Pêndulo Físico Experiência Eletiva OBJETIVOS • Analisar o pêndulo físico quanto ao período, aproximações, validade de modelos e influência de forças de resistências. • Medir o valor de g. Pêndulo Simples e Pêndulo Físico • No pêndulo simples, a massa do corpo está concentrada em um só ponto. • No pêndulo físico, usa-se o modelo de corpo rígido. Período de um pêndulo físico • Para determinar o período de um pêndulo físico, é necessário considerar seu comprimento, massa e momento de inércia. • Esses parâmetros devem ser usados na equação de movimento do pêndulo, e daí obtém-se o período. Dados importantes do pêndulo físico • • • • Massa Comprimento Centro de Massa Centro de oscilação • d = distância entre CO e CM • Momento de inércia CO d L CM Período do PF I T 2 m gd • • • • m = massa d = distância I = momento de inércia g = gravidade Comprimento efetivo • Igualando os períodos do pêndulo simples e do pêndulo físico, pode-se encontrar uma expressão para o comprimento efetivo: T1 T2 2 l I I 2 l Lef g mgd md • Fisicamente, o comprimento efetivo representa o comprimento de um pêndulo simples com o mesmo período de um pêndulo físico. • Para encontrar uma expressão para o comprimento efetivo de uma barra, deve-se ter a expressão do seu momento de inércia: I I cm 2 m L m d2 m d2 12 • Como o momento de inércia de uma barra depende da distância d do CM e do CO (ou ponto de apoio), para cada ponto de apoio temse um Lef diferente(e, portanto, um período diferente). • A vantagem de se trabalhar com o comprimento efetivo é que a relação do período T com Lef é mais fácil de se tratar matematicamente: T 2 Lef g T aLef 2 • A partir do valor de a é possível determinar g. O experimento • Para este experimento foi necessário medir os parâmetros da barra: massa, comprimento, espaçamento entre os furos e localização do CM. • Para 9 posições diferentes foram medidos períodos de 15 oscilação, 5 vezes, para pequenas oscilações. • Foram medidos também períodos para grandes amplitudes(ângulo maior que 10°). • Foi avaliado o amortecimento para cada posição. Para a análise de dados, é necessário: • Calcular o comprimento efetivo da barra para cada uma das 9 posições. • Calcular o quadrado dos períodos(médias). • Analisar a dependência de Lef com T². Período X distância d 1,950 1,900 1,850 Período(s) 1,800 1,750 1,700 1,650 1,600 1,550 1,500 0,000 0,100 0,200 0,300 distãncia(m) 0,400 0,500 0,600 Período² X Comprimento efetivo 4,000 3,800 3,600 Período²(s²) 3,400 3,200 3,000 2,800 2,600 2,400 2,200 2,000 0,5000 0,5500 0,6000 0,6500 0,7000 0,7500 0,8000 Comprimento efetivo(m) 0,8500 0,9000 0,9500 1,0000 Ajuste dos pontos • No gráfico T² X Lef, o melhor ajuste é através de uma reta. • Por MMQ pode-se determinar os coeficientes angulares e lineares: a = 3,788 ± 0,118 s²/m b = 0,133 ± 0,077 s² Resíduos 0,030 0,020 Período²(s²) 0,010 0,000 0,500 -0,010 0,550 0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 -0,020 -0,030 -0,040 -0,050 -0,060 -0,070 Comprimento efetivo(m) 0,850 0,900 0,950 1,000 Determinação de g • Com o valor de a(coeficiente angular) é possível determinar o valor de g: T 4 2 2 4 aLef g g a Lef 2 • Substituindo o valor de a, tem-se que: g = 10,41 0,33m/s² • Comparando com o valor medido pelo IAG: g = 9,7864 0,001m/s² • Os valores são compatíveis dentro de um fator de abrangência 3. Alguns fatores que implicam em erro nos resultados. • O centro de Massa da barra não coindide com o centro geométrico. • A distribuição de massa não é uniforme ao longo da barra. Comparação entre pequenas e grandes oscilações • Uma aproximação do período para oscilações com amplitudes maiores que 10° é dada por: 1 2 T T0 1 0 16 • T0 é o período sem correção • O período então passa a depender da amplitude 0. • Substituindo 0 por 40°(0,70 rad) usado no experimento, a relação entre os períodos fica sendo: T0 02 K 1 1,03 T 16 Relação T / T0 Posição 1 Posição 2 Posição 3 Posição 4 Posição 5 Posição 6 Posição 7 Posição 8 Posição 9 T / T0 1,018 1,022 1,024 1,028 1,029 1,014 1,024 1,030 1,045 incerteza 0,009 0,009 0,010 0,010 0,009 0,010 0,009 0,009 0,008 Efeitos de forças dissipativas • No pêndulo usado na experiência foram identificadas duas formas de resistência: • A resistência do ar que, para baixas velocidades, é proporcional à velocidade de rotação da barra. • Atrito no eixo de sustentação, que independe da velocidade. • A resistência do ar tende a aumentar o período de oscilação. Mas isso não foi observado através da inclinação da reta ajustada aos pontos. • O formato da barra, com pequena área transversal na direção do movimento, favorece uma pequena resistência do ar. • Por outro lado, o atrito no eixo de sustentação não depende do formato e nem afeta o período, embora seja responsável pelo amortecimento, pois há dissipação de energia. • Portanto, o amortecimento observado se deve mais ao atrito no eixo do que à resistência do ar. Conclusões finais • A relação do período com o comprimento efetivo encontrada experimentalmente está de acordo com a previsão teórica. • O valor de g, embora um pouco alto, é compatível com o valor medido pelo IAG. • A aproximação do modelo para amplitudes maiores também se mostrou válida. • Portanto, o modelo do pêndulo físico se mostrou válido. Referência • 1.H.M. Nussenzveig, Curso de Física Básica Vol. 2 , Editora Edgard Blücher Ltda, 3ª edição, São Paulo.