Análise epidemiológica das mulheres grávidas atendidas no ambulatório de Medicina Fetal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná Aluna voluntária: Harielle Cristina Ladeia Asega Orientador/Colaboradores:Marcelo M. Stegani/Charles A. G. Pedrozo; Vítor Vieira Introdução/objetivos: As malformações congênitas ocupam posição especial dentre as causas de óbitos em menores de 1 ano. O objetivo do presente estudo é traçar o perfil epidemiológico das gestantes com esse diagnóstico atendidas no ambulatório de Medicina Fetal do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o que permitirá um melhor conhecimento da população, melhorias nas políticas de encaminhamento e acolhida das famílias, possibilitando, por fim, melhorias no atendimento a essas famílias já fragilizadas. Metodologia: Análise retrospectiva de prontuários de gestantes com conceptos com diagnóstico de malformação fetal atendidas de forma multidisciplinar no ambulatório de Medicina Fetal do HC da UFPR entre fevereiro de 2007 e maio de 2012. Foram analisados dados referentes à mãe como: procedência, idade, paridade e sorologias e comorbidades durante a gestação, comparando-os com os dados fornecidos pelo DATASUS (banco nacional do Ministério da Saúde). Referência: Banco de dados DATASUS. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/ cnv/nvuf.def.> Acesso em 13/06/2013 às 23h e 12m. Resultados/Discussão: Foram analisados 367 prontuários de gestantes, sendo que a maioria delas (49,86%) eram procedentes de Curitiba, em sua maioria encaminhadas por malformações complexas, diferentemente daquelas de outras cidades que apresentaram maior heterogeneidade no motivo de encaminhamento, possivelmente devido à alta complexidade do serviço. Assim como na literatura, um dos principais fatores de risco para malformações de parede abdominal na amostra foi a baixa idade materna, grupo em que 44.44% das mães tinham 20 anos ou menos, diferente do restante da amostra cuja faixa etária mais comum compreendia dos 21 aos 25 anos. A queda gradativa nas prevalências de paridades maiores na amostra (39,51% de primigestas e 16,9% de multigestas com 4 ou mais gestações) é compatível com a tendência nacional à diminuição da fecundidade. Cinquenta e duas gestantes apresentaram positividade para uma ou mais das sorologias pesquisadas (HIV, Hepatite B e toxoplamose) sendo a maioria (37 pacientes) para toxoplasmose e apenas 1 para HIV. Dentre as comorbidades maternas a mais frequente foi a infecção urinária, que acometeu 33,82% das gestantes, fato já esperado devido às modificações fisiológicas do organismo materno, que aumentam a susceptibilidade a esse tipo de infecção. Conclusão: A idade média das gestantes foi de 25,98 anos, a maioria foi procedente de Curitiba, era primigesta e a sorologia positiva mais frequente no pré-natal foi toxoplasmose. Infecção urinária foi a intercorrência mais frequente durante a gestação.