Logística Prof. André Pelarin e Todos os prof. Módulo: Empreendedorismo Análise de Cenários Agenda da Teleaula Entendendo a globalização Análise de cenários -metodologia Análise do ambiente interno das organizações 1 Visualizando o sistema A globalização é um sistema internacional abrangente que modela as políticas nacionais e as relações internacionais de praticamente todos os países. Não é uma escolha, é uma realidade! O sistema da globalização É dinâmico e contínuo que envolve a integração dos mercados, países e da tecnologia; Capacita indivíduos, corporações e países a alcançarem os pontos mais remotos do planeta com: Maior rapidez, maior profundidade e menor custo! Para compreender o sistema da globalização 1) observar o mundo numa perspectiva multidimensional e multifocal • Mercados financeiros • Política • Cultura • Segurança nacional • Tecnologia • Ambiente 2 Para compreender o sistema da globalização 2) adotar uma abordagem global • Percebendo que as fronteiras entre assuntos nacionais, internacionais, políticos e tecnológico estão desaparecendo. (Raciocínio importante para os empreendedores!) O drama da globalização Maior ameaça às empresas Forças do mercado Tecnologias, transnacionais, homogeneizadoras, padronizadoras O desafio global é alcançar equilíbrio saudável entre a preservação do sentimento de identidade, de lar, de comunidade e, ao mesmo tempo, empreender para sobreviver no sistema. 3 Variáveis ambientais críticas variáveis externas ou internas, cujo comportamento afeta um ou mais fatores-chave de sucesso EXTERNAS INTERNAS Fatores econômicos, políticos, sociais e tecnológicos, concorrência, hábitos de consumo Fatores ligados à operação, marketing, administração, qualidade, estrutura, recursos humanos, materiais Análise ambiental FATORES-CHAVE DE SUCESSO VARIÁVEIS AMBIENTAIS CRÍTICAS EXTERNAS INTERNAS COMPORTAMENTO FUTURO SITUAÇÃO ATUAL GERA CARACTERIZA • OPORTUNIDADES • AMEAÇAS .POTENCIALIDADES • FRAGILIDADES 4 Cenário setorial Tendências (prognóstico) de comportamento futuro das variáveis ambientais críticas externas VARIÁVEL A COMPORTAMENTO FUTURO VARIÁVEL B COMPORTAMENTO FUTURO • OPORTUNIDADES • AMEAÇAS • OPORTUNIDADES • AMEAÇAS (Cenário Setorial) • OPORTUNIDADES • AMEAÇAS VARIÁVEL C COMPORTAMENTO FUTURO Características do cenário (comportamento futuro das variáveis ambientais críticas externas) OPORTUNIDADE Situação favorável do ambiente externo, que a empresa pode aproveitar para melhorar quanti. ou qualitativamente seu desempenho, relativo a um ou mais fatores-chave de sucesso AMEAÇA Situação desfavorável do ambiente externo, que pode prejudicar quanti. ou qualitativamente o desempenho da empresa, Relativamente a um ou mais fatores-chave de sucesso Oportunidades e ameaças Oportunidades – antevisão de situações potencialmente favoráveis à empresa, cujo aproveitamento poderá contribuir de forma significativa para o sucesso do plano Ameaças – antevisão de situações potencialmente desfavoráveis que, dada sua relevância e grande probabilidade de ocorrência, poderão enfraquecer a posição competitiva da empresa 5 CENÁRIO FUTURO PRODUTOS EMPRESA FORNECEDORES DEMANDA MERCADO PRODUTOS CONCORRENTE SOCIAL ECONÔMICO POLÍTICO TECNOLÓGICO CULTURAL AMBIENTE CENÁRIO ATUAL PRODUTOS EMPRESA FORNECEDORES DEMANDA MERCADO PRODUTOS CONCORRENTE AMBIENTE SOCIAL ECONÔMICO POLÍTICO TECNOLÓGICO CULTURAL O ciclo do planejamento IMPLEMENTAÇÃO ANÁLISE ONDE ESTAMOS? COMO ASSEGURAR QUE CHEGAREMOS? ONDE QUEREMOS ESTAR? QUAL É O MELHOR CAMINHO? COMO PODEREMOS CHEGAR LÁ? ESTRATÉGIA 6 Macroambientes Demográficos - relativas a características de populações. Econômicos - variáveis econômicas que afetam a demanda e a oferta de produtos e serviços. Político / Legal - leis, códigos, instit. governamentais. Tecnológicos - conhecimento humano influenciando no uso de matérias-primas e insumos, ou o emprego de processos operacionais e gerenciais Sócio culturais - crenças, valores, normas e costumes sociais. Análise da concorrência Deve abranger: - A própria empresa, sempre em comparação com os concorrentes - Os concorrentes atuais e potenciais - Empresas de outras indústrias que fabriquem produtos substitutos. Ex: câmeras digitais x filmes kodak. Análise da indústria (setor) • Indústria (setor) – grupo de empresas que geram produtos/serviços que são concorrentes/substitutos bastante aproximados entre si. • Grupos estratégicos – grupo de empresas em um setor que seguem estratégias idênticas ou semelhantes: – Especialização, identificação de marcas, política de canal, seleção de canal, qualidade do produto, liderança tecnológica, integração vertical, posição de custo, atendimento, política de preço, relacionamento com a matriz, relacionamento com governos etc. 7 Tempo para dúvidas Reflexão sobre os conceitos vistos • Duração: 5 minutos Análise de cenários A análise de cenários permite complementar ou substituir análises de decisões probabilísticas. A descrição qualitativa de um cenário futuro é uma maneira mais rica de expor o futuro que análises quantitativas áridas. (SWARTZ 1994) Análise de cenários A Shell concluiu que um choque no preço do petróleo poderia ocorrer e geraria implicações significativas a empresa. Ao constatar a dificuldade dos executivos em perceber a seriedade que poderia ocorrer, desenvolveram o método de estórias de cenários, permitindo melhor enxergar além da sua experiência passada. (KIRKWOOD 1997). Hogarth e Makridakis (1981) comentam que análise de cenários é particularmente útil em condições de incerteza e complexidade. 8 Condições favoráveis à aplicação da análise de cenários 1- Alto grau de incerteza; 2- Muitas surpresas custosas aconteceram no passado; 3- Um número insuficiente de novas oportunidades são percebidas e geradas; 4- A qualidade do pensamento estratégico é baixa; Condições favoráveis à aplicação da análise de cenários 5- O setor sofreu mudanças significativas ou está para sofrê-las; 6- Uma linguagem uniforme é buscada pela empresa; 7- Existem fortes diferenças de opinião, cada qual com seus méritos; 8- Seu concorrente está usando planejamento de cenários. Análise de cenários O que importa na análise de cenários então é a identificação dos clusters e como seria possível avançar de uma determinada situação para outra no espaço de situações possíveis. 9 Análise de cenários Merkhofer e Keeney (1987) percebem a análise de cenários como uma técnica complementar à análise de decisão onde por exemplo no caso de uma árvore de decisão, cenários podem ajudar a identificar as incertezas mais significativas e probabilidades subjetivas que possam ser associadas. Merkhofer, M.W. and R. Keeney 1987, “Using Influence Diagrams in Multiattribute Utility Analysis -- Improving Effectiveness Through Improving Communication,” Chapter 13 in R.M. Oliver and J.Q. Smith, eds., Influence Diagrams, Belief Nets and Decision Analysis, New York, Wiley. Análise de cenários A análise de cenários procura ir além das tendências e da extrapolação a fim de entender as forças mais profundas do ambiente. Análise de cenários Schoemaker (1991;1995) sugere dez passos na determinação dos cenários: 1. Definir o escopo e período de tempo da análise. 2. Listar os principais atores na decisão. 3. Identificar tendências econômicas, políticas, tecnológicas, ambientais e sociais que podem afetar a organização. 4. Identificar variáveis-chave que não podem ser previstas. 5.Construir dois cenários extremos preliminares. 10 Análise de cenários 6. Avaliar a consistência destes cenários e criar ao menos dois cenários mais plausíveis. 7. Desenvolver cenários possíveis. 8. Identificar necessidades de novas pesquisas de informação. 9. Desenvolver modelos quantitativos. 10. Construir cenários que envolvam uma visão abrangente de possibilidades futuras. Análise de cenários Kirkwood (1997) sugere a criação de dois, três ou quatro cenários possíveis pois é pouco provável que se consiga prever uma configuração exata do cenário futuro. SWARTZ (1994) destaca que não se pretende prever o futuro, e que provavelmente nenhum dos cenários irá ocorrer, mas todos farão com que esteja mais atento às forças que estão em ação no presente. Análise de cenários Greeno e Sherman (1998) propõem maneira simplificada: 1. Identificar as variáveis significativas do processo; 2. Construir cenários conceituais:Debater sobre dez principais impulsionadores para um período de dez anos ou mais; 3. Debater estratégias possíveis para levar o sucesso nos diferentes cenários; 4. Descrever o futuro que equipe deseja para empresa; 5.Agir com base nos cenários construídos. 11 Análise de cenários Blanning e Reinig (1998) propõem um método de avaliação das variáveis nos cenários e discutem sua implementação através de um caso. Sugerem que se faça uma lista de eventos indicando a probabilidade de ocorrência, obtida a partir da votação por um grupo de participantes do processo. Em seguida é construída uma matriz de eventos, com a probabilidade do evento (P) e quanto o evento é favorável ou desfavorável (F) para a organização que está desenvolvendo a análise. Análise de cenários Blanning e Reinig (1998) propõem então que sejam construídos três cenários: A) Cenário otimista B) Cenário pessimista C) Cenário realista BLANNING, R.W. e REINING, B.A. Building Scenarios for Hong Kong Using EMS, Long Rang Planning, vol. 31, n. 6, p. 900-910, 1998. 12 Boa Semana Referências *BLANNING, R.W. e REINING, B.A. Building Scenarios for Hong Kong Using EMS, Long Rang Planning, vol. 31, n. 6, p. 900-910, 1998. *DAWES, R. Rational Choice in an Uncertain World. Orlando: Harcout Brace Jovanovich, 1988. *Hogarth, R. M., S. Makridakis. 1981. The value of decision making in a complex environment: An experimental approach. Management Sci. 27 93–107.) *Huppert D.D., Sissenwine M.P. (Eds.). Global Trends: Fisheries Management pp. 91–99 American Fisheries Society Symposium, 20 *Kirkwood G.P. (1997) The revised management procedure of the International Whaling Commission. In Pikitch E.K., * ROSS, C. E.; GREENO, J. L.; SHERMAN, A Planejamento de cenários. HSM Management, nº. 11 São Paulo, P. 101-110, nov/dez. 1998. *(SWARTZ 1994) SWARTZ, Peter, A arte da Visão de Longo Prazo – Planejando o futuro em um mundo de incertezas.São Paulo. Editora Best Seller, 2000. *SCHOEMAKER, P. J. H. Scenario Planning: A Tool for Strategic Thinking. Sloan management Review, Winter 1995, p. 25-40. * WACK, Pierre. Scenarios: uncharted waters ahead. Harvard Business Review, p. 72-89, Sept./Oct. 1985. 13