CRESCIMENTO ECONÔMICO
E INFLAÇÃO
PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO
TEORIA MACROECONÔMICA II [A]
UFRGS
Por que a inflação afeta o
crescimento econômico (taxa e nível)?
1) a inflação afeta tanto a oferta como a demanda
agregada, tornando mais difícil para as famílias e
firmas tomar as decisões corretas em resposta aos
sinais de mercado.
Quando todos os preços estão crescendo, os
agentes econômicos podem achar difícil distinguir
entre mudanças nos preços relativos e mudanças no
nível geral de preços. Esta dificuldade pode interferir
com a operação eficiente do sistema de preços e,
portanto, reduzir o crescimento econômico.
2
Por que a inflação afeta o
crescimento econômico (taxa e nível)?
(ii) a inflação pode impor vários custos para a
economia, tais como os custos de menu,
referentes as mudanças de preços e salários
freqüentemente.
Numa economia inflacionária, as pessoas
talentosas podem devotar seu tempo para
mitigar os efeitos da inflação ao invés de
desenvolver produtos e processos que iriam
aumentar o nível de produto e/ou investimento.
3
Por que a inflação afeta o
crescimento econômico (taxa e nível)?
(iii) a inflação pode afetar as taxas de poupança
e investimento, reduzindo a proporção do PIB
devotada ao investimento, e provocando que a
economia acumule menos capital físico e
humano.
4
Inflação e Crescimento Econômico
O modelo de Gylfason (1999, cap. 4.2)
5
Introdução
O objetivo do artigo é mostrar como a eliminação
das distorções causadas pela inflação aumentam
tanto o nível como a taxa de crescimento do produto
ao longo do tempo. Gylfason (1998) mostra:
(i) como a estabilização aumenta o produto
agregado no pleno emprego no longo prazo;
(ii) quais são os ganhos potenciais da estabilização
econômica.
6
Introdução
A principal mensagem do artigo é que uma política
econômica responsável pode reduzir a taxa de
inflação, e ela têm um importante papel na
realocação dos recursos e na reorganização da
produção que são necessárias para criar um clima
favorável ao desenvolvimento do produto e do
emprego.
Em particular, uma estabilização macroeconômica
não somente ajuda a elevar o nível de produto, mas
também a sua taxa de crescimento ao longo do
tempo. Ela é crucial.
7
Pressupostos do Modelo
(i) suponha uma economia onde são usados dois tipos
diferentes de capital na produção: o capital real (K) e o
capital financeiro (M), isto é, moeda (em termos reais);
vamos abstrair outros fatores de produção ou mante-los
constantes. Assim, temos que o produto (Y) é produzido
por (K) e (M):
½
Y = (KM)
(1)
8
Pressupostos do Modelo
Aqui consideramos uma economia onde os dois tipo de
capital, o real e o financeiro, são medidos a preços
constantes e usados como insumos no processo
produtivo. O capital financeiro é incluído na função de
produção porque ele permite as firmas economizar no
uso de outros insumo.
[cf. Fischer (1974)]
9
Pressupostos
(ii) A equação de uma isoquanta correspondente a
função de produção (1) é dada por:
2
K=Y /M
(2)
A isoquanta mostra como uma dada quantidade de
produto Y pode ser produzido com diferentes
combinações de capital real e financeiro.
10
Pressupostos
(iii) para um dado produto, a substituição entre K e M
pode ser aproximada por uma expansão de Taylor de 2
ordem:
2
2
2
3
2
K = - (Y /M ) M – (1/2) (-2) (Y / M ) (M)
2
2
2
3
2
K = (Y / M ) M + (Y / M ) (M)
(3)
11
Pressupostos
Linearizando a função de produção (1):
½
½
Y = (1/2) (M/K) K + (1/2) (K/M) M
(4)
12
Pressupostos
Substituindo a equação (3) na equação (4), nós
obtemos:
2
Y/Y = (1/2) ( M/M)
Taxa de crescimento
Taxa de crescimento
do produto.
do estoque de moeda.
13
A estabilização aumenta
a eficiência econômica
A idéia aqui é que a inflação pune o produtor por manter
moeda porque seu valor se reduz a medida em que o
preço aumenta, enquanto que o valor de um bem físico
e outros capitais reais estão basicamente imunes a
inflação. Portanto, a inflação tende a distorcer o uso de
insumos pelo produtor. Ele é tentado a substituir o
capital financeiro pelo capital real a fim de proteger-se
da inflação.
Contudo, se ele possuir pouca liquidez, ele pode
enfrentar dificuldades financeiras, criando ineficiências
que têm efeitos perverso sobre o crescimento
econômico.
14
A estabilização aumenta
a eficiência econômica
O equilíbrio inicial ocorre no ponto E, onde o
produtor está maximizando o lucro, o qual situa-se
sobre a linha de preço EH que tangencia a isoquanta
em G.
A inclinação de EH reflete uma razão de preços entre
o capital financeiro e o real e que pode ser medido
pela taxa de inflação.
15
A estabilização aumenta
a eficiência econômica
Se o governo adotar uma política de estabilização que
elimina a inflação, isto implica que há uma mudança na
razão de preços de uma para um, como é visto pela
linha de 45 DEFB.
A estabilidade de preços torna lucrativo para os
produtores aumentar sua demanda por moeda de E
para F, a qual os capacita a reduzir o uso de seu capital
real e mover-se para uma isoquanta mais elevada que
tangencia o ponto F.
O produto total agora é dado por OB ao longo do eixo
horizontal, comparado com o produto AO anterior.
16
A estabilização aumenta
a eficiência econômica
A distorção causada pela inflação é vista pelo
ângulo entre a nova linha de preço e a velha.
O ganho de produto resultante da estabilização
econômica é medida em unidades de capital
financeiro e é visto pelo segmento AB, que é
diretamente proporcional ao quadrado da
distorção da inflação.
17
Estabilização aumenta a
eficiência econômica
Capital real
Razão da distorção de preços
D
C
Distorção da inflação
E
F
Equilíbrio inicial
Razão de preços não
distorcidos
G
Produto em t1
Produto em to
H
O
45°
A
B
Capital financeiro
18
Pressupostos
No equilíbrio original do ponto E, temos que a taxa
de inflação é igual a , a inclinação da linha de
preço EH que é igual a [- (1+ )]. Em E, a inclinação
da isoquanta é tangente a linha de preço, portanto,
também igual a [- (1+ )]. Assim, temos que:
2
dK/dM = - (Y / M)
= - (1+ )
(6)
19
Pressupostos
A velocidade renda da moeda [V= Y/M] é uma função
crescente da inflação:
V = - (1+ )
Linearizando a equação (6) e usando o fato de que
  = - , quando a inflação é zero, nós obtemos
que:
2
2
(2Y /M ) (M/M) = -   = 
(7)
20
Pressupostos
Resolvendo a equação (7) para (M/M) e
substituindo o resultado na equação (5), obtemos a
equação (8):
2
(Y/Y) = (1/8) (/1+ )
(8)
A equação (8) nos mostra que o ganho de produto
[(Y/Y) ] decorrente de um processo de estabilização
econômica é proporcional ao quadrado da distorção
da inflação original.
21
Moeda, Inflação e
Crescimento Econômico
Considere agora o caso no qual prevaleça a teoria
quantitativa da moeda, de modo que :
MV = PY
onde:
M = oferta de moeda;
V = a velocidade de circulação da moeda
P = nível de preços;
Y = PIB real
22
Pressupostos
Se a velocidade da moeda é constante, nós
podemos escrever que:
g=m-
(13)
g = taxa de crescimento do produto (PIB);
m = taxa de crescimento monetário;
 = taxa de inflação.
23
Pressupostos
Se o déficit governamental for financiado através da
emissão monetária, temos que:
M/P = G – T
Onde:
G = gastos governamentais;
T = impostos.
24
Pressupostos
m = M/M = [(G – T)/ Y ] (PY/M) = zv
z = é o déficit governamental relativo ao PIB;
v = velocidade de circulação da moeda.
Assim, a equação (13) pode ser escrita como:
g = vz - 
(14)
25
Pressupostos
Agora suponha que o crescimento seja endógeno e que
a eficiência varie inversamente com a inflação, de modo
que:
E= a-b
Reflete a eficiência econômica
Dadas as equações de (1) – (10) e supondo que a > 0
e b >0. Então, temos que:
g = sE -  = s(a - b) - 
(15)
26
Pressupostos
As equações (14) e (15) podem ser ilustradas pelas
curva M e G na figura abaixo.
Ambas as curvas tem inclinação negativa: A
inclinação de M é igual a (-1) e da equação (15)
vemos que a curva G têm inclinação de (-1/sb).
27
Pressupostos
Resolvendo o sistema de equações (14) e (15)
simultaneamente, obtemos os valores de equilíbrio
para a taxa de inflação e a taxa de crescimento. Os
valores de equilíbrio são:
 = (vz –as +) / (1 - sb)
(16)
g = (sa -  - vzsb)/ (1-sb)
(17)
é assumido que sb < 1, de modo que a curva G é
mais inclinada do que a curva M e que o
denominador nas equações (16) e (17) são
positivos.
28
As Linhas da Figura
A linha M reflete a quantidade de moeda, de acordo
com a taxa de expansão monetária e crescimento
do produto, se a velocidade –renda da moeda é
constante. Portanto, a inclinação da linha M têm
inclinação de (-1).
isto significa que, para uma dada taxa de expansão
monetária, a inflação e a taxa de crescimento
econômico estão inversamente relacionados.
29
As Linhas da Figura
Embora a oferta monetária possa depender de várias
fatores, aqui nos concentramos apenas sobre o
financiamento do déficit público.
Um aumento no déficit público aumenta a taxa de
expansão monetária na medida em que o déficit seja
financiado por uma expansão monetária ao invés de
títulos (dívida pública). Assim, um aumento do déficit
desloca a linha M para cima e para a direita.
30
As Linhas da Figura
A linha G reflete a relação entre o crescimento
econômico e a inflação através da eficiência
econômica.
Ela é negativamente inclinada porque, com um
aumento na inflação há uma redução na eficiência e
portanto no crescimento econômico. Além disso,
nós assumimos que ela seja mais inclinada do que a
linha M.
Um aumento na taxa de poupança ou em outras
variáveis que não a taxa de inflação que aumentem
a eficiência deslocam a linha G para cima e para a
direita.
31
Determinação Simultânea da Inflação
e Crescimento Econômico
Inflação
Este intecepto varia diretamente com a taxa de
Poupança e com a eficiência autônoma e
Invesamente com a depreciação.
G
E
Este intecepto iguala a
razão défict
orçamentário/PIB vezes a
velocidade.
45°
0
M
Crescimento econômico
32
Implicações das equações (16) e (17)
(i) um aumento no déficit orçamentário (z), na
velocidade de circulação da moeda (v) ou na
depreciação () aumenta a inflação e reduz a taxa de
crescimento econômico;
(ii) um aumento no componente autônomo da
eficiência reduz a inflação e aumenta a taxa de
crescimento econômico;
(iii) um aumento na taxa de poupança (s) reduz a
inflação e aumenta a taxa de crescimento.
33
Os efeitos de um aumento no déficit
governamental ou na velocidade elevam
a taxa de inflação e reduzem e crescimento econômico
Inflação
G
F
2
1
0
E
M
g2
g1
M’
Crescimento econômico
34
Os efeitos de um aumento na taxa de poupança
ou na eficiência autônoma aumenta o
crescimento econômico e reduz a inflação
Inflação
G’
G
E
1
F
2
0
M
g1
g2
Crescimento econômico
35
As Políticas de Estabilização
e as Evidências Empíricas
Evidências empíricas
Quanto mais a moeda for usada na produção e mais
severa for o problema da inflação inicial, maior será o
ganho de produto da eliminação da inflação.
O que nos dizem as evidências empiricas
entre inflação e crescimento econômico?
Uma das conclusões gerais é que, uma queda de 45
pontos da inflação, de 50% para 5% ao ano aumenta
a taxa de crescimento do produto per capita entre 1-2
pontos percentuais.
36
Efeitos sobre o crescimento econômico per capita de
um aumento da inflação de 5% para 50% ao ano.
Autores
Número
de países
Período
Tipo de dado
Efeito sobre o
crescimento (%)
Heitger (1985)
115
1950-80
Panel data
-0,9 a -4,5
Barro (1990)
117
1960-1985
Cross section
insignificante e
fraca
Fischer (1991)
73
1970-1985
cross section
-2,1
Grimes (1991)
21
1960-1987
panel data
-5,0
Roubini e Sala-i-Martin
(1992)
98
1960-1985
Cross section
-2,2
Montley (1994)
78
1960-1990
Cross section
-1,3 a -4,5
Sarel (1996)
87
1970-1990
Panel data
-5,8
Taylor (1996)
EUA
1952-1993
Times series
-11,2
Gylfason (1999)
105
1985-1994
Cross section
-2,3
Rousseau e Wachtel (2001)
84
1960-1995
Panel data
-0,14
37
Efeitos sobre o crescimento econômico per capita de
uma redução da inflação de 50% para 5% ao ano.
Autores
Número de
países
Período
Tipo de dado
Efeito sobre o
crescimento (%)
Fischer (1991)
73
1970-85
Cross-section
-2,1
Gylfason (1991)
37
1980-85
Cross-section
-2,0
Roubini & Sala-i-Matin
(1992)
98
1960-1985
Cross-section
-2,2
De Gregorio (1993)
12
1950-1985
Cross-section
-0,7
Fisher (1993)
80
1960-89
Cross-section
-1,8
Barro (1995)
100
1960-92
Cross-section
-1,0 -1,5
145-170
1960-92
Panel data
- 0,6 ; 1,3
80-87
1960-90
Panel data
1,3-1,81,2
Bruno & Easterly (1998)
97
1961-92
Panel data
-1,2
Gylfason (1991)
160
1985-94
Cross-section
-2,4
Gylfason (2001)
170
1960-92
Panel data
-0,6 a -1,3
Gylfason & Herbertsson
(1996)
Barro (1997)
38
Estabilização
A inflação têm também outros efeitos
… sobre o consumo e a poupança.
A experiência indica que uma inflação elevada
tem efeitos perversos sobre o crescimento
econômico
… mas que há uma espécie de gatilho (threshold) entre
uma inflação alta e baixa que se situa num contexto de
até 40% por ano? 20%? 10%? – não é conhecido.
39
GNP per capita in 1995 (USD)
Mais inflação e
menos crescimento?
100000
Austria
Israel
Spain
10000
Argentina
Uruguay
Barbados
Mexico
Brazil
Latvia
Ecuador
1000
Zambia
Nicaragua
Sierra Leone
Burundi
100
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Inflation distortion 1970-1995
0,8
0,9
1
40
Thorvaldur Gylfason & Tryggvi Thor Herbertsson (2001)
41
Taxa de Poupança 1970-1995
Inflação e Poupança:
Uma Conexão Fraca
0,60
0,50
0,40
Austria
Russia
Latvia
0,30
Argentina
Mexico
Spain
Brazil
Zambia
0,20
Barbados
Ecuador
Uruguay
0,10
Israel
Nicaragua
Sierra Leone
0,00
Armenia
Burundi
-0,10
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Distorção da Inflação1970-1995
0,8
0,9
1,0
42
Política de Estabilização
Digressão sobre a Africa: Por que ela é diferente?
… fraco setor privado;
… excessiva dependência de recursos naturais;
… geografia
… outros fatores que tendem a
perpetuar a pobreza (AIDS, guerras civis,
analfabetistomo.
Países da Africa SubSahariana
… caracterizados por alta inflação e
baixo crescimento econômico
43
Política de Estabilização
Por que a inflação na África tem sido tão pronunciada?
… sistema financeiro pouco desenvolvido;
… o qual apresenta um viés para financiar déficits
fiscais através da emissão monetária ao invés da
emissão de dívida pública.
As economias da África Subsahariana são
mais fechadas do que a média mundial
… menor abertura (openness) significa menor
crescimento econômico e mais inflação,
ceteris paribus.
44
Inflação X Crescimento: o Canal Financeiro
[cf. Rousseau & Wachtel (2002,p. 778)]
The finding that high inflation episodes are the primary source of
the negative inflation-growth relationship is particularly
interesting to use because it can have strong implications for
the finance-growth relationships as well. Te reason for this is
that financial intermediation becomes more difficult when
inflation rates are very high. The flow of information about
investment projects and returns that is used by intermediaries
become more uncertain and less readily available in an
inflationary environment. Furthermore, high inflation can
repress financial intermediation by eroding the usefulness of
money assets and by leading to policy decisions that distort the
finance structure. The channel by which inflation affects growth
my run, at least, trough the financial sector.
45
Inflação X Crescimento: o Canal Financeiro
[cf. Rousseau & Wachtel (2002,p. 778)]
To extent that high inflation disrupts the smooth
operation of a nation`s financial institutions and
markets, it also discourages their integration with the
rest of the world. Since high inflation is often Variable
inflation as well, the will be considerable uncertainty
about future prices, interest rate, and exchange rates,
and this in turns increases the costs of hedging
financial risks among potential trade partners. If
inflation also increases the possibility of a devaluation
and vulnerability to speculative attacks, hedging
instruments will become even more expensive and
difficult to price. All of this will discourage trade and
inflows of foreign capital.
46
Joseph Schumpeter (1911)
Outro autor que também destacou significativamente a
importância do sistema financeiro e do crédito para o
crescimento econômico foi Joseph Schumpeter (1911).
Segundo ele, os intermediários financeiros ajudariam a
promover o crescimento econômico na medida em que
ajudassem a identificar e redirecionar os fundos para
projetos inovadores.
47
Inflação, Finanças e
Crescimento Econômico
Crescimento
+
Aprofundamento
financeiro
Aprofundamento
financeiro
Inflação
Crescimento
=
Inflação
48
Financial depth prediz o crescimento futuro da
produtividade
Crescimento da
produtividade, 1960-2000
3%
2%
1%
0
11%
33%
22%
Financial depth, 1960
65%
49
A liquidez do mercado de ações
prediz o crescimento econômico
Valor comercializado / capitalização de mercado
Muito ilíquido
Ilíquido
Líquido
Muito líquido
0
1
2
3
Taxa de Crescimento da renda per capita%
4
50
Rajan & Zingales (2004, p.1)
... mercados financeiros sadios e concorrenciais são
uma ferramenta extraordinariamente eficaz para difundir
oportunidades e combater a pobreza. Dado seu papel no
financiamento de novas idéias, os mercados financeiros
mantêm vivo o processo de “destruição” criadora que
contesta velhas idéias e organizações e as substitui por
outras, novas e melhores. Sem mercados financeiros
vibrantes, inovadores, a economia inevitavelmente se
petrificaria e declinaria.
51
Aprofundamento
financeiro e inflação
Growth of GNP per capita 1965-98, adjusted
for initial income (% per year)
6
r = 0.66
Botswana
4
Austria
2
Indonesia
Japão
Suiça
0
0
20
40
60
80
100
120
-2
Jordânia
-4
-6
-8
Money and quasi-m oney 1965-98 (% of GDP)
52
Money and quasi-money 1965-98 (% of GDP)
Inflação e aprofundamento
financeiro
120
r = -0.45
Suíça
100
80
Japão
Austria
60
40
Nicaragua
Argentina
20
0
0,00
Brasil
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
Inflation distortion 1965-98
53
Inflação x Crescimento Econômico
Uma elevada inflação têm um efeito perverso sobre a
taxa de crescimento econômico.
Um aumento na inflação de 0% para 10% ao ano
reduz a renda per capita em cerca de 0,15% ao ano.
Os efeitos da inflação sobre o crescimento são
significativos do ponto de vista econômico.
54
Inflação x Crescimento
Países têm crescido com taxas de inflação baixas
1985-2001 *
Inflação (%)
Cresc. PIB (%)
Coréia
5,0
7,0
China
8,2
9,7
Índia
8,4
5,7
37,0
2,7
1,5
6,8
606,3
2,7
México
Cingapura
Brasil
* Variação média anual no período
55
Inflação X Crescimento:
o Caso do Brasil
56
Inflação X Crescimento:
o Caso do Brasil
57
Crescimento de Longo Prazo
Taxas Médias de Crescimento do PIB por Década
Brasil (1960-2002)
10
8,6
8
6,2
%
6
4
2,6
1,6
2
1,5
0
Anos 60
Anos 70
Anos 80
Anos 90
2001/02
58
Brasil: Inflação x Crescimento
Inflação (%)
Cresc. PIB (%)
Anos 80
265,4
1,6
Anos 90
270,8
2,6
8,7
2,4
2000-2002
* Variação média anual no período
59
Finalizando ...
Por certo a estabilidade de preços não é condição
suficiente para que um país cresça. Mas a teoria e o
bom senso também deixam claro que a inflação
dificilmente será ingrediente de uma trajetória ótima de
desenvolvimento. O processo inflacionário, afinal,
resulta apenas da tentativa de se implantar um conjunto
de aspirações incompatíveis da sociedade, do desejo de
dividir o bolo em fatias de soma superior ao todo. E a
revolta contra a aritmética jamais constituiu arma
eficiente para a construção do progresso de qualquer
país.
Mário Henrique Simonsen (1970)
60
Sites Recomendados

http://www.nuff.ox.ac.uk/Economics/Growth/refs/inflation.htm

http://www.huizenga.nova.edu/journals/jabe/pages/effarticle.htm

http://www.kc.frb.org/publicat/econrev/pdf/2q96hess.pdf

http://ideas.repec.org/p/wbk/wbrwps/1678.html

http://ideas.repec.org/p/nbr/nberwo/4565.html

http://ideas.repec.org/a/eee/moneco/v41y1998i1p3-26.html
61
Sites Recomendados

http://papers.nber.org/papers/W6062

http://www.cema.edu.ar/publicaciones/download/volume
4/faria.pdf

http://www.huizenga.nova.edu/journals/jabe/pages/effarti
cle.htm
62
FIM
CRESCIMENTO ECONÔMICO
E INFLAÇÃO
NOTAS DE AULA
Download

Inflação & crescimento econômico