A ELIMINAÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SÃO PAULO COMO DESAFIO DE SAÚDE PÚBLICA Autores: Silva, S.R., Tayra, A., Zotto, S., Cervantes, V., Matida, L. SP - 2008 Programa Estadual de DST/Aids Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids Coordenadoria de Controle de Doenças Século XV: registro de casos na Europa Século XVII: reconhecida a transmissão sexual 1767: John Hunter: auto-inoculação – sífilis/gonorréia. 1838: Ricord: 2500 observações - estágios da Sífilis 1905: Schaudinn e Hoffmann: agente causal - Treponema pallidum 1906: Wassermann: teste diagnóstico 1940: 75/100.000 hab. casos de Sífilis no mundo 1950: Descoberta da Penicilina. (queda para 4/100.000 hab.) 1980: Com a mudança do comportamento sexual volta a crescer o número de casos 1986 - Brasil – Doença de Notificação Compulsória 1992/93 – OPAS - plano de eliminação de SC nas Américas: 1. Prevenir ocorrência de sífilis em mulheres 2. Evitar ou interromper transmissão para o feto 3. Diminuir seqüelas na criança 1994 – Programa Estadual de DST/Aids - São Paulo- Implementação da vigilância da sífilis congênita 2004 – ESP - Notificação Compulsória de Gestação com Sífilis no SP (Resolução SS-59 de 07/04 ) 2005-Brasil- Notificação Compulsória de Sífilis em Gestante Portaria 33 de 14/07/05 2007 – lançamento do Plano de Eliminação da Sífilis Congênita do ESP até 2012. Casos notificados e estimados de sífilis congênita. Estado de São Paulo, 2008. (estimativa baseada em estudo sentinela*, população usuária do SUS e taxa de 25% de transmissão) Fonte:PE – DST/Aids – VE - SINAN-net, Data-SUS PLANO DE ELIMINAÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SÃO PAULO Objetivo : REDUZIR A INCIDÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SÃO PAULO, A NÍVEIS INFERIORES A UM CASO PARA MIL NASCIDOS VIVOS, ATÉ 2012. A construção e lançamento do Plano de Eliminação da Sífilis Congênita foram processos coletivos, pactuados com diversos atores como: • Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Conselhos Profissionais, • Instâncias da SES:GVEs, DRSs, Instituto Adolfo Lutz, Vigilância Sanitária, Saúde da Mulher e Atenção Básica, entre outras. • 145 municípios prioritários qualificados para recebimento fundo a fundo de recursos de incentivo para ações de DST/HIV/Aids. Meta do plano estadual de eliminação da sífilis congênita: • “100% dos 145 municípios prioritários apresentando ações de controle da sífilis congênita como componentes dos seus Planos municipais de utilização dos recursos do incentivo em DST/HIV/Aids.” Distribuição dos municípios segundo as metas relacionadas à sífilis e seu conteúdo nos Planos de Ações e Metas de 2008, ESP. Conteúdo das metas e ações No. de municípios Total de ações e metas ligadas à sífilis 136 Ações e metas ligadas a sífilis no pré-natal 108 Ações e metas ligadas à transmissão vertical 55 Ações e metas ligadas à prevenção da sífilis 14 Ações e metas ligadas ao uso da penicilina Fonte: Planos de Ações e Metas de DST/Aids, ww.aids.gov.br/incentivo 7 Quanto aos recursos financeiros: • Total entre os 136 = 240 metas/ações • Metas/ações sem destinação de recursos = 48 • Valor global das 240 metas/ações = R$2.068.912,99 • Custo médio por meta/ação= R$ 14.268,37 Alguns exemplos de metas: “Ter 100% das gestantes que fazem o pré-natal nas UBS com conhecimento do seu estado sorológico para Sífilis” “Manter nula a incidência de casos de sífilis congênita e transmissão vertical do HIV “ “Ter 50% das gestantes atendidas nas UBSs testadas para sífilis e tratadas de maneira adequada e precocemente.” “Eliminar a Sífilis Congênita como problema de Saúde Pública (até 1caso/100 mil nascidos vivos) até 2012.” Alguns exemplos de metas: • “Tratar oportuna e adequadamente 100% dos portadores de sífilis e seus parceiros, diagnosticados na rede sus municipal.” • “Implantar em 30% das empresas do Município, ações de prevenção voltadas para homens e mulheres no espaço de trabalho com ênfase em HIV/AIDS, Sífilis e outras DST” • “Realizar treinamento para 15 Unidades Básica de Saúde do Município, com ênfase na transmissão vertical do HIV e da Sífilis” • “Equipar 03 (três) UBS com equipamentos de Urgência, no Município.” Conclusões: A análise de planos municipais permitiu estabelecer para o monitoramento e avaliação de produtos e resultados do Plano de Eliminação da Sífilis Congênita mecanismos diversificados, com atenção às especificidades locais. Ao lado dos tradicionais dados de notificação, incidência e prevalência, pode ser observado um amplo espectro de ações executadas rumo à eliminação da Sífilis Congênita no Estado, assim como conhecer algumas das dificuldades e fragilidades que tornam mais distante o objetivo da eliminação da sífilis congênita no Estado. Obrigada! [email protected]