FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Engenharia de Produção Curso de Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Álgebra Linear I – Solução da 9ª Lista de Exercícios 1. Uma base para o espaço coluna é formada pelas colunas que contêm um pivô. Para encontrar uma base para o núcleo, é preciso escalonar a matriz para resolver o sistema homogêneo Ax = 0; se este sistema só tiver a solução trivial, então o núcleo será {0} e não terá base. O posto da matriz é a dimensão de seu espaço coluna. (a) Escalonando a matriz dada, obtemos 1 2 −1 1 0 0 2 1 1 3 4 −3 2 1 −3 1 0 0 1 0 0 −1 1 −1 1 2 0 ℓ 2 ← ℓ 2 − 2ℓ 1 0 −3 1 2 1 ℓ 3 ← ℓ 3 + ℓ 1 0 6 −2 0 ℓ 3 ← ℓ 3 + 2ℓ 2 −1 1 2 1 −1 ℓ 1 ← ℓ 1 + ℓ 3 1 2 ℓ 2 ← − 3 ℓ 2 0 1 − 31 − 23 ℓ 2 ← ℓ 2 + 32 ℓ 3 4 ℓ 3 ← 41 ℓ 3 0 0 0 1 2 1 0 ℓ 1 ← ℓ 1 − 2ℓ 2 1 0 53 0 1 1 − 31 0 0 1 − 3 0 0 0 0 1 0 0 1 Como as colunas de pivô são a 1ª, a 2ª e a 4ª, essas colunas de A formam uma base para o espaço coluna, ou seja, o posto de A é 3 e uma base para C(A) é 1 2 −1 2 , 1 , 0 . −1 4 1 A forma escalonada reduzida de A tem uma variável livre, logo N(A) tem dimensão 1. A solução geral do sistema homogêneo Ax = 0 é x1 = −5x3/3, x2 = x3/3, x3 arbitrário, x4 = 0. Escolhendo um valor de x3 diferente de zero, obtemos um vetor não nulo de N(A); como a dimensão é 1, qualquer vetor não nulo forma uma base. Escolhendo x3 = 3, vemos que uma base para N(A) é −5 1 . 3 0 (b) Escalonando a matriz dada, obtemos 1 1 3 2 1 1 1 1 1 ℓ1 ↔ ℓ2 ℓ ← ℓ − 3ℓ 1 −1 −2 2 1 0 1 1 3 2 1 2 −1 0 1 −1 0 1 ℓ 3 ← ℓ 3 + ℓ 1 0 1 2 ℓ3 ← ℓ3 + ℓ2 1 −1 −3 1 −1 −3 ℓ 4 ← ℓ 4 − ℓ 1 0 −2 −4 ℓ 4 ← ℓ 4 − 2ℓ 1 1 ℓ 1 ← ℓ 1 + ℓ 2 1 0 −1 1 1 1 0 −1 0 −1 −2 0 −1 −2 ℓ 2 ← −ℓ 2 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Como as colunas de pivô são a 1ªe a 2ª, essas colunas de A formam uma base para o espaço coluna, ou seja, o posto de A é 2 e uma base para C(A) é 3 2 1 1 , . −1 0 1 −1 A forma escalonada reduzida de A tem uma variável livre, logo N(A) tem dimensão 1. A solução geral do sistema homogêneo Ax = 0 é x1 = x3, x2 = −2x3, x3 arbitrário. Escolhendo x3 = 1, vemos que uma base para N(A) é 1 −2 . 1 (c) Escalonando a matriz dada, obtemos 2 2 8 10 ℓ 1 ← 21 ℓ 1 1 1 2 1 3 7 2 1 3 −1 −8 3 3 −1 1 2 9 8 1 2 4 5 ℓ1 ← ℓ1 + ℓ2 1 1 1 0 −1 −5 −3 0 0 −4 −20 −12 ℓ 3 ← ℓ 3 − 4ℓ 2 0 5 3 ℓ 4 ← ℓ 4 + ℓ2 0 0 1 1 0 −1 0 1 5 0 0 0 0 0 0 4 3 −8 9 5 7 ℓ 2 ← ℓ 2 − 2ℓ 1 3 ℓ 3 ← ℓ 3 − 3ℓ 1 8 ℓ 4 ← ℓ 4 − ℓ1 0 −1 2 −1 −5 −3 ℓ 2 ← −ℓ 2 0 0 0 0 0 0 2 3 0 0 Como as colunas de pivô são a 1ªe a 2ª, essas colunas de A formam uma base para o espaço coluna, ou seja, o posto de A é 2 e uma base para C(A) é 2 2 2 1 , . 3 −1 1 2 A forma escalonada reduzida de A tem duas variáveis livres, logo N(A) tem dimensão 2. A solução geral do sistema homogêneo Ax = 0 é x1 = x3 – 2x4, x2 = –5x3 – 3x4, x3 e x4 arbitrários. Escolhendo primeiro x3 = 1 e x4 = 0, depois x3 = 0 e x4 = 1, vemos que uma base para N(A) é Solução da Lista 9 Álgebra Linear I 2 1 −2 −5 −3 , . 1 0 0 1 (d) Escalonando a matriz dada, obtemos −1 2 1 −1 2 1 ℓ 1 ← −ℓ 1 2 −1 1 ℓ 2 ← ℓ 2 + 2ℓ 1 0 3 3 1 1 2 ℓ ← ℓ + ℓ 0 3 3 ℓ ← ℓ − ℓ 3 1 3 2 3 3 1 −2 −1 1 −2 −1 ℓ 1 ← ℓ 1 + 2ℓ 2 1 0 1 1 1 0 3 3 ℓ2 ← 3 ℓ2 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Como as colunas de pivô são a 1ªe a 2ª, essas colunas de A formam uma base para o espaço coluna, ou seja, o posto de A é 2 e uma base para C(A) é −1 2 2 , −1 . 1 1 A forma escalonada reduzida de A tem uma variável livre, logo N(A) tem dimensão 1. A solução geral do sistema homogêneo Ax = 0 é x1 = −x3, x2 = −x3, x3 arbitrário. Escolhendo x3 = 1, vemos que uma base para N(A) é −1 −1 . 1 2. Solução: (a) (1, 3, −2, 1) ⋅ (2, 2, 1, −4) = 2 + 6 – 2 – 4 = 2. (b) (2, 2, 3, −1, 1) ⋅ (−2, 0, 1, 1, 2) = –4 + 0 + 3 – 1 + 2 = 0. (c) (1, 1, 0, 1) ⋅ (3, 0, −3, 1) = 3 + 0 + 0 + 1 = 4. 3. O cosseno do ângulo entre os vetores u e v é o produto interno dos vetores dividido pelas normas dos dois vetores, ou seja, cos(θ) = (u ⋅ v)/(||u||||v||). (a) (1, 3) ⋅ (-3, 1) = 3 – 3 = 0, logo o ângulo é π/2. ( , ) ⋅ (1, 0) = v = 1 e u ⋅ v = ( , ) ⋅ ( 0,1 ) = (b) u = 1 2 + 1 2 =1, v =1 e u⋅v = 2 2 (c) u = 1 4 + 3 4 = 1, 1 2 2 2 3 2 2 2 3 2 , logo o ângulo é π/4. , logo o ângulo é π/6. (d) (1, 1) ⋅ (1, -1) = 1 – 1 = 0, logo o ângulo é π/2. (e) (3, 1, −5) ⋅ (1, 2, 1) = 3 + 2 – 5 = 0, logo o ângulo é π/2. (f) u = 1 8 + 81 + 3 4 = 1, v = 1 2 + 21 = 1 e u ⋅ v = logo o ângulo é π/3. (g) u ⋅ v = ( Solução da Lista 9 6 6 ,− 6 6 )( , 2 66 ⋅ 3 3 ,− 3 3 ,− 3 3 )= 18 18 + 18 18 Álgebra Linear I ( 2 4 ,− 2 4 , 3 2 )⋅( 2 2 ,− 2 2 ) , 0 = 28 + 82 = 21 , − 21818 = 0 , logo o ângulo é π/2. 3 (h) u = 1 + 4 + 9 = 14 , v = 9 + 4 + 1 = 14 e u ⋅ v = (1, 2, 3) ⋅ (3, 2, 1) = 3 + 4 + 3 =10, logo o ângulo é arccos ( 75 ) . 4. Seja F1 a força de magnitude 60 e F2 a força de magnitude 80. Como cos(30°) = √3⁄2 e sen(30°) = ½, colocando F2 no eixo horizontal, obtemos as coordenadas F1 = (30√3, 30) e F2 = (80, 0), logo a força total é F = (80 + 30√3, 30). A Figura a seguir mostra as forças dadas e a resultante. Então a magnitude da força resultante F é ||F|| = 80 + 30√3 + 30 = 6400 + 160 ∙ 30√3 + 2700 + 900 =10100 + 48√3 = 2025 + 12√3 ≅ 135,3 N. Vamos calcular o cosseno do ângulo entre a força resultante F e a força F1 de 60N: cos ( θ ) = F⋅ F1 F F1 = (80 + 30 )( 3,30 ⋅ 30 3,30 ) 20 25 + 12 3 900 (3) + 900 = 2400 3 + 900 (3) + 900 20 25 + 12 3 ( 60 ) 2400 3 + 3600 ≈ 17,2°. ⇒ θ = arccos 1200 25 + 12 3 1200 25 + 12 3 Resposta: A magnitude da força resultante é aproximadamente 135,3N e o ângulo que esta resultante faz com a força de 60 N é de aproximadamente 17,2°. = 2400 3 + 3600 5. A figura a seguir mostra a velocidade vetorial resultante; a velocidade escalar é a norma da velocidade vetorial. Na figura, o norte é na direção do semieixo positivo dos y. A norma do vetor v é dada por v = 52 + 282 = 809 ≈ 28, 44 . O curso do barco é dado pelo ângulo com o norte, ou seja, o ângulo do vetor v com o vetor k, cujo cosseno é Solução da Lista 9 Álgebra Linear I 4 cos (θ ) = v ⋅k −28 = ≈ −0, 9844 . v 809 Portanto, o ângulo é de aproximadamente θ ≈ arccos(-0,9844) ≈ 169,87°. Resposta: A velocidade escalar é de aproximadamente 28,44 km/h e o curso é de aproximadamente 170°. 6. Como cos(45°) = √2⁄2, temos √ ∙ = cos(θ) = ‖‖‖‖ = √√ . Note que 6 + 2r > 0. Multiplicando em cruz, elevando ao quadrado e resolvendo a equação do segundo grau, obtemos √264 + ! = 2"6 + 2!# ⇒ 26"4 + ! # = 4"36 + 24! + 4! # # ⇒ 13"4 + ! = 2"36 + 24! + 4! # ⇒ 52 + 13! = 72 + 48! + 8! ⇒ 5! − 48! − 20 = 0 48 ± 48 − 4 ⋅ 5"−20# 48 ± √4 ⋅ 12 + 4 ⋅ 5 48 ± 4 ⋅ "144 + 25# ⇒!= = = 2⋅5 10 10 48 ± √4 ⋅ 169 48 ± 4 ⋅ 13 48 ± 52 = = = . 10 10 10 Temos então duas raízes: r = 10 e r = -4/10 = -0,4. Como ambas satisfazem 6 + 2r > 0, as duas raízes correspondem a soluções válidas. Resposta: r = 10 ou r = -0,4. 7. Solução: a. ortogonais: u ⋅ v = 0 ⇒ 5r + 6r = 0 ⇒ r = 0. b. paralelos: u = λv, λ > 0 ⇒ )5 = *! ⇒ * = = , * > 0 ⇒ ! = 30, ! > 0 ⇒ ! = √30. + ! = 6* + 5 = *! c. opostos: u = λv, λ < 0 ⇒ ) ⇒ * = = , * < 0 ⇒ ! = 30, ! < 0 ⇒ ! = −√30. ! = 6* 8. Neste exercício, denotaremos o produto interno de dois vetores u e v por <u, v>. Seja θ o ângulo entre os vetores u e v. As figuras abaixo mostram duas situações: na primeira, 0 ≤ θ ≤ π/2 e, portanto, cos(θ) ≥ 0; na segunda, π/2 ≤ θ ≤ π e cos(θ) ≤ 0. Em qualquer dos dois casos, a projeção ortogonal w tem norma ||w|| = ||u||⋅ |cos(θ)| e w tem a mesma direção que o vetor v. No primeiro caso, como está claro na primeira figura, os vetores w e v têm o mesmo sentido, mas, no segundo caso, w e v têm sentidos opostos. O vetor de norma 1 que tem a mesma direção e o mesmo sentido que o vetor v é o vetor v/||v||. Então w = [||w||/||v||] v no primeiro caso e w = −[||w||/||v||]v. u u w w v v Então, se cos(θ) ≥ 0, w = u cos (θ ) e w = u cos (θ ) u, v v u, v v ⇒w= u = v 2 v u v v v Analogamente, se cos(θ) ≤ 0, Solução da Lista 9 Álgebra Linear I 5 v u, v v u, v v = u cos (θ ) w = − u cos (θ ) e w = − u cos (θ ) − ⇒w= u = v 2 v v u v v v 9. Um vetor v é ortogonal a u se e somente se <u,v> = 0. Mas, se v = (x,y), <u,v> = 0 ⇔ 2x – 7y = 0 ⇔ 7y = 2x ⇔ v = c (7, 2), onde c é um escalar. Mas queremos apenas os vetores unitários, ou seja, ||v|| = 1. Então 1 1 1 v = 1 ⇔ c ( 7,2 ) = 1 ⇔ c 14 + 4 = 1 ⇔ c = ⇔c = ± ⇔v=± ( 7,2 ) . 18 3 2 3 2 Resposta: Os dois vetores unitários ortogonais a u são ±(7,2)(√2)/6. 10. Respostas: (a) u = (1, −2, 3), v = (2, −4, 6): u ⋅ v = 28, u × v = (0, 0, 0); não são perpendiculares. (b) u = (1, 0,0), v = (0, 0, 1): u ⋅ v = 0, u × v = (0, −1, 0); são perpendiculares. (c) u = (1, 0, 0), v = (0, 1, 0): u ⋅ v = 0, u × v = (0, 0, 1); são perpendiculares. (d) u = (1, 2, 3), v = (−2, 1, −1): u ⋅ v = −3, u × v = (−5, −5, 5); não são perpendiculares. (e) u = (−2, 1, −1), v = (1, 2, 3): u ⋅ v = −3, u × v = (5, 5, −5); não são perpendiculares. (f) u = (1, 3, 0), v = (3, 1, 0): u ⋅ v = 6, u × v = (0, 0, −8); não são perpendiculares. 11. Respostas: (a) x – 2y – z = 0. (b) x + 2y + z = 9. (c) x + y + z = 1. (d) 4x + y + 5z = 17. (e) 3x – 4y + 2z = 9. (f) 12x + 13y + 8z = 33. (g) 5x + y + 3z = 6. (h) 6x − 3y + 5z = 17. (i) 17x + 4y + 10z = 19. Solução da Lista 9 Álgebra Linear I 6