5 Tensão normal 14 Tensão normal Resistências dos Materiais - Aula 5 • Tensão de compressão Tensão Normal • Tensão de tração 15 Resistências dos Materiais - Aula 5 Tensão normal • Como vimos a unidade do SI é N.m-2 ou mesmo Pa (Pascal), no qual é uma unidade de tensão tão pequena que é necessário trabalhar com múltiplos grandes. • Normalmente utilizado MPa. • Outra forma muito utilizada para expressar a tensão é N.mm-2 16 Tensão normal • Por exemplo: 𝑃 •σ= = Resistências dos Materiais - Aula 5 𝐴 27 𝑘𝑁 𝑃 π𝑟 2 = 27 𝑘𝑁 π(25𝑚𝑚)2 = 13,8MPa ou 13,8.106 N.m-2 • Nesse calculo é tração ou compressão? • Compressão visto o valor positio. 50𝑚𝑚 17 Tensão normal 𝑃 𝐴 Resistências dos Materiais - Aula 5 • A equação σ= é valida somente se a tensão estiver uniformemente distribuida sobre a seção transversal da barra. • Vídeo 6 www.uepg.br 18 Tensão normal Resistências dos Materiais - Aula 5 • A distribuição de tensão no elemento qualquer depende de como a força é transmitida para a barra. • Se for distribuída uniformemente sobre a extremidade, então o padrão de tensão na extremidade será igual ao todo o resto da barra. 19 Resistências dos Materiais - Aula 5 Tensão normal • Usualmente a tensão é transmitida através de um pino ou parafuso, produzindo altas tensões localizadas chamadas de concentrações de tensão. • Por exemplo por essa biela: Onde atua o pino, sobre a biela, a distribuição de tensão é complexa Entre as extremidades tende a ser mais distribuida 20 Tensão normal Resistências dos Materiais - Aula 5 • Como uma regra prática, a formula: σ= 𝑃 𝐴 • Pode ser utilizada com sucesso em uma barra prismática que esteja no mínimo tão longe da concentração de tensão a quanto maior a dimensão lateral. 21 Tensão normal Resistências dos Materiais - Aula 5 • Mesmo quanto a tensão não é distribuida uniformemente, a equação: σ= 𝑃 𝐴 • Pode ainda ser útil porque fornece a tensão normal média da seção transversal. 22 Resistências dos Materiais - Aula 5 Resistências dos Materiais - Aula 5 Deformação normal Quando aplicamos a carregamento axial, podemos ter a tração ou compressão. 23 Deformação normal Resistências dos Materiais - Aula 5 L Area - A Area - A Area - A 𝐿 4 𝐿 4 L 𝐿 4 δ P 𝐿 4 Area – A/2 𝛿 4 𝛿 4 𝛿 4 L L δ ε= 𝐿 𝛿 4 2δ 2P 4δ 2P Deformação normal 24 Resistências dos Materiais - Aula 5 Deformação normal – Exemplo 1 • Considere um barra de aço tendo comprimento L igual a 2,0m. Quando carregada pesadamente em tração, essa barra pode alongar 1,4mm, o que significa que a deformação normal é? δ ε= = 𝐿 1,4𝑚𝑚 2,0𝑚 − = 1,4.10 3𝑚 2,0𝑚 = 0,0007 = 7.10-4 Fonte: estreladosmetais.com.br 25 Resistências dos Materiais - Aula 5 Deformação e tensão uniaxiais • O calculo de tensão normal (σ) e deformação normal (ε) são puramente baseados em considerações estáticas e geométricas. Podem ser usadas para todos os materiais desde que seja respeitado: • A deformação da barra sera uniforme ao longo do seu volume; • Barra seja prismática; • Material homogeneo; • Que as cargas ajam no centroide das seções transversais. • O resultante da tensão e deformação é denominado deformação e e tensão uniaxial. 26 Resistências dos Materiais - Aula 5 Exemplo 2 • Um poste curto, construído de um tubo circular vazado de alumínio, suporta uma carga de compressão de 240kN (figura abaixo). • Os diametros internos e externos do tubo são d1=90mm e d2 =130mm, respectivamente, e seu comprimento é 1m. • O encurtamento devido a carga foi 0,55mm. • Determine a tensão e a deformação de compressão do poste (desconsidere o peso do poste e assuma que o ponte não envergue sob aplicação da carga). 27 • 30 de Abril da aula 1 ao 6 28 Exemplo 2 Resistências dos Materiais - Aula 5 • Primeiro passo é determinar a área. 130mm 90mm • Área do circulo =π.r² • Área do tubo = Área do circulo maior – Área do círculo menor • A= π.130² - π.90²= π(65²-45²)= 6912mm² 29 Exemplo 2 Resistências dos Materiais - Aula 5 • 2 passo é determinar a tensão normal. 130mm 90mm • Área do circulo =6912mm² •σ= 𝑃 𝐴 = 240𝑘𝑁 6912 = 34,7𝑀𝑃𝑎 30 Exemplo 2 Resistências dos Materiais - Aula 5 • 3 passo é determinar a deformação normal. 130mm 90mm • Área do circulo =6912mm² δ 0,55𝑚𝑚 • ε= = 𝐿 1.000𝑚𝑚 = 550.10-6 31 Resistências dos Materiais - Aula 5 Exemplo 3 • Uma haste circular de aço de comprimento L e diâmetro d é pendurada em um poço e segura um balde de minério de peso W na sua extremidade inferior (Figura abaixo). 32 Cont. exemplo 3 Resistências dos Materiais - Aula 5 • (a) Obternha uma fórmula para a tensão máxima σmax na haste, levando em conta o peso próprio da haste. • (b) Calcule a tensão máxima se L=40m, d=8mm e W=1,5kN. 33 Resolução Resistências dos Materiais - Aula 5 • a)Primeiro passa é determinar o peso do balde + haste de aço Vamos chamar de W0 o peso da haste. W o peso do balde. W0= γ.V = γ.L.A P = W + W0 = W+γ.L.A γ= peso específico 34 Resistências dos Materiais - Aula 5 Resolução • a) Logo: W+γ.L.A σ= 𝑃 𝐴 = W+γ.L.A 𝐴 = 𝑊 𝐴 + γ.L 35 Resistências dos Materiais - Aula 5 Resolução • b) Relembrando L=40m, d=8 mm e W = 1,5kN • Qual o peso específico do aço? 7850Kg/m³ ou 77Kn/m³ (Obs. Pg 823 do livro texto). σ= 𝑃 𝐴 = 1,5 𝑘𝑁 π(0,004)² + 77kN.40m= 29,8+3,1=32,90MPa 36 Lista 5 PA 37 • Os projetos devem ser realizados para que funcionem corretamente, assim devemos conhecer o comportamento mecanico dos materiais a diversos esforços. Fonte: mspc.eng.br Resistências dos Materiais - Aula 5 Propriedades mecânicas dos materiais 38 Resistências dos Materiais - Aula 5 Propriedades mecânicas dos materiais • Comumente, a única maneira de determinar como os materias se comportam quando submetidos a cargas é experimentos em laboratório. • Em geral se utiliza pequenos corpos de prova do material em maquinas de testes, aplicar cargas e então mensura as doformações resultantes. • Vídeo 2 39 Resistências dos Materiais - Aula 5 Maquina típica de tração Vídeo 4 40 Resistências dos Materiais - Aula 5 Pontos importantes • As extremidade do corpo de prova circular são aumentados na extremidades onde se encaixam as garras, de forma que a falha não ocorra próximo às garras. • PORQUE? Pois se houver o rompimento nesse pontos extremos, não produziria a informação desejada, devido a distribuição de tensão não ser uniforme. 41 Resistências dos Materiais - Aula 5 Pontos importantes • Para comparação e normatização dos ensaio as dimensões devem ser padronizadas. • Institutos de padronizações são: • No Reino Unido é British Standards Instituion; • Nos Estados Unidos é a American Society for Testing and Materials (ASTM)..... • No Brasil? • ABNT 42 Resistências dos Materiais - Aula 5 Teste estático e dinâmico • Teste estático: • A carga é aplicada lentamente e a taxa precisa de carregamento não é de interesse, porque não afeta o comportamento do corpo de prova. • Teste dinâmico: • A carga é aplicada rapidamente e as vezes ciclica. Como a natureza dinâmica afeta as propriedades dos materiais, a taxa de carregamento deve ser medida. 43 Resistências dos Materiais - Aula 5 Maquina típica de compressão • Vídeos 1 44 Diagrama tensão-deformação www.solocap.com.br Resistências dos Materiais - Aula 5 • Os resultados dos ensaios dependem das dimensões do corpo de prova sendo testado. 45 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Uma vez que é improvavel que seja projetada estruturas com partes do mesmo tamanho que os corpos de prova, é preciso expressar os resultados dos testes de forma que possa ser aplicados a membros de qualquer tamanho. • Um modo simples de atingir esse objetivo é converter os resultados dos testes em tensões e deformação. 46 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • Tensão! Carga axial σ= 𝑃 𝐴 Área • Deformação Alongamento δ ε= 𝐿 Comprimento 47 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Tensão: • Quando usamos a área inicial do corpo é usada nos cálculos, a tensão é chamada de tensão nominal (ou tensão convencional e tensão de engenharia). • Um valor mais exato da tensão axial, chamado tensão verdadeira, pode ser calculado usando a área real da barra na seção transversal onde a falha ocorre. Sendo a área sempre inferior a área inicial, assim a tensão verdade é maior que a tensão nominal. 48 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Deformação: • Se o comprimento inicial for usado no cálculo, então a deformação nominal é obtida. • Porém podemos calcular a deformação verdadeira em qualquer valor da carga, usando a distancia real entre as marcas de medida. Em tração, a deformação verdadeira é sempre menor que a deformação nominal. • Entretantanto, para a maioria das aplicações de engenharia, a tensão nominal e a deformação nominal são adequadas. 49 Diagrama tensão-deformação Aço estrutural • É o aço mais utilizado. www.acoamazonense.com.br Resistências dos Materiais - Aula 5 • Aço estrutural, também conhecido como aço mole ou aço de baixo teor de carbono (0,30%). 50 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 Tensão última Tensão de escoamento Limite de proporcionalidade Fase Fase Linear Linear Plasticidade perfeita ou escoamento Endurecimento de deformação Estricção 51 Resistências dos Materiais - Aula 5 Fase Linear – Fase elástica • O diagrama começa com uma linha reta da origem O ao ponto A, o que quer dizer que a relação entre tensão e deformação nessa região inicial não é apenas linear, mas também proporcional. • Além do ponto A, a proporcionalidade entre tensão e deformação não existe mais, dessa forma, a tensão em A é chamado de limite de proporcionalidade. 52 Resistências dos Materiais - Aula 5 Fase Linear – Fase elástica • Em geral esse intervalo está entre 210 a 350MPa, mas aços de alta resistência (com maior conteúdo de carbono e outras ligas) pode ter limites de proporcionalidade de mais de 550 MPa. • A inclinação formada é chamada de módulo de elasticidade. 53 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Com um aumento da tensão além do limite de proporcionalidade, a deformação começa deformar mais rapidamente para cada incremento de tensão. • Consequentemente, a curva de tensãodeformação tem uma inclinação cada vez menor até, no ponto B, a curva começa ficar horizontal. Tensão de escoamento Limite de proporcionalidade 54 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Começando nesse ponto um alongamenteo considerável do corpo ocorre sem um aumento notável da força de tração (B até C). Tensão última Tensão de escoamento Limite de proporcionalidade 55 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Esse fenômeno é conhecido como escoamento do material, e o ponto B é chamado ponto de escoamento. A tensão correspondente é conhecida como tensão de escoamento do aço. • Nessa região fica entre B e C, o material fica perfeitamente plástico o que significa que ele se deforma sem um aumento na carga aplicada. 56 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • A deformação plastica em aço mole (baixo teor de carbono) , na região perfeitamente plástica é tipicamente 10 a 15x maior que o alongamenteo na região elastica – fase linear. Lembrando que está fora de escala. 57 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Após passar pelas grandes deformações que ocorrem durante o escoamente da região BC, aço começa a recuperação (ou encruamento). • Durante a recuperação, passa por mudança na sua estrutura cristalina, resultanto no aumento da resistência do material para mais deformação. • Ocorrendo assim a necessidade do aumentro da tração. Tendo a inclinação positiva de de C até D. 58 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 Tensão máxima normal 59 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Após a tensão máxima normal ocorre uma maior estiramento na barra é na verdade acompanha por uma redução na carga, e a fratura finalmente ocorre em ponto tal como E na figura. 60 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Quando o corpo de prova é estirado, uma contração lateral ocorre. A diminuição da área da seção transversal é pequena demais para ter um efeito observável nos valores calculadoos das tensões até próximo ao ponto C. • Mas além desse ponto (C) a redução da área começa a alterar o formatoo da curva. Nas vizinhanças da tensão normal máxima, a redução na área da barra fica claramente visível e uma pronunciada estricção da barra ocorre. 61 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação 62 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação 63 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • Até agora vimos o diagrama tensão-deformação sem escala! Materiais que sofrem grandes deformações permanentes antes da fratura, são chamdos de ducteis. Exemplo. Aço estrutural, cobre, aluminio e outros. 64 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • O aço estrutural pode ter entre 0,2 a 0,3% de carbono, é classificado como aço de baixo teor de carbono. • Ao aumentar o carbono, o aço se torna menos dúctil, porém mais forte (maior tensão de escoamento e maior tensão normal máxima). 65 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • O aluminio apresenta uma ductibilidade considerável, mas não tem um escoamento claramente definido. Alumínio Aço 66 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • Influência da quantidade de carbono. Vídeo 5 Aço carbono 67 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Em alguns materiais como borracha, mantém uma relação linear entre tensão e deformação até deformações relativamente grandes (10 a 20%). • Além do limite de proporcionalidade, o comportamento depende do tipo da borracha. 68 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação 2,10 Kgf/mm2=20,68MPa Borracha dura Borracha dura 69 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama 1 grama de ouro fino, pode ser esticado num fio de 2.000 metros e 0,96 m² e tensão-deformação apenas 0,0001 mm de espessura. • Obs. Apesar da borracha apresentar grandes deformações, ela não é uma material dúctil porquê as deformações não são permanentes. • Ductilidade é a propriedade que apresentam alguns metais e ligas metálicas quando estão sob a ação de uma força, podendo estirarse sem se romperem, transformando-se num fio. Os metais que apresentam esta propriedade são denominados dúcteis. 70 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • A ductibilidade ou ductilidade de um material em tração pode ser caracterizada pelo seu alongamento e pela redução na área de seção transversal onde a fratura ocorre. • Alongamento percentual: Alongamento percentual= 𝐿1 −𝐿0 𝐿0 • L0= Comprimento original; • L1 = Distância entre as marcas de medição na fratura 71 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Como o alongamento não é uniforme sobre o comprimento do corpo de prova, mas concentrado na região de estricção o alongamento percentual depende do comprimento de medição. • Por isso, ao fornecer o alongamento percentual, o comprimento de medição deve ser sempre fornecido. Para um comprimento de medição de 50mm, o aço pode ter uma alongamento que varia de 3% a 40%, dependendo da composição 72 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • A redução percentual na área mede a quantia de estricção que ocorre e é definida a seguir: Redução percentual na área = = 𝐴0 −𝐴1 𝐴0 em que A0 é a área de seção transversal original e A1 é a área final na seção de fratura. Para aços dúcteis, a redução atinge cerca de 50%. 73 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Materiais que falham em tração em valores relativamente baixos são classificados como frágeis. Exemplos: • Concreto; • Pedra; • Ferro fundido; • Vidro; • Cerâmica; • E algumas ligas metálicas. 74 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • Materiais frágeis falham com apenas um pequeno alongamento após o limite de proporcionalidade ser excedido. Limite de proporcionalidade 75 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • A redução na área em materiais frágeis é insignificante. Logo a tensão de fratura nominal é a mesma que a tensão de fratura real. 76 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • A palavra FRAGIL é relativa ao comportamento do diagrama de tensão e deformação. • Por exemplo alguns aços com alto teor de carbono apresentam tensões de escoamento muito altas – acima de 700 Mpa. Mais se comportam de maneira frágil. 77 Resistências dos Materiais - Aula 5 Diagrama tensão-deformação • Muitos plásticos são usados para fins estruturais por causa do seu pequeno peso, resistência à corrosão e boas propriedades de isolante elétrico. • Suas propriedades mecânicas variam tremendamente, como alguns plásticos sendo frágeis e outros dúcteis. 78 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • Fatores como temperatura e passagem do tempo afetam as propriedades dos materiais plásticos. • Alguns plásticos a tensão máxima nominal é diminuída pela metade com aumento da temperatura de 10°C para 50°C. 79 Resistências dos Materiais - Aula 5 Compressão 80 Compressão Resistências dos Materiais - Aula 5 • As curvas de tensão-deformação para materiais em compressão diferem daquelas para tensão. • Materiais dúcteis, por exemplo: • Aço; • Alumínio; • Cobre O limite de proporcionalidade de compressão são próximos daqueles de tração. Mas após o limite de proporcionalidade o comportamento é totalmente diferente. 81 Compressão Resistências dos Materiais - Aula 5 • No teste de tração, o corpo de prova é esticado, e a estricção pode ocorrer, e por último a fratura. • Já no teste de compressão, ao comprimir o material, seus lados são abaulados para fora e tomam uma forma de barril. • Vale ressaltar que ocorre somente no “centro”, devido ao atrito nas extremidades. 82 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • Colocar FIGURA 1.17 83 Diagrama tensão-deformação Resistências dos Materiais - Aula 5 • Lista 5 PB 84