ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A ANÁLISE PERCEPTIVO-AUDITIVA DA VOZ DO PROFESSOR E A SUA AUTOPERCEPÇÃO Autores : Viviane R. Bertolin de Souza Fontanelli; Aparecida Pavanelli Matosinhos; Eliana Midori Hanayama Instituição : CEFAC/Londrina Em um trabalho sobre a ocorrência de sintomas vocais em professores, observouse ser comum o desgaste vocal entre eles e em muitos casos estes sintomas mostraram-se tão sérios que afetavam não só a habilidade de ensinar, como o bem-estar físico e psicológico. A literatura atribui grande parte dos problemas de voz, ao desconhecimento de técnicas e cuidados especiais com a saúde vocal. O objetivo deste trabalho foi pesquisar a percepção da voz por parte do professor com mais de um ano de experiência, relacionando com os achados da análise perceptivo-auditiva, realizada por fonoaudiólogas, bem como a influência que eventuais alterações exercem na qualidade de vida dos mesmos. Foram avaliados 429 professores da rede municipal de ensino de uma cidade do Estado de São Paulo, do sexo feminino na sua grande maioria (95%), com diversidade de faixa etária (22 a 60 anos) e um ano de experiência mínima em sala de aula. Observouse que 57% dos professores não têm noção do esforço vocal; 48% não apresentaram auto-percepção de velocidade de fala; 61% apresentaram percepção de inflexão e 65% tem noção de alteração Vocal. A tensão cervical associada à articulação travada foi observada em 31% dos professores. 62% daqueles que já tinham apresentado algum tipo de alteração vocal, continuam apresentando. Os achados quanto à auto-percepção do professor indicam que estes não têm noção da má utilização da voz, com pouca percepção corporal, sendo o esforço uma constante na vida profissional. O conflito psicológico pode ser um fator adicional ao abuso e mau uso vocal, desencadeando e perpetuando uma disfonia.