Aula: 05 Temática: Estrutura dos carboidratos – parte I Na aula de hoje iremos aprender sobre a estrutura dos carboidratos. Acompanhe! Açúcares são carboidratos, a fonte primária de energia nas células. Alguns carboidratos têm função estrutural, sendo encontrados em paredes celulares de vegetais e de muitos microrganismos, enquanto outros servem como fonte de reserva nutritiva e atuam como precursores de proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos. O corpo armazena carboidratos em três lugares: no fígado, no músculo sob a forma de glicogênio e no sangue como glicose. Os carboidratos evitam que nossos músculos sejam digeridos para produção de energia, por isso se a dieta for baixa em carboidratos, o corpo faz “canibalismo” muscular. Os carboidratos são formados por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Sua fórmula geral é (CH2O)n, onde n é qualquer número inteiro. Eles podem apresentar estruturas bastante simples ou conter um grande número de moléculas arranjadas de maneira complexa. Sua molécula possui basicamente um grupamento aldeídico ou um grupamento cetônico, presos a uma cadeia de carbonos com várias hidroxilas. H C O HO C H CH2OH Aldeído C O Cetona CH2OH CH2OH L-Gliceraldeído Di-hidroxiacetona A glicose, um carboidrato de 6 carbonos (C6 H12 O6) é considerado o “combustível celular”. Durante a respiração da célula a molécula de glicose sofre uma série de BIOQUÍMICA reações químicas que a “desmontam” em moléculas menores e mais pobres em energia (CO2 e H2O). São as biomoléculas mais abundantes na natureza e desempenham uma ampla variedade de funções: fonte de energia; reserva de energia; estrutural; matéria prima para a biossíntese de outras biomoléculas. Os carboidratos podem ser classificados em três grupos principais, monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Monossacarídeos: São os açúcares mais simples (com termos terminados em “ose”) que não podem, em condições normais, ser hidrolisados (quebrados em unidades menores). Os mais simples têm somente três átomos de carbono por molécula. De acordo com o número de átomos de carbono que possuem, são classificadas em: • Trioses: monossacarídeos com três átomos de carbono, por exemplo, o gliceraldeído. • Tetrose: monossacarídeos com quatro carbonos, por exemplo, eritrose. • Pentoses: são aqueles com cinco carbonos, por exemplo, ribose e desoxirribose. • Hexoses: aqueles com seis carbonos são, por exemplo, glicose, galactose, manose e frutose. Os monossacarídeos mais freqüentes nos organismos são as pentoses (5C) e as hexoses (6C): BIOQUÍMICA A glicose é de interesse especial à bioquímica porque consiste na maior fonte de carbono para muitos organismos vivos. Monossacarídeos com mais de sete carbonos raramente ocorrem na natureza, embora haja um (sedoheptulose) que é importante para o metabolismo celular. As moléculas de monossacarídeos podem ser estruturas lineares, mas quando dissolvidas em água, muitas delas apresentam-se sob a forma de anel (Figura 1). Fig. 1: Monossacarídeo sob forma de anel. Uma das propriedades mais importantes dos monossacarídeos é a sua capacidade de formar glicosídeos (dissacarídeos). Os principais exemplos de dissacarídeos são: - Maltose → formada por duas glicoses (encontrada geralmente em cereais). - Lactose → formada por uma glicose e uma galactose (ex. leite). - Sacarose → formada por uma glicose e uma frutose (ex. açúcar comum). Nesta aula, estudamos um pouco a estrutura dos carboidratos. Na próxima aula continuaremos a estudar sobre esse composto orgânico. Até lá! BIOQUÍMICA