P oliticas de Financiamento do Sistema Desportivo Luís Rodrigues Chefe da Divisão de Gestão Desportiva (TEMPO LIVRE) 07.Janeiro.2006 T E M P O L I V R E enquadramento jurídico legal TEMPO LIVRE – Cooperativa de interesse público e responsabilidade limitada (Lei nº 51/96, de 7 de Setembro (Código Cooperativo – art. 6º: Régies Cooperativas) Criada por iniciativa da Câmara Municipal de Guimarães em 1999 65 cooperantes Câmara Municipal de Guimarães + clubes desportivos, instituições locais, JF e particulares Processo em curso de transformação em EM 1 T E M P O L I V R E análise financeira Ano Conta final Subsídio CMG % 1999 53.277,46 € 23.892,42 € 45 % 2000 145.413,22 € 86.691,07 € 60 % 2001 446.403,73 € 247.004,73 € 55 % 2002 1.449.297,83 € 479.799,07 € 33 % 2003 1.628.998,20 € 400.200,00 € 25 % 2004 1.978.644,00 € 701.206,00 € 35 %* 2005 2.068.500,00 € 480.000,00 € 23 % * Gestão logística e financeira do Euro’2004 cometida à TL T E M P O L I V R E fontes de financiamento Prestação de Serviços 42 % Alugueres e Concessões 20 % Subsídio Vendas de Mercadoria 23 % 3% Patrocínios e Publicidade Outras 8% 4% 2 T E M P O L I V R E Outras Fontes de Financiamento a Explorar Programas de Apoio (Quadro Comunitário (PRIME – Formação), IPJ, IDP e outras) Mecenato T E M P O L I V R E segmentos de intervenção S E G M E N T O S Projecto de Iniciação Desportiva Dinamização sócio-desportiva e fomento/incentivo à prática desportiva Férias Desportivas Torneios Desportivos Promoção e incentivos à prática desportiva D E I N T E R V E N Ç Ã O Dinamização/rentabilização das instalações Gestão do Parque Desportivo de Prestação de serviços de qualidade/satisfação dos utentes propriedade Municipal Diversificação das fontes de financiamento Promoção de imagem positiva 3 T E M P O L I V R E segmentos de intervenção – dinamização sóciodesportiva Actividades Físicas JOVENS POPULAÇÕES ESPECIAIS ADULTOS COMUNIDADE GERAL AUMENTO DA TAXA DE PARTICIPAÇÃO DESPORTIVA AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA T E M P O L I V R E dinamização, fomento e incentivo da prática desportiva actividades • Projecto de Iniciação Desportiva 9 Aulas de Educação Física semanais 9 98 Estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo 9 9.000 alunos beneficiados 9 19 Professores licenciados em EF 9 Projectos de Fomento de Modalidade: Voleibol e Atletismo Ano Lectivo n.º de Freguesias n.º de Escolas n.º de Alunos n.º de Professores 1999-2000 25 34 4.352 5 2000-2001 45 59 6.901 10 2002-2003 47 65 7.490 12 2003-2004 67 98 8.758 15 2004-2005 68 98 9.000 19 2005-2006 68 98 8.600 19 4 T E M P O L I V R E dinamização, fomento e incentivo da prática desportiva actividades . Férias Desportivas 9 Períodos de interrupção da actividade escolar: Verão, Natal e Páscoa o 1000 participantes/ano 9 Aposta na diversificação de actividades . Torneios Desportivos 9 25 de Abril o 500 participantes/ano o Futsal, Andebol, Voleibol, Basquetebol, Atletismo 9 Torneio de Veteranos de Futsal o 100 participantes/ano . Promoção e Incentivos à prática desportiva 9 Projectos regulares e/ou pontuais nas instalações desportivas 9 Projecto Gira-Volei o 3.000 participantes T E M P O L I V R E dinamização, fomento e incentivo da prática desportiva actividades . Circo de Natal . Pista de Gelo . Feira da Pequenada . Meeting de Atletismo . Festival da Natação . Festas de Aniversário . Domingos Activos . Dia Mundial da Criança 5 T E M P O L I V R E cidade desportiva de Guimarães Multiusos de Guimarães Piscinas Municipais Pista de Atletismo Scorpio – Parque Aquático Parque da Cidade Desportiva T Pavilhões Desportivos (6) E M P O L I V R E Sistema Desportivo Local Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo (adaptado de Santos, A., 2003) 6 T E M P O L I V R E Orçamento de Estado 2006 • Contenção e redução da despesa pública • Emagrecimento do Estado, com redução da despesa no PIB, de 49,3% (2005) para 48,8% (2006), promovendo condições de maior eficiência e competitividade • O Desporto sofre um corte de 23,3 milhões (redução de 27,6 % em relação a 2005) T E M P O L I V R E Praticantes Federados TOTAL DE PRATICANTES FEDERADOS 450.000 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 7 T E M P O L I V R E Praticantes Federados • Entre 1996 e 2004, com excepção do futebol (28,4%), do voleibol (15,7%) e do andebol (10,2%), não houve um aumento significativo do número de atletas federados - aproximadamente 4,0% da população portuguesa - apesar do enorme investimento público no desporto em Programas, Infra-estruturas T E M P O L I V R E Prática Desportiva 8 T E M P O L I V R E As infra-estruturas desportivas • Sabemos que o parque desportivo aumentou e temos aproximadamente 2m2/hab., quando a meta europeia é de 4m2/hab. Mas este valor médio tem grandes desequilíbrios. Se na zona da Grande Lisboa e VT e no Porto atingiu-se um valor acima da média, noutras esse valor é inferior (Luís Sardinha, Presidente do IDP, Expresso, 29/10/05) T E M P O L I V R E População e Área Desportiva População e Área Desportiva Útil (ADU) por Região 4.000.000 3.500.000 4,00 3.687.212 3.468.869 3,59 3,58 3,50 3,25 3.000.000 3,00 2,50 2,48 2.000.000 1.782.254 1.500.000 2,00 1,92 1,59 1,44 1.000.000 m2/hab. População 2.500.000 1,50 1,00 535.507 500.000 395.208 241.763 253.426 AÇORES MADEIRA 0 0,50 0,00 ALENTEJO ALGARVE CENTRO LISBOA e VT NORTE 9 T E M P O L I V R E Política Desportiva Nacional T E M P O L I V R E A descontinuidade governativa • De 1976 a 2005 (apenas 29 anos...) verifica-se que, em 17 Governos Constitucionais, os responsáveis pela área do Desporto foram: – 24 Ministros – 13 Secretários de Estado – 14 Responsáveis pelos Serviços da Administração Pública Desportiva 10 T E M P O L I V R E Constituição da Republica • Artigo 79.º (Cultura física e desporto) – 1. Todos têm direito à cultura física e ao desporto. – 2. Incumbe ao Estado, em colaboração com as escolas e as associações e colectividades desportivas, promover, estimular, orientar e apoiar a prática e a difusão da cultura física e do desporto, bem como prevenir a violência no desporto. T E M P O L I V R E Programa do XVII Governo Uma visão de serviço público do desporto A lei constitucional portuguesa reconhece o direito de todos à cultura física e ao desporto e impõe ao Estado, por si e em parceria, a obrigação de promover, estimular, orientar e apoiar a actividade desportiva. É uma noção de serviço público do desporto que deve ser acolhida na definição dos valores centrais da política desportiva em Portugal e nesta, como noutras áreas de actividade, em cooperação com os cidadãos e a sociedade, ou seja, com todos os agentes desportivos. 11 T E M P O L I V R E Desafios • Partilha de competências e responsabilidades entre a Administração Pública (Central, Regional e Local) e o movimento associativo: – Objectivos – Níveis de competência – Recursos • A Administração Pública deve assumir claramente as funções de: – Regulação – Fiscalização – Apoio técnico – Apoio financeiro • Deve ser efectuada uma avaliação do desempenho das estruturas associativas desportivas apoiadas pelo Estado, de forma regular e sistemática T E M P O L I V R E Desafios • Discutir e elaborar um verdadeiro Plano Estratégico para o Desporto nacional • Estabelecimento de medidas urgentes de incentivo e apoio ao voluntariado • Desenvolvimento de um Plano Integrado de Infra-estruturas Desportivas (piscinas) • Articular e complementar as políticas desportivas de diversas entidades e sectores, em particular os sistemas educativo e desportivo, a saúde, o ambiente, o urbanismo e o turismo • Envolver instituições diversas (dos Sistemas Educativo e Desportivo) no planeamento, acompanhamento e avaliação das políticas desportivas • Reforçar o papel da Escola e do movimento associativo desportivo – em especial os Clubes – na aquisição pelas crianças e jovens de uma sólida Cultura Desportiva 12 T E M P O L I V R E Desafios • Investir fortemente num Programa (integrado) de Desporto para Todos à escala nacional • Aumentar a investigação científica aplicada ao sector desportivo • Concretização de um Programa de detecção e selecção de talentos desportivos • Promover e defender a ética nas actividades desportivas • Desenvolver programas de apoio ao sector associativo (formação e financeiros) www.tempolivre.pt [email protected] “Tudo o que vale a pena fazer, vale a pena fazer bem feito” 13