Resumo de aulas anteriores Geodésica: menor distância entre dois pontos • espaço euclidiano: linhas retas • espaço esférico: arco de círculo máximo • espaço hiperbólico: hipérbole Um caminho descrito por um corpo livre que obedece a 1a lei de Newton de movimento pode ser descrita expressando suas coordenadas espaciais como função do tempo: x(t), y(t), z(t) t absoluto Este caminho representa a menor distância entre dois pontos geodésica do espaço CASO RELATIVÍSTICO: t é relativo Supondo um espaço plano 3-D dado por dl2=dx2+dy2+dz2 Pode-se substituí-lo por um espaço-tempo 4-D de Minkowski, definido pelas coordenadas espaciais x,y,z e pela distância temporal ct, onde x() , y() , z() , t() tempo próprio (absoluto) ds2=c2dt2-|dl2| métrica pseudo-euclidiana a distância espacial dl entre dois pontos num espaço 3-D é generalizada à distância ds entre dois eventos num E-T 4-D definido pelas coordenadas de tempo e espaço Dois eventos separados no E-T são causamente conectados por sua separação espacial dl e temporal dt obedecendo a lei: dl dt c ds2=c2dt2-|dl2| , se dl/dt=c dl=cdt ds2=c2dt2-c2dt2= 0 um sinal de luz tem separação nula ou atravessa um espaço de geodésicas nulas (ligth-like) O intervalo de tempo próprio d = ds/c (entre dois eventos ao longo da linha de mundo de um corpo) luz : d = 0 Limita o universo observável presente contém todas as linhas de mundo que podem ser observadas em princípio MÉTRICA DE ROBERTSON-WALKER Sai do caso plano (K=0), para diferentes K ou geometrias possíveis Mas K é sempre constante (princípio cosmológico) Z Geometrias Possíveis: Ҝ= 1/R2 R P X Definição: Ҝ= -1/R2 Y Ҝ(t)=k / R2(t) fator de escala ou parâmetro de expansão k =-1,0,+1 A curvatura é constante somente num dado t, mas varia para tempos diferentes Suposições: • universo como um fluído isotrópico e homogêneo : fluído cosmológico • descrição da posição de um objeto no espaço: coordenadas comóveis como coordenadas lagrangeanas • quantidade absoluta: = tempo próprio medido por “relógios” em repouso em relação ao fluído cosmológico referencial inercial Vimos que a métrica de um espaço 3-D de Ҝ constante pode Raio ser descrito como: ds2 espacial próprio 2 da 2 2 2 2 a ( d sin d ) 2 1 a Onde a não é o raio próprio no espaço a a não é comóvel corte vertical da esfera anterior: a R expandindo ou contraindo a esfera a muda o seu valor mas fica constante adimens. a Podemos usar como coordenada comóvel: R(t ) 2 da 2 2 2 2 ds2 espacial a ( d sin d ) = sin 2 1 a Substituindo na métrica r=R(t) e Ҝ=k/R2(t) 2 d 2 2 2 2 2 2 2 2 ds c dt R ( t ) (d sin d 2 1 k MÉTRICA DE ROBERTSON WALKER (MRB) (1934) MRW : ds2 = distância entre dois eventos num E-T 4D definidos pelas coordenadas de tempo e espaço Ao longo da linha de mundo de um observador comóvel (em repouso em relação a um dado ref. inercial) ds2espacial=0 ds2=c2dt2-ds2espacial dds/c d=dt Pode-se demonstrar que se (,,) = constante é uma geodésica no E-T (todos os observadores comóveis estão em “queda livre”) Se (,,) = constante d=d= d=0 ds2espacial=0 d=dt Demonstração: Pelo princípio da equivalência: gravitação é considerada como um aspecto intrínseco do E-T Campo gravitacional é uma “manifestação” da curvatura do E-T: 2 goo 4G c2 goo determina propriedades geométricas do E-T (ex. K) Cada galáxia segue, além da expansão, um caminho “natural” descrito pela geometria do E-T movimentos de algumas galáxias são observados em direções diferentes da direção dada pelo movimento de recessão devido à expansão Postulado da TRG: corpos livres movem-se ao longo de geodésicas no E-T curvo Se (,,) = constante é uma geodésica referencial comóvel observador em “queda livre” Sistema de coordenadas comóveis: está em repouso em relação à matéria no universo DEFINIÇÕES DE DISTÂNCIAS E VELOCIDADES PRÓPRIAS em termos da MRW Seja: nossa galáxia →coordenadas (,,)=(0,0,0) galáxia arbitrária → coordenadas (,0,0) definição de D própria → dDP=cdt (no E-T ds2=0) d 2 2 2 2 2 ds c dt R ( t ) ( d sin d 0 2 1 k 2 2 2 2 dD2P d 2 2 2 2 2 dDP R( t ) (d sin d 2 1 k 1/ 2 Sendo e fixos: dD P R(t ) 0 d 1 k 2 D P R( t ) 0 d 1 k 2 arcsin k 1 DP R( t ) k 0 arcsin h k 1 DP depende de R que depende do t Analisando: 1. k=0 : DP=R(t) pode crescer sem limite com DP Espaço plano (=a/R(t), DP=a) universo não-ligado 2. k=+1: DP= R(t)arcsin =sin(DP/R(t)) valor máximo de : DP= /2R /2R DP Viajando a uma distância DP=R através de um espaço curvo 3D voltamos ao ponto de partida!!! Universo com k>0 : ligado e fechado 3. k=-1: DP= R(t)arcsinh =sinh(DP/R(t)) sinhx=(ex-e-x)/2 DP pode crescer indefinidamente com DP → k=-1: universo não-ligado e aberto Velocidade própria entre duas galáxias: dDP VP dt Se DP R(t ) 0 d 1 k 2 VP R(t ) 0 d 1 k 2 Então: V R( t ) D H ( t ) D P P P R( t ) Onde: R( t ) H (t ) R( t ) é o parâmetro de Hubble VP=H(t)DP é uma equação semelhante à de Hubble, não Estritamente igual pois envolvem DP e VP que não podem Ser medidas diretamente EQUAÇÕES DE FRIEDMANN Obtidas a partir das equações de Einstein da TRG, usando a MRW: 8G Gij Tij 4 c Gij = tensor de Einstein : descreve a geometria do universo Tij = tensor energia-momentum: descreve a distribuição de matéria e energia Distribuição de matéria+energia provoca uma curvatura no E-T que é descrita pelas equações de Einstein Vimos que: campo gravitacional é uma “manifestação” da curvatura do E-T: 2 goo 4G c2 Generalização desta equação para a TRG: • A TRE diz que toda a forma de energia possui massa (E=mc2) = matéria+ energia a generalização de nos leva a Tij = distribuição de matéria e energia • generalização de 2 g para uma métrica pseudo-riemanniana oo arbitrária leva ao chamado tensor de Einstein Gij que depende de gij e suas derivadas 1a e 2a Em cosmologia Tij vai depender de 2 funções: pressão p(t) e densidade (t), onde p(t) é a pressão exercida num fluído cosmológico devido à radiação + movimento peculiar das galáxias pressão dinâmica Então chega-se a duas equações fundamentais que descrevem a dinâmica do universo: 8G kc R( t ) R( t ) p( t ) 2 2 2 2 c R( t ) R( t ) R( t ) 2 2 8G kc2 R( t )2 (t ) 2 2 3 R( t ) R( t ) 3 constante cosmológica → introduzida por Einstein para obter soluções para um universo em equilíbrio Soluções estáticas (R=cte) Combinando as duas equações: 4G 3 p( t ) 1 R ( t ) 2 R( t ) R( t ) 3 c 3 Equação do movimento que vai definir a expansão ou contração do universo Estas equações nos dão: k (geometria) e R(escalas de distância) do universo, conhecendo-se e p. Obtemos a equação da evolução do universo R(t) t para uma dada geometria Notinha: se =0 e p=0 R 4G R 3 = cosmologia newtoniana para cte =0 No entanto R(t) tem outra interpretação... Vê-se que não existem soluções estáticas para =0,isto é, R=cte... por isso Einsten introduziu