As dificuldades de um diagnóstico precoce de fibrose cística encontradas por uma equipe multiprofissional da Associação Carioca de Assistência à Mucoviscidose Introdução: A fibrose Cística é uma doença genética autossômica recessiva, crônica, caracteriza por uma disfunção na proteína de membrana CFTR que regula o volume de líquido nas superfícies epiteliais de órgãos como os pulmões, pâncreas e intestino, provocando um aumento excessivo de secreção. A Triagem Neonatal, mais conhecida como teste do Pezinho, foi criada e implantada pela Portaria do Ministério da Saúde GM/MS nº. 822/01. Sua ação é preventiva e tem finalidade detectar patologias congênitas na população com idade de 0 a 30 dias de vida. Para diagnosticar a fibrose cística, este deve ser realizado a partir de 48hrs de vida até uma semana de nascido. O tratamento precoce na fibrose cística faz-se necessário para inibir exacerbações da doença e atenuar o prognóstico. Em 2007, a Associação Carioca de Assistência à Mucoviscidose apresentou o resultado de uma pesquisa a qual demonstrou que menos da metade dos pacientes cadastrados diagnosticaram a doença antes dos seis meses de idade e que o teste do pezinho foi o menos realizado pelos pais. Objetivos: Identificar as dificuldades de uma equipe multidisciplinar para o diagnóstico precoce da Fibrose Cística. Métodos: Foi realizada uma pesquisa de caráter quantitativa, estudo transversal. Os dados atualizados foram retirados dos arquivos da associação. Resultados: Com a contratação de uma equipe multiprofissional composta por duas assistentes sociais, uma nutricionista, uma fisioterapeuta e uma psicóloga, o número total de pacientes cadastrados teve um aumento de 30% sendo que apenas 12% realizaram o teste do pezinho para diagnóstico da doença. Em relação à idade do diagnóstico desses pacientes recém cadastrados o número de pacientes com idade até 1 ano subiu para 56%. Conclusão: Este estudo concluiu a importância da realização do teste do pezinho e a necessidade de ampliar a divulgação da doença para outros profissionais da área para que identifiquem com mais rapidez possíveis diagnósticos da fibrose cística. Os resultados conquistados através do trabalho realizado pela associação, mesmo após a contratação de novos profissionais, ainda são incipientes perto da atual necessidade, mas apontam o caminho que deve ser feito para alcançar tal objetivo. Equipe Najman, B Guarino, RC Andrade, TN Cunha, SM Pereira, ACV Oliveira, CF Santos, IGF Lopes, EM Carvalho, JAS