Saudação da Presidente do CMAS – Ilzamar Silva Pereira, na Solenidade de Balanço da Gestão 2006-2008 E Posse dos Novos Conselheiros de Assistência Social – no Biênio 2008-2010 Local: Salão Nobre da Prefeitura Municipal do Natal Data: 16/12/08 Horário: 9:00h. Cumprimentos (Prefeito; Secretária da SEMTAS; Conselheiros; Técnicos; Usuários) Diversos agradecimentos precisam ser feitos. Em primeiro lugar, ao Excelentíssimo Sr. Prefeito, Carlos Eduardo, que desde o início de sua administração apostou em conferir à Assistência Social um tratamento profissional, buscando romper com uma tradição clientelista que permeia essa área desde há muito tempo. Em seguida, às Secretárias Municipais de Trabalho e Assistência Social Sra. Andréa Ramalho (2003-maio 2005) e Sra. Vilma Sampaio (maio 2005 até o presente momento), que com determinação e uma atuação ética e 1 transparente reafirmaram a Assistência Social como política publica de direito. Quero expressar, ainda, nossos sinceros agradecimentos à Secretária Executiva do CMAS Mary Helena - aos apoios administrativos - Marta e Paula - e, especialmente, governamentais e não aos conselheiros governamentais que representam os usuários da Política de Assistência Social, no CMAS. Saúdo os novos conselheiros de Assistência Social, Gestão 2008-2010, com a certeza de que trarão relevantes contribuições nesse caminhar firme e responsável de consolidação da Assistência Social como uma Política de Estado. Nesta solenidade de posse dos novos conselheiros e encerramento de mais uma gestão, da qual estive a frente como presidente, sinto uma alegria muito grande, uma sensação que quero partilhar aqui com vocês – de uma grande satisfação pelo dever cumprido. Quero ressaltar que ao assumir a presidência do CMAS pela segunda vez, construímos uma 2 agenda de trabalho objetivando reforçar a autonomia do CMAS e estabelecer formas de articulação entre os conselhos de direitos, por entender que se trata de condições essenciais para o fortalecimento do controle social e da co-gestão da Política Municipal de Assistência Social. Estamos convictos de que os avanços até aqui conquistados terão continuidade, pois é essencial garantirmos a materialização das metas deliberadas nas ultimas Conferências Nacional de Assistência Social, principalmente V e VI – sendo estas balizadoras de nossas ações para a efetiva promoção dos Direitos Socioassistenciais. Por oportuno, destacamos que o controle social na gestão está respaldado na Constituição de 1988, mas o reconhecimento destes espaços dialógicos, momento do encontro da sociedade civil e governo, vem se modificando, abrindo perspectivas democráticas inéditas no Brasil. Desta forma, o que se assiste são transformações do caráter de Estado: a possibilidade de negociação se contrapondo ao antagonismo, exercitando a democratização da 3 gestão pública. O país de cultura autoritária e de tradição clientelista aprende um novo jeito de construir a esfera pública, partilhando o poder e democratizando a vida social. Nesse contexto, as gestões do CMAS após a aprovação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em 2004, tendo o SUAS como seu princípio, foram de certa forma um recomeço por integrarem o sistema descentralizado e participativo, conforme a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS/1993, PNAS/2004 e NOB-SUAS/2005. É oportuno ressaltar, ainda, que o exercício do controle social diz respeito a um conjunto de ações de natureza sociopolítica expresso em um processo complexo que contemplam distintas dimensões porém indissociáveis, quais sejam: a dimensão política (relacionada à mobilização da sociedade para intervir nas decisões do governo); a dimensão técnica (direcionada à regulação e à fiscalização dos recursos e das ações governamentais); e a dimensão ética (visando garantir a construção de 4 novas relações sociopolíticas e econômicas fundadas nos ideais da justiça social). Na prática, isso significa dizer que são amplas e desafiantes conselheiros as atribuições hoje de empossados, cada um dos visando à concretização dos avanços pretendidos pela Política Nacional de Assistência Social. Feito essas considerações é oportuno apresentar, embora que sinteticamente, um balanço da nossa atuação, procurando demarcar alguns resultados e desafios. Assim, no cumprimento de nosso papel de estimular, subsidiar, deliberar e, principalmente, de exercer o controle social, o CMAS empreendeu esforços no sentido de reafirmar a Assistência Social no campo do direito com responsabilidade estatal. Dentre as principais ações do CMAS, no período 2006-2008, destacamos: • acompanhamento da efetivação dos 10 (dez) Direitos Socioassistenciais; 5 • Apreciação e aprovação de Projetos, Planos de Ação e Relatórios de Gestão; • Normatização concessão e de discussão inscrições de de critérios para Entidades de Municipal de Conferências de Assistência Social no CMAS; • Realização da VI Conferência Assistência Social, em 2007; • Participação em Eventos e Assistência Social, em nível Estadual e Nacional; • Criação da Câmara Temática para efetuar o controle social do Programa Bolsa Família; • Realização de capacitação para conselheiros; • cadastramento, descredenciamento recadastramento das instituições e que compõem a Rede Socioassistencial; • atualização do regimento interno deste órgão de controle, frente às novas exigências postas pela Política Nacional de Assistência Social; • construção de um Banco de Dados Digitalizado, visando facilitar o monitoramento, a avaliação e a fiscalização das ações socioassistenciais; 6 • atualização da Resolução que dispõe dos critérios de inscrição das entidades e organização de Assistência Social, (Resolução 017 de 2007),dentre outras. No campo legal, realcemos a declaração de princípios de que o usuário desta política é sujeito de direitos e seu protagonismo é causa e essência dessa luta. Nesta direção, a resolução que regula a eleição dos usuários para o conselho municipal propõe avanços importantes, reconhecendo a especificidade de movimentos e organizações. A partir dessa compreensão, o esforço a ser empreendido é o de estabelecer articulação entre as entidades, organizações não-governamentais no sentido de transcender os limites, por vezes estreitos e corporativistas, de nossas pautas específicas, avançando na identificação das interfaces e possibilidades de constituição de agendas comuns. O momento é de reafirmar compromissos e discutir novas estratégias, na direção da efetivação do SUAS. Nesse contexto, tem-se o relevante papel dos conselhos enquanto espaços privilegiados da 7 participação social para a fiscalização e o acompanhamento das políticas, garantindo, assim, o pleno exercício do controle social indispensáveis à consolidação dos princípios democráticos do SUAS, em seus vários aspectos constitutivos: princípios, diretrizes, objetivos, gestão, operacionalização e o co-financiamento, a partir do estabelecimento de responsabilidades e competências para as três esferas de governo. Para tanto, se faz necessário intensificar nossas ações que vão desde o cumprimento de instrumentos legais até o monitoramento e capacitação da Rede Socioassistencial, vislumbrando serviços sociais com padrão de qualidade, enquanto direito de cidadania. Por fim, em nome de todos os conselheiros, agradeço a oportunidade de ter contribuído para a materialização dos objetivos do SUAS em nosso município, e lembrem-se sempre: gestores, cogestores, técnicos, conselheiros e, principalmente, usuários da Política de Assistência Social, NÃO PODEMOS RETROCEDER, SOMOS 8 PROTAGONISTAS DE NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA. A todos, votos e o desejo sincero de um Feliz Natal e um Ano Novo de realizações, para que na práxis a Assistência Social se consolide como uma política de Estado – garantidora de direitos! Muito obrigada! 9