Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
de Santa Catarina
ICF
Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de agosto de 2014
Confiança das famílias catarinenses em alta
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) catarinenses subiu na comparação mensal e caiu na anual, mas
ainda assim chegou a agosto no positivo patamar de 134,8 pontos, isso em uma escala que vai de 0 a 200
pontos. O resultado, em termos absolutos, expressa um otimismo das famílias catarinenses com relação às
suas possibilidades de consumo.
INDICADOR
ago/14
VARIAÇÃO MENSAL
VARIAÇÃO ANUAL
Emprego Atual
139,4
-0,9%
-2,9%
Perspectiva Profissional
83,3
-2,0%
-13,9%
Renda Atual
160,8
1,5%
2,6%
Acesso ao Crédito
160,3
4,0%
8,8%
Nível de Consumo Atual
112
6,8%
-2,9%
Perspectiva de consumo
125,3
1,6%
1,1%
Momento para duráveis
162,6
1,4%
-3,8%
ICF
134,8
1,8%
-1,0%
Emprego, renda e consumo atuais
Emprego, renda e consumo atual continuam apresentando números positivos mesmo frente às
incertezas em torno da economia brasileira.
A confiança em relação à renda atual subiu 1,5% em comparação ao mês de julho e na comparação
com o mesmo mês do ano anterior houve alta de 2,4%. Já o consumo atual cresceu 6,8% na variação
mensal, mas caiu -2,9% na comparação anual. O nível de emprego caiu -0,9% em termos mensais e -2,9%
em termos anuais.
Em termos absolutos, os indicadores em questão se encontram acima da barreira dos 100 pontos, o
que denota um otimismo dos catarinenses com emprego atual, renda atual e consumo. Os dados em
ordem decrescente são: renda atual com 160,8 pontos, emprego atual com 139,4 pontos e, por fim, nível
de consumo atual com 112 pontos.
Perspectiva profissional
No mês de agosto, esse indicador apresentou uma queda de -2,0% na comparação mensal e de
expressivos -13,9% na comparação anual.
O emprego não cresce mais como anteriormente. A situação de pleno emprego do mercado de
trabalho é uma barreira para que o mesmo continue se expandindo. Isso se reflete na estabilidade
verificada no rendimento dos trabalhadores, que já não cresce mais com o mesmo ritmo, e a consequente
perda de fôlego do crescimento da massa salarial. Por isso, houve fortes quedas deste indicador neste mês.
Em termos absolutos, a marca está abaixo dos 100 pontos, com 83,3. Isso demonstra que os
catarinenses estão pessimistas em relação à sua perspectiva profissional. Impressão respaldada pela
redução das vagas criadas no semestre passado, bem como a desaceleração do crescimento da renda.
Acesso ao crédito
O acesso ao crédito, em termos mensais, apresentou alta de 4,0%. Na variação anual, subiu 8,8%. O
que indica que apesar do cenário conturbado na economia brasileira, existe uma expectativa, tanto dos
consumidores quanto dos empresários, de que a situação vai melhorar no médio prazo. Em termos
absolutos, o índice ficou em 160,3.
Perspectiva de consumo
A perspectiva de consumo das famílias catarinenses subiu 1,6% no mês. O indicador teve como
pontuação o valor de 125,3 pontos, alta de 1,1% na comparação anual. O bom resultado deste do mês de
agosto se deve ao arrefecimento da pressão inflacionária.
Entretanto, em linhas gerais, os resultados deste mês demonstram que as famílias catarinenses
estão otimistas, mas ainda cautelosas, diante da inflação. Por outro lado, a perspectiva de baixo
crescimento da economia e de seus salários, junto com considerável nível de endividamento e o
crescimento menor da renda, fazem com que o otimismo dificilmente se consolide em aumento
considerável do consumo.
Momento para duráveis
O momento para duráveis subiu mensalmente em 1,8%. No índice anual, caiu -1,0%. Ainda assim,
em termos absolutos, o índice se encontra em patamares muito positivos (162,6 pontos), o que revela uma
percepção otimista dos catarinenses com relação ao momento para duráveis.
A elevação do índice no mês demonstra que as famílias, à medida que vão pagando suas antigas
dívidas, voltam a poder consumir. Porém, ainda não como antes, devido ao cenário conturbado. Neste
contexto, é fundamental ao empresário do comércio investir em promoções e diversificar as formas de
venda.
Conclusão
O ICF, apesar da queda anual de -1,0%, continua em patamar elevado, acima dos 100 pontos com
134,8 pontos. Mensalmente, a alta de 1,8% pode indicar um início de leve recuperação para o segundo
semestre. Mesmo assim, a oferta de crédito restrita e o menor crescimento da renda real prejudicam um
crescimento mais substantivo para as vendas no comércio.
Metodologia
Foram entrevistados consumidores em potencial, residentes no município de Florianópolis, com
idade superior a 18 anos.
Para fixar a precisão do tamanho da amostra, admitiu-se que 95% das estimativas poderiam diferir
do valor populacional desconhecido “p” por no máximo 3,5%, isto é, o valor absoluto “d”(erro amostral)
assumiria no máximo valor igual a 0,035 sob o nível de confiança de 95%, para uma população constituída
de consumidores em potencial.
Preferiu-se adotar o valor antecipado para “p” igual a 0,50 com o objetivo de maximizar a variância
populacional, obtendo-se maior aproximação para o valor da característica na população. Em outras
palavras, fixou-se um maior tamanho da amostra para a precisão fixada.
Assim, o número mínimo de consumidores a serem entrevistados foi de 500, ou seja, com uma
amostra de, no mínimo, 500 consumidores, esperou-se que 95% dos intervalos de confiança estimados,
com semiamplitude máxima igual a 0,035, contivessem as verdadeiras frequências.
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