- Aula 9 dos Materiais Resistências - Aula 5 dos Materiais Resistências RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS – AMB 28 AULA 9 Membros Carregados axialmente Professor Alberto Dresch Webler Setembro 2014 Resistências dos Materiais - Aula 9 Veremos • Estruturas estaticamente indeterminadas; • Efeitos térmicos. planetarafael.blogspot.com 2 Resistências dos Materiais - Aula 8 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • Molas, cabos e barras tem características em comum, suas reações e forças internas podem ser determinadas a partir de diagramas de corpo livre e equações de equilíbrio. • Estruturas como estas são classificadas como estaticamente determinadas. • Em especial, devemos notar que as forças em uma estrutura estaticamente determinada podem ser encontradas sem levar em conta as propriedades dos materiais. 3 Resistências dos Materiais - Aula 8 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • Por exemplo: • Para realizar cálculos para as forças axiais em ambas as partes da barra, como a reação R na base, independe do material. 4 Resistências dos Materiais - Aula 8 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • A maioria das estruturas apresentam um estudo mais complexo do que a figura anterior. • Sua reação e forças internas não podem ser consideradas apenas com a estática. 5 Resistências dos Materiais - Aula 9 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • Por exemplo: As reações Ra e Rb não podem ser encontradas apenas considerando a estática, porque há somente uma equação de equilíbrio disponível. FIXADAS EM SUPORTES RÍGIDOS 6 Resistências dos Materiais - Aula 9 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • 𝐹𝑣𝑒𝑟𝑡 = 0 • RA + RB – P= 0 • É preciso de uma equação adicional para encontrarmos as duas reações desconhecidas. • Como faço isso? 7 Resistências dos Materiais - Aula 9 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • A equação adicional é baseada na observação de que uma barra com ambas extremidades fixadas não apresenta variação no comprimento. • Se separarmos de seus suportes! • Assim obtemos uma barra livre em ambas as extremidades e carregada pelas três forças RA, RB e P. Essas barras fazem a barra sofrer uma variação δAB de comprimento, que deve ser igual a zero. 8 Resistências dos Materiais - Aula 9 1. Estruturas estaticamente indeterminadas 9 Resistências dos Materiais - Aula 9 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • δAB = δAC + δCB δAB = 𝑅𝐴𝑎 𝐸𝐴 - 𝑅𝐵𝑏 𝐸𝐴 • O próximo passo é resolver simultaneamente a equação 𝑅𝐴𝑎 de equilíbrio (RA + RB – P= 0) e a equação anterior ( - 𝑅𝐵𝑏 𝐸𝐴 𝐸𝐴 ). • Assim obtemos: 𝑃𝑏 RA= 𝐿 𝑃𝑎 RB= 𝐿 10 Resistências dos Materiais - Aula 9 1. Estruturas estaticamente indeterminadas • Com essa reações conhecidas, todas as outras quantidades de força e descolamento podem ser determinadas. • Suponha que desejamos encontrar o deslocamento para baixo δC do ponto C. Esse deslocamento é igual ao alongamento do segmento AC: • Como fica? δC= δAC = 𝑅𝐴𝑎 𝐸𝐴 = 𝑃𝑎𝑏 𝐸𝐴𝐿 11 Resistências dos Materiais - Aula 9 Exemplo 1 • Um cilindro circular sólido S, feito de aço, está encerrado em um tubo circular vazado de cobre C (Figura a seguir). O cilindro e o tubo são comprimidos entre as placas rígidas de uma máquina de teste por forças de compressão P. O cilindro de aço tem área de seção transversal AS e módulo de elasticidade ES’ o tubo de cobre tem área Ac e modulo Ec, e ambos têm o mesmo comprimento L. • Determine as seguintes quantidades: (a) as forças de compressão Ps no cilindro de aço e Pc no tubo de cobre; (b) as tensões de compressão correspondentes ζs e ζc e (c) o encurtamento δ do conjunto. 12 Resistências dos Materiais - Aula 9 1. Estruturas estaticamente indeterminadas •A 13 Resistências dos Materiais - Aula 9 Solução problema • Resolvido em Sala. 14 Resistências dos Materiais - Aula 9 Exemplo 2. • Uma barra horizontal rígida AB está presa por pinos na extremidade A e é sustentada por dois cabos (CD e EF) nos pontos D e F (Figura a seguir). Uma carga vertical P age na extremidade B da Barra. A barra tem comprimento 3b e os cabos CD e EF têm comprimentos L1 e L2, respectivamente. O cabo CD tem diâmetro d1 e módulo de elasticidade E1; o cabo EF tem diâmetro d2 e módulo E2. • a) Calcule fórmulas para a carga admissível P se a tensões admissíveis nos cabos CD e EF são respectivamente, ζ1 e ζ2. (Desconsidere o peso da barra.) 15 Resistências dos Materiais - Aula 9 Exemplo 2. • b) Calcule a carga admissível P para as seguintes condições: O cabo CD é feito de alumínio com módulo E1=72GPa, diâmetro d1=4,0mm e comprimento L1=0,40m. O cabo EF é feito de magnésio com módulo E2=45GPa, diâmetro d2=3,00mm e comprimento L2=0,30m. As tensões admissíveis nos cabos de alumínio e de magnésio são ζ1=200MPa e ζ2=175MPa, respectivamente. 16 17 Resistências dos Materiais - Aula 9 2. Efeitos térmicos • Cargas externas não são únicas fontes de tensões e deformações em uma estrutura! • Outras fontes incluem efeitos térmicos que surgem de diferenças de temperatura, erros de montagem ou fabricação resultantes de imperfeições na construção e pré-deformações iniciais. • Como regra geral, eles são muitos mais importantes no projeto de estruturas estaticamente indeterminadas do que nas estaticamente indeterminadas do que nas estaticamente determinadas. 18 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • O que ocorre quando aplicamos calor em uma estrutura? • Ou resfriamos? • Resulta então deformações e tensões térmicas. 19 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Quando temos um bloco de material pode mover-se sem restrições e por isso, é livre para expandir-se. 20 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Para a maioria dos materiais estruturais, a deformação térmica εT é proporcional à variação de temperatura ΔT, isto é, εT = α(ΔT) • Em que α é uma propriedade do material chamada coeficiente de dilatação térmica. • Uma vez que a deformação é quantidade adimensional, o coeficiente de dilatação térmica tem unidades inversas 21 àquelas da variação de temperatura. Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Em unidade SI, as dimensões de α podem ser expressas por 1/𝐾 (o inverso de kelvins) ou 1/°C (o inversos de graus célsius). • Valor típicos estão na tabela a seguir. 22 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • b) 23 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Quando uma convenção de sinal é necessário para deformações térmicas, em geral assumimos que a expansão é positiva e a contração é negativa. 24 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • É importante considerar a temperatura? • Se sim, em todos os casos? • Por exemplo um barra de aço inoxidável com E=210GPa e α=17.10-6/°C. Para uma variação de temperatura de 60°C qual a tensão necessária para ocorrer a mesma deformação? 25 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Assim vemos que uma variação relativamente modesta na temperatura produz deformações de mesma intensidade que deformações causadas por cargas “comuns”, evidenciando que a temperatura é uma fator importante a ser considerado! • Materiais estruturais comuns expandem-se quando aquecidos e contraem-se quando resfriados. • Geralmente esse processo é reversível. O que quer dizer? 26 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Á agua tem densidade máxima a que temperatura? • 4°C. • É considerado um material incomum do ponto de vista térmico, pois ela se expande quando aquecida de em temperatura acima de 4°C e também quando resfriada abaixo de 4°C. 27 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Considerando a barra abaixo. • E agora como vamos calcular δT. 28 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Utilizando a equação: • δT=εTL=Lα(ΔT) • Esse alongamento é um problema? • Depende!!! 29 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • No caso que ela em um local que não há nenhuma restrição e é capaz de expandir-se ou de contrair-se livremente. Nesses casos nenhuma tensão é produzida. • Embora variações de temperatura não uniformes possam produzir tensões internas, porém muitas estruturas possuem apoio que previnem a livre expansão e contração. 30 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Vamos analisar a figura abaixo: • A estrutura está estaticamente determinada ou indeterminado? 31 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Como esta está estaticamente determinada, ambas as barras estão livres para alongar ou encurtar, resultando em um deslocamento da Junta B. • Entretanto, não há tensões em nenhuma das barras e nenhuma reação nos suportes. 32 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Isso é aplicado a estruturas estaticamente determinada, isto é, variações de temperatura uniforme nos membros produzem deformações térmicas sem produzir nenhuma tensão correspondente. • Mas o que ocorre então? • Apenas um alongamento. 33 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Essa estrutura é estaticamente determinada ou indeterminada? 34 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Estaticamente indeterminada! • Quando a armação e uniformemente aquecida de o que ocorre? • Não ocorre nenhuma tensão! Visto que todos os membros crescem em comprimento de forma proporcional aos seus comprimentos iniciais, e a armação fica ligeiramente maior em tamanho. 35 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Mas se houver aquecimento não uniforme! • As tensões térmicas vão se desenvolver, porque o arranjo estaticamente indeterminado das barras limita a livre expansão. • Se aquecer apenas a barra AC. O que ocorre? 36 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Resumindo. • As análises serão similares o que foi discutido da aula passada. Porém usamos as relações de temperaturadeslocamento e juntamente com as relações de forçadeslocamento ao fazer análise. 37 Resistências dos Materiais - Aula 9 Exemplo • Uma barra prismática AB de comprimento L está presa entre apoios imóveis (figura abaixo). Se a temperatura da barra aumentar uniformemente em uma quantidade ΔT, qual será o valor da tensão térmica ζT desenvolvida na barra? 38 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • Resolvido em Sala. 39 • Resolvido em Sala 40 Resistências dos Materiais - Aula 9 Observações do exercício • O que podemos tirar desse exemplo? • O L importa? • E a área. • Não. • Pois as reações independem do comprimento da barra e a tensão independe tanto do comprimento quando da área de seção transversal. • Por isso evidencia mostrar uma solução simbólica de uma puramente numérica. 41 Resistências dos Materiais - Aula 9 Observações do exercício • Consideramos o material homogêneo? • Sim. • Temperatura uniforme? • Sim • O material era elástico linear? • Sim. • Qual o deslocamento da barra? • Nulo. • Só na extremidades? • Não, mas também na seção transversal. 42 Resistências dos Materiais - Aula 9 Exemplo 2 • Uma luva, na forma de tubo circular de comprimento L, é colocada em torno de um parafuso circular e presa por arruelas em cada extremidade (Figura abaixo). A porca é então girada apenas até o ponto de ajuste. A luva e o parafuso são feitos de materiais distintos e têm área de seção transversal diferentes (assuma que o coeficiente da expansão térmica αS da luva é maior que o coeficiente αB do parafuso). • a) Se a temperatura de todo o conjunto for aumentada em quantidade ΔT, qual o valor das tensões ζS e ζB desenvolvidas na luva e no parafuso, respectivamente? • b) Qual é o aumento δ do comprimento L da luva e do parafuso? 43 Resistências dos Materiais - Aula 9 2.1 Efeitos térmicos • b) 44 Resistências dos Materiais - Aula 9 • Resolvido em Sala 45