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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
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PÓS - GRADUAÇÃO “LATO SENSU’’
EDUCAÇÃO INFANTIL
POR
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A IMPORTÂNCIA DE EDUCAR POR MEIO DA LUDICIDADE NA
Ednéia Teixeira da silva
Orientadora: “Dra.’’ Natalia Pacheco Junior
Tapauá – AM
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
11
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS - GRADUAÇÃO “LATO SENSU’’
A IMPORTÂNCIA DE EDUCAR POR MEIO DA LUDICIDADE NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
POR
Ednéia Teixeira da silva
Monografia apresentada ao Instituto A Vez do Mestre
como requisito parcial para a obtenção do título de
especialista em Orientação Educacional
Orientadora:
“Dra.’’
Junior
MANAUS - AM
2010
AGRADECIMENTOS
Natalia
Pacheco
12
Diante desta oportunidade jamais poderia
deixar de agradecer a Deus em primeiro
lugar, minha família, esposo, filhos e amigos
que estiveram ao meu lado neste processo
de
realização
profissional.
DEDICATÓRIA
de
mais
um
sonho
13
À minha família que é a razão pela qual eu
realizo meus objetivos.
EPÍGRAFE
14
O sábio constrói, e o tolo destrói
(PROVÉRBIOS)
RESUMO
O eixo principal desse trabalho é a importância de educar por meio da ludicidade na
educação infantil, pois, é através do mesmo que se podem marcar conhecimentos,
expondo algumas considerações acerca dos jogos e das brincadeiras, tornando-se o
15
caminho que conduz o aluno à aprendizagem. A interação que acontece neste instante
é fundamental, pois a brincadeira é uma das atividades necessárias para o
desenvolvimento da identidade e da autonomia. É sabido que por meio da diversão as
crianças podem desenvolver potencialidades importantes. Na
educação infantil é
onde a criança adquire habilidades nas áreas, social, intelectual e cultural. Ela precisa
sentir-se amada, correspondida, compreendida e acima de tudo, perceber que é aceita
com afetividade por todos no seu cotidiano escolar. E o educador deve está preparado
para lidar com alguns obstáculos que podem surgir no decorrer de sua prática
pedagógica, chegando-se à conclusão de que, a humildade, deverá ser o sentimento
mais expressado em suas ações, como ato de amor e dedicação ao seu trabalho e
semelhante.
METODOLOGIA
A metodologia é essencialmente a elaboração mais concreta da exata forma de
proceder sobre um referido tema. E isso, nos levou a refletir sobre: “A importância de
16
educar por meio da ludicidade’’ na escola municipal de educação infantil, Raio de Luz. Na
cidade de Tapauá-Amazonas.
Essa busca seguiu uma linha de raciocínio mais viável no propósito de conseguir
se adequar à importância do lúdico na educação infantil. Nesse sentido, contribuir
efetivamente na tentativa de reverter alguns ensinamentos até então considerados arcaicos.
Porém, na realização do projeto foi realizado: a abordagem qualitativa, pesquisa
etnográfica, trabalho de campo e bibliográfica, nos pautamos no método dialético e na
técnica da observação.
Para obtenção dessas informações é fundamental que haja:
1.
Estudo bibliográfico = tem como objetivo, a fundamentação do tema em
pauta nos mais diversos pontos de vista teórico;
2.
Fase da exploração = tende buscar na mais profunda realidade do tema e
posteriormente a finalização do mesmo;
3.
Trabalho de campo = consiste na real necessidade de se conseguir toda
uma estrutura que se possam obter todas as informações necessárias;
4.
Seleção do material = significa a ordenação, classificação e a analise final
das informações extraídas no campo de estudo.
Afinal, isso possibilitará uma visão mais ampla do assunto em discussão, ou seja,
a utilização do lúdico em nossas práticas educacionais na fase da infância, e nos
embasaremos em grandes teóricos como: Rodrigues, Piaget, Antunes, Kamii, Kramer, etc.
17
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................10
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO.............................................................12
18
CAPÍTULO II
JOGOS E BRINCADEIRAS......................................................................14
CAPÍTULO III
PAPEL DO EDUCADOR...........................................................................28
CONCLUSÃO.............................................................................................39
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................44
ANEXOS.....................................................................................................47
INTRODUÇÃO
O tema ora em análise, “A importância de educar por meio da ludicidade
na educação infantil’’ visa compreender as áreas das inteligências, que são
estimuladas ao educar por meio do lúdico, objetivando desenvolver o
conhecimento de natureza, material, verbal, social, físico, cognitivo, intelectual e
sobre tudo o emocional, de forma interdisciplinar, levando ao estímulo
simultaneamente do intelectivo das crianças.
O conteúdo a ser abordado neste projeto nos leva a questionar se: as
atividades ludo recreativas estão sendo utilizadas como instrumento facilitador da
aprendizagem, e o educador avalia diligentemente o desenvolvimento intelectual,
emocional e físico do aluno, por meio do lúdico?
19
Optamos pelo lúdico, para que pudéssemos levantar o questionamento
da necessidade que há em utilizar novos técnica de ensino e, conseguirmos
estimular tanto o físico como o intelecto e o emocional, através dos jogos e
brincadeiras que possam resultar a socialização entre os educando, na troca de
conversas, brincadeira, dinâmicas, jogos e outras atividades organizadas pelo
professor.
E isso, nos levou a seguir o alinhamento da didática, que surgiu da
eventualidade que as crianças quando estimuladas ao entretenimento ágil,
conseguem envolver-se no meio social. A partir dessa possibilidade nos
pautamos em realizar este estudo seguindo a abordagem qualitativa, pesquisa
etnográfica, trabalho de campo e bibliográfico, método dialético e usar a técnica
da observação.
Seguiremos
também
os
seguintes
critérios:
estudo
bibliográfico,
exploração e seleção do material adquirido, nos embasamos com mais
veemência em renomados teóricos, objetivando alcançar resultados positivos.
Nosso alvo principal é valorizar a aprendizagem através das atividades
lúdicas, com as crianças da educação infantil;
Estimular o desenvolvimento físico, social, emocional e o intelectual dos
alunos; oferecer atividades prazerosas, conquistando o gosto e o aconchego pelo
ambiente educacional; e despertar o espírito de cooperação e lealdade ao seu
semelhante, através das atividades lúdicas.
Mas, precisamos saber se os educadores estão aplicando o método
construtivista, se os professores estão capacitados para trabalhar com a
ludicidade, se o maior obstáculo encontrado é a carência de material didático, se
a dinâmica apresentada desperta aptidão por parte das crianças, facilitando seu
20
aprendizado e se os educadores demonstram dinamismo na hora da prática
recreativa.
CAPÍTULO I
1.1 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO
No prelúdio da infância os acontecimentos são decisivos para toda a vida
da criança, ela tem o direito assegurado por lei de ser beneficiado gratuitamente
com cuidado, afeto e deve receber educação de qualidade, em um ambiente
conveniente e saudável, onde a mesma possa brincar apropriar-se da própria
cultura, sendo capaz de construir individualmente sua identidade, exercer seu
papel de cidadã e estender seu campo de conhecimento e experiência dentro da
sociedade.
Desde, o início do século XVIII o conceito de infância era debatido por
historiadores que visavam à inclusão da classe infantil na escola. Dentre outros se
propaga as indagações de Pestalozzi, Herbart, Froebel, Rousseau, Jean Piaget,
21
Lev Vygosky, Maria Montessori, John Dewey, Ovide Decroly, para que esses
objetivos chegassem a ser implantados na sociedade.
Embasada nestas questões pode-se enfatizar que, o lúdico é de grande
importância no processo ensino-aprendizagem, nesse período os pequeninos
estão aptos a obter diversas habilidades, e por meio delas se destacar nessa fase
escolar, onde é estimulado o físico e o mental de cada uma, particularmente. De
acordo com o pensamento de Rodrigues (1997, p 30) ‘‘ Uma característica
importante nesta fase escolar [...] é o rápido aumento da habilidade de
aprendizagem motora, em função dos progressos tanto no aspecto físico como no
mental”. O que a criança necessita é de estimulo para desenvolver tais
habilidades e através do lúdico é possível que se chegue a essa conquista.
Por algumas razões muitas pessoas não dão credibilidade ao lúdico, que
é o mesmo sentido de brincar, ensinar e aprender através do divertimento.
Segundo a idéia de Santos, (2000, p.9) que relata o significado da palavra lúdico
e sua origem. “A palavra lúdico vem do latim ludus significa brincar. Neste brincar
estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativo, também a
conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte’’. O ideal seria que todas
as escolas de educação infantil adotasse essa maneira prazerosa de marcar
conhecimentos de forma criativa e divertida.
Nessa mesma concepção Kishimoto (1994) diz que o brinquedo é
compreendido como instrumento que facilita a aprendizagem através da utilização
dos mesmos nos jogos e brincadeiras. A atividade lúdica deve consentir que o
discente tenha a liberdade de se expressar, e fazer com que o mesmo se sinta
livre, útil, sentindo-se gratificado em algum aspecto, sendo possível resolver
problemas importunos de forma criativa, deixando transparecer o prazer em
participar das atividades.
22
Nessa acepção, destacamos que, os jardins de infância é um ambiente ideal para
oferecer à sua clientela a oportunidade de interação social, moral e intelectual, desde o
intróito escolar em creches e pré-escolas, na faixa etária de 0 ( zero) a 6 ( seis ) anos de
idade.Pois, os jogos podem ser considerados como estratégias didáticas, quando as
atividades forem planejadas com a finalidade de construção de conhecimento, sendo
proporcionada com alguma intencionalidade educativa relacionada à socialização e
atitude.
A criatividade passa a existir a partir da ação lúdica e convive no campo da
imaginação, e é nesta ação que o fortalecimento de nossa capacidade de invenção nos
proporciona prazer e alegria em criar momentos de entretenimento facilitadores na
aprendizagem infantil. È sabido que é na infância que a criança deve ter momentos de
total liberdade para se divertir e aproveitar bem esta fase, pois na mesma elas têm
bastante facilidade em captar novas experiências. A esse respeito convêm destacar a
idéia de Piaget (1998) quando diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório para o
desenvolvimento intelectual da criança, sendo assim, indispensável na pratica educativa.
CAPÍTULO II
2.1 JOGOS E BRINCADEIRAS
Os jogos lúdicos podem contribuir para que haja mudança, alteração e
renovação, nos aspectos sociais, morais e intelectuais da sociedade a partir dos
pequeninos, e nasce neles à probabilidade de acreditar em si próprio como ser
humano que têm capacidade de distinguir e recomeçar, brincando as crianças são
estimuladas a criarem novas histórias, passar por aventuras inéditas, aprofundase no deslumbramento do mundo da imaginação, percebendo a extensão das
possibilidades, divulgando seu sentimento interior, liberando e conquistando
novas expectativas em seu aprendizado juntas a outras crianças na ambiência
social em que está inserido.
23
Por
meio
dos
jogos
lúdicos,
do
faz-de-conta,
manuseando,
experimentando e assumindo papéis que se adquire a confiança de aprender a
fazer, e no mesmo instante, aprende a conviver, interagindo com o outro numa
relação de troca, aprendendo a ser contribuinte com seus conceitos e valores que
dirigirão seu procedimento, internalizando assim, regras de comportamento que
traçarão sua personalidade.
E através das brincadeiras que as crianças demonstram acontecimentos
vivenciados em seu dia-a-dia, muito destes são adquiridos por meio de exemplos
das pessoas que os cercam e com a utilização dos jogos lúdicos facilita a
aprendizagem e gradativamente progridem em suas relações no meio social,
podendo estabelecer diferenças, fazer apreciação e imaginar com o poder
analítico. Conforme diz Moyles (apud DEPARTMENT, 1967, P.36) “O brincar é o
principal meio de aprendizagem da criança [...] a criança gradualmente
desenvolve conceitos de relacionamentos casuais, o poder de descriminar, de
fazer julgamentos, de analisar, sintetizar, de imaginar e formular”.
Na brincadeira as crianças aprendem a lidar com novas experiências,
estimula o imaginário e seus sentimentos são fortalecidos, tornando-os capazes
de buscarem soluções para alcançar seus objetivos durante o divertimento sendo
oportuno o prazer que as crianças sentem no decorrer dos exercícios, facilitando
a exploração da imaginação, que lhes proporcionam alegrias de estarem juntas a
outras da mesma faixa etária que a sua, proporcionando à criança oportunidade
de ser mais amável e carinhosa.
Podemos assimilar que as principais características do lúdico, é sua
espontaneidade, seu procedimento e satisfação que as atividades oferecem de
modo pleno, onde o envolvimento é por inteiro, na maneira de flexibilidade.
Segundo Luckesi (apud SENNA, 2006, P.30) “O lúdico [...] caracteriza-se por ser
espontâneo funcional e satisfatório [...] e são aquelas atividades que
24
proporcionam uma experiência da plenitude, em que nos envolvemos por inteiro,
estando flexíveis e saudáveis”.
As brincadeiras consideradas de punho infantil e as referentes à cultura
regional oferecem oportunidades favoráveis e adequadas ao desenvolvimento das
habilidades do ponto de vista da motricidade, expressividade e sociabilidade
possibilitando a apropriação de agir com mais intencionalidade na ação da
capacidade expressiva.
São diversos os jogos que existem nos estados brasileiros, e são
manifestadas livremente, com espontaneidade nas brincadeiras populares, as
mesmas juntam-se aos jogos lúdicos e são envolventes no que diz respeito às
descobertas da própria cultura e das culturas de outras regiões, e por meio
dessas aventuras as crianças ampliam seus conhecimentos e integra-se nos
aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos.
Enquanto manifestação livre e espontânea da cultura popular, a
brincadeira tradicional tem a função de perpetuar a cultura
infantil, desenvolver forma de convivência social e permitir o
prazer de brincar. Por pertencer à categoria de experiências
transmitidas espontaneamente conforme motivações internas da
criança, a brincadeira tradicional infantil garante a presença do
lúdico, na situação imaginária. (KISHIMOTO, 1999, P.33).
A criança tem curiosidade de conhecer e participar de atividades
diferenciadas de seu cotidiano, e é na infância que começa essa percepção e
observação no cenário de brincadeiras estabelecendo novas associações para os
significados no processo ensino - aprendizagem.
A cada etapa do desenvolvimento, certos jogos existentes em
nossa cultura são particularmente interessastes. Jogos
expressivos e corporais são muito apropriados para os bebês, ao
passo que os de manipulação e de faz-de-conta constituem
grandes desafios às crianças de 02 a 06 anos. Já as brincadeiras
25
tradicionais são apreciadas e vantajosas à aprendizagem para as
diferentes idades, mesmo que os bebês apenas as observem e
imitem os movimentos por meio de gestos corporais. (OLIVEIRA,
2002, P.234).
Através do jogo, o caminho se torna mais fácil para a iniciação do prazer
estético no aumento da personalidade e para a reflexão individual. É fundamental
para o desenvolvimento, físico, intelectual e social, o jogo vem conquistando seu
espaço, deixando visível sua importância e não simplesmente um divertimento. O
uso do mesmo é favorecido pelo contexto lúdico e oferece à criança a
oportunidade de utilizar a criatividade, personalizando seu próprio domínio, da
individualidade e do imprevisível.
A brincadeira infantil deve estar constantemente arrolada com estímulo
interior, com as circunstâncias exteriores, pois a criança não é conduzida ao jogo
por desejos externos referente ao jogo em se, mas, por vontade interna, convém,
ao educador, estimular os alunos a participar das atividades, sejam em grupos ou
individual, sempre estarão adquirindo novas experiências tanto pessoal como
social, em diferentes níveis.
[...] É nesse contexto que o jogo ganha um espaço como
ferramenta de aprendizagem, na medida em que propõe estímulo
ao interesse do aluno, que como todo pequeno animal adora
jogar e joga sempre principalmente sozinho e desenvolve níveis
diferentes de sua experiência pessoal e social (ANTUNES, 1998,
P.36).
É através da ludicidade, que o caminho pelo qual se conduz o prazer
estético se torna mais flexível, para o descobrimento da individualidade e a
reflexão individual, pois, o jogo pode ser considerado uma maneira lúdica de
ensinar e o mesmo têm muito valor na educação em geral, sua utilização e
adequação na ambiência escolar produzem diversas vantagens no processo de
ensino aprendizagem, pode-se considerar que o jogo funciona como um impulso
26
natural que a criança sente anseio de realizar espontaneamente seus desejos
pretendidos, o jogo age mentalmente, estimulando o pensamento ao prazer
voluntário na dimensão da personalidade do indivíduo no campo afetivo, social,
motora e cognitiva.
As estadias da criança nas brincadeiras lúdicas registram estímulos na
capacidade de conviver com a realidade, o pensamento delas crescem de acordo
com suas ações e as atividades realizadas são muito importantes para o avanço
do raciocínio lógico infantil por meio de objetos concretos. Para Piaget (apud,
NAZARETH, 2003, P.16) “[...] a criança usa a lógica e o raciocínio de modo
elementar, mas somente os aplica na manipulação de objetos concretos”.
O jogo deve ser considerado fundamental na educação infantil, a
brincadeira faz parte de uma das principais necessidades delas, pois, os alunos
são motivados a agirem de forma natural, com sua inocência genuína permeante
no seu íntimo, deixando transparecer sua fragilidade, com isso, conseguem extrair
conhecimentos, que servirão para moldar seu caráter e tornar digno de viver em
comunhão com toda sociedade.
O material concreto e incorporado nas brincadeiras de modo facilitador e
auxiliam no desenvolvimento de diferentes atividades e contribuem de modo
significativo para inúmeras aprendizagens e desperta o interesse das crianças
voltarem à escola, e é quando as mesmas começam a desenvolver sua
autonomia, principalmente em jogos de construção, onde os alunos criam e
manipulam.
A experiência tem demonstrado que, quando se utilizam jogos
com materiais concretos, os impulsos naturais da criança são
estimulados, contribuindo para que a mesma retorne à escola
com muita alegria. Os jogos são utilizados de modo a incentivar o
desenvolvimento da autonomia, que constitui elemento
fundamental na educação [...] jogos de construção são aqueles
que propiciam ao aluno conceitos e definições com assuntos
27
desconhecidos, manipulando materiais concretos [...] (COSTA,
2007, P.42).
Os jogos ou brinquedos pedagógicos são expostos com o intuito explícito
de estimular uma aprendizagem satisfatória, impelir a formação de um novo
conhecimento e, de modo principal, provocar o crescimento de uma ação
operatória.
O recurso lúdico se dá de forma empírica, é possível que haja modificação
e contextualização no ato de aprender, a partir do conhecimento prévio da
criança, e se envolve gradualmente nas atividades, usando os jogos como
ferramenta auxiliadora, a aprendizagem acontece naturalmente. Pautando-nos
nas palavras de Vandenberg (1986, p.117), podemos seguir seu raciocínio
quando diz que: “Vê o brincar das crianças como um recurso natural
potencialmente valioso que pode ser usado para desenvolver indivíduos criativos
[...]”.
A aceitação de brincadeiras, jogos e brinquedos na ação pedagógica,
transmitem a possibilidade de realizar diferentes atividades, contribuindo para as
variadas aprendizagens e para o crescimento de significados construtivos. Nesse
sentido, a criatividade lúdica, não pode jamais deixar de existir, deve estar
inerente ao ser humano, em suas ações, principalmente na ambiência
educacional infantil.
Por meio do lúdico, podem-se propor na jogoteca algumas brincadeiras já
conhecidas pelas crianças, incentivando-as a interação social no cotidiano
educacional, onde as mesmas estão inseridas, facilitando um melhor aprendizado
nos diversos conteúdos explorados ao mesmo tempo nas atividades.
A jogoteca è uma proposta de construção coletiva de jogos a
partir dos jogos já conhecidos pelo grupo, aproximando o
28
cotidiano social ao ambiente escolar e tornado a aprendizagem
significativa para a criança. O objetivo principal de utilizar os
jogos foi à possibilidade que neles se encontra de trabalhar
diferentes conteúdos em uma mesma atividade (PÁTIOEDUCAÇÃO INFANTIL, 2005, P.35-39)
Através da manipulação de objetos concretos, as atividades manuais
despertam interesse nas crianças, desde que sua utilização seja realizada de
forma satisfatória e adequada para o momento. Essa manipulação mostra a real
natureza da evolução individual, suas habilidades e ações despertam interesse
aos aprendizes que têm dificuldades de se relacionar coletivamente e surgindo a
oportunidade de participarem afetivamente das atividades infantis, desenvolvendo
a segunda infância de modo sadio e natural. De acordo com o pensamento
Froebel explícitos no manual de fundamentos da educação infantil, diz um dos
princípios, onde ele relata que:
Só as atividades manuais satisfazem as crianças, porque são uns
jogos. As atividades manuais e a aplicação adequada de objetos
concretos, do cotidiano infantil, são os melhores caminhos para a
criança
desenvolver-se
de
modo
sadio
e
natural.
(FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, 2006, P.25).
É interessante que as crianças tenham contatos com objetos concretos
principalmente pela observação, utilizá-los alguns da sala de aula ou até levá-los
de casa, como por exemplo: plantas, (jarro de flores, cenoura), frutas, (goiaba,
manga, etc.) e animais (caracóis, borboleta, gafanhoto, etc.), como por exemplo,
um exercício com sementes de melancia ou várias outras, desperta o interesse, a
curiosidade e o estímulo que é possível ser conquistado por meio dessas
atividades divertidas, objetivando que as crianças obtenham mais experiências e
possibilitando que as mesmas criem suas próprias conclusões, mas é claro que é
com a orientação do professor.
É importante em classe planta comum (couve, cenoura, cebola,
etc.) e animais (caracóis, moscas, mosquito, cágados, caramujos,
29
etc.) para que as crianças acompanhem o seu desenvolvimento.
Os exercícios de observação dão a oportunidade à criança de
trabalhar sobre fatos concretos, adquirir experiência de vida,
contribuindo para que venha a construir os próprios conceitos
(ELIAS, 2000. P.76).
É de fundamental importância que as atividades lúdicas façam parte da
cultura escolar, sendo de responsabilidade do professor analisar e avaliar a
característica potencial dos variados jogos e o que se deseja realizá-lo, tendo em
vista os diferentes interesses das crianças, assim diz Maluf (2003, p.91) “cada
criança tem diferentes interesses, potenciais físicos, habilidades motoras,
capacidade de integração social, adaptação”.
O ser humano não pode deixar jamais se distanciar da ludicidade, não
podemos vê a mesma como apenas diversão, seja qual for à idade, através das
atividades lúdicas se torna mais fácil o ato de aprender tanto no pessoal, social e
cultural, faz muito bem para a saúde mental, é um exercício para o estado interior
fértil, a socialização acontece com mais facilidade, a pessoa se sente mais segura
em se comunicar, se expressar em público com tranqüilidade e o crescimento de
conhecimento é acrescentado de grandeza superior.
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade
e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do
aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal,
social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara
para um estado fértil, facilitando o processo de socialização,
comunicação, expressão e construção de conhecimento. (SENNA,
2006, p.33).
Quando o lúdico é alimentado, a possibilidade das atividades oferecerem
uma vivência incorporada no aqui e agora, mexe com a ação do pensamento para
executar tais atividades que podem ser através de brincadeiras, jogos, dinâmicas
ou qualquer outro tipo de ato que desperte curiosidade nas crianças em participar
do coletivo.
30
A escola de educação infantil deve proporcionar à criança condições para
que o aprendizado ocorra por intermédio das brincadeiras advindas de
circunstâncias pedagógicas intencionais, integrando-se ao aprendizado infantil.
Podemos estimular a capacidade mental e o pensamento abstrato. O
mesmo tem o papel de especificar o desempenho das crianças devendo ser
considerado
fundamental
dentre
outros
recursos
pedagógicos.
Mas,
freqüentemente sua utilização não é devidamente valorizada no currículo escolar,
sendo simplesmente, vista como uma mera atividade recreativa ou uma maneira
em que as crianças podem se exercitar para gastar sua energia juntamente com
os coleguinhas da sua idade e que estudam na mesma escola.
As brincadeiras, os jogos, as dinâmicas, trava-língua etc. surgem como
um momento de descontração e também como mais uma oportunidade para a
criança extrair uma aprendizagem diversificada e pode-se considerar uma
maneira mais fácil para os mesmos expressarem seus sentimentos e
pensamentos, expandindo assim, suas formas de se comunicarem, demonstrando
e adquirindo novos conhecimentos e experiências ao mesmo tempo em que se
diverte.
A atividade lúdica deve propiciar às crianças contatos social que facilite a
socialização no âmbito escolar e ao mesmo tempo, possibilitar que haja
estimulação no crescimento do desenvolvimento intelectual, moral e social,
adquirindo sua própria autonomia, por meio de gestos, sons e ações,
possibilitando o avanço da atenção, da imitação, da memória, da imaginação e
outros, além de favorecer a socialização e a conscientização das regras e de
papéis sociais.
Brincar é uma das atividades fundamentais para o
desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato da
31
criança, desde muito cedo poder se comunicar por meio de
gestos, sons e mais tarde, representar determinado papel na
brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas
brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas
capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a
memória, a imaginação. Amadurecem também algumas
capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização
e da experimentação de regras e papéis sociais. (LOPES, 2006,
p. 110)
Com referência aos comentários relatados anteriormente convém
destacar a idéia de Antunes, (1998 p.73), que enriquece essa linha de
pensamento. “[...]. A brincadeira representa tanto uma atividade cognitiva quanto
social e através das mesmas as crianças exercitam suas habilidades físicas,
crescem cognitivamente e aprendem a interagir com outras crianças [...]”.
O brinquedo é incluído na escola, como instrumento que facilita a
aprendizagem através da utilização dos mesmos nos jogos e brincadeiras. A
atividade lúdica deve consentir que o discente tenha a liberdade de se expressar,
e fazer com que o mesmo se sinta livre, útil, sentindo-se gratificado em algum
aspecto, sendo possível resolver problemas importunos de forma criativa,
deixando transparecer o prazer em participar das atividades.
A criança necessita de estabilidade emocional para se desenvolver com a
aprendizagem. O afeto pode ser uma atitude eficaz para se chegar perto do
sujeito
e da
ludicidade,
em
conjunto, uma
passagem
estimuladora e
enriquecedora para se atingir uma totalidade no processo de aprender, e
aprender por meio do divertimento, da interação.
Com a idéia de uma educação transformadora, a prática lúdica vai se
tornando o ponto chave para o aprendizado das crianças da educação infantil e,
muitos autores são contribuintes para esse feito na evolução histórica dos jogos e
brincadeiras, pois estimula o desenvolvimento da criança de maneira satisfatória e
agradável.
32
Outros autores formam também companheiros nesta caminhada,
autores preocupados com a evolução histórica e social do
brincar, como Áries e Benjamin; autores que discutem a evolução
do brincar no desenvolvimento da criança, como Piaget e
Vijgotsky e outros que propõem a utilização da atividade lúdica na
educação institucionalizada, como Feram, Mariete & Porcher, Leif
& Brunelle, Bonolet & Sorazanas e compagine [...] A eles se
juntaram outros autores que também vêm buscando a melhor
maneira de explorar a riqueza do brincar e do brinquedo
(OLIVEIRA, 2001, P.70).
Podemos considerar que os jogos têm uma fundamental importância por
várias razões, a criança adquire autonomia e por diversas vezes conseguem se
conter em muitas ocasiões de intrigas que surgem entre eles, e caso ocorra
algum conflito nas atividades, o professor pode orientar em suas decisões para
que haja a diversão e não a competição em si.
Os jogos são uma parte essencial de ensino construtivista por
muitas razões. Do ponto de vista do desenvolvimento da
autonomia das crianças de governarem a si mesma. Quando
surgem conflitos, o professor pode ajuda as crianças a tomarem
suas próprias decisões sobre sanções e sobre a possibilidade de
modificar as regras ou fazer outras. (KAMII, 1995, P.147)
Nos jogos de regras consiste no exercício sensório – motor como; futebol
e xadrez, nos tais, são considerados normais à existência de várias leis imposta
pelos competidores e se por algum motivo haja descumprimento o grupo ou o
indivíduo é penalizado nessa forte competição entre eles. Nesse sentido, é
fundamental que o agente educativo, esteja munido de experiência na área de
educação infantil, e que se estenda para a cultura em geral, é preciso também
que os mesmos estejam constantemente se capacitando, tanto como cidadão que
exerce seus deveres e conhece seus direitos, como produtor de conhecimento,
objetivando melhorias na realidade da pré-escola onde executa suas atividades
de maneira facilitadora para melhor compreensão das crianças.
33
É preciso que os profissionais de educação infantil tenham
acesso ao conhecimento produzido na área de educação infantil
e da cultura em geral, para repassarem sua prática, se
reconstruírem enquanto cidadão e atuarem enquanto sujeitos da
produção de conhecimento. E para que possam, mais do que
‘‘implantar “currículos ou “aplicar” propostas à realidade da
creche / pré-escola em que atuam,efetivamente participar da sua
concepção, construção e consolidação. (KRAMER, apud MEC /
SEF / COEDI, 1996 p. 19)
Na brincadeira existe o convívio com crianças diferentes e as regras
impostas, onde as mesmas tornam-se capazes de viver em qualquer ambiente,
tanto no ilusório quanto no real. Convivendo em momentos consigo mesmo e com
outros, e este ato é bastante proveitoso porque contribui de forma abrangente
para a aprendizagem de cada um.
Através dos jogos lúdicos a criança não só convive com situações
repetidas, mas aprende a vivenciar com símbolos e a raciocinar por analogia
(jogos simbólicos), elas passam a imaginar cada significado dos objetos. Ao
adquirirem tal analogia, as mesmas tornam-se produtoras convencionais,
conseguem extrair a capacidade de aceitar as regras e oferecer explicações, pois,
no entanto, deve ficar claro que o sucesso só será conquistado por meio do
estabelecimento das regras, para que todos venham ter responsabilidades e que
possam sentir-se co-autores na produção das atividades.
Por meio dos jogos as crianças não apenas vivencia situações que
se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por
analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a
ser imaginados por elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se
produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitandose para se submeterem a regras e dar explicações. (BRASIL, 1998,
p.35)
Segundo Vygosky apud MARTA KOHL (1995) as crianças fazem das
brincadeiras um estilo para exercitar seu imaginário, e a partir dele pode-se
trabalhar de varias maneiras. Contar, ouvir história dramatizar, jogar com regras,
34
desenhar, além de outras atividades que criam meios prazerosos para obter
aprendizagem. Com elas as crianças divulgam suas criações e emoções, refletem
medo e alegrias, desenvolvem características fundamentais que servirão para a
vida adulta. O raciocínio lógico, as aceitações de regras, socialização, aprendem
a se comunicar corretamente, entre outras, elas desenvolvem tais habilidades
através das brincadeiras.
A brincadeira é um dos recursos empregados pela criança para
conhecer o mundo em que a rodeia. Muitas vezes, os temas
escolhidos nas brincadeiras são aqueles que a criança necessita
aprofundar. Brincando, a criança constrói significados,
objetivando a assimilação dos papeis sociais, o entendimento das
relações afetivas e a construção do conhecimento. Brincando, a
criança tem a possibilidade de assimilar e recriar as experiências
vividas pelos adultos, construindo hipóteses sobre o
funcionamento da sociedade. Brincando, a criança busca
compreender o mundo e as ações humanas com as quais
convive em seu cotidiano. (PEREZ, 2005, p, 125 e 126).
Entre 4 e 6 anos, as crianças são capazes de identificar e comunicar
situações que nas quais lhes agradem, desperta interesse e gosta de brincar com
crianças diferentes e começa a perceber que nos jogos existem regras.(Nova
Escola, 2005, p. 38) “Nessa idade, a criança é capaz de brincar ‘‘com” e não
apenas ‘‘ao lado de” amigos. Ela começa a perceber as regras de convivência”.
Deve-se ser proposto às crianças a participarem de jogos que exige regras,
pois, para vivermos em sociedade, temos que lidar diariamente com regras e na
escola não é diferente, desde o prelúdio na escola pré – escolar as crianças
devem aprender que precisam interagir em grupos e que por varias vezes vai
existir restrições, limites e objetivos a serem almejados. De acordo com esses
relatos vejamos que:
[...] Os jogos de regras, aqueles que se jogam em grupo segundo
normas preestabelecidas e visando um objetivo, são importantes
na educação infantil. Além de mostrar que as restrições podem
representar desafios divertidos, eles desenvolvem questões
35
importantes, como a adequação a limites, a cooperação e a
competição.
(NOVA ESCOLA, 2006, p. 72)
Através da ludicidade é possível separar a pressão de regras, pois a
competição é invenção do homem para medir força ou capacidade, seja em um
jogo físico, verbal ou mental, deve-se considerar que o jogo é um valioso
instrumento para estimular a inteligência e tornar possível a socialização por meio
das atividades lúdicas, sem que haja agressão nas ações dos competidores. De
acordo com o pensamento de Lima, (1980, p. 117), podemos relatar que: “Se a
competição se faz sem regras, o confronto deixa de ser um jogo para ser uma
“agressão’’ou tentativa de destruição do competidor (o que eliminaria a função
estimuladora da competição [...]’’.
Teoricamente são expostas duas maneiras de educar, uma é através de
técnicas, transmitir pelo ato automático, que mexe com a ação motora, verbais e
mentais dos educando e também a educação pela inteligência, a mesma excita a
vontade de fazer novas conquistas. Estimular as brincadeiras estratégicas,
construir situações que possibilitam a exploração ao máximo do desenvolvimento
comportamental, utilizar a ludicidade nos jogos desde a educação infantil, facilita
a estrutura das ações e comportamento na escola.
[...] O que se quer, na escola, com relação ás crianças e jovens?
Evidentemente, que eles desenvolvam todas as suas
“possibilidades’’ de ação motora, verbal e mental. Com estas
‘‘possibilidades’’ desenvolvidas estão preparados para sobreviver
no mais alto padrão vital, e para intervir no processo sóciocultural, independentemente das surpresas que possam ocorrer.
(LIMA, 1980, p. 118)
Além disso, passam a entender e a empregar convenções e regras, que
serão utilizadas no processo de ensino-aprendizagem. Esse entendimento
possibilita sua integração na sociedade, que por vezes é muito complexa e
36
oferece um intróito de aproximações com futuras teorizações ampliando seus
conhecimentos.
CAPÍTULO III
3.1 PAPEL DO EDUCADOR
O papel do educador é fundamental no que se refere à organização,
motivação e orientação nas situações de aprendizagem e sobre tudo, na
interação entre o meio social em que as crianças habitam isso facilita bastante o
desenvolvimento cotidiano, pois o relacionamento com outras crianças é de
grande importância, favorecendo assim a passagem do pensamento egocêntrico
para o operatório e através das brincadeiras as mesmas vão se divertindo e vão
gradativamente abandonando o egoísmo, assim diz Aranão, (1995, p.18) diz “[...]
o egocentrismo do pensamento na fase pré – operacional, diminui lentamente
quando a criança começa a relacionar-se com seus colegas e conseqüentemente
a ouvir pensamentos diferentes dos seus”.
No processo de educar e cuidar, o professor e todos que lidam com a
educação infantil, têm como dever, exercitar e fazer progredir espontaneamente à
37
vontade do aluno em descobrir novas experiências, desenvolver estratégias
conquistadoras com o sentido de que jogar faz parte da vida em sociedade e
essas agilidades são sempre bem-vindas por seu caráter lúdico. São ciências
dinâmicas e fascinantes que podem fazer nascer momentos de grande satisfação
no caminho da construção do conhecimento, pode-se acreditar que o lúdico é a
melhor maneira para essa conquista.
O professor que trabalha com a educação infantil, é preciso que seja muito
mais que um artista, um inovador, adotar com toda segurança e espontaneidade o
método construtivista a fim de estimular o aprendizado, a interação e a
socialização,
entre
os
educandos,
despertando
assim,
o
espírito
de
companheirismo que fluem dentro das crianças e que é necessário para que haja
satisfação em realizar tais atividades.
O lúdico deve ser mesclado da melhor maneira cabível na educação
infantil, para que possa abranger todas as áreas das inteligências humanas com
perfeição e, extrair com esmero um aproveitamento intelectual, social e
emocional, em todas as potências cognitivas. Nesse sentido o professor deve ser
mais que criativo, deve ser polivalente, ou seja, em seu trabalho executar várias
funções, realizar atividades diferenciadas, a fim de atingir várias áreas do
conhecimento. E é necessário que ele esteja constantemente se capacitando,
ampliando sua erudição, para exercer positivamente sua prática.
O trabalho com crianças pequenas exige que o professor tenha
uma competência polivalente. Ser polivalente significa que o
professor tem que trabalhar com conteúdos de natureza diversas
que abrangem desde cuidados básicos essenciais até
conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do
conhecimento. Este caráter polivalente demanda, por sua vez,
uma formação bastante ampla do profissional que deve torna-se,
ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua
prática, [...] (BRASIL, 1998, P.41).
38
O jogo como instrumento didático tem uma fundamental importância,
particularmente os jogos cooperativos, impondo normas a serem respeitadas, que
irão servir para moldar a personalidade das crianças e quanto mais experiências
adquirirem, mais ampla ficará o campo do conhecimento das crianças.
Quando se pensa em separar a brincadeira da aprendizagem, não tem
sentido ao falarmos de educação infantil, pois nesta, as aulas devem ser
diversificadas e divertidas, com nova visão de transmitir e adquirir novos
conhecimentos e, se não banirmos o tradicionalismo de nossa prática
educacional, acontecerá que, dessa maneira o ensino na pré-escola, fica evidente
a pertinência a ensino de 1º grau. Pois é na pré-escola que se tem à liberdade de
aprender por meio de brincadeiras, no entanto, é uma preparação para os alunos
se integrarem ao conhecimento que adquirirão em breve na escola.Sobre esse
enfoque Perez salienta que:
[...] Pré-escola como o próprio nome revela, não é considerada
exatamente uma escola, mas algo que antecede. Como momento
prévio, sua característica essencial é a “preparação” para a
“aprendizagem”. [...] o papel da pré-escola é desenvolver hábitos,
atitudes, habilidades e comportamentos necessários à sua vida
escolar, através de atitudes consideradas lúdicas e criativas. [...]
(2005 p.23).
Compromisso com o desenvolvimento das crianças, sendo fundamental
para que se estabeleça a confiança nesse procedimento de construção do
conhecimento global, sendo monitorado por meio dos jogos e brincadeiras
conquistando um aprendizado de qualidade; e propiciar ao mesmo tempo
situações que possibilitem a expressão comunicativa.
O educador pode diversificar o desenvolvimento da sala recreativa,
excitando o intelectivo dos alunos, para que haja de forma espontânea o
entrosamento entre eles, e assim, podendo ocorrer à existência das mesmas
opiniões e com isso tomar possível o entendimento e a socialização entre os
39
mesmos, já que em vários jogos existem regras a serem respeitadas e através da
ludicidade é plausível que se chegue num consenso lógico, possibilitando a
aceitação das diversas regras que podem surgir durante a execução da prática
metodológica de forma amigável no campo das atividades lúdicas.
Como educadores devemos entender que existem dois tipos essenciais de
jogo, o que exige regras e o que não exige regras. O que não tem regras deve ser
considerado como físico (exercício físico) e simbólico, onde há fantasia ou faz-deconta na inocência das crianças e gerando somente uma simples comunhão ou
apenas uma participação entre elas. Já que o jogo com regras pode submeter à
ludicidade, mas com criatividade, pode-se trabalhar a socialização das crianças,
impondo as regras a fim de minimizar o egocentrismo que é comum existir nesta
idade da infância.
[...] O jogo sem regras é, essencialmente, associal ou pressocial
(quando feito, coletivamente), não chega à interação, produzindo
simples comunhão ou partição, [...].Para torna – se social, o jogo
tem que submeter – se a regras, o que põe em risco a ludicidade
[...]. Para que a atividade continue como jogo é preciso conservar
seu caráter de “diversão” (criatividade, invenção), mas para seja
social deve obedecer, estritamente, a determinadas regras. (sem
regras, o egocentrismo década jogador levaria o jogo para áreas
imprevisíveis, terminando por eliminar qualquer sentido de
atividade cooperativa) [...]. (LIMA, 1980, p.117).
A educação adquirida através da inteligência sugere que o próprio aluno
crie suas estratégias para o desenvolvimento nas áreas motoras, verbais e
mentais. Desse modo, é oportuno frisar que a criança que joga, brinca, interage
junto a outras, no período da infância, exerce atividades que tende a superar
regras existentes, sem que o professor imponha, e sim, oriente para que o mesmo
venha sentir que estar protegido e bem cuidado na ambiência em que está
inserido. Piletti, (2003, p. 43) salienta que: “Os professores não devem impor
regras, prender os alunos, robotizar os mesmos, as crianças precisam sentir-se
amadas, protegidas, se houver esses afetos o rendimento escolar e a própria
relação ficará a melhor possível’’.
40
Por meio dos jogos lúdicos, podemos estimular a capacidade mental e o
pensamento abstrato. O mesmo tem o papel de especificar o desempenho das
crianças
devendo
ser
considerado
fundamental
dentre
outros
recursos
pedagógicos. Mas, frequentemente sua utilização não é devidamente valorizada
no currículo escolar, sendo simplesmente, vista como uma mera atividade
recreativa ou uma maneira em que as crianças podem se exercitar para gastar
sua energia juntamente com os coleguinhas da mesma idade e que estudam na
mesma escola.
É louvável, que o educador deixe sempre em aberto as atividades,
possibilitando a socialização da coletividade infantil, permitindo-os de utilizarem o
simbolismo, pois através dele pode ocorrer à cooperação, e a aceitação das
regras existentes nos jogos e brincadeiras, e com isso as crianças vão
gradativamente abrindo mão do faz-de-conta, mas, o professor jamais, deve
permitir que as atividades lúdicas sejam preenchidas pelo jogo de regras. A esse
respeito, convém destacar o alerta de Ferraz que diz:
A possibilidade de partilhar coletivamente o simbolismo, que se
traduz em nascente modalidade de cooperação e reciprocidade,
acaba originando o jogo de regras, [...].O faz – de – conta, então
tende a desapareceu e o campo de atividade lúdica é preenchido
pelo jogo de regras, [...](.FERRAZ 1999, p. 88).
A escola juntamente com todo corpo docente deve passar por um período
preparatório para acolher as crianças, oferecer um ambiente conveniente para
que se possam colocar em prática as atividades lúdicas, e nessas ações, o
professor é o maior responsável em apresentar a ambiência adequada, tanto no
que se refere à qualidade quanto na quantidade de meios atrativos que desperte
interesse nas crianças e ao mesmo tempo ocorra a aprendizagem. Seguindo o
raciocínio de Stevens (1977, p. 242) que relata: “A aprendizagem ocorre o tempo
todo no desenvolvimento normal durante toda a vida, desde que alguma coisa
41
desperte o nosso interesse”. No entanto, sabemos que durante toda a nossa
existência na terra estamos constantemente aprendendo algo novo.
Renomados autores vêm contribuindo de maneira significativa em busca
de melhorias na prática educacional dos professores da educação infantil, por
meio de novas metodologias, e entre elas, a valorização da aprendizagem através
das
atividades
lúdicas,
objetivando
propiciar
de
maneira
inexaurível
o
desenvolvimento do físico, intelectual e social das crianças.
Educar não se limita simplesmente em repassar informações, mas auxiliar
a pessoa a ganhar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade de modo
geral. Porém, é oferecer diversas ferramentas para que o indivíduo possa optar
entre vários caminhos, aquele que for compatibilizado com seus valores, sua
visão de mundo e com circunstâncias adversas que todas as crianças poderão
encontrar.
Certamente que, com a utilização dos jogos lúdicos os educadores terão
capacidades de estimular todas as potencialidades dos aprendizes na educação
infantil, é sabido que através das brincadeiras com objetos concretos ou faz-deconta, podemos instigar a capacidade do raciocínio lógico, proporcionando tarefas
produtivas, reflexivas e atrativas, despertando assim, a socialização entre os
alunos, distanciando-os de seu egocentrismo. É cabível que os agentes
educativos se utilizem de jogos dinamizados favorecendo a integração do
coletivo, ou propor ações grupais de recorte e colagem, bem como atividades
relaxantes e respiratórias.
[...] As atividades que propiciam a vivência plena do aqui e agora,
integrando a ação, o pensamento e o sentir tais atividades podem
ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer atividade que possibilite
instaurar um estado de interesse: uma dinâmica de integração
grupal ou de sensibilização, um trabalho de recorte e colagem [...]
exercícios de relaxamento e respiração [...] (ALMEIDA, 2006, p.1).
42
Esses tipos de celeridade costumeiramente são muito apreciados pelas
crianças por passar desafios. As mesmas devem fluir de maneira livre, para
ajudar na desinibição e socialização dos principiantes, por se querer conquistar
esse objetivo, é fundamental que os jogos estejam incluídos na cultura escolar. O
educador construtivista deve facilitar o aprendizado dos aprendizes, planejando
suas práticas educativas de maneira que alcance a satisfação das crianças,
conduzindo-as a adquirirem sua autoconfiança, passando a acreditar em si
mesmo e em suas potencialidades em realizar e passar novas experiências.
Um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles
provocam no aluno, gerando interesse e prazer. Por isso é
importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo
ao professor analisai e avaliar a potencialidade educativa dos
diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver.
(BRASIL, 1998, p.48-49).
A ludicidade deve dar liberdade ao discente de se expressar, deixando que
os mesmos sintam-se satisfeitos, vantajosos, gratificados em alguma situação, se
sentirem livres e capazes de resolver problemas difíceis que podem surgir no
decorrer dos exercícios de maneira criativa, se divertindo e sentindo prazer em
desenvolver tal habilidade. Certas atividades podem auxiliar significativamente
para que cada criança prossiga realizando seus conhecimentos elementares de
especialidade e de lugar, observando e interagindo ao meio em que vive.
Os jogos educativo, no ponto de vista técnicos pedagógico tiram o véu e
divulga a sua importância no processo de ensino-aprendizagem, no avanço da
edificação do conhecimento, introduzindo ludicamente, a satisfação, a iniciação e
a ação no exercício efetivo e motivador, tornando possível o acesso da criança a
adquirir diversos tipos de conhecimentos e habilidades, podemos nos firmar nas
palavras de Antunes, (2002, p.19) quando diz o seguinte: “As técnicas constituem
extraordinário
instrumento de motivação,
uma
vez que
transformam
o
conhecimento a ser assimilado em um recurso de ludicidade e em sadia
competitividade”.
43
A criança que participa de jogos em grupo desde pequena, seu
desenvolvimento mental se torna capaz de perceber e ser estimulado por meio de
jogos e brincadeiras lúdicas, também é representado por uma conquista social,
podendo ser considerado um estímulo no aprimoramento do raciocínio lógico e
com isso as mesmas, vão aperfeiçoando suas agilidades físicas aprimoram seus
conhecimentos e conseqüentemente conseguem interagir com outras crianças ao
meio social onde está inserido.
O desenvolvimento mental da criança, antes dos seis anos de
idade, segundo Piaget, pode ser sensivelmente estimulado
através de jogos. A brincadeira representa tanto uma atividade
cognitiva quanto social e através das mesmas as crianças
exercitam suas habilidades físicas, crescem cognitivamente e
aprendem a interagir com as outras crianças. (ANTUNES, 1998,
P.73).
Um dos pontos importantes nos jogos, é a provocação genuína que gera
no potencial do pensamento que o mesmo causa no educando, mexe com o
interesse e o prazer em participar socialmente e, nesse sentido, pode frisar que o
aprendizado será sólido, agradável, gratificante e significativo em todas as
potencialidades. Conforme o pensamento de Winnicott (Apud Maluf 2003, p.21).
“Quando
brincamos
exercitamos
nossas
potencialidades
provocam
funcionamento do pensamento, adquirimos conhecimento sem estresse ou medo,
desenvolvemos a sociabilidade, cultivamos a sensibilidade, nos desenvolvemos
intelectualmente, socialmente e, emocionalmente”.
A brincadeira enriquece a auto-estima dos pequeninos, a mesma ajuda-os
a dominar e progredir em suas novas aquisições de maneira brilhante, pois, no
ato de brincar, as crianças transfiguram os conhecimentos já adquiridos através
de várias categorias de experiências.
Para que as crianças possam desempenhar suas potencialidades, é
indispensável que haja qualidade e investimento nas experiências que lhes são
44
propostas, seja no caráter das brincadeiras e jogos lúdicos ou as aprendizagens
obtidas por meio de intervenções.
Se o lúdico for desenvolvido de maneira criativa, aperfeiçoa a
impressionabilidade, a conformidade, a afabilidade, oferecendo a todos que
participam a exercitarem o raciocínio lógico de forma dinamizadora, tanto para as
crianças como para os adultos que convivem junto a eles. (NEGRINE APUD
SANTOS 2001, P.14) Faz um relato interessante, onde ele diz que, quando o
adulto brinca traz de volta o prazer e a alegria, não que ele seja novamente
criança, mas porque foi estimulado pela ludicidade a recordar bons momentos já
vividos e passar a experiência para os pequeninos.
O mundo infantil está diariamente em nossa companhia, algumas situações
vividas na infância ficam marcadas e constantemente são recordadas através de
algumas obras pessoais ou por meio de atitudes diferentes de outras pessoas no
decorrer de toda a nossa história de vida, para um bom amadurecimento
enquanto membro da sociedade, que precisa agir e interagir normalmente na
própria vitalidade. Na concepção de Stevens (1977, p.242) “O brincar é
necessário e vital para o desenvolvimento normal do organismo em si e para o
seu amadurecimento como ser social”.
Quando a criança se integra ao ambiente escolar traz voluntariamente o
desejo de fazer novas descobertas, pelo estímulo da curiosidade e pela vontade
de aprender coisas inéditas, busca entender o mundo em que está inserida,
reinventando e procurando se adequar a ele. Saliento as palavras de NEGRINE
(1994, p. 20) quando afirma que em questões levantadas sobre a infância no que
se refere à aprendizagem e desenvolvimento. “Quando a criança chega à escola,
traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande
parte destas são através das atividades lúdicas”.
45
Nessa perspectiva, a formação continuada de professores é fundamental,
pois sem conhecimentos os mesmos podem se achar no direito de dominar dá
ordens, ameaçar, culpar, inibir e até mesmo intimidar seus alunos, mas, o
professor capacitado, estimula o aprendizado e passa informações significantes
para seus alunos, objetivando conquistar a simpatia com a finalidade de que haja
espontaneamente, a socialização e a colaboração de todos durante a execução
das atividades propostas na ambiência infantil. O professor deve ser um
estimulador e não um dominador do saber.
O professor dominador emprega a força, ordena, ameaça, culpa,
envergonha, e ataca a posição pessoal do aluno, evidentemente,
exercerá sobre a personalidade do mesmo uma influência distinta
do professor que solicita, com vida e estimula. Este, por meio de
explicações faz com que seus objetivos adquiram significados
para o aluno, o qual passa a ter uma atitude de simpatia e
colaboração. (MARQUES, 1977, P.61).
O educador deve assumir uma postura de disponibilidade para efetuar
ações que venham despertar interesses nas crianças, deixando o ambiente com o
clima afetivo, estando atento às suas necessidades, narrando, cantando, falando
e brincando com elas e para elas, tornando-as capazes de adquirir a atenção e
agilidade na efetivação de seus exercícios e, também tendo a consciência de que
é através das brincadeiras, que as crianças transformam os conhecimentos já
adquiridos por meio das experiências vivenciadas em outros momentos de sua
vida. E é pela brincadeira que se pode estabelecer os diversos vínculos nos
diferentes casos presenciados, globalizando a informação e generalizando-os
para outras informações.
Na escola que prevalece a ludicidade, o divertimento, a beleza, o prazer, o
carinho, e o bom humor, proporcionam à criança um clima harmônico onde a
confiança e as tentativas de acertos se intensifiquem numa perspectiva de
conquistar seus objetivos, a socialização acontece naturalmente entre as
crianças.
46
Para que elas possam se divertir e aprender ao mesmo tempo, é
fundamental
que
as
mesmas
tenham
liberdade,
e
possam
sentir-se
independentes na escolha da atividade e de seus companheiros, cabendo ao
professor induzi-los a aceitar as ações propostas, ao realizarem desenhos,
criarem objetos, brincar de faz-de-conta, comentar sobre algo ocorrido fora da
sala de aula, suas capacidades imaginativas, e alicerçando cada estágio vivido no
fortalecimento do próximo. Baseada nos preceitos de Piaget (apud. PAPALIA,
2000, P.48) “cada estágio é colocado no anterior e constrói o alicerce para o
seguinte”. O papel do educador é fortalecer cada fase, preparando-os para o
futuro, conscientizando-os que em cada estágio, o aprendizado vai se tornando
mais significativo, alicerçando o percurso para obter um conhecimento melhor e
mais abrangente.
É interessante se fazer uma reflexão levando em consideração a qualidade
e a quantidade de experiências que o agente educacional oferece a seus alunos,
considerando o meio sócio-cultural em que os mesmos estão inseridos, pois se
sabe que o brincar é uma etapa fundamental na infância, e é através da
imaginação e de descobertas que a criança enriquece suas potencialidades e
começa a construir sua personalidade, no convívio com crianças diferentes.
Tendo a liberdade de expressar-se livremente, imaginar, inventar, cantar, sendo
de grande importância para o avanço intelectual, emocional, criativo, espiritual e
social, principalmente com atividades que envolvam músicas, rítmicos, que
mexem com a habilidade corporal.
O brincar é uma etapa importante na vida infantil e os jogos
cantados podem estimular e desenvolver habilidades de equilíbrio,
ritmo, imaginação, coordenação, viso-segmentar, lateralidade,
organização, espaço-temporal, criatividade e descobertas de
novos movimentos. (SOARES, 2007 p.35).
O educador deve está ciente de que jogos e brincadeiras são
especialidades da infância e é o momento em que as crianças criam e realizam
suas imaginações usando o simbolismo.
47
Na percepção de vários autores os jogos podem ser interpretados como
uma ferramenta pedagógica que pode auxiliar na formação do ser humano,
principalmente na inteligência no período da infância, fortalecendo em todos os
aspectos da aprendizagem lúdica e efetiva, pois sabemos que o corpo não
trabalha só, ele precisa de motivação e imaginação até que se conquistem seus
objetivos.
O número de educadores que utilizam os jogos como instrumento
facilitador
da
aprendizagem
está
se
alastrando,
consideravelmente,
principalmente nas pré-escolas, que se enfatizam primordialmente as relações
interpessoais, cognitivo, valorizando o convívio ético.
CONCLUSÕES
Podemos dizer que o lúdico é muito importante e funciona como se fosse
um laboratório, o mesmo necessita de atenção conjunta, família, escola e
sociedade, pois é através das atividades ludo-recreativas que a criança cria e
recriam individualmente estrutura expressiva, integração, percepção, imaginação,
reflexão e sensibilidade por meio de novas experiências.
Todas as crianças em seu convívio são excitadas, e vivem intensamente os
desenvolvimentos corporais e mentais. Esse crescimento mostra a real natureza
da evolução, suas habilidades e ações, despertam interesse aos profissionais da
educação que se identificam com o método construtivista em buscar tipos de
atividades infantis no brincar e jogar que estejam relacionadas ao estímulo, pois
os jogos lhe permitem satisfazer as dificuldades postas em sua frente.
Existe situação que os jogos acontecem ocasionalmente sendo distanciada
daquela cuidadosa e planejada programação, cabe ao educador torná-las em
momentos prazerosos, e reunir diversas atividades, tendo validade efetiva quando
48
rigorosamente selecionadas e subordinadas para a aprendizagem, sendo
desenvolvidas com a intenção explícita de conquistar um aprendizado
significativo, tal programação possibilitará, o alcance do objetivo específico na
proposta pedagógica.
Não restam dúvidas de que na ação recreativa a criança enriquece seus
conhecimentos, desenvolver um autoconhecimento, interage com mais facilidade,
age de maneira espontânea e integra socialmente sendo empático com os
colegas. De acordo com Myles (2002, p.21) “o brincar ajuda os participantes a
desenvolverem a autoconfiança em si mesmo e em situações sociais, ajuda-nos a
julgar as muitas variáveis presentes nas interações sociais e a ser empático com
os outros”.
As
ações
lúdicas
trabalham
como
atividades
fundamentais
e
indispensáveis para a vida. E as brincadeiras e jogos são recursos necessários
para que exista uma aprendizagem com criatividade e que haja prazer no ato de
obter conhecimento. E é uma ferramenta facilitadora na prática pedagógica.
Perante estes relatos, recomenda-se que o professor da educação infantil
precisa ser muito mais que um artista, um inovador, adotar com segurança e
espontaneidade a forma construtivista de ensinar, que estimule o aprendizado e a
interação dos alunos, objetivando despertar o espírito de companheirismo que
permeia dentro de cada criança e que é necessário para que haja satisfação em
realizar as atividades, que a motivação possa está presente em todas as aulas,
sendo ela um fator primordial para que haja aprendizagem.
A motivação é fator fundamental da aprendizagem. Sem
motivação não há aprendizagem. Pode ocorrer aprendizagem sem
professor, sem livro, sem escola e sem uma porção de outros
recursos. Mas, mesmo que existam todos esses recursos
favoráveis, se não houver motivação, não haverá aprendizagem.
(PILLETTI, 200, p. 63)
49
Pode-se dizer que no período de desenvolvimento é indispensável que a
criança mantenha contato com outras, pois, na convivência com crianças
diferentes, elas têm a facilidade de transmitir como de extrair mais agilidade e
sensibilidade da troca de conversa, de experiência e isso ocorre principalmente
nos momentos ludos-recreativos, onde as crianças expressam seus sentimentos
e se desenvolve juntamente com o desejo de aprender.
As invenções das atividades lúdicas devem ser qualitativas, para que no
ato de brincar as crianças sejam estimuladas a trabalharem sua memória e fazêlas avançar o raciocínio lógico e transformando seu aprendizado através dos
jogos.
É viável, que o professor como agente educativo, crie alternativas de
diversão diversificadas que venham atender todas as áreas do conhecimento, as
conhecidas multidisciplinares por meio das atividades lúdicas. Assim diz Nicolau
(2002, p.137) “Pode-se propor atividades lúdicas que envolvam as mais variadas
áreas de estimulação, na pré-escola: Comunicação e Expressão, Matemática,
Ciências,
Estudos
Sociais,
Expressão
Artística,
Educação
Física,
Psicomotricidade, etc.”.
Na educação infantil, sugere-se que os educadores se monitorem com
jogos educativos, para que a criança possa conhecer sua finalidade, as músicas
não podem ser deixadas de lado, nem as cantigas de roda, é interessante
também que se trabalhe com dramatização utilizando fantoches sobre histórias
que marcaram época. Esse mecanismo ajuda e facilita a aprendizagem do
desenvolvimento pessoal, social e cultural, além de deixar o ambiente harmonioso
à aula se torna atrativa, despertando a curiosidade da criança em querer
participar por vontade própria.
Mediante a relevância da temática investigada, um alerta aos educadores e
todos que tem compromisso com a educação, que eles necessitam oferecer
50
urgentemente condições adequadas para uma aprendizagem mais qualitativa
sem distinção, tendo sempre como objetivo principal, solucionar os problemas
existenciais no avanço educacional de cada um, pois, a prática pedagógica
necessita atender e entender as carências das crianças, para que cresçam
intelectualmente e tenham uma visão ampla de melhoria para o mundo.
Essa argumentação traz o objetivo de romper as formas de orientar e
produzir o conhecimento tradicional e lança uma proposta inovadora, onde se
enfatiza que as brincadeiras e jogos devem ser utilizados como instrumento para
obter-se uma aprendizagem significativa.
Mas o espírito crítico deve está sempre atento em manter ou substituir as
dinâmicas, caso perceba que se distanciaram dos objetivos preestabelecidos.
Dessa maneira, o jogo só terá validade se usado no momento certo, e se for
interessante aos olhos dos alunos.
É importante que o professor faça uma avaliação oral junto com as
crianças, em cada finalização de um bloco de atividades a fim de descobrir se os
objetivos traçados foram alcançados, e registrar os pontos que foram satisfatórios
e as dificuldades expostas durante todo o processo de ensino.
Porém, devemos propagar que os jogos lúdicos são recursos didáticos
ricos na prática pedagógica, e os educadores vêm aceitando, na tentativa de
transmitir o ambiente cada vez mais prazeroso, onde a ludicidade está
conquistando seu espaço no cotidiano escolar, levando o aluno no mais alto grau
de raciocínio para resolver situações conflitantes no seu dia-a-dia.
Os jogos, ultimamente, vêm ganhando espaço dentro de nossas
escolas, numa tentativa de trazer o lúdico para dentro da sala de
aula. A pretensão da maioria dos (as) professores (as) com a sua
utilização é a de tornar as aulas mais agradáveis no intuito de
fazer com que a aprendizagem torne-se algo fascinante. Além
51
disso, as atividades lúdicas podem ser consideradas como uma
estratégia que estimula o raciocínio, levando o (a) aluno (a) a
enfrentar situações conflitantes relacionadas com o seu cotidiano.
(LARA, 2003, P.21).
As atividades lúdicas funcionam como exercícios necessários e úteis à
vida. E as brincadeiras e jogos são elementos indispensáveis para que haja uma
aprendizagem com divertimento, que proporcione prazer no ato de extrair o
conhecimento, facilitando assim, o desenvolvimento educacional em sala de aula.
Portanto, se faz necessário salientar que os educadores são escultores dos
sentimentos e transformam a escola em um ambiente sério e alegre. Baseada nos
preceitos de Cury (2003, p.155) que frisa sua idéia sobre a escola ideal. “A escola
dos meus sonhos une a seriedade de um executivo à alegria de um palhaço, a
força da lógica à singela do amor. Na escola de meus sonhos cada criança é uma
jóia única no teatro da existência [...]”. Pois, são através das atividades lúdicas na
escola que as crianças aprendem diversas habilidades que irão servir
significativamente para se tornar uma pessoa culta, criativa e acima de tudo
solidária com seus semelhantes.
52
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ANEXO A
CAPACITAÇÃO PEDAGÓGICA
56
Fonte: Professora, Janete Souza
ANEXO B
ATIVIDADES DE FORMA LÚDICA
57
Fonte: Professora, Janete Souza
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