55º Congresso Nacional de Botânica
26º Encontro Regional de Botânicos de MG, BA e ES
18 a 23 de Julho de 2004
Viçosa, MG, BR
A BRIOFLORA DO "CENTRAL PARQUE ONOFRE QUINAN", ANÁPOLIS-GO – UMA ANÁLISE FLORÍSTICOECOLÓGICA COMPARATIVA ENTRE A ÁREA DE PRESERVAÇÃO FLORESTAL E A ÁREA DE RECREAÇÃO.
CARVALHO, Maria Adriana Santos de1,3; ASSAD, Lailah Luvizoto1,3; XAVIER-SANTOS, S., 2,3. 1 Graduanda; 2 Docente; 3 Laboratório
de Biodiversidade do Cerrado. Universidade Estadual de Goiás, GO. ([email protected]).
A brioflora do parque ecológico municipal “Central Parque Onofre Quinan”, situado na região central do Brasil, foi estudada em seus
aspectos florístico-ecológicos. Análises comparativas foram realizadas entre a área de preservação florestal (AP), caracterizada por uma
floresta tropical semidecídua e a área de recreação (AR), onde se encontra área para piquenique, parque infantil, pista para caminhadas, um
lago e uma cascata artificial. Três coletas foram realizadas durante a estação chuvosa (dezembro a março), sendo coletados 185
espécimens, cuja identificação permitiu o reconhecimento de 21 famílias, 27 gêneros e 40 espécies, sendo, a maioria encontrada associada a
outras espécies de Briófitas. O maior número de espécimens coletados (77%), e a maior riqueza de espécies (36) foram encontrados na AP.
Nessa área, o tamanho da população de musgos foi equivalente ao de hepáticas, ao passo que na AR a população de musgos predominou
sobre a de hepáticas. Cerca de 49% das espécies ocorreram exclusivamente na AP, 39% em ambas as áreas e apenas 12% ocorreram
exclusivamente na AR. Os gêneros mais freqüentes na AP foram Rectolejeunea, Metzgeria e Homalia; e na AR foram Bryum, Metzgeria,
Semathophyllum e Racopilum. Na AP, a maioria das espécies foi encontrada sobre madeira viva, enquanto que, na AR os musgos estavam
igualmente distribuídos sobre madeira viva, solo e pedras (naturais ou artificiais), enquanto as hepáticas foram encontradas
preferencialmente sobre madeira viva. Os únicos gêneros não encontrados sobre madeira foram Bryum, Epipterygium e Fissidens. Com
exceção das espécies da família Bryaceae, Sematophyllaceae, Meteoriaceae, Leucominiaceae e Racopilaceae, que mostratram pouca
especificidade ao substrato, as demais mostram preferência por um único tipo de substrato. Os resultados demonstram a preferência das
Briófitas pelo ambiente natural (AP), que possivelmente proporciona condições mais adequadas para a sua sobrevivência; e que as
hepáticas foram mais sensíveis que os musgos a ambiente antropicamente alterado (AR).
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Resumo - Sociedade Botânica do Brasil