Diversidade Ética Argumentação A escola é o palco das relações humanas. A diversidade seja ela cultural, étnica,de gênero ou social e os seus conflitos são o pano de fundo . Neste ambiente estabelecemos relações de afeto, respeito e aprendemos a expor nossas idéias,defendendo nossos interesses e muitas vezes gerando enfrentamentos. É neste cenário que aprendemos além de ler e escrever,a ser sujeitos,compreendendo que fazemos parte de um contexto social e histórico que nos constitui. Durante esse semestre tivemos a oportunidade de nos voltar ainda mais para a realidade de nossas salas de aula, pensando e analisando as relações entre professor-aluno, as questões que envolvem a disciplina, a ética e a aprendizagem. É no espaço escolar que os alunos tem a oportunidade de expressar seus sentimentos e carências. Sendo assim os professores e gestores precisam encontrar formas de socialização destes conflitos, elaborando projetos educativos que tratem destas e outras problemáticas que fazem parte da realidade dos alunos, ajudando-os a encarar seus problemas refletindo sobre os mesmos. Uma convivência harmônica se dá a partir de um processo de formação pessoal, onde os indivíduos buscam a possibilidade de agir livremente superando os conflitos que se apresentam no nosso dia-a-dia respeitando também a liberdade dos outros. Precisamos compreender que eles são frutos de um meio social que vai muito além dos muros da escola. Sabemos que em nossa sala de aula lidamos com diferentes culturas e atitudes que muitas vezes se confrontam, no entanto é muito importante lançarmos um olhar para a multiculturalidade acreditando que através das diferenças é que enriqueceremos nossas aprendizagens resgatando a auto-estima dos nossos alunos e o entusiasmo pelo trabalho. Não podemos resolver os problemas dos alunos, mas ajudá-los a encontrar caminhos para que se tornem sujeitos questionadores, autônomos, que busquem a melhoria de suas condições de vida, independente de cor, raça ou classe social, com uma vida digna e baseada principalmente no respeito às diferenças, aos direitos das outras pessoas, buscando uma educação para a paz e a igualdade. “Não devemos chamar o povo à escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai além do puro saber de pura experiência feito, que leve em conta as suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito de sua própria história.” (FREIRE, Paulo. A educação na cidade, 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001, p. 16.)