ID: 45868276
28-01-2013 | Emprego & Universidades
Tiragem: 16995
Pág: 5
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 18,11 x 37,23 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
12
Número de empresas que integram o estudo
de Dana Redford sobre intra-empreendedorismo.
MANAGEMENT
Ser empreendedor dentro
da sua própria empresa
DR
Intra-empreendedorismo
é a palavra do momento.
Portugueses começam a perceber
que integrando os colaboradores
nas decisões têm mais sucesso.
David Patient, especialista
em comportamente
organizacional, veio ao IST
falar sobre a importância de dar
‘feedback’ aos colaboradores.
A
Câmara Americana do Comércio fez o primeiro estudo sobre
intra-empreendedorismo em
Portugal e concluiu que é uma
estratégia vencedora. “Aumenta a motivação das pessoas, favorece o alcance de resultados positivos, concretos e mensuráveis na produtividade e inovação”, pode ler-se no estudo “O Intra-empreendedorismo é um factor diferenciador e
essencial para o sucesso das empresas”.
Mas afinal o que é o intra-empreendedorismo? Refere-se ao empreendedorismo corporativo, uma abordagem empresarial que visa a solução de problemas dentro de uma empresa”,
explica Dana Redford, responsável pelo estudo.
Ou seja “a optimização das competências pessoais dos funcionários, sem comprometer as
metas de produtividade formais, estabelecidas
com hierarquia”, continua a análise a 12 grandes empresas nacionais e internacionais inseridas no mercado de trabalho português.
A Câmara Americana de Comércio defende
que a boa utilização dos recursos internos substitui a contratação de consultores externos, na
medida em que capacita os recursos humanos
da empresa a envolverem-se na estratégia definida pela gestão de topo, reduzindo assim os
custos e incentivando a motivação e a inovação.
No fundo, este estudo vem dizer que as empresas serão sempre mais bem sucedidas se tiverem uma cultura de disponibilização de recursos que fomentem novas ideias; incentivos
internos à experimentação de novos produtos
e serviços; incentivos à tomada de riscos calculados e tolerância aos erros; se adoptarem estratégias de eliminação das “quintas” formadas dentro da própria organização; e apoiarem
a formação de equipas de projecto autónomas.
Uma das razões que justificam o desenvolvimento do intra-empreendedorismo numa empresa é fazer crescer e diversificar o negócio, mas
não só: satisfazer e reter os colaboradores mais
motivados, explorar os recursos subutilizados e
eliminar as actividades que não são essenciais. E
“apenas algumas entidades estão a tirar partido
do intra-empreendedorismo na gestão dos seus
colaboradores”, conclui Dana Redford.
AIG, AON, Cisco System, EDP, EGEAC,
Galp Energia, Hovione HP IBM, Instituto
Marquês de Flor, Mckinsey&Co e Millennium
BCP parecem estar no bom caminho, já que foram as empresas seleccionadas pela Câmara
Americana do Comércio para integrarem o estudo e passaram com distinção.
Mas, atenção: o intra-empreendedorismo
não se aplica às PME. Dana Redford define o
intra-empreendedorismo como “o exercício
da oportunidade dentro dos recursos que actualmente controlamos”. E, “normalmente,
os recursos estão incorporados nas grandes
organizações.” ■ Joana Moura
“You suck! Agora vamos
voltar ao trabalho?”
Sentiu-se motivado depois de ler o
título deste artigo? É difícil encontrar
alguém que fique com vontade de
trabalhar mais e melhor depois de
ouvir o chefe dizer que “não presta”,
portanto não se preocupe. E foi
exactamente sobre isto que David
Patient, especialista em comportamento organizacional, veio falar ao
Instituto Superior Técnico, na passada semana, no âmbito do The Lisbon MBA. “You suck! How to (not)
give feedback” foi o título de uma
conferência em que o professor começou por dizer que “dar ‘feedback’
de desempenho é sempre importante. Mas quando pedimos aos colaboradores para fazerem mais com
menos, como gestores precisamos
de lhes mostrar como eles podem
fazer isso. E dar ‘feedback’ é sempre
uma forma de mostrar aos colaboradores que estamos atentos e valorizamos o seu desempenho”. O que,
em períodos de crise, se revela ainda mais importante porque “as
alturas de crise exigem às empresas
e aos indivíduos que sejam capazes
de mudar e adaptar-se e essa adaptação só é possível e eficaz se as
pessoas receberem ‘feedback’ frequente e detalhado sobre como
podem melhorar a sua contribuição
para a empresa”, garante o especialista britânico. O primeiro passo é ter
uma conversa aberta com o colaborador, o que quase sempre em
Portugal é dificultado pela diferença
de ‘status’. Patient diz que esta
também é uma tarefa que melhora
com a prática. Por isso, comece já
hoje a praticar. J.M.
ID: 45868276
28-01-2013 | Emprego & Universidades
Tiragem: 16995
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 6,50 x 2,59 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
Saiba qual a
importância de dar
‘feedback’ aos seus
colaboradores P.5
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Ser empreendedor dentro da sua própria empresa