TUTORIAL – 7B
Data:
Aluno (a):
Série: 3ª
Ensino Médio
Turma:
Equipe de Língua Portuguesa
Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem
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NANDA/JUL/2014 - 709
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NANDA/JUL/2014 - 709
Exercícios
Texto 1
Amanheceu a aurora aquele dia
Que 14 de março se contava,
Mais tarde do que nunca, porque viam
Que o ar de uma negra sombra se turvava,
Aves nos ninhos ainda dormiam,
Abelhas nos cortiços já roncavam,
Porque ver não queriam minhas mágoas
Aves, Abelhas, Aurora, Ares, Águas.
CASCUDO, Luís da Câmara. Literatura oral no Brasil. p. 386
1. O estado interior do eu lírico no poema de Câmara Cascudo:
a) revela-se em estreita relação com a passagem do tempo, que se acelera para contar a angústia do
sujeito.
b) é ocultado pela paisagem e pelos seres que nela habitam, tornando-se secundário diante da
dinâmica do mundo exterior.
c) é compreendido à medida que se estabelece um paralelo entre ele e o movimento do dia que nasce,
especialmente mais tarde, como uma recusa.
d) é compartilhado com os seres animados e inanimados da natureza, que passam a testemunhar o
nascimento do dia.
e) reproduz a melancolia da paisagem cotidiana, que repete o ritual do amanhecer como num ciclo
inescapável de nascimento e morte.
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2. A expressão “minhas mágoas”, no penúltimo verso, é antecipada semanticamente por uma oração.
Qual?
a)
b)
c)
d)
e)
“Amanheceu a aurora aquele dia, (...) / Mais tarde do que nunca”
“O ar de uma negra sombra se turvava”
“Aves nos ninhos ainda dormiam”
“Que (aquele dia) 14 de março se contava”
“Abelhas nos cortiços já roncavam”
3. A relação semântica reiterada ao longo do poema pela conjunção que se repete é de:
a)
b)
c)
d)
e)
comparação
tempo
oposição
proporção
explicação
4. A oração contida no quarto verso do texto acima classifica-se sintaticamente como:
a)
b)
c)
d)
e)
subordinada substantiva objetiva direta
subordinada adverbial temporal
principal
coordenada sindética aditiva
subordinada adjetiva explicativa
5. Passando para a ordem direta o período composto pelas orações dos dois últimos versos do poema,
encontramos como oração principal:
a)
b)
c)
d)
e)
Porque ver não queriam minhas mágoas
Minhas mágoas não queriam ver
Não queriam ver Aves, Abelhas, Aurora, Ares, Águas
Não queriam minhas mágoas
Aves, Abelhas, Aurora, Ares, Águas não queriam
Texto 2
No início do século XVI, Maquiavel escreveu O príncipe, uma célebre análise do poder político,
apresentada sob a forma de lições, dirigidas ao príncipe Lorenzo de Médicis. Assim justificou Maquiavel
o caráter professoral do texto:
Não quero que se repute presunção o fato de um homem de baixo e ínfimo estado discorrer e
regular sobre o governo dos príncipes; pois assim como os [cartógrafos] que desenham os contornos
dos países se colocam na planície para considerar a natureza dos montes, e para considerar a das
planícies ascendem aos montes, assim também, para conhecer bem a natureza dos povos, é
necessário ser príncipe, e para conhecer a dos príncipes é necessário ser do povo.
Tradução de Lívio Xavier. [Adaptada]
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6. Sobre o texto 2, é possível afirmar que:
a) Temendo ser qualificado como presunçoso, Maquiavel achou por bem equiparar sua autoridade
intelectual à de um cartógrafo especializado em desenhar planaltos.
b) Maquiavel não pretende convencer o príncipe de que, apesar de ser um homem de baixo estado,
seus ensinamentos lhe poderiam ser de grande valia.
c) Maquiavel parece advertir aos poderosos para que não menosprezem as lições dos cartógrafos
sobre os contornos dos países.
d) Manifestando uma impressão dialética das relações de poder, Maquiavel não hesita em ministrar ao
príncipe, em sua própria justificativa, uma lição de política.
e) Em seu livro, Maquiavel reflete sobre a função de governante apesar de nunca ter sido um, o que
resulta no descrédito em torno de sua obra.
7. O caráter didático do livro de Maquiavel pode ser constatado pela presença de recursos empregados
pelo próprio autor, como:
a)
b)
c)
d)
e)
o uso das expressões lições e professoral.
a comparação e a criação de oposições.
a referência a si próprio e à sua origem social.
a interlocução direta com os príncipes.
a valorização do aspecto dinâmico da geografia física.
8. Temos uma oração com valor de objeto direto em:
a)
b)
c)
d)
e)
“Não quero que se repute presunção o fato de...”
“Maquiavel escreveu O Príncipe”
“assim como os [cartógrafos] que desenham os contornos dos países”
“os [cartógrafos] (...) se colocam na planície para considerar a natureza dos montes”
“para conhecer bem a natureza dos povos, é necessário ser príncipe”
9. Em “é necessário ser do povo”, a oração destacada é subordinada:
a)
b)
c)
d)
e)
substantiva subjetiva desenvolvida
substantiva predicativa
adverbial final
adverbial causal
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo
10. É possível reescrever o período composto “é necessário ser príncipe” de modo que, em lugar de
uma oração com a função de sujeito, tenhamos uma oração com a função de predicativo. O resultado
de tal mudança corresponderia a:
a)
b)
c)
d)
e)
Necessitamos ser príncipe.
O necessário é ser príncipe.
Que sejamos príncipe é necessário.
O príncipe necessita ser alguém.
A necessidade de todos é esta: ser príncipe.
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GABARITO
1-C
2-B
3-E
4-A
5-E
6-D
7-B
8-A
9-E
10-B
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