UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ DISCIPLINA CÁLCULO AVANÇADO - PPGME0039 - 1o SEMESTRE DE 2014 - PROF. JOÃO RODRIGUES 10a LISTA DE EXERCÍCIOS (APLICAÇÕES INVERSAS E IMPLÍCITAS) 1. Mostre que um difeomorfismo local f : U ⊂ RM → RM é um difeomorfismo global do aberto U sobre um aberto V se, e somente se, f é injetiva. 2. Mostre que se f : U ⊂ RM → RN é diferenciável no ponto a ∈ U , com a ponto de mı́nimo local de x 7→ |f (x)| e f 0 (a) : RM → RN é sobrejetiva, então f (a) = 0. 3. Seja K ⊂ U ⊂ RM o conjunto dos pontos crı́ticos da função f ∈ C 2 (U, R). Se a matriz hessiana 2 ∂ f (x) ∂xi ∂xj é invertı́vel para todo x ∈ K, mostre que K é enumerável. 4. Se K for limitado no exercı́cio anterior, mostre que K é finito. 5. Mostre que o inverso de um difeomorfismo vertical h : RM +N → RM +N é ainda vertical. 6. Prove que toda submersão f : U ⊂ RM → RN de classe C 1 é uma aplicação aberta, isto é, f (A) ⊂ RN é aberto sempre que A ⊂ RM for aberto. 7. Mostre que toda transformação linear T : RM → RN sobrejetiva é uma aplicação aberta. 8. Dizemos que uma aplicação f : U ⊂ RM → RN é um homeomorfismo local se para cada x ∈ U existe δ > 0 tal que f aplica Bδ (x) homeomorficamente em f (Bδ (x)) ⊂ RM . Mostre que todo homeomorfismo local é uma aplicação aberta. 9. Mostre que se a aplicação diferenciável f : U ⊂ RM → RN é tal que f 0 (x) é sobrejetiva para algum x ∈ U , então M ≥ N . Por outro lado, se f 0 (x) é injetiva, então M ≤ N . 10. Seja f = (f1 , . . . , fN ) : U ⊂ RM → RN de classe C 1 . Prove que f é uma submersão se, e somente se, em cada ponto x ∈ U os vetores ∇f1 (x), . . . , ∇fN (x) são linearmente independentes. 11. (Forma Local das Imersões) Dizemos que uma aplicação diferenciável f : U → RM +N , definida no aberto U ⊂ RM , é uma imersão quando f 0 (x) : RM → RM +N é injetiva para todo x ∈ U . (a) Dê exemplos de imersão; (b) Mostre que se uma imersão f ∈ C k (U, RM +N ), então, para cada x ∈ U , existem abertos Z ⊂ RM +N com f (x) ∈ Z, V ⊂ RM com x ∈ V , W ⊂ RN com 0 ∈ W e um difeomorfismo h : Z → V × W de classe C k , tal que h(f (x)) = (x, 0), ∀ x ∈ V. 12. Seja f = (f1 , . . . , fM +N ) : U ⊂ RM → RM +N de classe C 1 . Prove que f é uma imersão se, e somente se, em cada ponto x ∈ U os vetores ∂f ∂f (x), . . . , (x), ∂x1 ∂xM com ∂f (x) := ∂xj ∂f1 ∂fM +N (x), . . . , (x) , j ∈ {1, . . . , M } ∂xj ∂xj são linearmente independentes. 13. Seja f : U ⊂ RN → RN uma aplicação diferenciável. Mostre que as afirmações abaixo são equivalentes: (i) f é uma imersão; (ii) f é uma submersão; 2 14. Seja U ⊂ RN um conjunto aberto de matrizes N × N . Prove que a função det : U → R é uma submersão se, e somente se, nenhuma matriz em U tem posto menor ou igual a N − 2. Recorde que o posto de uma matriz quadrada A de ordem N é o maior natural M ≤ N tal que existe uma submatriz quadrada B de A, de ordem N , tal que detB 6= 0. 15. (Exemplos de superfı́cies) Para este exercı́cio necessitaremos de algumas definições: 1 - Um conjunto S ⊂ RN é dito uma superfı́cie diferenciável de dimensão M e classe C k quando todo ponto p ∈ S está contido em algum aberto U ⊂ RN tal que V = U ∩ S é a imagem de uma parametrização ϕ : V0 → V de dimensão M e classe C k . 2 - Uma parametrização de dimensão M e classe C k é uma imersão ϕ : V0 → V de classe C k que também é um homeomorfismo de V0 ⊂ RM em V . 3 - Dizemos que um ponto c ∈ RN é um valor regular de uma aplicação diferenciável f : RM → RN quando, para todo x ∈ f −1 (c), a derivada f 0 (x) : RM +N → RN é uma transformação linear sobrejetiva. 2 Seja c ∈ RN um valor regular da aplicação f : U → RN , de classe C k no aberto U ⊂ RM +N . Mostre a imagem inversa S=f −1 (c) é uma superfı́cie de classe C k e dimensão M em RM +N . 3