O Comitê de Trauma Apresenta Trauma Craniencefálico ©ACS Objetivos Descrever as bases da fisiologia cerebral. Reconhecer a importância de prevenir a lesão cerebral secundária. Fazer um exame neurológico dirigido. Estabilizar o paciente e encaminhá-lo para o tratamento definitivo. ©ACS Questões-Chave Quais são as características específicas da anatomia e da fisiologia do cérebro e como é que elas afetam os padrões de lesão cerebral? O que é um exame neurológico dirigido? Qual deve ser o tratamento ideal do paciente com lesão cerebral? Como é feito o diagnóstico de morte cerebral? ©ACS Efeitos da anatomia e da fisiologia? O crânio é uma estrutura rígida, não expansível, preenchida por cérebro, líquor e sangue Autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral A lesão cerebral altera a autorregulação A hemorragia intracraniana leva a efeito de massa ©ACS A Doutrina de Monro-Kellie Sangue venoso Sangue Cérebro arterial Sangue Sangue Cérebro venoso arterial 75 mL Sangue Cérebro arterial LCR Massa Massa LCR LCR 75 mL ©ACS Curva Volume – Pressão 60555045403530252015105- Herniação PIC (mm Hg) Ponto de Descompensação Compensação Volume da Massa ©ACS Pressão Intracraniana (PIC) 10 mm Hg = Normal > 20 mm Hg = Aumentada > 40 mm Hg = Grave Alterada em muitos processos patológicos A PIC persistentemente leva a piora da função cerebral e do prognóstico ©ACS Pressão de Perfusão Cerebral* PAM – PIC = PPC Normal 90 10 80 Resposta de Cushing 100 20 80 Hipotensão 50 20 30 * PPC Fluxo Sanguíneo Cerebral ©ACS Autorregulação Quando a autorregulação está intacta, o fluxo sanguíneo cerebral mantém-se constante para valores de PAM entre 50 e 160 mm Hg. Lesão cerebral moderada a grave: Muitas vezes há comprometimento da autorregulação. O cérebro fica mais vulnerável a episódios de hipotensão lesão cerebral secundária. ©ACS Classificação das Lesões Cerebrais Quanto ao Mecanismo Trauma fechado: Alta e baixa velocidade Ferimentos penetrantes: Arma de fogo e outros ©ACS Classificação das Lesões Cerebrais Quanto à Morfologia: Fraturas de Crânio Calota Base Com / sem afundamento Exposta / fechada Com / sem perda de LCR Com / sem paralisia do VII par craniano ©ACS Classificação das Lesões Cerebrais Quanto à Morfologia: Cérebro Focal Subdural Intracerebral Difusa Epidural (extradural) Concussão Contusões múltiplas Lesão hipóxica / isquêmica ©ACS Lesão Cerebral Difusa Concussão leve Lesão isquêmica, grave CT Normal Lesão Difusa ©ACS Hematoma Epidural Associado a fratura de crânio Clássico: Ruptura da artéria meníngea média Forma de lente / biconvexa Intervalo lúcido Pode ser rapidamente fatal O esvaziamento precoce é essencial ©ACS Hematoma Epidural Hematoma Epidural Temporal Herniação do úncus ©ACS Hematoma Subdural Ruptura venosa / laceração do cérebro Espalha-se pela superfície do cérebro Morbidade / mortalidade devidas à lesão cerebral subjacente Recomenda-se o esvaziamento cirúrgico de urgência, especialmente se houver desvio da linha média > 5 mm ©ACS Hematoma Subdural ©ACS Contusão / Hematoma Lesões por golpe / contragolpe Mais freqüente: Lobos frontal / temporal Alterações tomográficas geralmente progressivas Maioria dos pacientes conscientes: Não é necessária cirurgia ©ACS Contusão / Hematoma Extensa contusão frontal, com desvio ©ACS Lesão Cerebral Leve Glasgow = 14-15 História Excluir outras lesões Exame neurológico Radiografias conforme o caso Investigar álcool / drogas Indicação liberal de tomografia de crânio Observar ou liberar conforme os achados ©ACS Lesão Cerebral Moderada Glasgow = 9-13 Avaliação inicial como na lesão leve Tomografia em todos os pacientes Internar e observar Exame neurológico freqüente Repetir a tomografia Piora: Tratar como lesão cerebral grave ©ACS Lesão Cerebral Grave Glasgow = 3-8 Avaliar e reanimar Intubar para proteção de vias aéreas Exame neurológico dirigido Reavaliação freqüente Diagnosticar as lesões associadas ©ACS Prioridades ABCDE Minimizar a lesão cerebral secundária Administrar O2 Manter a pressão arterial (sistólica > 90 mm Hg) ©ACS Exame Neurológico Dirigido? Glasgow Pupilas Sinais de lateralização Consultar precocemente o neurocirurgião ©ACS Tratamento Clínico Soluções intravenosas Euvolemia Isotônicas Ventilação controlada Objetivo: PaCO2 de 35 mm Hg ©ACS Indicações de Tomografia? ©ACS Indicações de Tomografia? ©ACS Tratamento Clínico Manitol Usar se houver sinais de herniação tentorial Dose: 1,0 g / kg, EV, em bolo Consultar antes o neurocirurgião ©ACS Tratamento Clínico Outras medicações Anticonvulsivantes Sedação Drogas paralisantes (curarização) ©ACS Tratamento Cirúrgico Lesões de Couro Cabeludo Local de possível sangramento intenso Compressão direta para parar o sangramento Eventualmente, fechamento temporário ©ACS Tratamento Cirúrgico Lesão Intracraniana com Efeito de Massa Risco de vida, se rapidamente expansível Consultar imediatamente o neurocirurgião Hiperventilação / Manitol Craniotomia para controle do dano (“damage control”) : Transferir para neurocirurgião (áreas rurais / afastadas) ©ACS Diagnóstico de morte cerebral? Clínico Exames Subsidiários Glasgow = 3 EEG: Sem atividade Pupilas arreativas Ausência de reflexos de tronco cerebral Doppler ou estudo com radioisótopos: Sem fluxo Ausência de esforço ventilatório espontâneo PIC > PAM por pelo menos 1 hora Sem resposta cardíaca à atropina Lembrar da doação de órgãos ©ACS ©ACS Resumo: O que fazer? Manter PA > 90 mm Hg Manter PaCO2 próximo de 35 mm Hg Usar soluções isotônicas para manter a euvolemia Exame neurológico freqüente Uso liberal da tomografia Consultar precocemente o neurocirurgião ©ACS Resumo: O que não fazer? Deixar o paciente ficar hipotenso Hiperventilar de forma exagerada Usar soluções intravenosas hipotônicas Usar drogas curarizantes de ação prolongada Curarizar antes de examinar completamente Depender apenas do exame clínico ©ACS