UNIVERSIDADE
TUIUTI DO PARANA
Silvana Aparecida Vieira
o TRATAMENTO
E EDUCA<;:AO PARA AUTISTAS
DEFICIT RELACIONADO
DE UMA PROPOSTA
A
COMUNICA<;:AO
PEDAGOGICA
- TEACCH:
EM UMA ESCOLA
CIDADE DE COLOMBO
Curitiba
2004
E CRIAN<;:AS COM
- PR
UM ESTUDO
ESPECIAL
DA
Silvana Aparecida
o TRATAMENTO
Vieira
E EDUCA<;:Ao PARA AUTISTAS
DEFICIT RELACIONADO
A
COMUNICA<;:Ao
DE UMA PROPOSTA PEDAGOGICA
E CRIAN<;:AS COM
- TEACCH: UM ESTUDO
EM UMA ESCOLA ESPECIAL DA
CIDADE DE COLOMBO
- PR
Trabalho de Conclusao
de Curso aoresentaoo ao
cursa de Pedagogia
dOl Faculdade
de Cienci.ils
Humanas
de UnilJersidade
Tuiuli do Parana.
como
requisita parcial para a obteO((~o do titulo de
Pedagogo.
Orientadora:
,.j
,0
'('
\\c-'
&__
-i
Curitiba
2004
Prof. Mestre
Neyre Correia
da Silva
J;f,f
Universidade Tuiuti do Parana
FACULDADE
DE CIENCIAS
HUMANAS,
LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO
NOME DO ALUNO:
SILVANA
DE APROVA<;AO
APARECIDA
VIEIRA
0 tratamento e educapio para autistas e criant;as com deficit
relacionado a comunicat;ao- TEACCH:um estudo de uma proposta
pedag6gica em uma escola especial da cidade de Colombo Pro
TiTULO:
TRABALHO
DE CONCLUSAO
PARA A OBTEN<;AO
PEDAGOGIA
DA
UNIVERSIDADE
DE CURSO
DO GRAU
FACULDADE
TUIUTI
MEMBR~t
NCA
PROF(a) Dlo'~~
MEMBRO
DATA:
MEDIA:
VIDAL
DA BANCA
06/12/2004
_4-1.
_
DE ClENCIAS
DO PARANA.
MEMBRO~C
APROVADO
DE LlCENCIADO
COMO
REQUISITO
PARCIAL
EM PEDAGOG lA, DO CURSO
HUMANAS,
LETRAS
E ARTES,
DE
DA
~~inguem Gamete erra
maior do que nao fazer nada,
porque s6 pode fazer um pouco".
Edmund Burce
SUMARIO
1. INTRODU<;AO
2. AUTISMO
....
.
..
2.1 UMA REVISAo
CONCEITUAL
E SUAS CAUSAS
2.3 AUTISMO
E AS ABORDAGENS
3. EDUCA<;AO
ESPECIAL
11
..
2.2 AUTISMO
..
...
CLiNICO-EDUCACIONAIS..
11
.
14
.
17
E INCLUsAo..
19
.
4. METODOLOGIA...
..
5. APRESENTA<;AO
E ANALISE
5.1 CONTEXTUALlZA<;Ao
5.2 A TRAJETORIA
24
DAS INFORMA<;OES..
DO UNIVERSO
DA IMPLEMENTA<;AO
26
.
DA PESQUISA....
DO M~TODO
.
TEACCH
COLOMBO..
NA APAE
.
5.3 HISTORICO
E FUNCIONAMENTO
5.4 COMO 0 M~TODO
CONTEXTO
ESCOLAR
6. CONSIDERA<;OES
REFER~NCIAS
AP~NDICES
7
.
DO M~TODO
TEACCH..
FINAlS..
Ap,mdice
II ..
Ap~ndice
III ..
28
34
39
.
41
..
..
I ..
.
.
...
Ap,mdice
.
TEACCH VEM SENDO IMPLEMENTADO
NO
INVESTIGADO:
REFLETINDO
A pRATICA..
26
DE
27
..
.45
.46
..49
.
53
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. - Ap{mdice III Carteira do aluno voltada para a parede
Figura 2. - Ap~ndice III Espal'"
de lazer..
Figura 3. - Ap~ndice
III Jogos Pedag6gicos..
Figura 4. - Ap~ndice
III Mesa do professor..
Figura 5. - Apendice
III Painel de atividades ..
53
.
53
.
54
.
.
54
55
RESUMO
o
presente trabalho focaliza as crianc;:as autistas e a possibilidade
de ahorda-Iaft
pedagogicamente
mediante a metoda Tratamento e Educ8r;tlo para Autistas com Deficit
ReJacionado a Comunicaqao
- TEACCH em urna Escola Especial situ ada em urn
municipio adjacente
Curitiba. 0 autismo vern se configurando
como urna sind rome de
dificil abordagem pedag6gica e 0 referido metoda tern sido difundido como urn metoda
adequado ao enfrentamento desta problematic3. Tem-se como objetivQ principal deste
trabalho: identificar como a metoda TEACCH foi desenvolvido
e vern sendo aplicado no
trabalho com cri'anyas autistas na APAE de Colombo e discriminar
quais ~ao as
implica~Oes da utiliza~ao do metodo TEACCH do ponto de vista pedag6gico para a
educac;:ao da crianc;a autista nesta escota. A metodologia
escolhida e a pesquisa
bibliografica e 0 estudo de caso, com a utilizayao de diversos instrumentos,
como
observayOes, questionarios,
entrevistas e fotos. Procura-se configurar teoricamente 0
autismo, como vem sen do descrito, suas causas e abordagens clinico-educacionais.
Apresenta-se tambem breve referencial teorico sobre a edUCay30 especial e a inclusao.
Verifica-se mediante a coleta de informayOes que 0 metoda TEACCH pressupOe
diversas alterayOes da sala de aula e recursos pedagogicos,
alem de implicar em
estudo e modificaC;3o da postura das pessoas envolvidas. Como tem suas bases na
teoria comportamental e psicolingUistica, tambem requer discussOes em torno de suas
finahdades e metodologia.
Na referida escola em que a metoda vern sendo
desenvolvido tern apresentado resultados irnportantes considerando, principalmente,
0
comportamento dos alunos e a implementayao da forrna«ao dos profissionais.
a
Palavras-chave:
Autismo, TEACCH,
Necessidades
Educativas
Especiais
1. INTRODU<;:AO
Este trabalho
and
Education
(TEACCH),
autistas
aborda
que
estao
As
possuem
autistas
as quais
sua
com
motricidade
repetidas,
crian~a
sem nenhum
da rotina,
. (BAPTISTA
Decorrentes
geralmente
pais
estes
possuem
abordadas
como
Dentro
Pais
crianC;8s
e Arnigos
dos
do Parana.
& BOSA
destas
na
dificuldades
no
oscilac;ao
dos
as
crianc;:as
com
Apresentam
de modo
para receber
utilizadas
tambem
a que
dificuldades
a
e transmitir
apenas
afetivo,
tambem
diferenciado
autismo
linguagem,
mensagens
para
nomear,
uma insistlmcia
as atividades
aos
ou
sao
obsessiva
espontaneas
na
da
et alii. 2002).
agem
para
de interagir
como
a
com outras
se fassem
direcionar
(BAPTISTA
condic;oes,
de ensina
de
em relaC;ao ao que 5e espera
por empobrecer
dificuldades
individuos,
destas
s~o
Apresentam
acabando
comprometimento
de interac;ao social e vinculo
instrumento
sentida.
urn
Normalmente
e respondem
palavras
par outras pessoas
metod os normais
de
Children
as
trazer
do estado
momentos
de aprendizagem.
global
as
geral
discrepantes
no estabelecimento
sentido,
manutenc;ao
em
crono16gica.
problemas
pais esta n~o e utilizada
outros
pode
municipio
apresentando
se mostram
idade
dificuldades
a
possuem
emocional,
por acarretar
em relac;ao
0 mesmo
na AssociayBo
de Colombo.
Treatment
Hand;capped
e professora.
desenvolvimento
funC;ao da
e a aplicaC;ao do metoda
Communication
que
atendidas
da cidade
crianyas
comportamentos,
Related
pedag6gicos
sendo
(APAE)
qual a pesquisadora
acaba
and
e as beneficios
Excepcionais
em
0 desenvolvimento
of Austislic
surdos
e manter
crianc;as
e pessoas,
au ate mesma
a cantata
visual
cegos,
quando
& BOSA et alii. 2002).
crian<;a
ja que apresenta
autista
demanstra
dificuldades
para
resistencia
aceitar
aos
mUda?~\OIlOE
:::.",-"..
~
J'~
I=> BIfiUOHCA
lr<'·.•"_.""yiw
~
••.•
nos ambientes,
considerando
que ela propria estabelece,
Segundo
para Autistas
relato
que sua meta
de experiencias,
e Crianyas
voltado
basicamente
esferas
de atendimento
e 0 estabelecimento
e nao a de um local proprio como a
com Deficit
0
TEACCH
0
Tratamento
a ComunicByao
Relacionado
ao atendimento
ou
de rotina, aquela
e a escala.
I
da crianc;a com autismo,
educacional
e Educaqao
e urn
programa
a que envolve
as
e clin/co em uma pratica predominantemente
psicopedagogica.
o
metodo
TEACCH
de 1960, na Escola
e urn modelo
de Medicina
de trabalho
do Departamento
que loi desenvolvido
de Psiquiatria
na decada
da Universidade
da
Carolina do Norte - EUA pela equipe do Ooutar Eric Shopler e seus colaboradores.
a
modelo
e
TEACCH
compartamental
baseada
em pressupastos
Em 1972 este metodo
Norte, como urn programa
loi legitimado
Antes
estadual
nos EUA para atendimento
de a crianc;a ser inserida
mediante
objetivos:
de acometimento
e viabilizar
o
no qual
ambiente
0
e
identificar
e
da Carolina
vitalicio
reallzada
de diagnostico
do
as crian~s
uma
do Autisma
crianc;as cam autismo;
avaliac;ao
Infantil que
classiticar
a nivel
plano terapeutico.
aplicada
a TEACCH,
exige urn espac;o consideravel
para a realizac;ao das tarefas. E fundamental
os moveis na sala e como se organizam
as diferentes
ambiente
a que
deve
da terapia
bern como as suas familias.
no programa,
a utilizac;aa de escalas
possuem os seguintes
organizado
das areas
pela legislac;:ao do Estado
autistas au com deficiemcia na comunicac;aa,
funcianal
teoricos
e da psicolingUfstica.
dar informa<;6es
sabre
-0rma~es
snore 0 melOQo I EACCH
em sua maior parte. foram obtidas atraves
APAE de Colombo.
e
e
a forma como se dispOem
areas de trabalho
solicitacto
au esperado
e lazer. 0
naquele
que estao sendo apresentadas
nesle primeiro
momento.
de consulta
em documentos
nao publicados
cedidos pela
espac;:o de forma clara, com acesso fac;l, podendo-se
crianc;:a a entender
cada area de trabalho,
devern ser organizados
utilizar divisorias
que ajudem
onde comec;am e terminarn.
de forma perrnanente
e nao devem
a
Os espaC;os
ser mudados
por urn
periodo minimo de seis meses e com a imposic;:ao previa de urna rotina.
A
professora
marcanda
submetida
previo,
deve
montar
a tempo necessaria
a uma
constante
na necessidade
prevendo
urna
escala
de
horario
para
para a realizac;aa da mesma.
propasta
de trabalho
acampanhamento
de organizar
individualizado
e avaliayao.
detalhadamente
mediante
A essencia
0
no sentido de apropriar-se
planejamento
do metodo
espac;o fisico
traduz-se
e a ac;ao docente,
de meios que a auxiliem
e interagir de uma maneira rna is adaptada
o metoda
TEACCH
eficaz para a abordagem
ao contexto
vem send a amplamente
educacional
de cidades
Apucarana
no norte
e Siqueira
Recentemente
adequar-se
e se mostra
da crianya autista. No contexto
do Parana:
foi
TEACCH
ponto de vista pedagogico
Para responder
identificar
como
implantado
dos alunos
obtidas
mediante
de 10/09 a 18/09.
de
Rolfmdia,
estadual,
alem
em escolas especiais
Bela
Vista
Colombo,
com
do
Paraiso,
APAE
desta
de
instituiC;ao. Portanto,
no trabalho
objetivo
de
se questiona:
com criant;as
autistas
do
na APAE de Colombo?
esta questao
0 metodo
na
vern contribuindo
buscou-se
TEACCH
com crianc;as autistas
: Informa¢es
APAEs
bastante
Campos"
ao atendimento
como 0 metodo
a comunicar-se
das relat;Oes sociais.
divulgado
das escolas da capital - Curitiba, tambem vern sendo utilizado
periodo
atividade,
a crianc;a e
passo a passo a interac;ao com a crianc;a para que ela adquira habitos e se
instrumentalize.
trabalho
cada
A principia
alcanc;ar as seguintes
foi desenvolvido
na APAE de Colombo;
entrevista
com os profissionais
e vern
sendo
e 2) discriminar
da APAE
de Colombo,
objetivos:
1)
aplicado
no
quais sao as
efetuadas
no
iO
implica90es
da utiliza<;ao
do metoda
TEACCH
do ponto
de vista pedag6gico
para a
educayao da crianya autista nesta escola.
A escolha
deste tema partiu da curiosidade
crianc;as autistas,
especializado
ern aprofundar
bastante
na Educa~o
singular
conhecimentos
principalmente,
Nos
como
interagem
estao
como
sendo
pessoais
a crianya
Tambem
autista
implantados
referentes
nurn ambiente
v~m desenvolvendo
e de dificil abordagem.
sabre
como
e interesse
e se comportam
e de que maneira as profissionais
este educando,
ensina,
da forma
reage
em algumas
as
escolar
0 trabalho com
existe
interesse
aos me-todos de
escoias,
tanto
Infantil como no Ensino Fundamental.
pr6ximos
empregados
capitulos,
para designar
relevantes
referentes
educativas
especiais
procedimentos
0
procurou-se
autismo
ao Ensino Especial e
no ensino
adotados
constam as considera90es
para
regular.
esta
caracterizar
e suas causas,
a
os diferentes
alem de abordar
canceltos
questoes
Inclusa.o dos alunos com necessidades
Procurou~se
pesquisa
finais e apontam·se
explicitar
e finalmente,
a metodologia
no
ultimo
as implica<;6es do estudo.
e os
capitulo
11
2. AUTISMO
2.1 UMA REVIS)i.O
CONCEITUAL
Leo Kanner apud Baptista
reconhecido
& Bosa et alii (2002) foi a primeiro
como autor das publicac;Oes iniciais sobre autismo,
Nestes estudos chamou a ateny~o para a limitac;ao
etlologla
e tratamento
algumas especula90es
Kanner
(0 primeiro
do autismo,
e Asperger
apud Baptista
1
ate entao desconhecida
Kanner apud Baptista
possuia
imensa
dificuldade
outras patologias,
a
ligadas
objetos),
espontaneas,
diretamente
relatos
te6ricas
no relacionamento
que
interpessoal
Dentre estas dificuldades
uma
e na habilidade
limitac;:ao na variedade
autista
de
aquelas
habilidade
para girar os
de atividades
no autismo.
descreve outras caracteristicas
do
como Wautismo classico de Kanner": sao crianc;:as
metod os normais de ensino, demonstrando
- risos e gargalhadas
com pessoas e objetos,
inadequadas;
nao
isto atraves
mantem
de seu
contato
visual
po is nao veern a pessoa como urn todo e sim
uma parte dela, como 56 a mao, 0 queixo, 0 bravo, etc; apresenta
de perigos reais, pode atravessar
para
a distinguia
estavam
com uma surpreendente
objetos circulares
por configurar
fica ram conhecidas
comportamento
ofereceram
que a crian9a
fina (ao manipular
a
apenas
.
consistindo em uma das caracteristicas-chave
que resistem
da
independentemente
e sabre suas suposic;Oes
Kanner apud Baptista & 80sa et alii (2002),
autismo, que
predominavam
& Bosa et alii (2002) , constatou
como a esquizofrenia.
que acabava
na epoca
em Viena.1944)
atividade motora global, contrastando
na motricidade
em relayao ao conhecimento
& Bosa et alii (2002).
1943. e a segundo
dos casas que acompanhavam
essa "sind rome"
que
infantil
de 1930.
te6ricas a respeito do tema.
em Baltimore.
sistematicos
sendo
psiquiatra
na decada
a rua, sem olhar; demonstra
ausencia
condutas
de medo
distantes
e
12
nao aceita toque, como dar a milo para a pessoa que 0 acompanha;
retraidas;
suas
pegar
necessidades
Qutros objetos;
marcante
crises
atraves
e extrema,
de choro
repentinamente
de gest05
apega-se
pois anda
e extrema
ou usa as pessoas
inadequadamente
tempo
0
angustia,
redondos,
par exemplo,
mostra a classica dificuldade
da eseela
pade estar cheia, mas a crianya
Kanner
meninos
e
procurando
apud
tres
afastar-5e
Baptista
que
tin ham
Este padrao compreendia
principais
os seguintes:
outras
pessoas;
adequadas
urn ansioso
a
ausencia
uma
e obsessivo
em
profunda
fascinac;ao
desejo
urna atividade
na maiaria das
de produzir
movimentos
com outras crianY8s.
nao interage,
descreveu
comum
urn
muitos diferentes
falta
da fala ou formas
conversavao:
fisica
apresenta
a patio
nao se relaciona
e isolar-.se em relac;:ao a outras.
comportamento.
eram
autista
& Bosa et alii (2002),
meninas)
se esta fazendo
em se integrar
para
hiperatividade
adora objetos circulares,
mas sim pela possibilidade
circulares;
com os demais,
a objetos;
indica
instrumentos
todo, corre sem direcionamento;
chora sem motive aparente;
vezes nae par serem
como
de preservar
padrao
aspectos
de cantato
peculiares
por objetos
onze crian""s
(oito
peculiar
de
sendo que os
emocianal
com
as
de falar que nao parecem
e destrezas
no manuseio
a imutabilidade
deles:
do ambiente
e de
rotinas familia res.
Segundo
uma habilidade
quebra-cabec;a.
ignoram
apud Baptista
e afinidade
As
0 contexto
em uma figura,
empecilho
Gillberg
& Bosa (2002)
em realizar tarefas envolvendo
crianc;as
autistas
respondem
geral, como em tarefas
ou repetir
a crian~a
seqOencias
da maior importancia
au uma situac;ao social complexa.
a
encaixes
detalhes
do tipo procurar
de silabas
para compreender,
autista
e montagens
especificos,
as formas
sem sentido.
por exemplo,
apresenta
E,
de
mas
escondidas
no entanto,
urn
uma longa historia
13
Em rela~o
controversia
segundo
com
ao conceito
relac;;ao
a
do autismo
distinc;a.o
entre
verifica-se
autismo,
na hist6ria
psicose
uma grande
e esquizofrenia,
Baptista & Bosa et alii (2002, p.28):
'As orimeiras
edicoes do CID [COdigo lnternacional
das Ooenyasj
nAo
fazem quslquer
men~o
010 autismo ... A partir da decada de 80, assiste--se a
uma verdadeira
revoluc;ao paradigmatica
no conceito,
sendo
0 autisma
relirado
d. categoria
de psicose
no OSM III {Diagnostic
and Statistical
Manual of Mental Disosrdef3]
e no DSM III-R, bern como no CIO-10,
passando
a fazer parte dos tr.mstornos
globais do desenvolvimento.
Jott 0
DSM IV [fourth edition - quarta edicao'l traz 0 translorno
de autisma como
integrando
as transtornos
invasivo!
do desenvolvimento
(PervasWe
Developmental
Disorder),
encontrando-se
tambem
na traduc;:.o para 0
portugu~s 0 termo ~••
brangente·
em substitui~o
••invasivo (ex.: Assumpyao
Junior, 1995) juntamente
transtornos
desintegrativos,
como a Sind rome de
Rett e Sindrome
de Asperger.
Tanto
0 CID-10
quanto
0 DSM
IV
estabelecem
como crit6rio para 0 transtarna autism a comprometimenta
em
trh
areas principals:
aJlera¢es
qualitativas
das intera96es
reciprocas;
modalidades
de
comunica~o;interesses
atividades
restritas,
estereotipadas
e repetitivos."
Inicialmente
concebido
par Kanner, como urn disturbio
autistica
do cantata
afetiva, a autisma foi em seguida relegada aa estado de sintama (retarda mental
com tra((a5 autisticos),
(esquizofrenia
tarnanda-se
depais
infantil tipa autisma).
"Enfim,
sindrome tatalmente
verificar
a validade
a parte.
uma
subcategaria
ele {a autismol
de esquizafrenia
emerge
como
uma
Tera sido necessaria quarenta anos de pesquisas para
do modelo
proposto
por Kanner
em 1944." (LABOYER,
1987,
p.37).
"Conclui~se que tanto Kanner quanto Asperger empregam
0 mesma
termo
para chamar a aten<;,aa sobre a qualidade
de comportilmenta
social que
perpassa
a simples questao
de isalamenta
fisico, timidez au rejei~o
do
cantata humano, mas se caracteriza
sabretudo,
pela diflCuldade em manter
cantata
afetiva
com
os outros,
de modo
espont3nea
e redproco.
(BAPTISTA &BOSA et alii, 2002, p.26).
l A quarta
em
1994.
edi~o
do DSM foi publicada
pela American
Psychiatric
Association,
em Washington,
D.C.,
~«'"
.
.. ".
~";O\~ll'O<>~
%
5,....BIBUOTECA
.•..•..•••••.
:::I
~
-
~J.J,oo._
o que
abordagem
vale a pena ressaltar
te6rica
relacionamento
adotada,
interpessoal,
simb61ica e, ainda
e que
a
na
com
linguagem,
comportamento
te6ricas encontram-se,
seja qual for
crianya
na
apresenta
As diferenyas
nos mecanismos
etlologia de tal sind rome, como sera apresentado
2.2 AUTISMO
sistema de classificayao
comunicac;ao,
estereotipado.
fundamentalmente,
0
autismo
deficits
na
a de
explicativos
acerca da
a seguir.
apud
Baptista
de crianc;as
estavam
& Bosa et alii (2002),
autistas,
que entre
os altos niveis de inteligencia
entre pais e filhos.
familiar evidenciado,
Kanner, portanto,
Salientou
tambem
por exemplo
que acreditava,
os denominadores
atraves
comuns
aspectos
entre os easais,
obsessivos
de
desta
e boa situac;ao socio-cultural
pais, ah3m de uma certa frieza nas relac;Oes, nao somente
tambem
capacidade
E SUAS CAUSAS
Kanner
deficiencia,
no
nas abordagens
Existem muitas teorias que tentam explicar a causa do autismo,
observa~oes
ou
dos
mas
do ambiente
por exemplo, pelo nivel de detalhes de seus relatorios e diarios.
questionava
a natureza causal entre os aspectos
familia res e a
patologia da crianc;a, sendo que a questao central destas observac;Oes era saber se,
ou ate que ponto, esses aspectos contribuiram
para 0 estado da crianc;a autista.
Para Kanner apud Leboyer (1987), existiriam
pSicogenicos
delas,
responsaveis
sustenta
provocariam
0
que
os
surgimento
pelo desencadeamento
pais,
neurol6gica,
em
raZ30
do autismo,
de
seu
da Sind rome do Autismo
sugere dois grupos de autistas:
patologia
trl!s hip6teses
organica;
no primeiro
e
0
grupo,
segundo
sabre as latores
sendo
funcionamento
a primeira
patol6gico,
nos filhos. A segunda
0
autismo
grupo
seria
hipotese
e associ ado a uma
devido
a
fatares
15
pSicogenicos.
Na terceira hip6tese,
a que Kanner ad eta,
propria da crianya resulta de fatores inerentes
Segundo
autismo,
Szabo (1999),
postulava que
uma das primeiras
mesma
0
era resultado
dos pais,
investiga90es
cientificas.
Qutras hip6teses foram levantadas,
geneticos
-
dana
do X fragil,
entre
levantadas
aeerca
do
combina9ao
com outras
quimica durante a gravidez
Nao
sejam
causadoras
de
au seja,
predisposiyoes
somatica
ou
pelo desenvolvimento
em particular
pravenientes
diferen9as
rubeola
no ambiente
podem
ser
au
em
e exposi9aO
Disfun.;:Oes
fisicas
organico
do cerebelo
do
cerebra,
do autismo.
Na verdade,
Leboyer
de familias de crian~s
(1987
da crianc;a
desequilibrio
do sistema
nervoso
e estudadas
atualmente
de autistas.
(par exemplo,
pSicologico
(SZABO,
central,
e
atraves
1999, p.10)
por Leboyer
(1987) a possibilidade
a separayao
dos pais, uma doenc;a
de urn irmao ou de uma irma) poderia
por Cox apud
no
1999)
e Szurek citados
traumatizantes
° nascimento
encefalite;
estao sendo levantadas
Rank, Putnam
de acontecimentos
como:
influencias
autismo.
de bi6psias cerebrais funcionais
Segundo
tarn bam
fenilcetonuria;
comprometimento
geneticas
modific89BO
a
sind rome de Down;
isoladamente
doen9as;
que
par rigorosas
meningite
tais
(SZABO,
do
par
diferenciadas
autismo,
ha comprovac;ao
bioquimico,
mental; epilepsia;
Causas
da etiologia
causas pertinentes
au na hara do parto;
deficiencia
outros.
psicol6gica
psicol6gico
descartada
nas quais aparecem
fetal intra-uterino
equilibria dos neurotransmissores;
sind rome
teorias a respeito
de urn retraimento
porem essa teeri8 foi inteiramente
culpabilidade
fatores
uma estrutura
e da din~mica relacional pai e tilhos.
as estudos
ser respons8vel
sistematicos
p. 41), a fim de recolher
autistas e disfasicas,
nao puderam
realizados,
informa90es
evidenciar
significativas entre esses dois grupos. as criterios de compara9ao
foram
16
as seguintes:
quatro
morte,
semanas,
familiar
doenya
ou div6rcio
interna~o
(problemas
em
dos pais, separa930
hospital
financeiros,
de
durante
da familia
rna is de urna
habita.yao,
de
par mais de
semana
saude
ou
e stress
dificuldades
interpessoais).
Segundo
Lowe
autistas
provinham
crianyas
perturbadas
Urn outro
Leboyer
apud
de lares
Leboyer
(1987
p. 41)
desorganizados,
urna
"so mente
taxa
11%
bern
das
inferior
crian,3s
aquela
das
afetivamente",
aspecto
(1987 p. 41,42)
constituido
pelo modele
psicanalitico
de Bettetheim
apud
sugere:
::lUtlsmo se aesenvot ..••
e em reSDosta aos sentimentos
muito neoativos
milnifestados
pelos pais: as ma.es na.o saberiam acariciar ou embala"r seus
fithos quando eles precisam:
ao contrario etas respondem
par sentimentos
de rejei~o.
A crianca, por conseguinte,
percebe seu ambiente
e sua mae
como hostis e responde
a esse mundo ameatyador
retraindo-.se
sobre si
mesma. 0 retraimento
autJstico e concebido
como um meio de adapta~o
da crian~
a seu ambiente,
permitindo-Ihe
par um lado, exprimir de forma
aliva sua hostilfdade
e sua indiferenya
em relayao aos pais e, par outro
lado, controlar esse mundo frio
Tanto
que
as
Rank,
pais
determinac;Oes
qualificados
contrtuio,
qualificativas,
de frias,
incapazes
pouco
como
como
de
Rank
umas
experimentar
das maes .
apud Leboyer
foram,
mais
emotivos,
por
uma
gratificac;:ao
que
p.43)
outras.
formais
apontam
descritos
Eles
e obsessivos
decisa.o
par
faram
ou,
ao
e dominac;ao,
psiquica"
Leboyer
e os pais seriam
(1987,
tempo,
faltando-Ihes
ou "paralisia
apud
muito
pejarativas
introvertidos,
superprotetores,
e Putnam
sua funC;<lo maternal"
Kanner
autistas
uma certa "perplexidade~
Segundo
negativa
crianc;as
considerados
mostrando
cumprir
Eisenberg,
de
(1987,
em
p.43)
relac;:ao
incapazes
a
as
maes
maternidade
de neutralizar
"seriam
au
de
a infiuencia
!7
A unica certeza que existe, segundo
tern personalidades
Portanto,
das teorias
Segundo
ora apresentadas
0
Baptista
0
as pessoas
necessitarao
urna instituic;:80. Porem
alguns
fatores
N
em que a crianc;:a can segue falar
nivel
intelectual
e
Na
responder
as
urna
na maio ria dos casos,
que tern autismo
autismo
0
conseguiram
viver
sempre do auxilio da familia e dos cuidados
casas
media
autismo.
CLiNICO-EDUCACIONAIS
& Bosa et alii (2002)
e dificilmente
de forma independente,
indicam
boa
urna possibilidade
melhor:
sao as
ate as cinco ou seis anas, apresenta
resposta
as
intervenc;aes
de
urn
educacionais."
& BOSA et alii, 2002, p. 49) .
Ainda
apresenta
explicam
autismo4.
E AS ABORDAGENS
durar;~ para sempre,
(BAPTISTA
os pais de autistas
elas contem as chaves que, algum dia, poderao
de como se origina
2.3 AUTISMO
e que
(1987)
variadas e sem tracros particulares.
nenhuma
melhor das hip6teses
perguntas
Leboyer
assim,
autismo
como urn transtorno
comportamentos
habilidades
e
observado
pel a psiquiatria,
mental. A fum;ao principal
mal-adaptativos
sociais,
e "tratado"
e promover
principalmente
se
do tratamento
e
de linguagem
e de outras
a aquisi~ao
os autocuidados.
pois
(BAPTISTA
reduzir os
& BOSA
et alii,
2002).
A equipe envolvida
fisioterapeuta,
psic6logo,
tratamento
no tratamento
fonoaudi6logo,
psiquiatra
baseia-se
da inftlncia
em
do individuo
psicopedagogo,
e adolescencia,
abordagens
entre
educacionais,
• Torna-se importanle
esclarecer
que noo era finalidade
discutir a respeito das causas ou diJS questOes etiol6giClls
e
multidisciplinar:
pediatra,
neurologista,
com autismo
professor,
outros.
terapias
deste estudo
do autismo.
Sendo
assim,
0
comportamentais,
aprofundsr
conhecimentos
e
psicoterapia
Ja
e psicofarmacoterapia.
no ambito
tanto quanta
educacional
possivel,
bem como proporcionar
aproxime
sendo,
ao maximo
a intervenc;ao
as habilidades
e
seu bem estar emocional
de um mundo
a programayao
feita
e competencias
e equilibria
de relac;oes
e
psicopedag6gica
no sentido
de desenvolver
do individuo
humanas
individual
com autismo,
pessoal,
para que se
significativas.
para
cada
aluno,
Assim
OU
seja,
centrad a em suas· necessidades.
Schopler
importtmcia
apud Schwartzman
do
apresentam
ens ina
urn
estruturado
processo
conceitos
basicos.
estruturar
seu ambiente.
a
Assim
Ja
& Assump9ao
e salienta
natural
de
medida
que
desenvolver
0
metoda TEACCH,
De qualquer
forma,
as
aprendizagem,
VaG
crianyas
no
qual
se desenvolvendo,
as crianc;:as autistas
otirnizar uma situac;:ao de aprendizagem
Junior et alii (1995)
que
necessitam
que acabou
ate entao
realizados,
poucos
au apresentar
independente
com
na
vida
adulta.
consigo
a
para
par criar e
como veremos mais a frente.
pelos estudos
urna personalidade
trazem
de uma estrutura
e fo; neste sentido
a
normais
vao aprendendo
com autismo serao capazes de exercer uma profissao
apresentarao
ressalta
ditas
Mesma
aquetes
melhores
residual anarmal e disturbios
individuos
uma vida social
prognosticos
cognitivos.
19
3. EDUCAt;AO
ESPECIAL
e
A Educar;;:ao Especial
constituindo-se
E INCLUsAo
parte integrante
como uma modalidade
do sistema
de atendimento
educacional
brasileiro,
as
que se destina
pessoas
com necessidades educativas especiais. As necessidades dessas pessoas, a
exemplo
de qualquer
Segundo
F6rum
cidadao,
sao muitas e variadas.
a Lei de Diretrizes
Paranaense
em Delesa
e Bases da Educa9ao
da Escola
Publica.
Nacional
Gratuita
Lei 9394/96
e Universal
(1997.
apud
p. 66):
.-\11:.58. Entende-se por Educac;;aoEspecial, para as efeitos desUl Lei, a
modalidade
de educac;ao escolar, oferecida
preferencialmente na rede
regular de ensino, pillici eduCiilndos com necessidades
especials.
1 • Havera, quando
necessario,servi<;:os de apoio especiaHzado na escola
regular para atender as peculiaridades
da clientela de Educa~ao
Especial."
Assim,
a Constituir;;:ao garante a todos
0
a
acesso
inclus~o torna-se cada vez mais proxima da realidade,
conceito
de que
e
preciso
escola regular, sendo que a
e objetiva com iSso, trazer "0
haver modificaC;Oes na sociedade
capaz de receber todos os segmentos
que dela foram excluidos,
um process a de constante
politico·social.··
dinamismo
A Educac;:ao Especial
educacional
sempre
podera
acontecer
em classes,
entrando
(MANTOAN,
mant~m seu espac;:o na sociedade
escolas
que, em func;:ao das condiyOes especificas
para que esta seja
assim em
1997, p. 235)
e este atendimento
au serviyos
dos alunos,
especializados,
nao for possivel
a
sua integray~o nas classes comuns de ens ina regular.
Segundo
faixa
etaria
a analise
de zero
da referida
a seis
assegura aos educandos
Lei, a Educac;:ao EspeCial deve ter inicio na
durante
com necessidades
Ao longo da historia
Educac;:ao Especial
anos,
da educayao,
para pessoas
a Educayao
Infantil,
pais
a sistema
especiais a direito a educayao.
uma das ideias
mais
com algum tipo de deficiEmcia
recentes
e a da
ou necessidade
20
especifica.
Neste sentido entende-se
situatyOes capazes
de informais,
situa¢es
de transform a-la, tanto em situact0es
que decorrem
da propria
forma is que se realizam
diriQir ou orientar
individuos
diferentes
e ·possuem
que
0
da inclusao
compoem
varios tamanhos,
menas
camplexa
tornam-se
que
em
planejar,
sao unicos e especiais,
porque
para determinadas
este precisa
para tornar-se
bela: as imagens
cores e formas.
Quando
(CARVALHO,
1994).
rna is integras e montam
ambiente
quanta
fins.
e habilidades
a caleidoscopio
de
chamadas
em sociedade,
de instituic,;:Oes que procuram
as individuos
capacidades
e
atraves
origina-se
nao programadas
vida do hornem
para determinados
A inclusi::lo presume
metilfora
educac;:ao de urn individuo
que a
serao
se retiram peda90s
Tambem
sao
atividades.
de todos
formadas
pois
A
as pedatyos
par pedras
de
dele, a figura torna-se
as crianyas
urn cenario escolar completo,
se desenvalvem,
convivendo
em urn
rico e variado, de forma que:
A cultura e 0 meio ambiente
refazem uma pessoa nao aoenas oar ln~
oferecer determinado
conhecimento,
mas pela transforma~o
da propria
estruturCl de seus processos
psicol6gicos.
pelo desenvolvimento
neta de
delerminadas
tecnicas para USilr suas proprias capacidades.
(VYGOTSKY,
1994, p. 237)
o
receber
que pode e deve variar
em
necessario
funC;ao de
suas
que todos convivam
quais as necessidades
permanecer
no
ensino-aprendizagem
comuns,
com
orientac;ao
No
harmoniosamente
espac;o
processo
essa
peculiaridades.
que sao especiais
mesmo
e
neste processo,
apoio que cada aluno
contexto
todos
os
representam
0
deve
e
portanto,
realmente
e como ambas podem
individuos
0 senso de respeito
integradora,
escolar,
para que se distingam
e quais sao comuns
auxiliando
a construir
0
envolvidos
no
e justic;a. "As escolas
meio
mais
eficaz
de
"1
combater
atitudes discriminat6rias,
sociedade
a
integradora
objetivo
intelectual.
Neste
as alunos,
ambiente
inclusiva
contribuiyao
ha
muitas
de trabalhos
as propostas
tracas
de inclusao
repensadas
e geradas
variitveis
Jover
sociedade.
(1999)
realizados
novas
e promover
de sua condiyao
diferenciadas
urna
urna educayao
fisica, social
e significativas
os deficientes
dem6nio
e todo tipo de crendice.
preconceito
e,
descobertas
deficientes
tempo
partindo-se
absoluta
especiais.
com deficiemcias
pois sua diferenc;a
e ao mesmo
consideradas
nas escolas
au
que
0
de como
eram
para
Portanto,
a pessoa
segregados,
era vista
principio,
preparar
como
era
um
mas principalmente,
escolas
e
especiais
a prepara,ao
a
de qualquer
destin~,
marca
do
era desconhecido
e
aspecto
0
bU5cando
exercicio
tin ham medo e
primordial
as modifica90es
e salas
passou-se
para
a
a estudar os
0 desenvo[vimento
de sua cidadania.
a esco[a para incluir nela a aluno especial,
toa[etes
nas
afastados
maldi9ao,
do medo. As pessoas
da sociedade,
especiais
logico que isto nao 5e resume apenas
de acesso,
grayas
t~m sido
0 sEkulo XIX, foi um tempo de grandes
diferentes".
da modifica9ao
necessidades
todos
urna
era vista perante
0 que era diferente
era a fonte
desse
das "pessoas
diante
toda
Historicamente,
no campo da medicina, da biologia e da saude,
peS50a com
ha
e
no ensine comum,
de educayao
traz uma abordagem
Antigamente
exclusao
serem
propostas
social,
certo,
construir
1984, p. 142).
de ensino.
convivio
misterioso
a
de pessoas
comuns da rede governamental
rampas
portanto,
independente
surgirao
acolhedoras,
(UNESCO,
a aproprial,(Elo do saber sistematizado.
Contudo
preciso
para todos"
maior de urna escala
de alta quaJidade a todos
facilitara
de criar comunidades
e dar educa<;t!o
e
e nao ao contra rio. E
do ambiente
mais espa90sas),
dos individuos
da
Entao,
para esta
(cOnstru9aO de
necessarias
nova
par
realidade.
nSwi:fir.,.
)''''~
~'-v
~
"' BIBUOTECA ~
-
.....~n··-~7·
::l
D".;,,\\\
22
e sensibilizar
Uma das prioridades
como
sensibilizar
desempenhar
as pais,
prejudica
assim
harmoniosamente
pais tad as devem
como
de conhecer
nao
a vida humana
proporciona
a pessoa
com
com tad as as suas
defrciencia
conviver
com seus pares.
filosofia
prejudiciais
da instituic;ao, bem
nao-deficientes,
a todos, porque impede que as crianc;as das escolas
ten ham oportunidades
difrculdades,
A
os dos
um papel ativo no processo de inclusao.
A segrega.yao
regulares
e treinar tad as as funcionarios
sobretudo
e
as
as pessoas
praticas
com
atuais. A ideia de que poderiam
resto da sociedade,
segregacionistas
deficiimcias,
fortalece
bem
ser ajudadas
os estigmas
do
como
passado
em ambientes
sociais
tiveram
as escolas
efeitos
e a sociedade
segregados,
alijados do
e a rejeiC;ao. Para as escolas
regula res a rejeic;ao das crianyas
com defici~ncia
contribui,
e a homogeneizac;ao
para ajustar-se
ao mito de que, uma vez que as
classes
tivessem
do ensino,
apenas
alunos
modificac;Oes. Na sociedade
pessoas com necessidades
que contribuiu
As
norte-americana
especiais
para disseminar
cultural e valorizar
praticas
educacionais
sociedade
o
dentro
da educaC;ao
atual proporcione
distanciamento
nao necessitaria
em geral, por exemplo,
reforc;ou a mentalidade
a incapacidade
as coisas significativas
todos as alunos uma oportunidade
satisfeitas
norma is, a instituic;80
para aumentar
de apreciar
de outras
a rejeic;ao das
do "n6s contra eles~,
0
a diversidade
e
social
que os unem.
excludentes
do pass ado
nao
proporcionaram
igual para terem suas necessidades
regular.
a rigidez
Faz-se
a estes individuos
necessaria
a
educacionais
portanto,
que
nossa
a que antes Ihe foi negado.
da segregac;:ao facilita a unificac;:ao da educac;:ao regular e
especial em um sistema unico. Apesar dos obstaculos,
a expansao
do movimento
da
23
inclusa.o em dire<;a.o a uma reform a educacional
que as escolas e a sociedade
A arte de adesa.o
a
eleva<;ao da consciencia,
VaG continuar
inclusao
envolve
redirecionando
medo para a resoluC;ao de problemas
dos relacionamentos,
das estruturas
maneira surpreendentemente
comum
as escolas
as adapta<;Oes sao para
auto res escrevem
como
ou para
dos limites,
de
ser
negligenciadas,
sob
e excluir
caracterizam
como se processam
socia is, econ6micos,
praticas
politicos
importantissimos
anteriormente,
realizadas
pena
que sao historicamente
as relac;oes humanas
e culturais,
para compreender
comuns e especiais
e
no erro
importantes,
em
a serem
sao relel/antes
a
em determinados
predominantes
0 contexto
variaveis
especiais
de incorrermos
Varios
de adaptac;oes
diferenciadas.
ha muitas
nas escolas
se entende
Especiais.
possibilidades
educativas
urn
e, muito menos,
Tao pouco
as Classes
para escolas
de respostas
ja foi salientado
e as experiencias
desqualificar
hist6ricos,
com deficiencias.
sem que se dirijam, especificamente
podem
ao
sem que representem
rna is simplificado
a respeito deste tema e mencionam
sim, para as alunos que necessitam
nao
de
a reconsiderac;ao
adequac;Oes curricula res sao necessarias
au que seja 0 curricula
que
Mas,
urn estado
relacionada
tranqOila, e abre espa<;o para novas relacionamentos,
a pessoas
consideradas
com
da certo, a vida de uma turma mOdifica-se,
que se destin em s6 e apenas
curriculares,
criativo
estreitamente
que promovem
de
e uma nova aprendizagem.
Portanto,
outro curriculo,
trabalho
a energia
urn sinal visivel
rumo as praticas inclusivas.
e dos beneficios.
Quando esse redirecionamento
novas estruturas
e
mais ampla
caminhando
dados
emergente
e
de tambem
medida
que
contextos
momentos
e atual.
4. METODOLOGIA
A presente
peri6dicos,
pesquisa
foi reaiizada
mediante
dOGumentos em meio eletrOnico,
consulta
bibliografica
que se caracterizavam
em livros,
como
fantes
cientificas
Utitizaram-se
desenvolvendo
utilizac;ao
tambem
referido
0
TEACCH
utilizando-se
Os dados
problema
analise
fcram
tambem
de
dados
por outras
tecnicas,
(LUDKE
e ANDRE.
documental
materia is escritos,
comportamento
com questOes
alunos
leva
profissionais
da
te6rico
abertas
escola
investigada,
seja
desvelando
1986).
em
ser usados
como
novos
estavel
ou na avaliac;ao educaclonal
erica,
consultados
persistindo
ao
aos resultados
pod em ser retiradas
evidencias
busca destacar
Ion go
varias vezes e inclusive
mais estabilidade
coletadas
de
trazendo
informac;oes
um tema
ou
(1986),
a
considerado5
de informac;Oes
sobre
0
humane .
Ja para Guba e Lincoln apud Ludke e Andre (1986).
pesquisa
as
documentos
fonte
dos
e qualitativa,
valiosa
complementando
quaisquer
que a
opiniao
e reflexoes
numa tecnica
aspectos
pela
I e II), com
Para Phillips apud Ludke e Andre
consideraC;ao
que possam
vinham
critica.
em informatyoes
seja
na
quantitativa
e refiexao
que pode constituir
qualitativos,
ja
guiou-se
(em ap~ndice
a analise
disponivel
5e referendou
que
A entrevista
do ponto de vista pedag6gico
submetidos
a analise documental,
abordagem
obtida5
aos
para issa referencial
Este trabalho
uma
dais
quais eram as beneficios
apresentava
profissionais.
com
na escola investigada.
de urn roteiro estruturado
a intuito de investigar
mediante
entrevistas
metoda
do
tempo
-
0
uso do documento
fatos que constituem
os
documentos
servir de base a diferentes
obtidos.
Os documentos
que fundamentem
constituem
afirmac;oes
podem
estudos,
0
na
fonte
ser
que da
fonte da qual
e deciarac;Oes
do
25
pesquisador,
fornecem
fonte
de informayao
Segundo
LOdke e Andre (1986),
obtidos
mediante
demais
informac;:Oes disponiveis.
organizac;:ao
tend~ncias
de
relatos,
todo
tornando
urna tentativa
ele simples
publica, ou complexo
noturno".
claramente
visam
a
contexto,
realidade
de
informac;~o;
forma
e
e
enfatizam
observa90es
campo), analise documental
tendencias
da problematica
bem delimitado,
do estudo.
0
e permitem
e fotos.
e
de
focalizada
contexto
estudo
devendo
em
de uma escola
usam
podemos
uma
e formais
citar
em campo
(mediante
bus cam
variedade
generaliza90es
de pesquisa
(CA) au a do
ter seus
de caso: as estudos
contexto;
escolar.
de urn caso, seja
competente
Portanto,
do estudo
e profunda;
informais
nivel
como urn estudo de casa, ja
de caso"e
a interpretac;~o
revelam experiimcias
a
identificar
nurn
como as das classes de alfabetizac;ao
E, por fim, os instrumentos
questionarios,
essas
inferlmcias
e as
momento,
procurando
de um determinado
estudo
fundamentais
de dados
e mais produtiva.
de uma professora
0
sempre
complexa
e
de delimitac;ao
0
primeiro
e
momento
relayOes
atraves
de documentos
nurn
partes
par se caracterizar
no desenrolar
naturalisticas
descoberta;
como
analises
segundo
particulares
e abstrato,
0 caso
definidos
caracteristicas
acabou
(1986, p.17),
e especifico,
em
mais concentrada
as processos
LOdke e Andre
nurn
buscando-se
a coleta de dados
privilegiou
pode acontecer
implica,
dividindo-a
e pad rOes relevantes;
Ao final esta pesquisa
Segundo
a pesquisa
A analise
material,
abstrac;:ao mais elevada,
ensino
ern urn determinado
observac;:oes, entrevistas,
sao reavaliados,
pad rOes
que
contextualizada,
informac;:Oes sabre esse mesmo
de
contornos
algumas
de caso
retratar
fontes
a
de
naturalisticas.
se revelaram
a utiliza9~o
multiplos:
do diario de
'6
5. APRESENTAC;Ao
E ANALISE
5.1 CONTEXTUALlZAyAo
A
Escola
Associa9ao
Institui9~o
de
DO UNIVERSO
Educayao
de Pais e Amigos
de carater
inaugurada
DAS INFORMAC;OES
Especial
sem fins lucrativDS,
De acordo com a coordenayao
contexto
crilieo-social,
A prioridade
social,
transformac;::io
que
privilegiando
par
de
capacitac;:ao
escolhidos
e sao reavaliados
importante
projeto voltado
teatro
que foi
esta baseada
global
do conhecimento
de cada atuno,
do
a partir do
respeitando
com vistas
de
0
a
e fora
da
instituic;:ao.
a uma
e ocorre par
Os
a escola
desenvolve
forma<;ao de urn sujeito capaz de identificar
para
danc;:a musica,
temas
sao
a elabora<;ao do projeto pedagogico
do ana letivo. Allam disto,
metodo TEACCH
fantoches,
e priorizada
dos profissionais
dentro
pela equipe durante
no decorrer
suas emoc;:Oes. Oferece
como
emocional
a
e uma
- Parana.
a desenvolvimento
em suas potencialidades,
tem
social.
cursos
criteriosamente
que
naD governamental
de Colombo
e a construyao
Para tanto, a formac;:ao continuada
de
objetivo
a inteligfmcia
para investir
Galgani.
como mantenedora,
da escola, sua linha pedag6gica
tern
nesta proposta
suas individualidades
meio
Gemma
(APAE)
no dia 21 de Julho de 1996, no municipio
na proposta
educando.
Santa
dos Excepcionais
filantr6pico,
DA PESQUISA
0
urn
e controlar
aluno autista e projetos especiais
terapias
a
voltadas
valoriza<;ao
e
motiva<;3o do educando.
A escola conta com quatorze
salas de aula, uma sala de artes, brinquedoteca,
uma sala de reeduca<;ao visual, secreta ria, sala de professores,
sala de fonoaudiologia,
refeitorio,
sala da coordena<;ao
sala de fisioterapia,
pedagogica,
sala da dire<;ao,
seis banheiros
para alunos,
urn para funcionarios,
com espa90 de areia, parquinho
utilizada
para
coordenadora
vinte professores,
vespertino.
sendo
que doze atuam
Dezoito destes docentes
fora do trabalho
auxiliar,
professores
respons8vel
regentes.
com
par alender
patio gramado
uma
diretora
matutino
e uma
e composto
da escola
atuam como regentes
e sete no peri ado vespertino.
e aito no period a
em sala de aula, sendo
as professares
que atuam
a fun9a.O de reeduca9ao
as turmas
por
em caso
visual e
de auslmcia
de
Ha ainda, cinco auxiliares de servi90s gerais, duas secretarias
de alunos.
a
Em rela9a.o
quantidade
e 141 do sexo masculino.
da manha
de alunos, totalizam
Atualmente
e 87 no periodo
processo de profissionaliza9ao
a inclusao
no periodo
ampla,
alem de uma panificadora,
Gonta
diario de sala de aula, ocupam
e tres atendentes
periodo
dos alunos.
a restante do quadro funcional
onze no period a matutino
professor
e casinha de bonecas,
a profissionaliza9a.o
pedagogica.
cozinha
frequentanda
da tarde. Oeste universo,
- um diferencial
social dos educandos,
187, sendo 46 do sexo feminine
sao 100 alunos
atraves
da institui9ao,
a escola
68 alunos
no
est:llo em
que busca com afince
de instrumentaliza9ao
profissional
para a
vivencia independente~.
5.2 A TRAJETORIA
DA IMPLEMENTA<;:AO
DO METODO
TEACCH
NA
APAE DE COLOMBO
De acordo com a coordena9ao
com
0 metodo
informa90es
TEAGGH
importantes
se deu
da escola, 0 primeiro contato desta
com
a leitura
de
documentos
instituic;ao
que
traziam
a respeito do referido metodo.
5 As informay6es
aqui apresentadas
foram obtidas mediante a aplicac;ao de questionario
com a
••.
'OOfoenaoora pedag6gica
da escola investigada,
observa~s
formais e analise de docu
A
existentes no contexto escolar, como 0 Projeto Politico Pedag6gico.
:::..'<.,~S\Df.D(.l't:-
..
,
=:J
~
-
'C.
81BlIOTECA
\':-~~~
21
Atraves
aprofundar
desses
profissionais
sobre
participaram
dados referentes
especiais
documentos
conhecimentos
em duas
ao metoda.
que ja atuavam
Houve·a
para
0
criaC;ao 2 turmas
e Qutra no periodo
metodo
foi originalmente
Deficit
Relacionado
educacional
o
and
Cilildren
a
investimentos
nesta
institui~ao
metodo TEACCH
autismo
e urn
autism a que ofereceram
orientayOes
e capacitac;ao,
de
encontros,
na APAE de Colombo.
teve inicio
apresentar-se-a
of
DO METODa
Autistic
e
urn
and
em
03/0312004,
como
0
reterido
modelo
programa
e que envolve
de trabalho
do Departamento
TEACCH
Related
e Educa~ao
e clinico, em uma pratica predominantemente
de 1960, na Escola de Medicina
as
cada uma, sendo uma delas no peri ado da
ou Tratamento
Comunicac;ao,
da crianc;a com
tema
em
e desenvolvido.
Education
- TEACCH,
0
da equipe
de intervenyao.
de Colombo.
da tarde. A seguir
concebido
parte
com a colaborac;a.o de duas escolas
do metodo TEACCH
E FUNCIONAMENTO
Treatment
atendimento
com 5 alunos
par
e que tern fornecido
na APAE
do programa
manha
o
metoda
de adaptat;6es,
com a
5.3 HISTORICO
com
contaram
inicio de implementa~ao
A implementa~ao
Handicapped
jornadas
Tambem
necessidade
0
a interesse
como urn processo
com esse programa
como iniciar e desenvolver
debates
surgiu
metoda
0
Communicantion
para Autistas
voltado
basicamente
as esferas
ao
de atendimento
psicopedag6gica
que foi desenvolvido
de Psiquiatria
com
e;.
na decada
da Universidade
Carolina do Norte - EUA, pela equipe do Dr. Eric Shopler e colaboradores.
da
0 modelo
, As informa¢es
sobre 0 metodo TEACCH que estao sendo apresentadas
neste item, em sua maior
parte, foram obtidas atraves de consulta em documentos
nao publicados
cedidos pela APAE
de
Colombo, per este motivo nilo constam devidamente
indicadas as fontes do material apre:sentado,
TEACCH
e
baseado
comportamento7
em
pressupostos
te6ricos
Em 1972, este metoda foi legitimado
Norte como urn programa
autistas
estadual
ou com deficiencia
Antes
fundonal
mediante
possuem
as seguintes
de acometimento;
Partindo
na comunicac;ao
objetivos:
e viabilizar
do
e
e
TEACCH
de diagn6stico
identificar
tambem,
organizada
ha
de minimizar
crianyas
necessidade
de acordo
distra90es;
e sana as dificuldades
espa90
aluno
0
esta
livre
com
com autismo;
de
do
crian<;as
infantH,
classificar
adaptac;Oes
0 solicitado
individuais
novas atividades
de ninguem.
as
feita urna avalia<;ao
do autismo
0
que
nivel
mesa
realizar
devera
atividades
ser composto
ambiente
0
A sal a destinada
e deve
voltadas
do professor,
que os educandos
para
Este canto
para alunos,
no
para 0 tratamento,
a aquisi<;ao de alguns materiais.
mesas de trabalho
com 0 objetivo
vitalicio
plano terap~utico.
0
principia
implica
forma:
onde
terapia
e suas familias.
no programa
da sala de aula que ira servir como estrutura
que certamente
interven9a.o
da
pel a legisla<;:l!o do Estado da Carolina
a utilizac;::io de escalas
deste
fisicolestruturado
seguinte
areas
nos EUA para atendimento
de a crian<;a ser inserida
ao programa
das
e da psicolingOistica8,
encontrar-se
da
para a parede
na qual este ensina
tern; e canto de lazer - 0
de seu
interesse
par sofas e tapetes
sem
ao
centro.
Os
materiais
especificos
para
0
programa
sao
jogos
selecionados
e
A teoria comportamenlalista,
tambem conhecida como t>el)av;orista,
foi fundada por Jonh Watson
;)Or VOlta dos anos 30. Suas premissas
eram baseadas
nos estudos dos eventos ambientais
(estfmulos) e os comportamentos
observaveis
(resposl~s)
e preconiza
que 0 estudioso
deve usar metodas
objetivos
cienUficos
(de5Cr~o,
exp(ica~o.
predicyao e contrale) para investigar 0 com porta menlo humano. A terapia comportilmental
fundamentada
em uma visao behaviorista
tem como objetivo a mudanca
de comportamentos
especificos
de acordo com 0 pedido do paciente.
A a<;:lo e a dimens~o
central para a terapia
comportamental,
e as tecnicas devem ser selecianadas
com a finalidade de combater a manuten9:'o
do problema.(DAVIDOFF,
2001)
, Area que envolve conhecimentos
da psicologia
para a compreensao
da linguagem.
desde sua
gi!nese ate a sua estrutura~o
e funcionamento.
7
]0
adaptados.
Esses jogos
programa
de
acordo
(SCHWARTZMAN
o
exige
com
ser confeccionados
a
nivel
& ASSUMP<;AO
ambiente
consideravel
areas de trabalho e lazer.
solicitado
ou esperado
urna nova
atividade,
rotina.
para
0
como
a realiza9ao
alunos
exposto
acima,
tarefas.
~
as
a crianya. a entender
deve
a uma
previa e constante
essen cia
detalhadamente
seus
das
0 ambiente deve dar informac;;:oes sabre 0 que e
espa90
fisico
de forma permanente
e naa
uma escala
de
trabalho
acompanhamento,
metodo
onde
de horario
para a realizac;;:ao da mesma.
proposta
do
cada area de trabatho
de seis meses e cam a imposi9ao
mantar
a tempo necessario
a crianc;;:a e submetida
A
de
traduz-se
para
individualizada
necessidade
e a ac;;:ao docente,
de meios que a auxiliem a comunicar-se
mais adaptada
ao contexto das relac;;:oessocials.
especialmente
professores
interativo
especifico
TEACCH
adaptado
desejarem
foi desenvolvido
as necessidades
como
prevendo
mediante
de
passo
organizar
a passo
das fun90es comunicativas
a
no sentido
e interagir de uma maneira
urn metoda
da crianya
adaptar aspectos do programa
e men as comportamental,
cada
e avaliac;;:8o.
na
de apropriar-se
programa
de
Em principio
interac;;:aocom a crianc;;:apara que ela adquira habitos e instrumentalize-se
o
no
as m6veis na sala e como se organizam
por urn periodo minima
A professora
marcando
planejamento
TEACCH,
Os espa90s devem ser arganizados
devem ser mudados
envolvido
naquele espa90 de forma clara, com acesso facil, podendo-
que ajudem
corne9a e termina.
aprendizagem
e organizado
diferentes
pelo professor
et alii, 1995).
a metodo
a forma como se dispoem
se utilizar divis6rias
de
JUNIOR
no qual e aplicado
um espa90
fundamental
deverao
autista.
no sentido
a forc;;:ado programa
de comunicayao
Apesar
de muitos
de urn estil0 rna is
esta em incluir
bern como ensinar 0 significado
0
ensino
da linguagem
31
e sua estrutura de forma tranqliila
e coerente as necessidades
e/ou possibilidades
da crianya.
a
metodo
tambem
deve
linguagem
que aprenderam,
caracteristica
ocorrer
refon;a
linguagem
os diferentes
e a importancia
de uma
adicional do programa
aqueles que ·trabalham
situayao
TEACCH,
com crianyas
contextos
de ensinar
naturals
crianc;as
ou contexto
em
que
a generalizar
para
0 outro.
a
a
Uma
que serve como lembranc;a util para
e
autistas,
a insistimcia
de que nao se deve
esperar que crianya aprenda mais de uma coisa de cada vez.
a
TEACCH
com
relayao
ao
ensino
baseado na aplicayao
da teoria psicolingliistica
autismo.
programa
a
referido
comunicayao
espontanea
de comunicayao
linguagem:
e
A comunic8yao
analisada
2) categoria
da crianc;a
em uma das tres dimensOes
comunica.yao
aos problemas
pela
investigayao
que uma determinada
entao
1) fun"ao;
inicia
de
espontanea
de comunicayao
de
toda
e entao
e
no
qualquer
crianc;a esteja usando. A unidade
em fun.yao de tr~s dimensOes
semiintica;
esta
basicas
da
3) contexto.
ampliada
da comunicayao,
por alguns acrescimos
par exemplo:
somente
urna mesma
palavra
pode ser ensinada dentro de urn novo contexto ou usada em uma outra func;ao ou,
ainda, em uma nova categoria semantica.
as programas
educacionais
neste metodo sao frequentemente
de acordo com a maturac;a.o e os ganhos
da crianya,
atualizados,
uma vez que nenhum
born
progn6stico da evoluc;ao e avaliac;ao inicial de uma crianc;a se mostrou enganoso ou
equivocado, ao contra rio aqueles que apresentam
inicio
tern maiores
educacionais
detalhada
sao
ganhos
com
determinadas
das habilidades
0
decorrer
individualmente
da pessoa
autista
uma boa adaptac;ao ao metodo no
do mesmo.
com
tentando
Assim,
base
em
identificar
as estrah~gias
uma
avaliac;ao
propriamente
0
potencial para as aquisic;oes do que se limitar aos deficits.
A avaliac;Ao psicoeducacional
encantra,
tenta identificar
as areas nas quais as habilidades
nas quais as habilidades
compreensa.a
as areas nas quais a pessaa se
naa estao ainda presentes
esta.o emergentes.
0 aprimoramento
das capacidades
e de expressa.a irAo habilitar a pessaa autista a entender
esta sendo dito/pedido
e a expressar
suas necessidades
e as areas
de
melhor a que
e sentimentos
atraves
de
outros meios 'de comunicac;a.o.
A abordagem
problematica
dificuldade
requer empenha
de comportamento
-
para entender
a autismo
- tais como:
com a tarefa, mudanc;as imprevisiveis,
Instruc;oes
sistematizados
para
as tarefas
com a frnalidade
situac;oes de aprendizado
e
0
uso
de propiciar
mais previsiveis
ser dadas
verbalmente
ou nAo,
dadas ao nivel de compreensao
e proparcionar
onde frcar,
experiencias
e, portanto,
compreender
esta
deve-se,
crianc;a
comportamento,
trabalho
isto torna as
e a falta de motivac;ao. As instruC;Oes
e que as instruC;Oes sejam
alunos autistas
a sala de aula, de
que fazer e como fazer, de forma mais
passive!.
compartamento,
qual
de sucesso,
e
mais faceis. Ajuda a crianc;a a
a importante
0
dar fisica,
ser arganizadas
da crianc;a, pais ensinar eficazmente
Weihs apud Schwartzman
desejamos
devem
urna arganizac;ao do metoda de trabalho, incluindo
maneira que a crianc;a entenda
independente
ansiedade,
a esta
aborrecimento.
de dicas
superar a distrac;a.o, a resistemcia a mudanr;as
podem
as razoes subjacentes
tem
e ajudar
Junior et alii (1995) afirma que se
uma crianc;a autista
par um lado, perceber
de
desempenho,
e atendimento
& Assump~ao
viver
e crescer
habilidades
no Metodo
au com qualquer
e, por
outro
e incapacidades.
TEACCH
tipo de
que somos parte do ambiente
t~m como
lado,
tentar
ver
no
seu
Assim as estrategias
de
objetivos:
um
propiciar
desenvolvimento
adequado
e compativel
e com sua faixa etaria; funcionalidade,
com as potencialidades
independencia,
de cada individuo
integrae;:a.o das prioridades
da
familia com a pratica terapeutica.
As atividades
destinado
relevante
em grupo devem ser realizadas
para tal. T oda e qualquer
se restringindo
0
canto livre, a interferencia
aos cuidados
da crianya,
atividades
define
como
podendo
ser tracados
de trabalha
e desenvolvidos
terapeuta.
objetos que jil sao conhecidos,
toda
semana,
deve ser
escolhe
0
de interesse
a fim de ampliar
pod era
passar
a
0
faze-los
selecionadas
realizadas,
apresentar
de
e s6
forma
fazem
leque
0
necessitarao
do apoio
urn dominic
de
deste
verbal
As
e fisico
adquiridas.
emergentes
para
a rotina
nao adquirida
a
destes e
atividades
momenta
isto 8, condutas
as condutas
para cada
urn a um, com
na realizayao
sistematica.
entre uma conduta
que se constituem
especifica
individuais,
parte
do estudante,
eta pas intermediarias
plena mente adquiridas,
nas sessOes
estudante
de plena desenvoltura
se que existem
sao program ados de forma
primeiramente
Soment.e ap6s
cuidadosamente
atividades
0 educando
espontaneas.
Os sistemas
que
tecnica
dos tecnicos
basicos de seguranya.
que ira fazer. Nesta area sao colocados
caso
que a equipe
para ser realizada em grupo e feita nesta area da sala de aula.
Quando os alunos ocupam
minima
atividade
em urn espac;o especificamente
sao
de
Refere-
e condutas
que, para serem
que sejam
emitidas
com
sucesso.
As retinas sao extremamente
que
esta
estabelecidas
ocorrendo
e
propicia
na apresenta9ao
como os estudantes
validas,
po is possibilitam
confian9a
das atividades,
sao ensinados
e
seguranC;a,
na maneira
urn entendimento
sendo
assim
de realiza-Ias,
do
sao
na forma
a seguir informal,(Oes, sejam estas de natureza
34
visual ou auditiva.
Estes sao elementos
side muito enfatizado
por diversos
uma memoria
boa para tudo
muito
importantes
pesquisadores
° que
utilizado, a tim de favorecer
a aprendizagem.
As crianc;as autistas
nao generalizam
serem capazes
que as mesmas
programa
de aprender
a abotoar
TEACCH
tem
como
seus aprendizados
fun930
As tichas
do processo
Tem
possuem
este recurso
ser
como, por exemplo,
nao percebendo
para as botOes de seu pijama. Portanto,
basica
simbolos,
e generalizac;ao.
em analise criteriosa
devendo
proporcionar
um apoio
crganizaC;80, c1areza e instruC;Oes visuais,
meios como: fotos, desenhos,
flexibilidade
rotineiro,
autistas
as botOes de seu casaco,
ac;oes sao necessarias
aspecto da estrutura,
e
para que autista aprenda.
que individuos
escrita
e dicionario
de avaliac;ao estao
de avaliayao,
visual
(nos
com a utilizayao
ilustrado)
de
para melhor
classiticadas
levan do a desenvolver
a
com base
uma pratica
de observac;ao.
5.4 COMO 0 METODO
CONTEXTO
A
ESCOLAR
seguir
(Apl!ndice
I ell)
serao
tambem
vem
investigada.
pelas
durante
0
Aconteceu
profissionais
a analise
0
a
TEACCH
das respostas
as respostas
deste
aos questioniuios
de uma prolessora
entrevistadas
de esc1arecer algumas
ao questionario
pedag6gica
programa
ao preenchimento
fcram
NO
A PRATICA
e da coordenadora
implementa980
ambas
com a finalidade
REFLETINDO
e analisadas
de que na seqO~ncia
citadas,
IMPLEMENTADO
periodo de 10 a 18/0912004,
metodo
acompanhando
individualmente,
durante
com
VEM SENDO
INVESTIGADO:
apresentadas
aplicados
que vem trabalhando
TEACCH
na
que
escola
dos questionarios
pel a
pesquisadora,
duvidas
que apareceram
e de enriquecer
as informac;oes.
)5
exposiryao dos dados, as informac;oes relativas
Para efeitos de organizac;ao e melhor
ao questionario
preenchido
pela professora
a.p., e as relativas ao questionario
como Q.C. (Ap~ndice
A professora
ser~o
aqui
identificadas
respond ida pela coordenadora
serao referidas
I e II)
comec;:ou a atuar com 0 referido metoda
entrevistada
inicio deste ana (2004), atende uma turma com 05 alunos, no periodo
coordenadora
atua no acompanhamento
period as, manha
e tarde,
No momento
estavam
em cantata
meninas
e oito
pelo c6digo
na referida
com
0
Metoda
duas
de tad as as turmas
E a
nos dois
escola.
em que ocorreu
meninos,
pedag6gico
a partir do
da tarde.
a
aplicac;:c3o do questionario
TEACCH,
totalizando
professoras
e uma
duas turmas
dez alunos
atendidos
atendente
monitorando
duas
a
processo.
Segundo
a professora
com a inser<;ao do Metoda
pais passaram
entrevistada
as alunos
a compreender
a que se esperava
De acordo com a coordenadora,
a compreensao
Houve
uma
pedagogica
0
da tarde,
que viesse
socia is, entendendo
0
de que
a responder
individuo
0
precisava
suas necessidades
como
urn ser global.
par este grupo de trabalho,
mais concretas,
deles.
Metoda foi implementado
mesmo
qualitativamente,
a dar respostas
que a grupo criou a cerca das particularidades
conscientizar;ao
valida adotada
do periodo
comer;aram
na escola grac;:as
do individuo
de
uma
nao s6 educativas,
Uma posi9ao
ja que como alerta
Favero
autista.
intervenr;ao
como
extremamente
(1980,
p. 19):
._:lL:eno oe lotahdade se reveste de Imoonancla
fundamental:
0 todo se
constitui de parte que s6 existem e se expJicam pela lotalidade.
Sendo
assim. na~ e oossivel exolicar nenhum acontecimenlo
social. sem detectar
as rela90es que ele manlem com as outros fatos e 0 lodo social. Por mais
fraamentados
Que. a orimeira vista. se aoresentem
certos eventos.
he
sempre
urna interdepend~ncia,
urn&! conedo
com a totalidade
e nao
apenas mera justaposi~o
ou somat6rio de suas partes
;6
Em consonancia
desenvolvimento
com esta visao do todo - aluno global e Metoda
- adaptayOes
foram realizadas
da escola junto aos alunos autistas.
atraves de aquisit;;ao de estantes,
atividades
utilizado
de forma
independente
refon;o
positiv~
Figura 2); as jog as pedag6gicos
alternativDs
, para
movimento
0
constam
atividades
III, Figura
investigar
sao adaptados
de pin,a,
eneaixe,
ete.(Apendiee
as atividades
suas
do lazer Eo
(Ap€mdice
III
com materiais
cores, seriayao,
espessura,
Eo 0
a
para as alunos, e nesse espa<;o que
diretas (Apendiee
de rotina que deverao
sao identificadas
0 espa90
interesses
e confeccionados
e voltada
realizar
III Figura 3); a mesa do professor
novas atividades
realiza interven,iles
1);
novos
trabalho com formas geometricas,
local onde sao apresentadas
professor
nesse local ele devera
(Apendiee
e para
fisico
etc.
organizaC;3o especial, a carteira do aluno
de forma a evitar a distraJ;:to,
como
fisico e metodol6gico
a modificaC;Oes do ambiente
carteiras, jogos, sofas, tapetes,
A sala de aula passui uma
para a parede,
no ambiente
Assistiu-se
para seu
III Figura 4); no painel de atividades
ser realizadas
par um Icone previamente
par cad a aluno, estas
estabelecido
(Apendice
III,
Figura 5).
Segundo dados levantados,
no momenta
de comunicac;ao
entre eles e a docente
visuais, como icones e materiais
dado qualitativo de extrema
pro posta
peculiares
mediante
informa,Oes
da professora
(Q.P.10109),
da investiga<;ao as alunos autistas tin ham uma rotina previsivel
dos
conteudos
dava-se
concretos
relevancia
principalmente
que indicavam
na pratica adotada
foi efetivada
mediante
atraves
e a via
dos sinais
a a<;ao esperada.
foi que a arganiza<;ao
observac;ao
das
Um
da
necessidades
a cada aluno.
Ambas as profissionais
a importancia
de urn estagio
question ad as (Q.P. e Q.C.
par elas
realizado
em
10 a 18/09/04)
uma
dinica
levantavam
particular
que
3.7
desenvolvia
Metodo
0
TEACCH,
na cidade
de Curitiba
relevante para a posterior pratica das profissianais
Este consistiu
em fatar
em questao em seu ambiente
de
trabalho. Qutros fatores que, segundo as mesmas, tambem auxiliaram a desenvolver
o metoda
posteriorrnente
foram:
leituras,
experiEmcias
e capacitaC;8o acerca
fundamental
para
TEACCH
do Metodo.
desenvolvimenta
0
pesquisas,
cursos,
troca
de
Esta preparaC;ao, certamente
foi
e planejamento
da
estagios,
inserc;ao
do
Metodo
junto aos alunos.
a
Quanta
abardagem
das familias
a respeito do Metoda, esta se deu de forma
~tranqOila", de acordo com a percep9aO da coord en ad ora e da professora,
que desde a implantac;c3o do Metodo as familias
recebendo
orienta90es
a cad a dois meses
estao a acompanhando
ou em casos especificos
0
sendo
processo,
sempre
que
necessaria.
Com relac;ao aos alunos atendidos,
diz respeito
agitados,
eram
ao comportamento,
hoje esta.o mais tranqOilos: outros
observadas.
Pedagogicamente
atividades oferecidas
conteudos".
as
entrevistada
coloca "no que
que as alunos que se apresentavam
apresentam
alunos
iniciativas
compreendem
que antes nao
e executam
as
com sucesso, assim, eles se sentem motivados frente a novos
(Q.P. 10109).
Obviamente
dificuldades
para a implementac;ao
coerente
a professora
percebemos
foram enfrentadas
e ainda estavam sendo sentidas
do programa. A principia a maior delas foi adotar uma postura
com relac;ao ao comportamento
de comportamento.
de alguns alunos, vista que a
Metoda
oferece
anterior.
POde~se julgar isso como mais urn ganho na pratica destes profissionais,
po is pareciarn
leitura
indesejado
compreender
aluno, mas, principalmente,
a importancia
item que nao fazia
de observar
parte
nao apenas
as raz5es da mesma: "Hoje hi! consciencia
da pratica
a reac;ao do
de que isto
38
pade ser uma forma
consiga
captar este tipo de reatya,o
desenvolvimento"
Dutra
recursos
dificuldade
Urn aspecto
nestas
mediante
0
condic;Oes.
uma
respeito
Faz-se
que
profissional
0
cada etapa do seu
comportamentais
foi a necessidade
na instituic;ao,
ganhos
foi a afirmac;clo
junto
alunos
a estes
da escola
necessaria,
da coordenadora
embora
era de orienta9~o
e 0 autismo
de mais
a tim de oferecer
aos alunos.
a ser salientado
pedag6gico
a importancia
TEACCH
TEACCH
e maiores
do que
vez que ficou
do
importante
pelas profissionais
TEACCH,
politico
0 entendimento
critica, ressaltar
item,
importante
pedag6gica
no projeto
contudo,
encontrada
aos docentes
a proposta
constava
e
do aluno para solucionar
cresci menta do Metoda
0
condiy:oes
abordagem
E
(Q.C. 10109)
para
maiores
que
de rejeic;ao da atividade.
se
s6cio-construtivista",
levando
em conta,
e quais sao as necessidades
de alunos
fundamentada
em
uma
postura
reflexiva-
de analisar com um pouco mais de profundidade
bastante
que
a
evidente
mesmo
da
[como
u
investigada],
de
constituisse
no levantamento
esta
alicerc;ado
, a que pode gerar urn conflito
te6rico
na
esse
de informaC;Oes a
teoria
e metodol6gico
e
terapia
importante
em relac;~o a uma postura s6cio-construtivista.
Finalmente,
contexto
fisico
mostravam-se
foi possivel
e
pedag6gico
satisfeitos
observar
em
e revelavam
que a partir
direc;ao
Metoda
certo entusiasmo
da gradativa
TEACCH
adaptac;ao
os
do
profissionais
nessa trajet6ria.
e
, 0 s6cio construtivismo
usado par. fazer distin~o
entre as correntes te6ricas de Vygotsky e Jean
Plaoer oue sustentam oue a imehoencla e construida a oartlr oas relacoes reclorocas
00 nomem
o meio.
processo de conhecimento
implica em ums rela~o
entre 0 sujeito e 0 objeto, de tal forma
oue entre ambOs estabelecem-$e
relacOes recioroCCIs oue modificam
tanto 0 orimeiro
Quanto 0
segundo.Yygotsky
adola como matriz epistemol6gica
de seu interacionismo
a dialelica-materialista,
oor isso oarte de oressuoastos
radicalmente
distintos dos assumidos
oar Piacet. Vvao\skv oercebe 0
efeilo diferencial
que a "aria~o
de ambiente s6cio-historico
pede exercer sabre
des.envolvimenlo
coonitivo. assumindo
esse ambiente enauanto contexto cultural. histOric<> e oortanto em constante
transforma~o,
portanto
a falar
cultural,
b;sico
para
Vygotsky,
peuco
enfatizado
por
Piagel.(PALANGANA,1994)
'=~.
a
6
e
6. CONSIDERA<;:OES
Este estudo
FINAlS
investigou
autista e a educa~o
uma nova compreensao
escolar.
Procurou
situac;;:oes de ensino-aprendizagem
TEACCH,
0
mostrando
qual,
segundo
bastante
0
apresentar
para
estudo
as
adequado
da relac;;:a.oentre
com
realizado
autism a a partir
no contexte
necessidades
educando
organizac;ao diferenciada
uma
alunos
0
investigado,
educacionais
de
do Metoda
destes
vern
se
individuos
como urn todo.
Talvez
a partir deste
Metoda.
a integraC;;:03odo ser humane
cenario
nacional.
continuarn
de
integra9ao.
inclusao
e
atendidas.
0
Assim,
esta
que
se
especiais
vi sao
de
individuais
Acredita-se
amparado
educacional
cidadania
suas
que
pelo Metoda
deste
0
~estes ou aqueles",
as diferen9as
educat;:a.o
que
as
especiais,
no pr6prio
processo
diferen9as
educandos
abrange
em particular,
e auxilios
alunos
todos
independente
sejam
os
do
entre
as
plenamente
segmentos
da
de suas limitat;:oes
trabalho
TEACCH,
educando
desenvolvido
como
especial.
Busca-se
as necessidades
Trata-se
de nao
junto
autista
alternativa
assim,
pedagogicas
homogeneizar
mas que todos sejam
ao aluno
uma importante
uma
deste
possa
educac;ao
individuo
os ambientes
ser
na abordagem
para
tais ganhos
dependem
que os participantes
reconhecidos
em sua individualidade
fundamentalmente
da concepc;ao
da educayc30
- regular e especial
a
dentro de
escolares
para
e que
sejam valorizadas.
Contudo,
e de sociedade
e
ate eliminados
e socials.
global que atenda
possibilidades.
almeja
que obstaculizam
sabe,
de serviryos
por alguns
e as dos outros
populac;a.o e cada urn dos individuos
e possibilidades
e, quem
a extinr;:!o
a ser requeridos
educacionais
e procedimentos
amenizados
Isto nao pressupoe
pois as mesmas
necessidades
mecanismos
sejam
de homem
- concretizam
nas relayOes que estabelecem
portanto,
para a necessidade
estas que aliceryam
marcam plenamente
sujeitas em si.
qualquer
dentro e fora dos muros das escolas.
de refletir a respeito dessas
ayao do individuo
Aponta-se,
concepyOes,
e da coletividade
pais s~o
no mundo,
suas relayOes no mundo, resultando na pr6pria construyao
e
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APENDICES
.6
Apendice
Questionario
aplicado
I
a Professora
47
Instrumento
de Pesquisa
':;mulc80
_
~~~:re~o'~i--~i--------------------
Fun~ici:---Jdade:
a
Este questionario tern a finalidade de coietar dados referentes
realiza9ao de
trabalho de conclusao do curso de Pedagogia (UTP), portanto, sua colaborac;ao
fundamental e desde ja agradecemos suas contribuic;Oes.
sera
1) Como entrou em contata com a metoda?
2) Como se preparou para desenvolver
para aplicar 0 metoda?
3) Descreva como
deste
metoda?
e sua
este trabalho?
E como avalia sua prepara9ao
pratica em sala de aula com as alunos a partir da utiliza9ao
4) Descreva 0 ambiente fisico, e recursos materiais (e humano) que vern utilizando
para desenvolver este metodo? E por que determinadas formas de posiciona 0
ambiente sao necessarios?
5) Como a familia
e abordada
neste metoda?
6) Como voce percebe a metoda TEACH?
7) Descreva
diferent;tas observadas
nos alunos a partir da utiliza9ao deste metodo?
Apendice
Questionario
aplicado
Ii
a Coordenadora
;0
Instrumento de Pesquisa
Institui~ao
Endere~,-,-_--,
Data __
1__
_
_
1__
~~~~O:
_
Este questiontuio tern a finalidade de coletar dados referentes
Trabalho de Conclusao do Curso de Pedagogia (UTP), portanto,
sera fundamental e desde jil agradecemos suas contribuic;Oes.
1 Como loi
0
primeiro contato com
0
a
realizac;ao
de
sua colabora~ao
metodo TEACCH?
2. Por que e quando se definiu pela implementac;ao
deste metoda na eseDla?
3 Houve necessidade
fisico. na estrutura das salas de
aulas?
Sim ( ) Quais?
de adaptayOes
Nao (
no ambiente
51
4 For necessaria a aquisiyao de materiais
Sim (
) Quais?
Nao (
especificos para
0
programa?
)
5 Houve investimento
em treinamento
Como se deu tal qualifica9ao?
dos profissionais
envolvidos?
Sim (
) Nao(
)
6 Quais as maiores dificuldades
na implementa930
do programa
TEACCH
nesta
Institui9ao? Como superaram estes obstaculos? Contaram com auxilio de outras
escolas? Quais?
7 Quantas turmas e professores trabalham nesta proposta atualmente?
turmas e professores na.o participam da proposta ? E par que?
8 Quais as tumos em que
0
programa
e oferecido?
E quantas
52
9 Informay6es
sabre as alunos:
Numero de alunos envolvidos no total e par turma:
Idades:
Sexo feminino:
alunas
Sexomasculino:
10 Com quantos
11 Descreva
0
alunos
alunos
programa
0
programa
TEACCH,
12 Quais a diferenc;:a entre programa
Institui~ao?
13 Quais problemas
soluciona-Ios?
140bserva~es:
enfrentam
foi iniciado?
em poucas
palavras:
em relaQao
atualmente
a
proposta
em rela9:io
a
anterior
proposta
ofertada
nesta
e como pretendem
_
Apendice
III
Fotos dos espac;os da escola
54
Figura 1. - Carteira do aluno voltada para a parede
Figura 2. - Espa~o de lazer
55
Figura 3. - Jogos Pedag6gicos
Figura 4. - Mesa do professor
Figura 5. - Painel de atividades
Download

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Silvana Aparecida Vieira o