QUINTA LISTA DE EXERCÍCIOS Tópicos de Álgebra MATEMÁTICA — DCET — UESC Humberto José Bortolossi http://www.corona.kit.net/ Transformações Lineares, Hiperplanos e Dualidade (Entregar os exercı́cios [02], [08], [10], [12], [14] e [18] até 14/10/2003) [01] Sejam T uma transformação linear de R3 para R2 e S uma transformação linear de R2 para R3 . Mostre que a transformação ST não é inversı́vel. Generalize o teorema. [02] Encontre dois operadores lineares S e T em R2 tais que T S = 0 mas ST = 0. [03] Seja V um espaço vetorial de dimensão finita e seja T um operador linear em V . Suponha que T e T 2 tenham o mesmo posto. Demonstre que a imagem e o núcleo de T são disjuntos, isto é, eles possuem apenas o vetor nulo em comum. [04] Seja K um corpo. Mostre que M (m × n, K) e Kmn são isomorfos construindo um isomorfismo explicitamente. [05] Sejam U e V espaços vetoriais de dimensão finita sobre um corpo K. Mostre que U e V são isomorfos se, e somente se, dim U = dim V . [06] Sejam U e V espaços vetoriais sobre um corpo K e seja T um isomorfismo entre U e V . Prove que S → T ST −1 é um isomorfismo entre L (U, U ) e L (V, V ). [07] Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre um corpo K e sejam S e T operadores lineares definidos em V . Demonstre que existem bases ordenadas B e B de V tais que [S]B = [T ]B se, e somente se, existe um operador linear R definido em V tal que T = RSR−1 . [08] Prove que se S é um operador linear em R2 tal que S 2 = S, então S = 0, S = I ou 1 0 [S]B = 0 0 1 para alguma base ordenada B de R2 . [09] Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre um corpo K, e seja B = {v1 , v2 , . . . , vn } uma base ordenada de V . (a) Sabemos que existe uma única transformação linear T : V → V tal que j = 1, . . . , n − 1, T (vn ) = 0. T (vj ) = vj+1 , Qual é a matriz A de T na base B? (b) Prove que T n = 0 mas T n−1 = 0. (c) Seja S um operador linear em V tal que S n = 0 mas S n−1 = 0. Prove que existe uma base ordenada B de V tal que a matriz de S na base ordenada B é a matriz que você encontrou na parte (a). (d) Prove que se M e N são matrizes n × n com entradas num corpo K tais que M n = N n = 0 mas M n−1 = 0 = N n−1 , então M e N são similares. [10] Mostre que matrizes similares possuem o mesmo traço. [11] Seja K um subcorpo do corpo C dos números complexos. Defina n funcionais lineares em Kn (n ≥ 2) por ϕk (x1 , . . . , xn ) = n (k − j) · xj , 1 ≤ k ≤ n. j=1 Qual é a dimensão do subespaço anulado por ϕ1 , . . . , ϕn ? [12] Sejam W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial V de dimensão finita. (a) Prove que (W1 + W2 )◦ = W1◦ ∩ W2◦ . (b) Prove que (W1 ∩ W2 )◦ = W1◦ + W2◦ . [13] Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre um corpo K e seja W um subespaço de V . Se ϕ é um funcional linear em W , mostre que existe um funcional linear ψ em V tal que ϕ(v) = ψ(v) para todo v ∈ W . [14] Seja K um subcorpo do corpo C dos números complexos e seja V um espaço vetorial sobre K. Suponha que ϕ e ψ sejam funcionais lineares sobre V tal que a função h : V → K definida por h(v) = ϕ(v) · ψ(v) também seja um funcional linear sobre V . Prove que ϕ = 0 ou ψ = 0. 2 [15] Seja K um corpo de caracterı́stica zero e seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre K. Sejam v1 , . . . , vm vetores em V , todos não nulos. Prove que existe um funcional linear ϕ em V tal que ϕ(vi ) = 0, para todo i = 1, . . . , m. [16] Uma vez que matrizes similares possuem o mesmo traço, podemos definir o traço de um operador linear T : V → V definido em um espaço vetorial V de dimensão finita como o traço da matriz de T com relação a qualquer base ordenada B de V . Seja V = M (2 × 2, K) e seja P uma matriz 2 × 2 fixa. Defina o operador linear T : V → V por T (A) = P A. Prove que tr(T ) = 2 · tr(P ). [17] Seja V = M (n × n, K). Mostre que se ϕ : V → K é tal que ϕ(AB) = ϕ(BA), para todo A, B ∈ M (n × n, K), então ϕ é um múltiplo do funcionar linear traço tr : M (n × n, K) → K . A → tr(A) = ni=1 Aii Mais ainda, mostre que se ϕ(I) = n, então ϕ = tr. [18] Seja V = M (n × n, K) e seja W o subespaço de V gerado pelas matrizes C da forma C = AB − BA. Prove que W é exatamente o subespaço das matrizes que têm traço zero. Texto composto em LATEX2e, HJB, 06/10/2003. 3