INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA AULA 01: LINGUÍSTICA: A CIÊNCIA DA LINGUAGEM TÓPICO 05: A LINGUÍSTICA PRÉ-SAUSSUREANA: O SÉCULO XIX Os estudos linguísticos do século XIX influenciaram o pensamento saussureano. Esses estudos contribuíram para um estudo científico da linguagem, cujo foco não se restringe ao conhecimento universal da linguagem, bem como aos estudos eminentemente históricos. Foram fundamentais para essa ciência, as seguintes premissas: • As línguas humanas são totalidades organizadas (2004: 28). (A língua é formada por partes que compõem um conjunto. Cada uma dessas partes está interligada entre si. ) • A ideia da língua como instituição social. (A língua é parte de uma comunidade de falantes.) • A língua como sistema autônomo. (A língua funciona independente de influências externas) • A língua como um sistema de signos independente. (Os elementos que compõem a língua (os signos) se relacionam entre si na mente dos falantes. ) • A língua muda com o tempo. (As línguas não são estáticas. As mudanças ocorrem ao longo do tempo.) • A língua pode ser estudada em si e por si mesma. (os fatos linguísticos são descritos e analisados apenas por dados linguísticos da própria língua.) A partir dessas ideias, que nortearão grande parte da Linguística praticada no século seguinte, destacam-se, ainda no século XIX, as mudanças ocorridas na língua ao longo do tempo. A busca de explicações para entender tais mudanças marca os estudos histórico-comparativos, em que se destacam os nomes de Humboldt e de Franz Bopp. O primeiro autor foi responsável pela criação do Método Comparativo¸ ao estudar semelhanças e diferenças em várias línguas, a fim de tentar encontrar parentescos entre elas. Já Bopp, com a aplicação desse método, percebeu semelhanças entre o sânscrito, o latim e o grego e a partir dessas observações desenvolveu sua Gramática comparada. LEITURA COMPLEMENTAR Para saber sobre os estudos da Linguística do século XIX, leia mais no seguinte link:http://pt.wikipedia.org/wiki/Lingu%C3% ADstica_comparativa [1] Ainda nos estudos histórico-comparativos, surge a obra do linguista A. Schleicher (1821- 1867) de orientação naturalista. Para ele, a língua poderia ser considerada comoorganismo vivo (com existência própria independente de seus falantes, sendo sua história vista como ) A partir dessa concepção, Schleicher propõe uma tipologia das línguas e uma "árvore genealógica" das línguas indo-europeias. Fonte [2] OS NEOGRAMÁTICOS O movimento dos neogramáticos surge em oposição à concepção naturalista da língua. Os autores que se destacam nesse movimento são Hemann Osthof (1847-1909) e Karl Bromam (1849 – 1919). Para eles, o objetivo principal do pesquisador não era a busca da língua original indoeuropeia. Essa seria uma hipótese muito geral sobre as línguas, devendo-se, portanto, estudar as línguas vivas atuais e apreender a natureza da mudança linguística. LEITURA COMPLEMENTAR Para aprofundamento sobre os neogramáticos, indicamos a leitura deste texto sobre August Schleicher: http://pt.scribd.com/doc/41890797/August-Schleicher [3], um dos principais pensadores na área dos estudos linguísticos do século XIX. REFERÊNCIAS ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. Tradução de Jaime Bruna. 7 ed. São Paulo: Cultrix, 1997. ASSOCIAÇÃO DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA (AIT) / PORTUGAL. Dicionário de Termos Linguísticos. http://www.ait.pt/recursos/dic_term_ling/index2.htm [4] AUROUX, Sylvain; NIEDEREHE, Hans-Josef; VERSTEEGH, Kees; KOERNER, Konrad. (Eds.). History of Linguistics and Communication Science / Händbücher zur Sprach- und Kommunikationswissenschaft. Berlim: Walter de Gruyter, 2006. 3 volumes. BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição rev. e atualizada no Brasil. Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil, 1969. http://www.bibliaonline.com.br/ [5] CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. História da Linguística. Tradução de Maria do Amparo Barbosa de Azevedo. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2006. COSERIU, Eugenio. Teoria da Linguagem e Linguística Geral. Rio de Janeiro/ São Paulo, Presença/ EDUSP, 1979. DUBOIS, Jean (et al.). Dicionário de Linguística. Tradução do francés por Frederico Pessoa de Barros (et al.). 9.ed.São Paulo: http://books.google.com/books? Cultrix, 2004. id=ivoQ6Q2xu0oC&printsec=frontcover&hl=ptBR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false [6] DUCROT, Oswald; TODOROV, Tzvetan. Diccionario enciclopédico de las ciencias del lenguaje. 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FONTES DAS IMAGENS 1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Lingu%C3%ADstica_comparativa 2. http://3.bp.blogspot.com/-q9sBRKnkWo0/T7EAqAmtjRI/AAAAAAAA AZM/JnGJCAmXXFw/s640/fa.jpg 3. http://pt.scribd.com/doc/41890797/August-Schleicher 4. http://www.ait.pt/recursos/dic_term_ling/index2.htm 5. http://www.bibliaonline.com.br/ 6. http://books.google.com/books? id=ivoQ6Q2xu0oC&printsec=frontcover&hl=ptBR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false 7. http://books.google.com/books? id=7EDaWAJCIkIC&printsec=frontcover&dq=Diccionario+enciclop%C3% A9dico+de+las+ciencias+del+lenguaje.&hl=ptBR&ei=2tXBTuKdAqrv0gGw6YW_BA&sa=X&oi=book_result&ct=result&re snum=1&ved=0CDEQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false 8. http://www.4shared.com/document/XWVKqs3D/CONCISE_ENCYCL OPEDIA_OF_PHILOS.htm Responsável: Profª. Maria Silvana Militão Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual