XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE IMPLANTAÇÃO DO CULTIVO DE Hyalella azteca PARA UTILIZAÇÃO DE ENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS Wanessa Kaline de Araujo Moura1; Raquel Franco de Souza; Guilherme Fulgêncio de Medeiros 3; Charrid Resgalla Junior4 1 [email protected] (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN) [email protected] (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Professora do Departamento de Geologia/UFRN). 3 [email protected] (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Professor do Departamento de Oceanografia e Limnologia/UFRN) 4 [email protected] (Professor da Universidade do Vale do Itajaí, Santa Catarina/SC) 2 Hyalella Azteca é um pequeno anfípoda, epibentônico, que se alimenta de detritos e vive em estreito contato com os sedimentos de água doce. Sua comum ocorrência em conjunto com um curto ciclo de vida, facilidade de cultivo e sensibilidade aos poluentes, fazem do H. azteca um organismo ideal para a avaliação da toxicidade em laboratório. Este trabalho descreve a implantação do cultivo do anfípoda Hyalella azteca e o estabelecimento da rotina de manutenção dos cultivos para a realização de ensaios ecotoxicológicos no Laboratório de Ecotoxicologia da UFRN. Os Hyalellas são cultivados em recipientes plásticos com capacidade para 4 L com 100 organismos cada, utilizando-se água mineral como água de cultivo, sendo mantidos sob aeração branda. Os recipientes com os organismos são mantidos em laboratório com fotoperíodo de 12 horas de luz e 12h de escuro, sob luminosidade de aproximadamente 500 lux e temperatura de 22 a 26°C. Como substrato são utilizadas folhas secas de bananeira. A alimentação é fornecida diariamente a base de ração de peixe e levedura com adição de óleo de prímula. Quinzenalmente é feita a renovação do cultivo, consistindo na transferência total dos organismos adultos para um novo meio contendo somente água de cultivo. Os organismos jovens são utilizados nos ensaios assim como para iniciarem novas culturas. A dureza, o pH e o oxigênio dissolvido são verificados sempre que ocorre a troca da água de cultivo. São realizados testes de referência com NaCl para acompanhamento da qualidade do cultivo e preparação da carta-controle. Durante a realização desses testes a mortalidade dos organismos tem apresentado valores inferiores a 20% no grupo controle, como determinado pelo protocolo da ABNT NBR 15470 e mortalidade com valores entre 17,5% e 20% quando submetidos a maior concentração da solução teste (1200 mg/L). O cultivo já se encontra bem estabelecido e adequado para realização de ensaios ecotoxicológicos. Palavras-chave: sedimento, água doce, anfípoda Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 484