Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Odivelas Formadora residente: Ana Maria Calvário 4. Dezembro. 2008 1 http://revistaescola.abril.com.br/imagem/155_ale m4.jpg http://www.cm-serpa.pt/images/Bank/Crianças%20desenho.jpg “A aprendizagem escolar nunca parte do zero. Toda a aprendizagem da criança na escola tem uma pré-história.” (Vigotsky, 1977, citado por Martins e Niza, 1998) O percurso do aprendiz de leitor Ensino da compreensão de textos Durante o ensino da decifração Antes do ensino da decifração Promover na criança o desenvolvimento da linguagem oral. Estimular na criança o contacto com material escrito e de escrita. Provocar na criança a descoberta dos princípios gráficos. Desenvolver na criança a consciência fonológica. Promover na criança o prazer da leitura pela voz dos outros. Um tempo para .... a fala das crianças a escrita das crianças a escrita em pequeno grupo a escrita do educador diante das crianças a leitura de cada criança a leitura em pequeno grupo de leitura do educador para as crianças a ligação escola/meio Auditor das falas das crianças Respeitador da diversidade dos alunos Facilitador das relações sociais aprendizagens. Escriba das crianças Criador de situações-problema e das Ao educador compete criar, planificar, inventar situações e actividades, para que as crianças adquiram conhecimentos acerca da linguagem escrita. Decifração: Identificação de palavras escritas Conversão de padrões visuais (letras/conjunto de letras) em padrões fonológicos (sons da língua). * Quando a criança é capaz de identificar e manipular os sons da língua descobre o princípio alfabético que é a base da decifração. Estratégias de aprendizagem da decifração: Via lexical (directa,global e rápida) Via sub-lexical (correspondênciasom/grafema ) Estratégias de ensino: Treino fonológico+ leitura Ensino explícito da correspondência som/letra Reconhecimento global + leitura Estratégias de automatização Estratégias de antecipação/ chaves contextuais (Leitura de palavras em contexto) Explicitação da relação entre consciência fonémica e capacidade para ler palavras Reconhecimento automático de padrões, indutores de regra Nunca separar as actividades de decifração do verdadeiro sentido da leitura: Compreender com gosto um texto www.eb1-d-francisca-aragao.rcts.pt/jogos_flor... bp0.blogger.com/_dnb4S6LVCi0/SDKjDIhIf1I/AAAA... www.eb1-aldeia-futuro.rcts.pt Ler para desenhar Ler para colorir Ler para cumprir ordens Ler para descobrir diferenças Ler para pôr em ordem (frases, textos) Ler para completar textos lacunados Ler para encontrar elementos piratas Ler para contar um segredo Ler para fazer corresponder imagens a legendas (palavras, frases, textos) Ler para… Ler textos para completar com recurso à escolha entre duas palavras O João ______ à floresta foi/está Lá, ele viu ____ árvore enorme um/uma Em cima da árvore estavam muitos ________ pássaros/pássaro Ler textos para completar Era uma vez uma menina muito _____________ O ____________ dela é Joaninha Joaninha tem _________ louro, olhos _______ e um sorriso ____________. Ela gosta muito de brincar com _________, etc. Discriminação visual rápida Identificação de palavras Apresentam-se objectos em cima da mesa, ou numa boca de cena de uma casinha de fantoches, ou no ecrã de uma televisão. Vão-se introduzindo alterações que as crianças devem descobrir. Dizer se um elemento mudou, se o outro está a mais, se há um intruso. Mostrar um cartão com uma palavra. A seguir mostrar um pequeno texto. As crianças devem dizer se a palavra está ou não no texto. A mesma coisa com um elemento de uma imagem. Encontrar uma palavra numa lista vertical numa lista horizontal num texto Descobrir quantas vezes uma palavra surge num texto Descobrir uma palavra parasita numa lista por temas por regularidades (letra, sílaba) Fazer corresponder legendas a imagens Identificar e memorizar palavras Mostra um cartão com uma palavra Dá-se uma ficha com várias palavras Circundar a palavra igual à do cartão Reconhecer palavras entre formas parecidas Mostrar um cartão com a palavra e entre formas muito parecidas as crianças deverão encontrar o que é igual Exemplo: ruído / roído bola / bolha Reproduzir uma palavra de memória Descobrir palavras que, num texto, estão em letra diferente, cor diferente, tamanho diferente Trabalho sobre correspondências fonema – grafema que levantam problemas - procurar palavras com o som em causa - listagens - construção de frases - quadros silábicos - formulação de regras - afixação de regras com cartazes - exercícios de lacunas Revisão dos grupos de palavras mais frequentes. Exemplos: No recreio podemos brincar à bola ao pé coxinho ao pião à macaca ao berlinde Podemos beber O João veste A Maria O… A… uma chávena de leite um copo de água uma chávena de chocolate um sumo uma camisola azul umas calças pretas um blusão vermelho Localização de informação no meio circundante: no quadro em cartazes em listas em textos expostos o passeio descoberta - - Actividades a implementar para desenvolver: a clareza cognitiva a consciência da relação oralidade/escrita a capacidade gráfica a produção escrita a oralidade a aquisição das correspondências grafo-fonéticas A criança precisa de compreender que a língua escrita é uma representação da língua falada que é ao mesmo tempo, portadora de som e de significado. Chamar a atenção das crianças para a escrita no mundo que a rodeia: na aula, na escola, em casa ou na rua. Estimular a criança para recortar, colar, reproduzir graficamente registos escritos em documentos e a copiar, se possível exemplos de escrita descoberta no exterior da escola, formulando hipóteses de sentido para esses exemplos. Observar o professor no acto de escrever Ditar ao professor mensagens por ela formuladas, actuando aquele como seu secretário. Ver exemplos de escrita demonstrada (o professor produz textos sozinho, em silêncio, diante dos seus alunos e para eles, tendo como finalidade mostrar os procedimentos: as hesitações; as correcções; os riscos; ...). Realizar escrita acompanhada (escrita interactiva entre professor e alunos) com diversas finalidades: - para registo (relatos de actividades de sala de aula, de visitas de estudo, ...) -para comunicar (cartas aos pais, para os convidar, agradecer; para colegas de outras classes ou escolas, para entidades, ...) -para desencadear uma acção (instruções para outro grupo de alunos; enunciados de problemas, ...) Escrever em suportes variados, utilizando diversas grafias (podendo começar por usar letras maiúsculas de imprensa) adoptando logo que possível a discursiva. Trocar trabalhos de caligrafia entre os alunos Silva, Encarnação (s.d.). O Ensino da Decifração. Actividades práticas. Apresentação em PPT. PNEP. Escola Superior de Educação de Lisboa