UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM PERFINS DE LIDERANÇA E SUA EFETIVIDADE NAS ASSOCIAÇÕES Por: Rodrigo da Silva Moraes Orientador Prof. Mário Luiz Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM PERFINS DE LIDERANÇA E SUA EFETIVIDADES NAS ASSOCIAÇÕES Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial Por: Rodrigo da Silva Moraes 3 AGRADECIMENTOS Aos Diretores da Asbac-RJ, Carlos José Pontes Villas Boas e José Bispo Nascimento pelo oportunidade de profissional. incentivo e aprimoramento 4 DEDICATÓRIA Dedicada a Joana de Paula da Costa, uma grande mulher. 5 RESUMO O presente trabalho buscou ampliar o conhecimento sobre a relação entre chefias e subordinados. Partiu-se da questão se essa relação pode ser um dos determinantes da motivação entre trabalhadores. No referencial teórico, aponta-se que a motivação é algo interno a cada trabalhador, contudo compete ao líder estar atento às condições para que a mesma se estabeleça. Cabe, portanto, aos gerentes ou chefias formais, assumirem este lugar, que extrapola o cargo legitimado pela hierarquia na organização. Este trabalho foi realizado a partir de um estudo de caso, efetuado nas três sedes da Associação dos Servidores do Banco Central - ASBAC – RJ. A coleta de dados foi feita através de um questionário referente ao tema. A análise dos resultados apontou que a relação entre os superiores e subordinados dessas sedes é motivadora, graças ao estilo de liderança adotado pelos superiores, o democrata, que é amplamente aprovado pelos subordinados, com o qual afirmam sentirem-se mais motivados para criar, produzir e relacionar. Além disto, confirmam-se a hipótese de que é de suma importância adotar o estilo certo de liderança para o bom desempenho da equipe de trabalho. Os chefes devem estar preparados e atentos a esta questão se quiserem lograr os melhores resultados. 6 METODOLOGIA O estudo de caso foi realizado na Associação dos Servidores do Banco Central – ASBAC – RJ e desenvolvido nas três sedes: Administrativa, Andaraí, Praça XI. A escolha da Associação analisada deu-se em função da afinidade com os funcionários das sedes, objetivando maior cerelidade nos processos. Destas sedes duas tem o tamanho semelhante: Sede Andaraí e Praça XI, em média, 18 funcionários. A Sede Administrativa é de maior porte, envolvendo 23 funcionários. De modo geral, nas sedes da Associação a estrutura hierárquica consta de Diretores, Gerência Administrativa, Gerência de Sedes, Subgerentes, Chefes de setor e Auxiliares administrativos. Os Diretores são funcionários do Banco Central do Brasil associados, que são eleitos através de Assembléia Geral Extraordinário para um mandato de três anos. O Gerente Administrativo fica concentrado na Sede Administrativa e a ele compete o controle das outras sedes, abaixo dos Diretores é o maior cargo na hierarquia da Associação. O gerente Administrativo tem em sua equipe de trabalho os Chefes de Setores, Contas a Pagar, Departamento Pessoal, Sócio Cultural e Biblioteca. Os Gerentes de Sede são responsáveis pelos controles e funcionamento das sedes, tanto no âmbito administrativo como operacional, tendo como seus braços direitos os Subgerentes, que na ausência do Gerente responde pela sede. Igualmente aos Chefes de setor seus subordinados são os Auxiliares Administrativos, responsáveis em tocar todo o processo administrativo da Associação. 7 Para alcançar os objetivos propostos, realizou-se um estudo de caso, múltiplo por estudar mais de uma sede – levando uma maior generalização dos resultados. O estudo de caso é um método que permite analisar um determinado fenômeno (relações de liderança e motivação) em uma ou mais organizações ( no nosso caso, Associação do Banco Central). Possibilita, assim, compreender fenômenos contemporâneos, inseridos em seu contexto e cujo limite entre ambos não estejam bem definidos (YIN, 2001). O estudo de caso tem sido indicado para investigações de cunho mais explanatório, que visem responder questões do tipo “como” e “por que” e que representam acontecimentos aos quais o pesquisador tem pouco ou nenhum controle (YIN, 2001). A coleta de dados foi efetivada através da aplicação de um questionário, que encontra-se em anexo. O questionário, composto por nove questões, foi enviado por e-mail corporativo para 53 funcionários e respondido por 47, de diferentes setores e níveis hierárquicos das sedes, evidenciando o tipo de amostra não probabilística por conveniência, na qual se obtém grupos com características homogêneas e em função da facilidade de acesso. Também realizou-se observações no local de trabalho, buscando outros dados para compreensão do tema em pesquisa. Com a observação, como sugere Yin (2001), implementa-se outra fonte de coleta de dados, auxiliando na compreensão do fenômeno em estudo. A estratégia analítica mais utilizada para os estudos de caso, conforme Yin (2001), é baseada em proposições teóricas, pois “os objetivos e os projetos originais de estudo baseiam-se, presumivelmente, em proposições como estas, que, por sua vez, refletem o conjunto de questões da pesquisa, as revisões feitas na literatura sobre o assunto e as novas interpretações que possam surgir” (Yin, 2001 p. 133). Desta forma, as respostas dos questionários foram tabuladas e analisadas tendo como base as teorias sobre motivação e 8 liderança, apresentadas no referencial teórico. Os resultados obtidos serão apresentados posteriormente. 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................. 10 CAPÍTULO I - Motivação................................................................................. 12 CAPÍTULO II - Liderando a equipe de trabalho............................................... 17 CAPÍTULO III – Liderança situacional............................................................. 26 CONCLUSÕES .............................................................................................. 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA (REFERÊNCIAS)........................................ 44 ANEXOS.......................................................................................................... 48 ÍNDICE............................................................................................................ 54 10 INTRODUÇÃO Perfis de liderança e suas efetividades nas Associações. Pensar em perfis de administração, particularmente na relação que se estabelece entre chefias subordinados, suscita algumas questões, como: o relacionamento entre chefes e subordinados é importante para o bom desempenho do trabalho em uma associação? Por que? Será que gerentes autocráticos realmente conseguem “extrair” mais de seus subordinados? Ou ainda, será que os gerentes democráticos extraem tudo os que seus funcionários poderiam entregar? Conforme artigo de Meleiro e Siqueira (2005), o bem estar dos empregados é de interesse tanto da sociedade quanto das organizações, pois o trabalho representa parte significativa na vida dos indivíduos e a satisfação no trabalho se generaliza como satisfação na vida. No mesmo artigo as autoras citam Rhoades e Eisenberger que afirmam que “a concepção de percepção de suporte do supervisor, derivada da noção de suporte organizacional, consiste na percepção dos empregados sobre como seus supervisores valorizam suas contribuições e se preocupam com o bem estar de seus subordinados” (MELEIRO e SIQUEIRA, 2002, p. 698). De acordo com Nanus (2000), a liderança é a habilidade de inspirar pessoas, traduzindo a visão da organização, obtendo o compromisso dos seguidores de forma voluntária. Assim, a liderança é um processo de influência internacional – direta ou indireta – e explícita de uma pessoa sobre outras, com a finalidade de guiar, estruturar e facilitar atividades e relacionamentos em grupo ou organização (YUKL, 1989). Um dos grandes desafios dos líderes é manter sua equipe motivada. Chiaveto (1993) afirma que a motivação está contida nos indivíduos, mas que pode ser influenciada por fatores externos. Já BERGAMINI, (2003), afirma que a verdadeira motivação nasce nas necessidades interiores e não de fatores 11 externos, a autora defende ainda, a idéia de que a eficácia do líder depende da sua competência em liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si. O trabalho gerencial deve ser um destes ativadores, levando em conta os aspectos internos, compreendendo-os e utilizando-os como ponto de apoio para alavancar e potencializar a satisfação das pessoas. A motivação, conforme o referido autor, não pode ser deixada ao acaso. As relações de trabalho, sobretudo no que diz respeito à motivação, são de fundamental importância para as organizações, pois é fato que o funcionário motivado é mais produtivo, está mais comprometido com a organização e aceita mais facilmente novos desafios. Eis a razão da escolha do tema. Na Associação, é comum ouvir os funcionários mencionarem que se sentem mais ou menos motivados de acordo com quem é seu gerente. Tais comentários acontecem principalmente quando ocorrem mudanças gerenciais. Cabe então perguntar de que forma a relação entre chefe e subordinado pode ser percebida como fator de motivação no trabalho nas sedes da Associação? Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar o processo de liderança no que diz respeito à motivação nas equipes de trabalho. Com relação aos objetivos específicos, buscar-se-á identificar quais os estilos de liderança adotados pelos gerentes nas três sede analisadas, bem como ampliar o conhecimento sobre as relações motivacionais estabelecidas entre chefias e subordinados nesta Associação. Na sequência, apresentaremos o referencial teórico. Em seguida, a metodologia, na qual consta uma breve descrição da empresa, bem como as etapas de realização do trabalho. Posteriormente, será apresentada a análise dos resultados e, finalizando, serão apresentadas as considerações finais. 12 CAPÍTULO I MOTIVAÇÃO Satisfação e motivação são conceitos que estão fortemente relacionados entre si, mas que devem ser diferenciados pois possuem distintas especificidades (GONDIM e SILVA, 2004). Segundo estes autores, a satisfação diz respeito ao contentamento com as relações interpessoais no trabalho, com o sistema de remuneração e com a atividade executada. WAGNER III e HOLLENBECK (2003) abordam a satisfação no trabalho como um sentimento agradável, resultante da percepção que temos do trabalho que realizamos, ou da realização de valores importantes através do nosso próprio trabalho. Existem três componentes chaves na definição de satisfação no trabalho. O primeiro deles diz respeito aos valores propriamente ditos, ou seja, àquilo que uma pessoa deseja consciente ou inconscientemente. O segundo componente se refere à importância dos valores, às diferenças entre os valores que as pessoas atribuem ao trabalho. Ele abrange aspectos como segurança e estabilidade, viagens freqüentes, etc. O terceiro componente é a percepção da situação atual em relação aos nossos valores, que responderia à questão: como está a minha satisfação? A motivação, por sua vez, refere-se a tudo que pode se fazer mover, sendo definida como “uma ação dirigida a objetivos, sendo auto-regulada, biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas” (SALANOVA, HONTAGAS e PEIRÓ apud GONDIN e SILVA, 2004, p. 146). É um importante fator que afeta a produtividade que pode ser gerenciada para evitar ou minimizar perdas no processo produtivo. 13 Da mesma forma, Miranda ET AL. (2005, p. 41) destacam que o termo motivação vem sendo utilizado com diferentes conceitos, mas de modo geral é aquilo que impulsiona o indivíduo a agir de determinada forma. Barbosa et al. (2005, p. 25) definem motivação como o conjunto de fatores que determinam a conduta de um indivíduo. Em termos de comportamento, a motivação pode ser conceituada como esforço e tenacidade exercidos pela pessoa para fazer ou alcançar algo. Por ser uma característica considerada como mais facilmente influenciável que outras, como personalidade, aptidões, etc, a motivação é muito focada pela administração (CHIAVENATO, 1992). A motivação é um determinante crucial da realização individual e é igualmente fundamental na determinação da realização de um grupo. Os membros devem estar suficientemente motivados para alcançar o mais alto nível de produtividade permitido por seus talentos. Tal como as metas e as recompensas podem fortalecer a motivação dos indivíduos, também podem aumentar a motivação nos grupos (WAGNER III e HELLENBECK, 2003, p.219). A maneira com que os dirigentes compreendem o que vem a ser motivação, influenciará nas ações necessárias para mobilizar a motivação da força de trabalho (GONDIM e SILVA, 2004). Para Bergamini (2003, p. 63) a verdadeira motivação nasce das necessidades interiores e não de fatores externos, e não há formulas com soluções fáceis para motivar e “sua eficácia depende de sua competência em liderar a motivação que os liderados já trazem dentro de si”. A autora resume seu pensamento da seguinte maneira: “Ninguém motiva ninguém. O potencial motivacional já existe dentro de cada um”. O importante é não desperdiçá-lo” (BERGAMINI, 2003, p. 64). 14 Conforme Grisci (2006), na psicologia há duas importantes teorias, com posições distintas, que abordam o tema da motivação e de como se exerce a liderança. Estas teorias são psicanálise e o behaviorismo. A psicanálise leva a olhar a motivação como um processo intrínseco ao ser humano, partindo de uma necessidade não satisfeita, e defende que cada indivíduo se por um perfil motivacional próprio. A Motivação é, portanto, abordada de forma dinâmica, pressupondo forças internas que impulsionam o comportamento, e considera que nem toda motivação é consciente. Ainda sobre a teoria da psicanálise, a autora complementa apontando que a motivação em relação ao trabalho está relacionada com o sentido que ele adquire para o sujeito do trabalho, mas esse sentido não se desvincula do reconhecimento dos pares e superiores pelo trabalho realizado. Em contrapartida, a teoria benhaviorista compreende a motivação como uma possibilidade que se instala a partir de certos esforços ou punições, sendo reforço um “prêmio” pelas metas atingidas e punição, algo como desprestígio ou retaliação na empresa. O que motiva o comportamento, então, são as conseqüências, os efeitos produzidos pelo comportamento no passado e que foram aprendidos. Esta teoria tem sido amplamente utilizada no meio organizacional, porém nem sempre de forma explícita ou consciente. Os administradores que adotaram esta postura, acreditavam que, com prêmios ou castigos, seria possível fazer com que seus funcionários seguissem qualquer tipo de conduta por eles planejada. Além da visão desta teorias sobre o fenômeno da motivação, alguns estudiosos se debrussaram sobre este tema, tais como: Maslow (1943), McClelland (1953), Arderfer (1969), Herzberg (1965), Vroon (1995). No que se refere a relação dos estudos sobre a motivação e os processos de gestão, 15 Gondim e Silva (2004 p. 163) afirmam que esta importância se dá tendo em vista que: “o modo como os dirigentes de todos os níveis hierárquicos compreendem o que venha a ser a motivação no trabalho ou seja, as suposições a cerca do conceito, influenciarão decisivamente as ações necessárias sobre as construções de políticas e programas direcionados a incentivos, recompensas e outros assuntos relacionados à motivação da força de trabalho”. 1.1 – Motivando a equipe de trabalho Tanto para a sociedade como para as organizações, o bem-estar de empregados tornou-se alvo de interesse, visto o reconhecimento de que o local de trabalho é uma parte significativa da vida dos indivíduos, com efeitos sobre sua existência individual e sobre a sociedade como um todo (HARTER, SHMIDT E KEYES, 2002). Voltamos a citar BRGAMINI (2003), que afirma que ninguém motiva ninguém. O potencial motivacional já existe dentro de cada um. O importante é não desperdiçá-lo. OLIVEIRA (2006) concorda com a afirmação de Bergamini, mas complementa, afirmando que se consegue facilmente inclinar as pessoas à desmotivação. Chiavenato (1992) destaca que no ambiente de trabalho é evidente a existência de diferentes estilos e hábitos. Há aqueles dedicados, comprometidos; mas há também os não tão comprometidos com a organização. Ainda que o desempenho de cada um esteja relacionado com as aptidões e habilidades, um bom desempenho é muito mais que aptidões e habilidades. Requer motivação para trabalhar. Gardner (1990) afirma que entre outras coisas o líder precisa reconhecer as necessidades dos seguidores ou constituintes, ajudá-los a ver 16 como as necessidades podem ser atendidas e dar-lhes a confiança de que são capazes de conseguir esse resultado através de seus próprios esforços. As empresas buscam profissionais motivados, mas nem sempre criam condições motivacionais suficientes para melhorar a qualidade de vida das pessoas e trazer interesse e satisfação ao trabalho. Ou seja, as empresas querem profissionais motivados, mas não sabe como motivá-los, porque ainda não se sabe exatamente distinguir entre o que é causa e o que é efeito no comportamento motivado (CHIAVENATO, 1992). Este autor destaca também, que ainda não foi comprovado se a motivação é causada por fatores intrínsecos ou extrínsecos ao indivíduo ou grupo, ao mesmo tempo que não se tem parâmetros universais para motivar pessoas em igualdade de condições – o comportamento subjetivo. Já as teorias motivacionais baseadas nas necessidades humanas indicam uma estrutura uniforme e hierárquica de necessidades comuns. Supõem ainda, que há sempre uma maneira melhor para motivar as pessoas e que o líder deve usá-la de maneira padronizada. Chiavenato (1992) complementa defendo que a motivação está dentro das pessoas, mas pode ser influenciada por fontes externas, e que ambas as fontes, não devem ser deixadas ao acaso. Devem ser compreendidas e usadas pelo gerente e utilizadas pelo ponto de apoio para alavancar a satisfação das pessoas. “O gerente deve conhecer o potencial interno de cada pessoa e deve saber como extrair do ambiente de trabalho as condições externas para elevar a satisfação profissional”. (Chiavenato 1992, p. 179). Assim, líderes motivados conseguem, quase sempre, construir uma equipe de funcionários comprometidos e engajados com a organização, buscando ofertar sempre o melhor de si. 17 CAPÍTULO II LIDERANDO A EQUIPE DE TRABALHO Para entender o comportamento das pessoas é preciso entender que elas vivem e se comportam de acordo com um “campo psicológico”, que relaciona suas diversas necessidades e, através do qual procuram reduzir suas dissonâncias em relação ao ambiente. O estudo do comportamento humano deve considerar a complexa natureza do homem e a motivação é um dos fatores que mobilizam o comportamento (CHIAVENATO, 1995). Influenciar o comportamento das pessoas é uma característica comum e natural aos grandes líderes. De certa forma esta influência deve ser sancionada por seus seguidores. A idéia de que seus seguidores entreguem voluntariamente o controle de seu próprio comportamento a outra pessoa é parte integrante de qualquer processo de liderança (WAGNER III e HOLLENBECK, 2003). Os líderes causam impacto na vida das pessoas e das organizações. Razão pela qual há tanto interesse nos estudos e teorias acerca da liderança (CHIAVENATO, 1999). As organizações são constituídas de pessoas que trabalham juntas, atuando em diversas atividades e níveis organizacionais. Algumas pessoas ocupam posições em diversos níveis administrativos – como diretores, gerentes e supervisores – para cuidar das atividades desenvolvidas por outras, tornando-se responsáveis pela atividade conjunta. Entretanto, o lugar na estrutura hierárquica não garante o status de líder. O líder não é obrigatoriamente um dirigente ou gerente. Há líderes em todos os níveis da organização, podendo este atuar em grupos formais e informais. 18 A atuação do líder, assim como a de um gerente, deve guiar-se pelo trabalho em grupo ou equipe. Aliás, é neste meio em que se constitui a figura de liderança, pois todos temos aspirações pessoais, objetivos, preferências e características de personalidade. Ao formarmos uma equipe destacam-se as diferenças individuais. Aí entra a figura do líder. Para ser bem sucedido, o líder deve saber lidar com aspectos relativos a comunicação, relações interpessoais, trabalho em equipe e dinâmica de grupo (CHIAVENATO, 2005). Fleishman, já em 1973, salientava que todas as relações dentro de uma organização envolvem líderes e liderados e afirmava a importância da exatidão e clareza da comunicação para uma boa liderança. A comunicação é vital e imprescindível para a equipe. Aconselha-se reuniões diárias e rápidas, circulares de informações escritas, compartilhamento de idéias e consenso sobre objetivos e metas (CHIAVENAT, 2005). Chiavenato (2005, p.170) destaca que “a comunicação é o mais importante recurso para o trabalho grupal”. 2.1 – Alguns conceitos de liderança Há diversas teorias e definições de liderança, mas todas concordam que liderar é desenvolver a visão do que é realmente possível e ser capaz de influênciar as pessoas em ajudar a desenvolver objetivos, bem como realizar e atingir seus próprios desejos e idéias como líder. Conforme Chiavenato, liderança é um fenômeno tipicamente social que ocorre exclusivamente em grupos sociais, definida como uma influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo de comunicação humana com objetivos específicos.Este mesmo autor afirma que: “podemos definir liderança como uma influência interpessoal exercida nima dada situação e dirigida através do processo de comunicação humana para consecução de um ou mais objetivos específicos. Os elementos que caracterizam a liderança são, portanto, quatro: a 19 influência, a situação, o processo de comunicação e os objetivos a alcançar” (Chiavenato 1999, p. 558). Pra Bowditch (1999), a liderança pode ser considerada como um processo de influência, geralmente de uma pessoa, através do qual um indivíduo ou grupo é orientado para o atendimento das metas estabelecidas pela empresa. Bergamini (1994) aponta dois aspectos comuns às definições de liderança: em primeiro lugar, a liderança está ligada a um fenômeno grupal, isto é, envolvem duas ou mais pessoas e em segundo lugar, fica evidente tratar-se de um processo de influencia exercido de forma intencional por parte dos líderes sobre seus liderados. WAGNER III e HOLLENBECK (2003), no livro Comportamento Organizacional – Criando Vantagem Competitiva, usam a definição de Arthur Jago que define liderança como uso da influência simbólica e não coercitiva para dirigir e coordenar as atividades dos membros de um grupo organizado para realização de objetivos do grupo. Os autores também citam Mintzberg, que defende a liderança unicamente com respeito à motivação e orientação dos funcionários. Chiavenato (2005) complementa esta definição afirmando que ninguém pode ser um líder a menos que consiga que as pessoas façam aquilo que ele pretende que façam, nem será bem sucedido a menos que seus seguidores o percebam como um meio de satisfazer suas próprias aspirações pessoais, ou atingir seus objetivos. O líder deve ser capaz e os seguidores devem ter vontade. Já Bennis e Nannus (1998), ao discorrerem sobre o assunto, propõem que líderes são aqueles que “delegam poder aos empregados, a fim de que eles procurem novas maneiras de atuar”. 20 Na mesma linha, Ramos (1989) apresenta o líder como “um agente capaz de facilitar o desenvolvimento de iniciativas livremente geradas pelos indivíduos, passíveis de se amalgamarem sob a forma de consignações reais”. Em outras palavras, um agente de motivação. Segundo Bergamini (1994) “liderança é um conceito escorregadio e ilusório, que deixa perplexo mesmo os cientistas sociais”. Após vários estudos sobre o tema liderança, chegou-se a conclusão que não se sabe mais do que à 3000 mil anos atrás. Livros como Rei Lear, de Shakespeare (1610), já ofereciam uma boa perspectiva sobre o que é liderança, abordando motivação, sensibilidade, comunicação, inspiração, conceitos que hoje são amplamente difundidos. 2.2 – Estilos de Liderança Conforme Kladis e Freitas (1996), a abordagem utilizada pelo gerente do momento da tomada de decisão é determinada em grande parte pelo gerente como indivíduo e pelo seu estilo gerencial. Kladis e Freitas (1996), citando Blaylock e Kess (1984), salientam que a percepção do tomador de decisão sobre o problema, seus métodos para conseguir as informações necessárias e a avaliação das alternativas, é baseado em quatro fatores: o estilo cognitivo, seu processo cognitivo, seu conhecimento e sua experiência. Os mesmo autores citam Driver ET. AL. (19990) que consideram que o estilo do decisor varia sobre dois aspectos básicos: quanto ao foco e quanto ao uso da informação, conforme demonstra-se no quadro a seguir. Quadro 1. Estilos de decisão (Driver ET. AL., 1990 p.11) 21 Desta forma, os autores propõem algumas categorias de estilo do decisor. O “estilo decisivo” é caracterizado pelo uso de pouca informação na tomada de decisão, pouco planejamento, reuniões curtas, como tomada de decisões a cada reunião. É orientado para os resultados e geralmente está presente em organizações com tarefas bem definidas. O “estilo flexível” é caracterizado por usar poucas informações para tomada de decisões, mas analisa-as sob diferentes aspectos, optando pelas mais apropriadas. É um estilo adaptativo, flexível e criativo, que prefere a intuição, ao planejamento. Este estilo está presente em organizações com poucas estruturas de regras e trabalhos pouco definidos. As decisões, são tomadas baseadas nas discussões do grupo. O “estilo hierárquico” utiliza-se do planejamento a longo prazo, com análises complexas, muitas informações e detalhes. Caracteriza-se por se burocrático e inibidor de criatividade. É controlador, centralizador, e preocupado com os métodos utilizados e resultados esperados. O “estilo integrativo” é caracterizado pelo uso de muitas informações, com grande número de alternativas de interpretações possíveis. Valoriza a exploração e a criatividade, com decisões demoradas e abertas à modificações. Busca a compatibilidade de interesses de pessoas e da organização. Admite feelings, fatos e opiniões como informação. Já o “estilo sistêmico” é o mais complexo. Nele estão contidas qualidades do integrativo e do hierárquico. Planeja no curto prazo, com objetivos concretos e mensuráveis. Valoriza muito a informação, estimulando inclusive as unformais. (DRIVER ET. AL., 1990) p.11) Chiavetnato (1999) cita White e Lippitt, pioneiros no estudo sobre liderança, que destacam os três estilos de liderança mais estudados: a liderança autocrática, a liberal e a democrática. Quando a liderança é 22 autocrática, o líder é quem tomas as decisões e fixa diretrizes, determina a execução de tarefas. Ele é dominador. O líder liberal é aquele que permite total liberdade nas decisões, assumindo pouca participação inclusive na decisão de tarefas, se limitando apenas a fazer comentários sobre as atividades. O estilo de liderança democrático põe ênfase tanto no líder como nos subordinados. As diretrizes são debatidas pelo grupo que sempre é estimulado e assistido pelo líder. O líder é objetivo e procura não se encarregar muito de tarefas, distribuindo-as entre os participantes. Estudos apontam o estilo democrático como sendo o que obtém melhores resultados no que se referem à qualidade no trabalho, clima e comprometimento. A partir do estilo autocrático obtém-se o maior volume de trabalho, porém com maior insatisfação e tensão no ambiente de trabalho. A liderança liberal apresentou pouca produtividade, baixa qualidade e alta desagregação do grupo (CHIAVENATO, 1999). Chiavenato (1999) enfatiza que na prática são utilizados os três estilos de acordo com a situação, com as pessoas e com as tarefas a serem executadas. O estilo do líder irá depender, de igual forma, das características do grupo a ser liderado. Bergamini (1994), na mesma linha, afirma que o líder utiliza três processos de liderança, de acordo com a situação, com a pessoa e com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar uma decisão, com também sugere a algum subordinado a realizar determinadas tarefas. Ele utiliza a liderança autocrática, liberal e democrática, sendo o grande desafio da liderança saber quando aplicar determinado processo, com quem e dentro de que circunstâncias e atividades a serem desenvolvidas. 23 Neste contexto, está inserida a teoria situacional de liderança, que parte do princípio de que não existe um único estilo ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação. Cada tipo de situação requer um tipo de liderança diferente para alcançar a eficácia dos subordinados. A seguir apresenta-se um quadro comparativo com as principais características dos estilos de liderança. Quadro 2: Estilos de liderança. 2.3 – Características e atribuições de um líder Atualmente, não basta que o líder seja eficiente. Ele precisa ser eficaz. A eficácia, neste caso, consiste em escolher pessoas adequadas para a equipe, treiná-las, desenvolvê-las e capacitá-las, através de constante comunicação e informações. Também envolve planejamento do trabalho de acordo com as capacidades e habilidades da equipe, o gerenciamento das 24 mudanças necessárias para a manutenção da sintonia entre indivíduos e grupo. O líder deve traçar e rever constantemente os objetivos; motivar as pessoas e os grupos, a fim de obter o comprometimento sincero das pessoas com relação a objetivos e metas, elevando a auto-estima e o sentimento de realização. O líder deve monitorar o desempenho das pessoas e grupos, com objetivo de verificar o seu progresso assegurando os níveis de desempenho e produtividade e recompensar os esforços da equipe e dos subordinados (Chiavenato, 2005). Cabe ao líder, ainda, a administração dos conflitos no ambiente organizacional. Entender os conflitos, as causas e efeitos são de suma importância nos trabalhos em equipe. “O conflito existe quando duas ou mais respostas ou cursos de ação divergentes para um único evento são considerados” (PICKERING, 2002, p.02). Peter Drucker (2000, p. 117-127), em seu livro “O Líder do Futuro”, apresenta sete lições para guiar o líder para o futuro: - Lição 1: os líderes não esperam, portanto, devem ser pró-ativos. - Lição 2: o caráter tem peso. As qualidades mais apontadas pelos subordinados em líderes são a honestidade, a visão do futuro, a competência e a capacidade de incentivar. - Lição 3: líderes tem a cabeça nas nuvens e os pés no chão, o que mostra que é preciso ter visão futurista, mas sem esquecer as limitações. - Lição 4: valores compartilhados tem importância. Os líderes devem defender valores representativos da vontade coletiva. Precisam saber como obter consenso e um conjunto comum de princípios. - Lição 5: a liderança não é um ato solidário. O líder não pode fazer tudo sozinho. 25 - Lição 6: o legado do líder é a vida que levou. A maneira como é conduzida a própria vida determina se as pessoas vão querer pôr a vida delas em suas mãos; - Lição 7: liderança é interesse de todos. Liderança não é um lugar e sim um processo que envolve habilidades e talentos úteis. 26 CAPÍTULO III LIDERANÇA SITUACIONAL A Teoria Situacional surgiu diante da necessidade de um modelo significativo na área de liderança, onde defini-se a maturidade como a capacidade e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento (HAMEL, Gary. & PRAHALAD, C.K. 1995). Portanto, entende-se como Liderança Situacional o líder que comportase de um determinado modo ao tratar individualmente os membros do seu grupo e de outro quando se dirigirem a este como um todo, dependendo do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar. Segundo HAMEL, Gary. & PRAHALAD, C.K. 1995, p.46, a Liderança Situacional não só sugere o estilo de liderança de alta probabilidade para os vários níveis de maturidade, como indica a probabilidade de sucesso das outras configurações de estilo, se o líder não for capaz de adotar o estilo desejável. Estes conceitos são válidos em qualquer situação em que alguém pretende influenciar o comportamento de outras pessoas. Num contexto geral, ela pode ser aplicada em qualquer tipo organizacional, quer se trate de uma organização empresarial, educacional, governamental ou militar e até mesmo na vida familiar. Na Teoria Situacional existem quatro estilos de liderança: "Determinar", "Persuadir", "Compartilhar" e "Delegar" (HAMEL, Gary. & PRAHALAD, C.K. 1995). Estes estilos resumem uma combinação de comportamento de tarefa e de relacionamento, estabelecendo objetivos e definindo os papéis das pessoas que são dirigidas pelo líder. 27 Observe o quadro a seguir: Para maturidade baixa. Pessoas que não tem nem capacidade nem vontade de assumir a responsabilidade de fazer algo, não são seguras de si. Este estilo caracteriza-se pelo fato de o líder definir as funções e especificar o que Determinar as pessoas devem fazer, como, quando e onde devem executar vá rias tarefas. ESTILO APROPRIADO: Comportamento de tarefa alta e relacionamento baixo. Para maturidade entre baixa e moderada. Pessoas que não tem capacidade e sentem disposição para assumir responsabilidades, mas ainda não Persuadir possuem as habilidades necessárias. A maior parte da direção a ser tomada neste estilo ainda é dada pelo líder. ESTILO APROPRIADO: Comportamento de alta tarefa e alto relacionamento. Para maturidade entre moderada e alta. As pessoas possuem capacidade, mas não estão dispostas a fazer o que o líder quer, por não estarem seguras de si mesmas. O líder e o liderado participam juntos da tomada de decisão, Compartilhar sendo o papel principal do líder facilitar a tarefa e a comunicação. ESTILO APROPRIADO: Comportamento de relacionamento alto e tarefa baixa. Para maturidade alta. As pessoas têm capacidade e disposição para assumir responsabilidades. São psicologicamente maduros, não necessitando de uma Delegar comunicação acima do normal ou de um comportamento de apoio. ESTILO APROPRIADO: Comportamento de relacionamento baixo e tarefa baixa. Fonte: FLEURY, Maria Tereza. & FLEURY, 1995. Levando em consideração que o estilo de liderança a ser adotado por determinado líder depende do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar, devemos então definir o que significa "Maturidade": em 28 termos de capacidade e de disposição, dizemos que o conceito de maturidade divide-se em duas dimensões: maturidade de trabalho (capacidade) e maturidade psicológica (disposição). Segundo HERSEY & BLANCHARD (1986), a maturidade de trabalho está relacionada com a capacidade de fazer alguma coisa, referindo-se ao conhecimento e à capacidade técnica. As pessoas com alta maturidade de trabalho numa determinada área tem o conhecimento, a capacidade e a experiência necessária para executarem certas tarefas sem direção da parte de outros. Ex.: Uma pessoa de alta maturidade de trabalho pode dizer: "Meus conhecimentos permitem que meu trabalho seja realizado por conta própria nessa área, sem muita ajuda do meu chefe." A maturidade psicológica refere-se à disposição ou motivação para fazer alguma coisa. Está ligada à confiança em si mesmo e ao empenho. As pessoas que possuem alta maturidade psicológica julgam que a responsabilidade é importante, tem confiança em si mesmas e sentem-se bem nesse aspecto do seu trabalho. Não precisam de grande encorajamento para cumprir suas tarefas. Ex.: Uma pessoa de alta maturidade psicológica pode dizer: "Meu chefe não precisa ficar em cima de mim ou me incentivando nessa área." Na Liderança Situacional está implícita a idéia de que o líder deve ajudar os liderados a amadurecer até o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a fazê-lo, esse desenvolvimento deve ser realizado ajustando-se o comportamento de liderança (HERSEY & BLANCHARD, 1986). Independente do nível de maturidade do indivíduo ou grupo, podem ocorrer algumas mudanças. Sempre que, por qualquer razão, o desempenho de um liderado começar a regredir e sua capacidade ou motivação diminuir, o líder deverá fazer uma reavaliação do nível de maturidade e dar o apoio sócioemocional e a direção apropriada que o (s) liderado (s) necessitar. 29 3.1 – Variedades de poder individual Poder é a habilidade de influenciar subordinados e colegas por meio do controle dos recursos organizacionais é o que distingue a posição de liderança. Um líder bem sucedido usa o poder de influenciar os outros eficazmente. No entanto, com o poder vem a obrigação de usá-lo de maneira ética para a realização dos objetivos organizacionais (FLEURY, Maria Tereza. & FLEURY, 1995). Os gerentes aceitam responsabilidades e o poder necessários para realizar atividades, e terão a responsabilidade final pela maneira como o poder é usado. Eles adquirem poder dentro das organizações de várias maneiras. Esses poderes podem ser: legítimos, de recompensa, coercitivos, de especialização, de referência, de informação ou ainda uma combinação dessas formas de poder (STARKEY, Ken, 1997). O poder legítimo é o poder inerente à estrutura organizacional em si. Esse poder é atribuído a um indivíduo que ocupa uma posição específica dentro da organização. Caso o indivíduo deixe o cargo, o poder continua a existir na posição e não pode seguir o indivíduo. Esse poder é legítimo na organização, e o indivíduo é investido de poder. A posse do poder está geralmente associada a um título oficial, como gerente, vice-presidente, diretor, supervisor e outros semelhantes. O Poder de Recompensa também é inerente à estrutura organizacional. Pelo fato de os funcionários subordinados desejarem as recompensas, eles são influenciados pela possibilidade de recebê-las como produto de seu desempenho. As recompensas organizacionais podem ser óbvias (promoção, por exemplo) e podem ser sutis (elogio do gerente, status, etc.). 30 Já o Poder Coercitivo está relacionado à habilidade do gerente em punir um funcionário. A punição se manifesta de várias maneiras, indo de uma simples advertência até uma suspensão, ou o desligamento efetivo. O Poder de Especialização deriva dos talentos especiais, do conhecimento, das habilidades e da experiência anterior de um indivíduo. Esses talentos concedem poder ao indivíduo, pois a organização precisa deles e os valoriza. O poder, que deriva de um conhecimento especial ou educação avançada, pode não estar relacionado com a idade ou o tempo de serviço. Essa forma de poder permite que uma pessoa relativamente jovem ou nova na força de trabalho ganhe influência dentro da organização. O Poder de Referência, também chamado de carisma pessoal, é o poder de um indivíduo de influenciar um outro por sua força de caráter. Um gerente pode ser admirado por uma característica individual específica, e essa admiração cria a oportunidade para a influência interpessoal. O poder de Informação deriva da posse de informação importante em um momento crítico quando esta é necessária ao funcionamento da organização. A posse da informação pode não ter relação alguma com a posição organizacional ou poder atribuído a um indivíduo. Alguém que "esteja por dentro" tem poderes reais. O líder é um sujeito que: 1) Faz com que as pessoas sob seu comando gostem de executar o que ele quer. 2) Consegue que subordinados queiram ajudá-lo e se sintam realizados com isso. 31 3) Não tem subordinados. Tem seguidores. Ele não dá ordens, mas todo mundo faz o que ele deseja. 4) Consegue fazer com que as pessoas acreditem que o interesse delas e o dele é o mesmo. 5) Transmite segurança, confiança. Ele inspira lealdade. É confidente, faz com que as pessoas se sintam à vontade para falar a verdade. 6) Transmite senso de justiça. Ele toma decisões justas, não protege um ou outro. Todas as suas decisões e atitudes são transparentes. 7) Dá o exemplo. Se o expediente começa às 8 horas, ele chega às 8 horas. Numa campanha de corte de custos, não promove festas nem troca de carro. 8) Não precisa ser infalível. Mas precisa ter mais acertos do que erros. 9) Faz com que pessoas sigam na direção da companhia. Ele faz com que essa direção seja transparente, justa e clara. 10) Sabe que não consegue fazer tudo sozinho. Mas não comanda pelo medo. As pessoas o seguem porque acreditam na sua visão. Segundo STARKEY, Ken, 1997, p. 28, pensando bem, o líder, tal como descrito acima, é um sujeito que não existe. Pelo menos não com todas essas qualidades juntas na mesma pessoa. Procurando na bibliografia básica sobre líderes e liderança e você encontrará centenas de outras definições para esse cara com poderes quase sobrenaturais. O profissional que reúne todas essas características ou parte delas vale ouro no mercado de trabalho. Ser líder não é só bom para ele. A razão? Ele terá uma equipe que vai suar a camisa por ele e pela empresa. Isto é fabuloso para a empresa. Funcionários motivados são mais criativos, trabalham com mais vontade, dão o sangue pelo chefe e, portanto, pela companhia. Os líderes também são importantes para quem está abaixo 32 dele. Ele vai gerar um ambiente de trabalho fértil para o desenvolvimento pessoal e profissional de todo mundo. Ser líder é ótimo, acima de tudo, para o próprio líder. Ele vale cada vez mais no mercado de trabalho. Os testes de seleção das empresas vêm tentando detectar nos candidatos a emprego as características intangíveis de um líder. Nos escritórios dos recrutadores de executivos, esse pessoal tem sempre as portas abertas. Por que um líder é importante? Acima de tudo porque o funcionário, por mais motivado que esteja, não está ligado à empresa (STARKEY, Ken, 1997). Ele está ligado diretamente às pessoas com quem fala, para quem apresenta suas idéias, de quem ouve uma palavra de apoio ou um resmungo de intolerância. Se acima de um funcionário criativo, competente e motivado estiver um líder, tanto melhor. Mas, se ele não encontrar quem dê valor a suas idéias, vai procurar outras paragens onde se sinta valorizado. Isso é péssimo para a empresa que precisa sobreviver num mercado globalizado, no qual chegar à frente da concorrência pode significar a diferença entre sobreviver ou perecer. É aí que os líderes fazem diferença. Não há uma fórmula mágica ou um cursinho do tipo "vire líder em quatro sessões". "Ser líder requer apenas motivação, habilidades de comunicação e alguns conhecimentos rudimentares sobre liderança", diz Rex Campbell, professor da Universidade do Missouri. Outros estudiosos dizem o mesmo. "Nós discordamos de que liderança seja um traço genético e também que a capacidade de liderar é resultado da personalidade" (Charles Farkas e Suzy Wetlaufer, 1998. P.32), consultores da Bain & Company, num artigo para a Harvard Business Review. Não faz muito tempo, os funcionários eram pagos para obedecer e os chefes para ter as idéias. No mundo globalizado, competitivo, o sistema de trabalho mudou. Hoje as fábricas operam em células, os escritórios estão 33 divididos por processos. Nesse esquema, não cabe mais um chefe. Cada funcionário é dono de seu pedaço e precisa cuidar dele da melhor forma possível. Ao lado deles está o líder, o cara que pode até ganhar mais por causa do cargo, mas que está ali para facilitar a vida de todo mundo. "A empresa não trabalha para o presidente. O presidente está aqui para agregar valor", "O meu papel é olhar o longo prazo." (Cedric Lewis, 2006). Indiano naturalizado dinamarquês, Lewis tornouse presidente da ABB em fevereiro de 1995, depois de comandar uma das fábricas do grupo, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Qual foi a maior realização de Lewis no comando da fábrica, segundo Lewis? Aumento de vendas? Lucro maior? Não. Ele acabou com o cartão de ponto para todos os funcionários. "A empresa precisa demonstrar confiança em seu pessoal. O que importa para a ABB é produzir produtos com qualidade e no tempo certo. A que horas o funcionário vai trabalhar, não interessa," diz Lewis. Quando busca um novo líder para a ABB, Lewis não olha apenas suas qualidades profissionais. Um líder, na opinião de Lewis, precisa conhecer seus limites. Isso significa não destruir a própria vida por causa do trabalho. Na ABB, 10% dos bônus dos executivos só são pagos se eles tiraram férias e fizeram com que toda a equipe tenha tirado férias no ano anterior. "É o tempo família e a empresa não pode roubá-lo da pessoa," ((Cedric Lewis, 2006). O problema é que a maioria das empresas não tem líderes. Elas têm meros chefes, onde a diferença podemos observar na relação abaixo preparada pelo americano Barry Woolf, do American Institute of Management & Development: O chefe conduz as pessoas, o líder aconselha O chefe inspira medo, o líder, entusiasmo O chefe diz "eu", o líder, "nós" 34 O chefe se preocupa com coisas, o líder, com pessoas O chefe colhe os lucros, o líder os distribui O chefe enxerga o hoje, o líder contempla o amanhã "A liderança difere do gerenciamento, sobretudo em listas de afazeres. Liderar é saber como explorar os mananciais da motivação humana - e também conhecer a base do relacionamento com os colegas" Não faz muito tempo, as metáforas sobre liderança baseavam-se na fisiologia, em que o líder era a cabeça e a organização, o corpo. Na organização tradicional tudo é trabalho de alguém. Como tudo o mais, a liderança foi colocada em caixas dentro de cargos agrupados próximos ao topo da pirâmide. Hoje, a liderança está sendo afastada dos cargos. "A tarefa agora é esquecer os cargos e voltar-se para o trabalho que requer realização. Segundo William Bridges, no do livro Um Mundo Sem Empregos 1995. P. 24, “A liderança requer realização". Seja qual for à pesquisa ou o estudioso de liderança, uma conclusão tem sido constante. A maioria das pessoas seguiria um líder que fosse honesto, que se antecipe aos acontecimentos, inspirador e competente. Seria esse poder para atrair seguidores um dom reservado a apenas uns poucos de nós? Os estudiosos do assunto afirmam que esse é o mais pernicioso dos mitos que envolvem o tema. "A liderança com certeza não está gravada em um gene, nem constitui um código secreto que não possa ser compreendido por pessoas com”. (James Kouzes e Barry Posner, 2005). Uma pesquisa empreendida pelos autores mostrou que a liderança é um conjunto de práticas que se pode observar e aprender. 35 3.2 - Como aprender a ser líder? Segundo Warren Bennis (2010), o mais respeitado dos estudiosos de liderança, escreveu um clássico sobre o assunto, Como se Tornar um Líder. os líderes são pessoas com capacidade para se expressar plenamente. "Elas também sabem o que querem, por que querem e como comunicar isso aos demais, a fim de obter a cooperação e o apoio deles", diz Bennis, 2010. P.18. Ou seja, saber se comunicar com seus colegas já é um grande passo para quem aspira à liderança do grupo. Mas isso é só o começo. Prepare-se para trabalhar muito. É impossível ser líder sem saber mais do que todos. O líder precisa ser respeitado profissionalmente. O chefe, desses que estamos acostumados a encontrar em qualquer escritório, também pode ser respeitado por suas capacidades e conhecimentos técnicos. Em geral, os gerentes chegam a gerentes somente por causa disso. Mas os líderes reúnem características comportamentais e psicológicas que os destacam no meio do grupo. (Bennis, 2010. P.35), Partindo das considerações expostas, o administrador não terá porque exigir resultados máximos dos colaboradores, mas sim, satisfatórios. Tomando uma posição contrária ao clássico e ao que valoriza estilos democráticos para obter total desempenho dos colaboradores. O estilo da Teoria Comportamental tem como resultado a relação humana, com a cooperação mútua, entre empregador e empregado, mesmo que os interesses sejam distintos. Desde o Estudo de Hawthorne, Mayo (1927), muitos estudos feitos dentro do Comportamentalismo, serviram para modificar os conceitos dentro das organizações. Entretanto, há necessidade de se desenvolver um corpo de conhecimento para cada tipo de organização. 36 Observa-se através desta análise uma tendência da teoria da administração de tornar a empresa de hoje ainda mais contraditória. Conforme Micklethwait e Wooldridge (1998), a organização busca, ao mesmo tempo, tornar-se mais flexível (demitindo pessoas) e ensinar as virtudes da confiança. Uma outra tendência da administração consiste em rotular e buscar padrões de ações e de atitudes para as organizações. Trata-se de uma forma defensiva de administrar as diferenças individuais (negligência). A diferença deve ser vista como uma forma de alavancar o conhecimento a partir de uma nova realidade (complementaridade). Não se deve buscar moldar as pessoas através de "habilidades padrões em alta". O interessante neste estudo é que apesar da teoria voltada à aprendizagem organizacional criticar modelos e estruturas pré concebidas baseadas na necessidade de se construir soluções a partir da realidade de cada organização, ela acaba rotulando, de alguma forma, as habilidades que as pessoas devem desenvolver, ou como devem agir, como se isso fosse garantir o sucesso (Micklethwait e Wooldridge, 1998). A teoria da administração é repleta de exemplos neste sentido, onde busca-se criar sistemas, teorias, práticas, enfim, padrões que possam garantir um resultado preestabelecido. Apesar de se criticar esta prática, os teóricos da administração não conseguiram ainda romper este paradigma. Trata-se de um modelo mental profundamente arraigado à nossa cultura administrativa. No que se refere aos conceitos e princípios da aprendizagem organizacional, observa-se mais uma vez, o destaque exagerado à figura do gestor (super homem) como o grande responsável pela aprendizagem na organização em comparação aos trabalhadores (sub homens). As organizações devem (re) pensar essa postura paternalista e buscar distribuir as responsabilidades pelo desenvolvimento das pessoas (equilíbrio). 37 Afinal, não existe ninguém mais interessado em garantir o desenvolvimento que a própria pessoa (autodesenvolvimento). Os líderes neste contexto possuem um papel fundamental de incentivar e acompanhar o desenvolvimento das pessoas da organização, seja através de ações condizentes com o seu discurso (dar o exemplo), seja pelo estímulo à troca de opiniões, sobretudo das divergentes. 38 CONCLUSÕES As respostas foram analisadas com base na fundamentação teórica, objetivando ampliar o conhecimento sobre as relações estabelecidas sobre a chefia e seus subordinados, mais especificamente, como os funcionários da Associação percebem sua relação com seu superior imediato. A população estudada foi composta de 47 funcionários, entre os quais 28 eram homens e 19 mulheres. A faixa etária preponderante entre os participantes foi de 25 a 35 anos. O tempo médio de trabalho na Associação deste funcionários era de 5 anos. A primeira questão específica referia-se à percepção dos funcionários sobre seu trabalho. Dos 47 respondentes, 31 respondeu que percebe seu trabalho como sendo algo prazeroso e estressante ao mesmo tempo, 9 classificaram como “necessário” e os 7 restantes, impostaram respostas variadas. Daí pode-se identificar o que Chiavento (1995) nos descreve com relação ao “campo psicológico”, onde os funcionários buscam atende às suas necessidades adaptados ao ambiente, conforme exposto no referencial teórico. Percebe-se também, que esses 31 respondentes, classificaram seus trabalhos como prazeroso e estressante ao mesmo tempo, têm a motivação para o trabalho, pois conforme o exposto por WAGNER III e HOLLENBECK (2003), a satisfação diz respeito ao contentamento com as relações interpessoais no trabalho, com o sistema de remuneração e com a atividade executada. Neste item, referencia-se também o que GRISCI (2005) comenta a cerca da reestruturação produtiva do trabalho, onde a competitividade e flexibilidade necessárias no atual mercado de trabalho, exige um novo tipo de 39 trabalhador para as empresas, acirrando o individualismo social através da concorrência em prol da manutenção do emprego. Complementando o pensamente, a autora diz que “tais influências são estendidas para a vida como um todo (re) configurando os modos de ser e de agir do sujeitos, afetando-os física e psiquicamente”. (GRINSI, 2005, p. 34.). Ao serem questionados com relação à interferência da chefia no seu trabalho, 43 dos respondentes identificou seu superior como alguém democrático, participativo e orientador. Isto pode ser explicado pelo fato da Associação ter oportunizado muitos cursos de capacitação para as chefias novas e antigas, justamente tratando da questão da motivação. Ressalta-se que estas três sedes vem apresentando bons resultados. Estas respotas convergem com os estudos de Chiavenato (1999) que identificou o estilo democrático como sendo o de melhores resultados, aliado a melhor qualidade no trabalho, clima e comportamento. Os estudos de Mayo (1993) já apontavam essa tendência. Foi apontado um estudo a cerca dos efeitos da iluminação sobre o trabalho, onde grupos de empregados eram submetidos a diferentes condições de iluminação e incentivos. Observou-se que, independente das condições a quem eram submetidos os trabalhadores, sua produtividade em grupo aumentava. Chegou-se a conclusão que o aumento da produtividade não era decorrente dos aspectos técnicos do experimento, mas da dimensão social da organização do trabalho. Nestes grupos experimentais, as pessoas se sentiram valorizadas pela empresa. Além disso, como membros participantes de um grupo coeso e afim, começaram a desenvolver sentimentos de envolvimento, participação e realização. 40 Outra questão, objetivou conhecer os fatores considerados de maior importância com relação ao trabalho. Para tanto, listou-se seis fatores: clima e trabalho; reconhecimento; possibilidade de ascensão profissional; relação entre trabalho e as aptidões do trabalhador ; remuneração; comprometimento da equipe. Os participantes deviam numerá-los conforme a prioridade de cada fator. As respostas obtidas foram bem variadas. Assim, dos 47 respondentes, 19 apontaram como fator de maior importância o clima de trabalho; 16 respondentes apontaram o comprometimento e 12 apontaram a remuneração. Se entendermos „fator motivacional‟ como „desempenho‟ as respostas estão em desacordo com Chiavenato (1992), que fala que o desempenho está relacionado à aptidões e habilidades, não se confirma dentre os respondentes deste trabalho. A questão seguinte, no mesmo padrão que a anterior, solicitava que fossem numeradas algumas atitudes da chefia, conforme o grau de motivação que estas mobilizavam. As atitudes listadas foram: postura amigável; postura essencialmente profissional; auxílio no planejamento profissional; abertura para dar e receber feedback; comprometimento e atuação conjunta com a equipe. As atitudes escolhidas pelos funcionários como mais motivadoras foram “postura amigável” com 25 respostas e “comprometimento com a equipe” apontado por 22 respondentes. Este resultado reforça a teoria de Chiavenato (1999), que relaciona melhoria na motivação ao estilo de liderança democrático, que põe ênfase tanto no líder como no subordinado, que como sendo o estilo que obtém melhores resultados no que se refere a qualidade no trabalho, clima e comprometimento. Já Bergamini (1994), afirma que o líder utiliza três processos de liderança, de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa 41 executada; e que o estilo democrático, no qual o líder orienta, conduz o grupo e incentiva a participação democrática das pessoas, permitindo com que os funcionários se sintam mais a vontade para suas entregas. Para analisar a percepção destes funcionários com relação às características mais características: ético, importantes sincero, do rígido, superior, listou-se autoritário, flexível, as seguintes disciplinado, controlador, democrático, competente, com iniciativa, com conhecimento técnico, liberal. As respostas foram: 14 respostas para ética, 12 para sinceridade, 11 para democrático, 8 para competência, e duas respostas variadas, que não interferem na análise. As respostas apresentadas estão de acordo com a proposta de Oliveira (2006) que considera que do líder são cobradas determinadas formas e atitudes para lidar com valores básicos, e os mais importantes são o amor, a integridade e o sentido. Já a ética pode ser interpretada como uma dimensão da liderança que não pode ser manipulada. Ética é uma questão de princípios individuais, utilizadas em prol do grupo ao qual se está ligado, para atendimento de determinados objetivos. Com respeito ao estilo do gerente / superior imediato, as respostas revelam que 39 dos respondentes consideram que o seu superior imediato tem perfil democrático, pois as respostas foram bem divididas entre: motiva, envolve e desenvolve os funcionários, adaptando-os aos cargos que ocupam e preparando-os para novas posições e possui habilidade de exercer influência no grupo, mediante processo de relações interpessoais adequadas para consecução de um ou mais objetivos comum a todos. Isso demonstra que os gerentes tem a preocupação em formar e desenvolver suas equipes, sempre com o objetivo de maior e melhor produtividade e qualidade de vida no trabalho. Contudo, salienta-se que, como a pesquisa foi feita na própria Associação, por colega de trabalho, pode haver 42 uma tendência das pessoas a responderem de forma positiva, tendo em vista que é um assunto delicado. Nas observações do dia-a-dia, verifica-se que o acesso aos cursos de aprimoramento é muito facilitado e estimulado pelos lideres das equipes, permitindo a todos os funcionários a busca de instruções, aprimoramento e condições, para melhor produzirem e buscarem o crescimento profissional. Ao serem solicitados para falar sobre a(s) característica(s) comportamental(Is) que mais define(m) o estilo do superior, 40 dos participantes responderam que “o próprio grupo esboça as providências a serem tomadas com aconselhamento do gerente”, seguindo por 7 respostas em que as diretrizes são debatidas e decididas em grupo. O que novamente vem ao encontro do perfil democrata, que põe ênfase tanto no líder como nos subordinados. Enfatizamos novamente a questão da tendência das pessoas a responderem de forma positiva, tendo em vista que é um assunto delicado. Porém, as observações nos mostram que há realmente dos Diretores da Associação, inclusive como formadores de novos gestores, permitirem que o grupo esboce as providências a serem tomadas. Como podemos identificar, o estilo democrático é amplamente aceito e solicitado pelos funcionários. Em todas as respostas relacionadas ao estilo de liderança, este foi apresentado como sendo uma expectativa que tem sido realizada, pois está presente no estilo dos superiores. Razão pela qual, os gerentes assumem realmente o papel de líderes perante seus subordinados, atuando de maneira a motivá-los. Isso demonstra que o relacionamento entre superiores e subordinados nas sedes analisadas é motivador, tendo em vista que a maior parte dos 43 administradores das sedes pertencem à linha democrática, apontada como „ideal‟ pela literatura. Como melhoria, indicamos que, apesar do bom relacionamento entre os superiores, poderia haver maior comunicação entre eles, principalmente feedbacks mais freqüentes, tanto positivo como negativo, que muitas vezes não acontecem em função da grande carga de trabalho, principal fonte geradora de estresse nas sedes. Fazemos esta recomendação, devido ao fato de que não houve resposta para esse item, constante no questionário. Analisando as respostas quanto aos aspectos situacionais, é fácil percebermos o quanto a Associação dos Servidores do Banco Central, enfatiza a motivação e relações de trabalho entre gerentes e subordinados. Além dos cursos de atualização e auxílios escolaridades concedidos e incentivados pela Diretoria Executiva. Os resultados obtidos indicam um estilo de liderança que aciona a motivação nos funcionários, contudo ressalta-se a limitação dos achados tendo em vista o número de participantes. Cabe sugerir que novos estudos sejam realizados, com maior abrangência ou utilizando-se outras técnicas a fim de seguir buscando consolidar este campo do conhecimento. 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA AMORIM, Tania Nobre Gonçalves, FREITAS, Tiziana Severi. “Terninho e gravata...” Opção ou obrigação para executivas? BENNIS, Warren, NANUS, Burt. Líderes: Estratégias para assumer a verdadeira liderança. São Paulo: Harbra, 1998. BERGAMINI, Cecilia W. Liderança: Administração do Sentido. 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São Paulo: Bookman, 2009. 48 ANEXO 1 QUESTIONÁRIO PERFIS DE LIDERANÇA E SUA EFETIVIDADE NAS ASSOCIAÇÕES Prezado Funcionário, a presente pesquisa é destinada a estudos relacionados às relações entre chefia e subordinados, ligados à questão da motivação. Por favor, responda às questões a seguir, conforme suas percepções. Lembramos que as respostas serão sigilosas, e caso seja de seu interesse, não há a necessidade de identificar-se. A garantia do sigilo das informações prestadas, é nosso compromisso. 1 – Dados do participante: Sexo: ( )Feminino ( ) Masculino Idade: _____ anos Escolaridade: ( )2º Grau ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo Curso:______________ ( ) Pós Graduação:______________ 2- O trabalho na Associação: Anos: _______________ Sede: _______________ Cargos Exercidos: _________________________ Ano: ________ _________________________ Ano: ________ 3- Como você percebe seu trabalho? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _____________________ 4- De que forma sua chefia imediata interfere em seu trabalho? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _____________________ 5- Abaixo serão elencados seis fatores presentes nas relações de trabalho. Enumere-os de 1 a 5 de acordo com sua percepção do quanto eles são importantes para que você se sinta motivado para trabalhar (sendo 1 o que você considera como mais importante e 5 o menos importante). 49 ( ) Comprometimento da equipe ( ) Possibilidade de ascensão profissional ( ) Clima de trabalho ( ) Reconhecimento ( ) Remuneração 6- Abaixo serão elencadas algumas atitudes. Enumere-as de 1 a 5, considerando o quanto essas atitudes da sua chefia, interferem na sua motivação ( sendo 1 a mais motivadora e 5 a que menos interfere na sua motivação). ( ) Postura amigável ( ) Postura essencialmente profissional ( ) Auxilio no planejamento profissional ( ) Estar aberto para dar e receber constantes feed backs ( ) Comprometimento com a equipe ( pegar junto) 7- Aponte 5 características que você considera como a mais importante num superior: ( ) ética ( ) sinceridade ( ) rigidez ( ) autoritarismo ( ) flexibilidade ( ) comunicação ( ) controle ( ) democrático ( ) competência ( ) ter iniciativa ( ) conhecimento ( ) liberal 8- Indique a opção que mais se aproxima do estilo do seu superior. ( ) motiva, envolve e desenvolve os funcionários, adaptando-os aos cargos que ocupam e preparando-os para novas posições. ( ) impõe suas idéias movido pela autoridade do cargo, exercendo papel de mandante e não comandante. ( )possui habilidade de exercer influência no grupo, mediante processo de relações interpessoais adequadas para a consecução de um ou mais objetivos comuns a todos. 9- Quais das seguintes características comportamentais mais definem seu gerente? ( ) Há liberdade completa para decisões grupais ou individuais ( ) O próprio grupo esboça as providências a serem tomadas com aconselhamento do gerente ( ) O gerente determina qual tarefa cada um irá executar ( ) As diretrizes são debatidas e decididas em grupo ( ) O gerente procura ser membro normal da equipe ( ) Apenas o gerente fixa as diretrizes ( ) Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos componentes fica a cargo do grupo ( ) O gerente é dominador e pessoal nos elogios e críticas 50 ANEXO 2 INTERNET Texto 1: A Liderança Segundo Maquiavel – Capítulo 5 17/02/2008 08:35 http://www.prolegis.com.br/revista/index.php?cont=12&id=1454 *Ari Lima Os tipos de equipes de trabalho e os colaboradores mercenários Saber escolher um grupo de colaboradores fiéis, com comportamentos adequados e alinhados com os objetivos maiores da organização é um dos principais desafios do líder. Existem as equipes próprias, as terceirizadas (mercenárias) e as auxiliares (emprestadas de outros setores), além disto, dentro destas equipes existem comportamentos adequados e outros que são prejudiciais à organização. É necessário que o líder saiba construir boas fundações em sua gestão para poder cumprir adequadamente suas metas, por isto, montar uma boa equipe de trabalho passa a ser estratégico para consolidar sua liderança. Em muitas empresas, utiliza-se freqüentemente a contratação de funcionários terceirizados, que poderíamos chamar de mercenários. São profissionais que podem ser úteis em determinados contextos, no entanto, para assuntos essenciais da organização, eles são absolutamente inúteis e perigosos, pois não estão comprometidos com os objetivos maiores da empresa. Nas palavras de Maquiavel, ao falar sobre os exércitos mercenários, ele afirma: “Querem muito ser teus soldados, enquanto tu não estás em guerra, mas, ao chegar à guerra, ou fogem ou se demitem”. Na década de noventa, foi muito utilizada uma forma de reorganização empresarial denominada de “reengenharia”, que tinha como uma de suas principais conseqüências a demissão em massa de funcionários, ou seja, dispensa de “equipes próprias”, e recontratação de parte deste efetivo, na forma de terceirização, “equipes mercenárias”. O resultado, como se sabe, em grande parte dos casos, foi a ocorrência de diversos problemas neste tipo de mudança organizacional. É fácil entendermos por que: as equipes terceirizadas, ou mercenárias, como estamos denominando neste texto, são formadas por profissionais pouco comprometidos com os objetivos da empresa. Não têm compromisso de fidelidade, não são treinadas adequadamente, não “vestem a camisa” da equipe, não têm um sentido de hierarquia e de respeito à autoridade. Quando o líder baseia a busca de resultados em equipes mercenárias, nunca está seguro, porque estas não possuem o mesmo comprometimento que as equipes próprias. Normalmente são desunidas e estão basicamente sendo motivadas pelas vantagens financeiras. Apóiam o líder nos momentos tranqüilos em que não é exigido nenhum sacrifício, mas quando chegam os tempos difíceis não se pode confiar nelas. Segundo Maquiavel, “com as milícias mercenárias, as conquistas são lentas, tardias e frágeis, e as perdas são rápidas e espantosas”. Portanto, um líder sábio sempre foge destas equipes mercenárias e utiliza as suas próprias. Como lembra Maquiavel, este líder “Prefere perder com as suas a vencer com as dos outros, por julgar que não é verdadeira a vitória que se conquista com armas alheias”. 51 No entanto, nas organizações é muito comum a utilização de mão de obra terceirizada, inclusive para assuntos fundamentais. O objetivo passa a ser a redução de custo, mas o resultado é justamente o contrário do esperado. Diminuem-se despesas com a mão de obra, em curto prazo, mas, a médio e longo prazo, ocorre a queda da produtividade e o aumento de despesas em função de outros fatores como baixa qualidade de produtos e de serviços prestados. Neste ponto, entra o segredo do grande líder. Ele precisa ser estimado, e para ser estimado terá de ser senhor absoluto de sua própria equipe. Por isto, deve se apoiar em seu próprio pessoal. Abrindo mão de contar com funcionários terceirizados, baratos, mas pouco produtivos, o líder eficaz prefere ter trabalho para escolher cuidadosamente cada membro de sua equipe, treiná-los adequadamente, e assim conquistar melhor produtividade, lealdade e comprometimento. Nas palavras de Maquiavel, “a pouca prudência leva os homens a provar uma coisa que, por ter sabor bom, não percebem o veneno que há por baixo”. Fazendo uma analogia com o esporte, podemos comparar os soldados mercenários com os jogadores que entram em um time buscando apenas o ganho financeiro e a fama pessoal, sem se envolver com a equipe e com a torcida. Esses jogadores normalmente não estão comprometidos com os objetivos do grupo, mas apenas visam à projeção pessoal e ao ganho financeiro. É o contrário do atleta que trabalha para o grupo, que busca conquistar o campeonato e agradar a torcida. Mesmo em relação às equipes próprias, o líder precisa saber identificar algumas características de seus liderados para evitar que comportamentos inadequados possam prejudicar o clima organizacional. A seguir vamos descrever alguns tipos de características prejudiciais às organizações e sugerir soluções e formas de lidar com elas. Tipo insatisfeito - É um comportamento encontrado em ambos os sexos, sendo mais freqüente nas mulheres. São pessoas que costumam reclamar excessivamente, gostam de apontar falhas nos outros e culpam a todos, chefes e colegas de trabalho, pelas falhas, nunca admitindo seus próprios erros. São pessoas que têm problema para aceitar hierarquia e autoridade, fazendo muitas intrigas. São emocionais, fazem-se de vitimas, são excessivamente críticas e têm dificuldade de relacionamento interpessoal e trabalho em equipe. Tipo controlador – Este comportamento é mais freqüente em homens. São pessoas excessivamente organizadas, presas a detalhes e perfeccionistas. Nas empresas, são profissionais eficientes, porém, não são eficazes, pois gastam esforço e tempo realizando com "perfeição" tarefas que nem precisariam estar sendo realizadas. Têm dificuldade de relacionamento, de liderança e de trabalho em equipe, além de dificuldade para delegar tarefas. Tipo manipulador – Comportamento comum a ambos os sexos, normalmente são pessoas inteligentes, sedutoras e comunicativas. Utilizam estas habilidades para envolver as pessoas e atingir seus objetivos pessoais, valendo qualquer coisa para realizar seus propósitos. Costumam conquistar posição de chefia; são tipos muito perigosos para as organizações em virtude de terem grande poder de persuasão e influência. No entanto, são pessoas egoístas e seus objetivos nem sempre estão de acordo com os da organização, neste caso, não têm o menor constrangimento em prejudicar a empresa e os colegas, se isto servir a seus propósitos. Tipo paranóico - Comportamento comum tanto em homens como em mulheres. São pessoas com manias de perseguição, megalomaníacas e que provocam intrigas e confusão. Têm dificuldades sociais e de relacionamento. Suas histórias normalmente são bem construídas e elaboradas, por isto as pessoas desavisadas acreditam facilmente em suas invenções. Estas pessoas têm grande disposição para gerar conflitos, por isto seu comportamento normalmente cria desunião e desmotivação nos setores em que trabalham. Acreditam de fato que todos os perseguem, conseqüentemente, é praticamente impossível manter a harmonia com elas. 52 Tipo Instável - Tanto homens quanto mulheres são passíveis de apresentar este comportamento. São pessoas que mudam de maneira freqüente e radical seus estados de espíritos. Oscilam entre a euforia e a depressão sem motivo aparente ou relevante. Suas instabilidades geram desconforto para todos que convivem com estes profissionais na organização. Apresentam produtividade variável em função do estado psicológico em que se encontram, inclusive têm relacionamentos bastante instáveis. Tipo excêntrico - Características que incidem tanto em homens quanto nas mulheres. São pessoas com comportamento estranho, anti-social, demonstrando atitudes esquisitas e são introspectivos. Costumam imaginar coisas. Dentro das organizações elas têm dificuldade de socialização e adaptação, e por isto não trabalham bem em equipe, nem têm condições de assumir responsabilidade de chefia. Seu comportamento excêntrico e, às vezes, até bizarro, acaba por torná-las pessoas diferentes, isolando-as dos demais membros da equipe. Para lidar com estes funcionários problemáticos é necessário que o líder compreenda que dificilmente poderá mudar estas pessoas, portanto é necessário identificar estes profissionais problemáticos e fazer uma avaliação do nível de desajuste em seus comportamentos. Deve-se pensar na possibilidade de manter estes profissionais dentro das empresas, apenas se o nível de comprometimento for aceitável, e, mesmo assim, é preciso atenção, acompanhamento e até tratamento se necessário. É preciso ter consciência de que todos estes funcionários são extremamente trabalhosos para as organizações e uma das conseqüências destes comportamentos é a ocorrência constante de conflitos e intrigas. O líder não pode fazer "vista grossa" para esta situação, pelo contrário, deve administrar estes conflitos. Assim, evitará perder produtividade e talentos, porque muitos profissionais competentes não conseguirão conviver com eles e buscarão sair da organização em função dos conflitos e intrigas causados pelos funcionários problemáticos. Portanto, sugerimos que o líder trate a questão dos tipos de equipes de trabalho, bem como dos comportamentos inadequados como um assunto estratégico a ser resolvido. É possível buscar diversos tipos de soluções, seja adequando estas pessoas às funções mais compatíveis com seus comportamentos, seja sugerindo encaminhamento para um possível tratamento, ou desligando estas pessoas da corporação. A única atitude que não é aconselhável é a manutenção destes profissionais dentro das organizações, permitindo que criem conflitos e prejudiquem os objetivos da empresa. Texto 2: LIDERANÇA SITUACIONAL E O MODELO DE HERSEY & BLANCHARD http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/lideranca-situacional-e-o-modelo-de-hersey-blanchard/22938/ O conceito de liderança situacional é bem simples, esse tipo de liderança e voltado para situações diferentes, ou seja, ela se adequa a diferentes tarefas propostas, o estilo tem que e ajustar à situação. O principal problema que essa teoria busca resolver e descobrir qual estilo ajusta – se a qual situação; para isso é preciso resolver como avaliar a situação. Com os anos foram desenvolvidos vários modelos voltados para a liderança situacional: Como o modelo de Tannenbaum & Schimidt, que propõem três critérios para avaliar a situação: a forma como o líder se comporta é influenciada pela sua formação, valoriza a iniciativa e a liberdade, ele prioriza os comportamentos democráticos; as características dos funcionários influência a escolha e a eficácia do estilo de liderança e o clima da organização, se ela por exemplo, tiver uma cultura muito rígida tende - se a fazer com que os gerentes favoreçam os estilos para a tarefa. O modelo de Fiedler, pode avaliar em três termos de características: As relações entre líder e seguidores, se for uma relação positiva a situação é favorável. O grau de estruturação da 53 tarefa, se forem bem definidas com alto grau de organização e certeza, são favoráveis para o líder. O poder da posição, se o líder puder fazer mudança, puder promover ou remover qualquer integrante da sua equipe, significa que seu título tem poder e isso indica autoridade e importância, uma situação favorável. O modelo de Hersey e Blanchard, é sem dúvida um dos mais conhecidos modelos em termos de liderança situacional, é baseado em duas variáveis: o comportamento do líder ( como ele orienta para as tarefas e como é o seu relacionamento com seu seguidores) e a maturidades dos seus subordinados. O conceito – chave desse modelo é o nível de maturidade dos subordinados ( em relação ao desempenho com as tarefas, não em relação a sua personalidade). A maturidade consiste na capacidade de estabelecer objetivos (metas), aceitar as responsabilidades e a aptidão para desempenhar a tarefa solicitada ( esse critério é avaliado pelo líder, se o subordinado tem experiência e formação para desempenhar essa tarefa, logo ele esta apto a mesma). Esta idéia se divide em quatro estilos ou formas de liderança, juntamente com os quatro níveis de maturidade: Comando: adequado a pessoas com baixo nível de maturidade (os subordinados não são aptos e não têm vontade de assumir responsabilidades), um comportamento específico para esse caso é dar ordens e com pouca ênfase no relacionamento; Venda: este estilo compreende alto nível de comportamento orientado para a tarefa e para o relacionamento (os subordinados mostram alguma vontade mas não se sente preparados para assumir responsabilidades); Participação: este estilo orienta – se fortemente para o relacionamento mas com pouca ênfase na tarefa ( os subordinados são capazes , mas não estão dispostos a assumir responsabilidades); Delegação: esse estilo consiste em dar pouca atenção tanto à tarefa quanto ao relacionamento (os subordinados são capazes e querem assumir responsabilidades). Um ponto forte dessa teoria é ao reconhecimento da competência e da motivação como elementos – chave do processo de liderança, mas um problema encontrado nessa teoria é discutido até hoje, a idéia de que as pessoas “imaturas” devem ser tratadas com o “pulso forte”, mas esse tipo de tratamento não as desenvolveriam, fariam com que elas ficasse ainda mais imaturas. 54 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 9 INTRODUÇÃO 10 CAPÍTULO I MOTIVAÇÃO 12 1.1 – Motivando a Equipe 15 CAPÍTULO II LIDERANDO A EQUIPE DE TRABALHO 17 2.1 – Alguns Conceitos de Liderança 18 2.2 – Estilos de Liderança 20 2.3 - Características e Atribuições de um Líder 23 CAPÍTULO III LIDERANÇA SITUACIONAL 26 3.1 – Variedades de Poder Individual 29 3.2 – Como ser um Líder? 35 CONCLUSÕES 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44 ANEXOS 48 ÍNDICE 54