CICLO ESTRAL,
GESTAÇÃO E PARTO
EM FELINOS
Profa. Dra. Maria Anete Lallo
Ciclo Estral
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Poliéstrica sazonal
Fotoperíodo de 12 a 14 h
 Luz natural – cios cessam no inverno
 Luz artificial – cios são contínuos

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Intervalo entre os cio é de 4 a 30 dias (média de 14
a 19 dias)
Puberdade ocorre entre 4 e 12 meses ou quando a
gata atinge 2,3 a 2,5kg
Raça orientais – cios mais precoces
 Raça de pêlo longo – cios entre 11 e 12 meses

Proestro 0-2 dias
Retorno
ao próestro entre
8 e 10 dias
Estro 2-19 dias
Diestro com
pseudogestação
40 dias
Diestro com
gestação
60 dias
Anestro
30 a 90 dias
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Proestro (0 a 2 dias):




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Aumento do comportamento afetivo
Esfrega-se
Vocalização
Diminuição da hostilidade ao macho
Estro (2 a 19 dias):






Aumento do -estradiol no soro
Lordose
Vocalização
Desvio lateral da cauda
Rola
Coito
1 a 8 minutos para
se posicionar
Menos que 1
minuto a cópula
1 a 7 minutos rola
desorientada
0 a 5 horas recusa
outra cobertura
Estimulação de receptores vaginais
e cervicais na cópula
Medula espinhal
Hipotálamo
GnRH
Adeno-hipófise
LH
Ovário
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Ovulação resulta de um reflexo neuroendócrino.
Quanto maior o número de cópulas, maior a liberação de
LH
Número de cópulas x ovulação:



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uma cópula/dia - 21 a 50% de ovulação
3 cópulas/dia - 83% de ovulação
4 cópulas/dia - 100% de ovulação
LH surge no sangue 2 a 4 horas após a cópula.
Ovulação ocorre entre 48 e 55 horas após o surgimento
de LH no sangue.
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Ovulação espontânea não está esclarecida.

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Fertilização



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Presença de corpo lúteo em gatas isoladas por mais de 7 meses.
Ocorre na tuba uterina formação do blastocisto com 32 a 63
células.
Transporte para o útero – 4 a 5 dias
Implantação – 12 a 14 dias após a cópula
Reconhecimento da gestação,
diferenciação fetal dependem de:



Proteína ligada ao retinol
-proteína fetal
Albumina e transferrina
desenvolvimento
e
Hormônios envolvidos com a gestação
 Progesterona
 Produzida
pelo CL até 45 a 50 dias de gestação.
 Progesterona placentária
 Pico de progesterona plasmática (15 a 30 ng/ml) ocorre
com 25 a 30 dias.
 Promove atonia uterina.
 Induz a proliferação do endométrio e formação da decídua.
 Promove o desenvolvimento da glândula mamária.

Estrogênios
 Pico
ovulatório (8 a 12 pg/ml)
 Pico pré-parto com 58 a 62 dias de gestação (20 a 30
pg/ml)
 Sensibiliza
 Atividade
o útero à ocitocina.
estral durante a gestação sugere
superfetação (fetos de diferentes idades no útero).
 Comportamento estral pode ocorre durante a gestação
sem atividade folicular.

Relaxina
 Hormônio
peptídico produzido pela unidade fetoplacentária.
 Produção começa com 25 dias de gestação e declina
com 10 a 15 dias antes do parto.
 Promove o relaxamento do tecido conjuntivo da pelve .

Prolactina
 Produção
começa com 35 dias de gestação, atinge um
platô com 50 dias e volta a aumentar na lactação.
Diagnóstico de Gestação
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Palpação abdominal
 15
dias – 1cm de dilatação
 28 dias – 2cm de dilatação
 35 dias – 3 cm de dilatação
 >35 dias – dificuldade de identificação dos fetos até
o final da gestação.
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Recomendada entre 20 e 28 dias de gestação.
Após 35 dias, o útero fica segmental.
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Exame radiográfico
 38
a 40 dias - observação dos esqueletos fetais
 O diâmetro cefálico pode ser utilizado para estimar a
idade fetal.
 Achados radiográficos
 17-21
dias – 1,2 a 2,5 cm de dilatação
 22-28 dias – 1,9 a 2,8 cm de dilatação
 28-30 dias – 3,0 a 3,8 cm de dilatação
 38 a 40 dias – calcificação da mandíbula, crânio, escápula,
úmero, fêmur, vértebras e costelas
 43 dias – calcificação da tíbia, fíbula e ísquio
 49 dias – calcificação do metacarpo e metatarso
 52-53 dias – calcificação dos dígitos e esterno
 56-63 dias – dentes molares visíveis

Exame ultrassonográfico
 Achados
ultrassonográficos:
 11
dias – saco gestacional
 16 a 25 dias – detecção dos batimentos fetais
 26 dias - detecção da cabeça e membros
 28 dias - detecção dos primeiros movimentos fetais (dorsoflexão da cabeça e extensão dos membros)
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Dosagem de progesterona
 Concentração
inferior a 5 ng/ml 6 dias após o coito
indica negatividade.
Cuidados com a gata gestante
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Duração da gestação



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Isolamento da fêmea em uma área seca, aquecida e limpa
Usar cobertor ou toalha
Necessidade calórica



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62 a 71 dias (a partir da última cobertura)
média de 63 a 65 dias
variação individual
Fêmea não-prenha – 110 kcal/kg
Fêmea prenha – 220 kcal/kg no final da gestação
Evitar a obesidade.
Evitar o uso de glicocorticóides, griseofulvina, entre outros.
Trabalho de parto
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63 a 65 dias de gestação - progesterona cai para
4 a 5 ng/ml
Estágios do trabalho de parto:
 Pródromos
 Leite
na glândula mamária é percebido bem próximo ao
parto.
 Anorexia de 24 a 48h antes do parto
 Queda de temperatura não é observada.

Estágio I – dilatação cervical (6 a 12 horas)

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Comportamento de fazer ninho
Estágio II – expulsão (2 a 6 horas)







Postura semi-agachada
Decúbito lateral
Ronronar
Liberação dos líquidos (mucoso)
Visualização da cabeça ou rabinho
Início das contrações mais fortes (3 a 5 minutos)
Limpeza vigorosa do filhote

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Estágio III – expulsão da placenta (5 a 15 minutos)
Estro pós-parto ocorre 2 a 3 semanas após o
nascimento.
 curto
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e menos fértil
Tamanho da ninhada - 2 a 5 filhotes
Cuidados pós-parto

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Privacidade para a mães e os filhotes
Nas primeiras 24h após o parto:
Não deixa o ninho
 Deixar alimento próximo


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Absorção fetal das imunoglobulinas - 1 e 3 dias
pós-parto
Produção de colostro - entre 24 e 72h após o parto
Aumento de 2 a 4 vezes no consumo de alimentos
durante a lactação.

Desmame
3
a 4 semanas - introdução gradual de ração
 6 a 8 semanas - final do aleitamento

Eliminação dos lóquios - imperceptível

Involução uterina - 3 semanas

Composição do colostro
 88%
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de água; 4% de proteínas e 3,4% de gorduras
Composição do leite
 82%
de água; 6,6% de proteínas e 5,5% de gorduras
Distocia
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Materna

Causas:



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Hipoglicemia
Hipocalcemia
Anormalidades no canal fetal
Fetal

Causas:



Desproporção entre o diâmetro cefálico e pélvico
Morte fetal
Monstruosidade fetal
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Diagnóstico

Tratamento
 Cesariana
 OSH
 Ocitocina
3 a 5 UI/ IM a cada 30 minutos
Problemas no puerpério

Retenção de placenta
rara
 administração de 3 a 5 UI de ocitocina IM (máximo de 3
doses)


Prolapso uterino (Parcial ou total)
Raro
 Imediatamente
após o prolapso
- ausência de
sintomatologia clínica
 De 6 a 48 h após sua ocorrência - anorexia, depressão e
sinais de choque.
 Redução manual e cirúrgica

Metrite puerperal

Fatores predisponentes:





Sintomatologia






Trabalho de parto demorado
Trauma
Retenção de placenta
Diminuição da resposta imune
Negligência dos filhotes
Anorexia
Febre
Depressão
Corrimento vaginal piosangüinolento
Tratamento


Antibiótico (ampicilina, amoxicilina)
OSH

Mastite
Anorexia, dor nas mamas acometidas, letargia, vômito
 Antibiótico - amoxicilina e ácido clavulônico


Hipocalcemia pós-parto
Incoordenação motora, vômitos, fasciculação muscular,
convulsões tônico/clônicas, hipertermia, hiperpnéia, midríase
 5 ml de gluconato de cálcio a 10% IV

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Ciclo Estral, Gestação e Parto em Felinos