Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas Núcleo de Engenharia de Água e Solo CCA 039 – Irrigação e Drenagem Drenagem Agrícola: Aula 3 TALES MILER SOARES Cruz das Almas - BA, 20 de outubro de 2009 Tópico da aula 3 Estudos básicos para elaboração de projetos de drenagem As causas e os efeitos da drenagem envolvem conceitos multidisciplinares: Engenharia hidráulica Geologia Física do solo Química do solo Qualidade da água, Salinidade do solo Topografia, Conservação do solo Meteorologia, Hidrologia Fisiologia vegetal Provérbio chinês: fortunas não vêm aos pares e transtornos não vêm sozinhos... Na elaboração de projetos de drenagem, investigações multidisciplinares são necessárias!!! Por que os estudos básicos para elaboração de projetos de drenagem são imprescindíveis? Por que os estudos básicos para elaboração de projetos de drenagem são imprescindíveis? São necessários para: - definir a extensão do problema - determinar as possíveis soluções - levantamento de dados a serem usados nos modelos de dimensionamento da intervenção (subterrânea ou superficial). Quais seriam os estudos básicos para elaboração de projetos de drenagem? Quais seriam os estudos básicos para elaboração de projetos de drenagem? 1. 2. 3. 4. Investigações quanto às características da área Investigações do solo Investigações da hidrologia Critérios de drenagem 1. Investigações quanto às características da área 1. Investigações quanto às características da área 1.1 Legalidade da intervenção Ver quais são os órgãos e suas exigências quanto ao impacto da drenagem... Só depois da autorização, partir para etapas posteriores... - Requerimento assinado Registro do imóvel Croquis da propriedade Croquis aproximado do projeto (layout preliminar) Memorial descritivo da obra Se prevê irrigação... Outorga rios federais (ANA) e estaduais (INGÁ) Destinação do efluente... IMA Preservação mata ciliar... IMA, SEMARH? 1. Investigações quanto às características da área INGÁ: Instituto de gestão das águas e clima do Governo do Estado da Bahia 1. Investigações quanto às características da área CRA: Centro de Recursos Ambientais do Governo do Estado da Bahia IMA Instituto do Meio Ambiente do Governo do Estado da Bahia 1. Investigações quanto às características da área 1.2 Reconhecimento Inicial 1. Investigações quanto às características da área 1.2 Reconhecimento Inicial Consiste em uma visita na área do projeto Época Chuvosa Acompanhamento de conhecedor da propriedade ???? ???? a) Identificar as causas e a gravidade do problema: - principais pontos de entrada e saída de água, - ocorrência de transbordamentos de cursos d’água, - a existência de pontos de surgência da água subterrânea 1. Investigações quanto às características da área 1.2 Reconhecimento Inicial b) Visualizar a drenagem natural - Como ela se processa? - Existem pontos de saída para o projeto futuro? 1. Investigações quanto às características da área 1.2 Reconhecimento Inicial c) Fazer tradagens para conhecer os tipos de perfis do solo A melhor alternativa será um sistema com enfoque superficial ou subterrâneo? d) Verificar a faixa de preservação permanente que deverá ser mantida fora da área do projeto e) Procurar definir como será o layout do futuro projeto e fornecer uma estimativa de custo ao interessado 1. Investigações quanto às características da área 1.3 Saneamento 1. Investigações quanto às características da área 1.3 Saneamento Etapa prévia aos estudos detalhados, pois muitas vezes o encharcamento é tão grande que não permite o levantamento topográfico... O saneamento consiste: - na abertura do dreno de cintura - na escavação de uma rede casualizada. de macrodrenagem 1. Investigações quanto às características da área Abertura dos drenos de cintura São drenos trapezoidais com 1,5 a 2 m de profundidade, traçado na interseção da encosta com a várzea. Funções: interceptar o escoamento superficial e subterrâneo de áreas adjacentes. Localização: Não devem estar nem muito encosta a cima, ao ponto de não interceptar o lençol freático, nem muito morro abaixo, ao ponto de reduzir a área cultivada. 1. Investigações quanto às características da área Abertura dos drenos de cintura Localização: 1. Investigações quanto às características da área Abertura dos drenos de cintura Se a área for protegida com dique e com saída por bombeamento, o dreno de cintura deve desviar a água para fora do reservatório, aliviando o trabalho da casa de bombas... Saída por gravidade nem sempre é possível. - A cota final do dreno principal é baixa em relação ao corpo hídrico receptor; - Existe um dique separando o corpo hídrico receptor do dreno principal. 1. Investigações quanto às características da área Dreno principal Dreno principal MB Reservatório dique Os drenos de cintura têm a mesma função dos drenos agrícolas? Os drenos de cintura têm a mesma função dos drenos agrícolas? Não! Drenos agrícolas são dimensionados para drenar a água em curto espaço de tempo (função da tolerância vegetal). Poucos dias Drenos de cintura drenam a água em semanas... 1. Investigações quanto às características da área 1.3 Saneamento Escavação de rede de macrodrenagem casualizada Função: remover o excesso de água em pontos aleatorizados Localização: drenos aleatorizados no terreno, mas em direção ao ponto de saída 1. Investigações quanto às características da área 1.4 Levantamento Topográfico a) Da área do projeto b) Da área de contribuição e da bacia hidrográfica 1. Investigações quanto às características da área a) Levantamento topográfico da área do projeto Estabelecer uma malha de pontos, cujas cotas são levantadas com estação total, teodolito ou nível (em relação a uma referência)... Traçar linhas paralelas e perpendiculares: cada interseção é um ponto - Malhas menores (10 x 10 m) quando se prevê a sistematização (cultivo de arroz inundado, por exemplo) - Malhas maiores (30 x 30 ou 50 x 50 m) para demais casos. 1. Investigações quanto às características da área a) Levantamento topográfico da área do projeto Mapa obtido deve possuir uma escala entre 1:500 até 1:2.000 As curvas de nível devem ter uma diferença de cota tal que permita serem individualizadas com clareza no mapa e, ao mesmo tempo, possam descrever o relevo da área a contento. Geralmente, variam de 20 em 20 cm (áreas planas) a 50 a 50 cm 1. Investigações quanto às características da área b) Levantamento topográfico da área de contribuição e da bacia hidrográfica O mapa da área de contribuição é importante para se estimar as vazões provenientes do escoamento superficial que entrarão na área ou que deverão ser interceptadas. O mapa da bacia é importante quando se prevê obras de retificação dos cursos d’água ou a construção de diques. Ideal é ter um mapa local em escala de 1:1.000 a no mínimo 1:5.000 com curvas de nível de 0,5 em 0,5 m a 2 em 2 m. Na falta de mapas locais, ver disponíveis... IBGE (1:50.000), etc 1. Investigações quanto às características da área 1.5 Estudo da zona freática Muitas vezes, empresas de drenagem e saneamento não fazem esse estudo, a despeito de sua importância para os projetos, sobretudo de drenagem subterrânea. a) Mapas das isóbatas (mesma profundidade) b) Mapa das isoípsas (mesma cota freática) c) Linhas de fluxo 1. Investigações quanto às características da área 1.5 Estudo da zona freática a) Mapas das isóbatas (mesma profundidade) Mostra as curvas de igual profundidade do lençol freático em relação à superfície. Como obter essas curvas? 1. Investigações quanto às características da área 1.5 Estudo da zona freática a) Mapas das isóbatas (mesma profundidade) Como obter essas curvas? Na época chuvosa, Abrir poços de observação e medir a profundidade do lençol freático até a superfície Malha de pontos: 50 x 50m ou 100 x 100 m Também avaliar o nível abastecimento, nos lagos canais)... d’água nos poços de e cursos d’água (rios, Poço de observação Perfurações de 2 a 4’ Paredes não revestidas ou impermeabilizadas Instalado em área de fácil acesso em qualquer época a) POÇO EM SOLO ESTÁVEL (Ø 50 a 80 mm) b) POÇO EM SOLO INSTÁVEL (Ø 80 a 100 mm) A medição pode ser feita de várias maneiras... Fita molhada Flutuador Amperímetro Linígrafo Transdutor 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 Mapa das isóbatas permite: - distinguir zonas de diferentes graus de severidade do problema de drenagem subterrânea Onde o L.F. está mais alto e prejudicial? - identificar com clareza até que limite deve se estender a rede de drenos subterrâneos. Ex.: Instalar drenos a partir de L.F. < 0,8m (limite depende da cultura?) Questão de prova... O mapa das isóbatas dá idéia da direção do fluxo subterrâneo? Explique. Os valores de altura do L.F. não são cotas, pois a superfície do terreno é uma referência variável. Cota é a altura de um ponto em relação a um nível de referência horizontal fixo. 1. Investigações quanto às características da área Como o mapa das isóbatas não dá idéia da direção do fluxo subterrâneo, torna-se necessário avaliar as cotas do lençol freático. b) Mapa das isoípsas Mostra as curvas de igual cota freática, tomando uma referência de nível arbitrária. Basta subtrair a cota da ‘boca do poço de observação’ da profundidade do lençol freático. Exemplo: Cota poço: 112 m; Altura do L.F.: 10 m Cota freática = 112 – 10 = 102m 1. Investigações quanto às características da área Basta subtrair a cota da boca do poço de observação da profundidade do lençol freático. Cota do poço 110 108 103 105 Profundidade do LF 5 4 3 7 Cota freática 105 104 100 98 A profundidade do lençol é maior. A cota freática é menor! Cota do poço 110 108 103 105 Altura LF 5 4 3 7 Cota freática 105 104 100 98 Superfície do solo Cota de 100 (Referência) 99,8 99,6 99,4 99,2 99,0 98,8 Mapa das isoípsas permite: - identificar com clareza as zonas de entrada preferencial do escoamento subterrâneo, onde a interceptação é mais necessária, além das zonas de descarga. 1. Investigações quanto às características da área 1.5 Estudo da zona freática c) Linhas de fluxo - São traçadas no mapa das isoípsas - A água sai das maiores cotas freáticas para as menores - As linhas de fluxo são perpendiculares às cotas 99,6 99,4 99,8 freáticas 99,2 99,0 98,8 Mapa das isoípsas e linhas de fluxo Vicente de Paula (UFRPE) 1. Investigações quanto às características da área 1.5 Estudo da zona freática c) Linhas de fluxo A declividade das linhas de fluxo ajuda a decidir como é mais conveniente locar os drenos drenos de campo: Declividade > 1% Drenos interceptores Declividade < 1% Drenos podem ficar em paralelo Em Paralelo Interceptores 2. Investigações do solo 2.1 Estudo do perfil Quais características podem ser encontradas no perfil de solos mal drenados? 2. Investigações do solo 2.1 Estudo do perfil Quais características podem ser encontradas no perfil de solos mal drenados? Citando algumas: a) Acúmulo de matéria orgânica pela condição anaeróbica; b) Cores escuras no horizonte A devido ao acúmulo de m.o.; c) Cores acinzentadas nos horizontes B e C (gleização) devido a presença de Fe e Mn nas formas reduzidas; d) Mosqueado amarelo-avermelhado na faixa de flutuação do lençol freático; e) Favorecimento de formação e presença de argilas 2. Investigações do solo 2.1 Estudo do perfil Como proceder? Tradagens a profundidade de 3 a 5 m Trados com extensores até 4m e sonda mecânica se > 4m Material recolhido deve ser colocado em seqüência sobre uma lona, permitindo a visualização de horizontes... Avaliar (não precisa ser ‘pedólogo’): Textura expedita de campo (arenosa, argilosa?) Cor (preto, cinza, vermelho, amarelo?) Consistência (maciço, compacto, desestruturado?) Grau de estruturação Profundidade da camada de impedimento 2. Investigações do solo 2.1 Estudo do perfil O que é camada de impedimento? 2. Investigações do solo 2.1 Estudo do perfil O que é camada de impedimento? É aquela na qual o movimento da água é desprezível (Isso representa baixa permeabilidade para os drenos) Quantitativamente, é aquela que tem condutividade hidráulica menor que 1/10 da condutividade dos estratos superiores. K Inferior K Superior 10 2. Investigações do solo 2.1 Estudo do perfil Como identificar a camada de impedimento em condições de campo? 2. Investigações do solo 2.1 Estudo do perfil Como identificar a camada de impedimento em condições de campo? I) Constatação de camada rochosa. Caso do SemiÁrido II) Presença de camada argilosa muito compacta e seca por dentro. Caso de São Paulo No Nordeste também são encontrados os horizontes fragipã e duripã, por endurecimento com agentes cimentantes... Solos duros e coesos quando secos! 2. Investigações do solo 2.2 Classes de solo problemáticas 2. Investigações do solo 2.2 Classes de solo problemáticas Questão de prova! Embora qualquer classe de solo possa apresentar problemas de drenagem, existem algumas correlações bem estabelecidas entre a ocorrência de certas classes e problemas de drenagem... Certo ou errado? Justifique-se. 2. Investigações do solo Qualquer tipo de solo está sujeito aos problemas de drenagem!!! Mas, geralmente, esses problemas são mais usuais em alguns tipos de solo, quais sejam: a) Solos orgânicos b) Glei tiomórfico c) Glei húmico e pouco húmico d) Planossolo e) Areia quartzoza hidromórfica Organossolo s Muito Arejamento Classes de solo versus DRENAGEM Fonte: Santana e Sans (2008) a) Solos orgânicos x drenagem - Principal problema é a subsidência! Quanto maior o rebaixamento do lençol, maior o problema. - Dificuldade de estabilização de taludes (inclinação dos drenos) - Hidrofobia (dificuldade de re-umedecimento) - Perigo de incêndios após a drenagem! Campo de extração comercial de turfa em Boa Esperança – MG. http://www.turfaboa.com.br/turfa.html b) Glei tiomórficos Horizontes B ou C ricos em sulfeto Quando drenados, ocorre a reação: 15 FeS2 + 15 O2 + 2 H2O 2 Fe2(SO4)3 + 2 H2SO4 O que acontece com os cultivos nesse solo após drenagem? b) Glei tiomórficos Horizontes B ou C ricos em sulfeto Quando drenados, ocorre a reação: 15 FeS2 + 15 O2 + 2 H2O 2 Fe2(SO4)3 + 2 H2SO4 - Esse ácido reduz o pH causando problemas nutricionais graves - A quantidade de calcário para reverter o processo inviabiliza projetos - O ácido também leva à corrosão de estruturas - Quando se trada, é comum cheiro de ‘ovo podre’: Sulfeto de Ferro Recomendação geral: não explorar! Exceção: cultivo de arroz, desde que horizontes com tiomorfismo permaneçam submersos. c) Glei Húmico e pouco húmico Horizontes B e C com condutividade hidráulica muito baixa. A drenagem clássica é economicamente inviável se o lençol estiver em profundidade < 60 cm. Espaçamento seria muito pequeno!!! Preferível: torpedeamento Quando possível, só drenagem por superfície. Deficiência de O2 causa intensa redução do Fe e Mn, o que se evidencia em cores cinzo-oliváceas, esverdeadas, azuladas... http://www.agencia.cnptia.embrap a.br d) Planossolos Horizonte B textural raso e com condutividade hidráulica muito baixa Drenagem imperfeita no perfil Mesmas restrições do glei http://www.uep.cnps.embrapa.br/fome_zero_trincheiras.php e) Areia quartzoza hidromórfica Baixo potencial agrícola (baixa CTC e baixa capacidade de retenção de água) Riscos de contaminação por lixiviação Dificuldade de estabilização de taludes Suscetibilidade à erosão Recomendação: Solos para preservação da vegetação nativa http://www.agencia.cnptia.embrap a.br 2. Investigações do solo 2.3 Problemas com vazamento vertical ‘Seepage’ vertical Que problema é esse??? 2. Investigações do solo 2.3 Problemas com vazamento vertical ‘Seepage’ vertical A presença de horizontes arenosos abaixo da camada de impedimento (argilosas semi-permeáveis) é um indício de vazamentos verticais... Localização: Esse problema pode se dar ao longo de toda a encosta ou apenas em pontos localizados... Fato: A linha piezométrica se posiciona acima da linha do lençol freático! Drama: O lençol freático não abaixa, pois as camadas subsuperficiais alimentam-no. A – Aqüífero não-confinado ou freático: o nível da água no piezômetro independe do quanto o piezômetro penetra (fluxo é horizontal) B – Aqüífero confinado: a água está sob pressão e quanto mais profundo a instalação do piezômetro maior é o seu nível de água C- Aqüífero semi-confinado: a camada permeável é superposta por uma semi-permeável. O nível da água no piezômetro depende do quanto o piezômetro penetra (fluxo vertical) 2. Investigações do solo 2.3 Problemas com vazamento vertical Como identificar esse problema??? 2. Investigações do solo 2.3 Problemas com vazamento vertical Como identificar esse problema??? a) Para identificar o problema, deve-se instalar pelo menos dois piezômetros a profundidades diferentes. b) Se o piezômetro mais profundo apresentar uma leitura de nível de água mais superficial existe o risco de seepage 2. Investigações do solo 2.3 Problemas com vazamento vertical Qual a diferença entre piezômetros e poços de observação? Qual a diferença entre piezômetros e poços de observação? D=2a4“ Paredes laterais permeáveis Fluxo radial D=1a2“ Paredes laterais impermeáveis Fluxo vertical 2. Investigações do solo 2.3 Problemas com vazamento vertical É possível resolver o problema do seepage vertical? 2. Investigações do solo 2.3 Problemas com vazamento vertical É possível resolver o problema do seepage vertical? a) Planejar um dreno de cintura profundo; Cuidado: se muito fundo, pode captar água do rio!!! Impacto ambiental! b) Implantar drenos verticais de alívio no fundo do dreno de cintura. Especialmente, se os drenos de cintura não podem ser muito profundos! Pode ser anti-econômico! 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Que é isso? 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Porosidadade drenável é o volume de água que será drenado livremente, por unidade de volume de solo, através do rebaixamento do lençol freático. Volum eH 2O Volum eSolo Isso representa uma umidade em base de volume! Considerando que a água drenável está entre a saturação e a capacidade de campo, tem-se: S cc 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Porosidadade drenável representa a razão entre a altura de água drenada e a altura da camada do solo que foi drenada hH 2O Z Solo Isso representa uma umidade em base de volume! 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Ordem de grandeza Muito baixa: 1 a 2% Média: 10 a 15 % Muito alta: 25 a 35% Qual o significado? Quanto menor a porosidade drenável, menos aeração no solo!!!! 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Como calcular a porosidade drenável? Coletar amostras no perfil do solo Levar ao laboratório para saturação Estabelecer uma tensão equivalente à capacidade de campo: 60 cca (esse valor depende do tipo de solo) em funil de Haines ou em mesa de tensão Secar em estufa e pesar Calcular a umidade na saturação e na capacidade de campo Calcular a porosidade drenável S cc 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Van Beers estabeleceu um método empírico para determinação da porosidade drenável: K0 Entretanto, esse método tem baixa precisão quando comparado com as observações de campo. a 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Exercício 1: Um solo tem lençol freático a 50 cm de profundidade. Após drenagem, o lençol é rebaixado a 100 cm. Se sua porosidade drenável é de 20 %, qual a lâmina drenada? 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Exercício 1: Um solo tem lençol freático a 50 cm de profundidade. Após drenagem, o lençol é rebaixado a 100 cm. Se sua porosidade drenável é de 20 %, qual a lâmina drenada? hH 2O Z Solo hH 2O 0,20 (100 50)cm hH 2O 10cm 100mm 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Exercício 2: Um solo tem lençol freático a 100 cm de profundidade e sua porosidade drenável é de 10%. Com solo em capacidade de campo, choveu e infiltrou 50 mm. Qual a nova profundidade do lençol freático? 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Exercício 2: Um solo tem lençol freático a 100 cm de profundidade e sua porosidade drenável é de 10%. Com solo em capacidade de campo, choveu e infiltrou 50 mm. Qual a nova profundidade do lençol freático? hH 2O Z Solo 50m m 0,10 (1000m m x)m m 100m m 0,1x 50m m 0,1x 50m m 100m m x 500 mm 50cm 2. Investigações do solo 2.4 Estudo da porosidade drenável Exercício Ao se efetuar a leitura da umidade de um solo acima do L.F., verificou-se que esta é de 30 % (base volume). Sabendo-se que o LF está a 1,5 m de profundidade, calcular sua nova profundidade após uma chuva de 180 mm que se infiltrou totalmente. Dados: ϴ Saturação: 47,5% ϴ cc: 40%