Trabalho Submetido para Avaliação - 17/09/2012 21:15:22
A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS DE GESTANTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
GIANA SOARES BOEIRA ([email protected]) / NUTRIÇÃO/UNIFRA, SANTA MARIA- RIO GRANDE
SO SUL
FRANCIELE MANFIO ([email protected]) / NUTRIÇÃO/UNIFRA, SANTA MARIA- RIO GRANDE SO
SUL
LETICIA FERNANDEZ FRIGO ([email protected]) / FISIOTERAPIA/UNIFRA, SANTA MARIA- RIO
GRANDE SO SUL
THIAGO DURAND MUSSOI ([email protected]) / NUTRIÇÃO/UNIFRA, SANTA MARIA- RIO GRANDE
SO SUL
ORIENTADOR: RUTH MAURER DA SILVA ([email protected]) / NUTRIÇÃO/UNIFRA, SANTA MARIARIO GRANDE SO SUL
Palavras-Chave:
GESTAÇÃO, GESTANTES, EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
As atividades de educação em saúde, conforme as politicas nacionais de Humanização do Ministério de
Saúde são recursos que permitem a aproximação entre profissionais e receptores do cuidado, além de
contribuírem para assistência humanizada. O desenvolvimento de ações educativas com gestantes, seus
familiares junto à comunidade visa à promoção, manutenção e recuperação da saúde (BRASIL, 2004). A
gravidez é um período de transição determinado biologicamente, mas que também acarreta mudanças
metabólicas, psicossociais, requerendo adaptações interpessoais. As manifestações emocionais podem
refletir organicamente, na forma de náuseas, vômitos, excesso de apetite, ganho de peso, entre outras,
podendo ser percebidas durante o período gestacional (MONTRONE; ROSE, 1996). Diante disso visualizase a constante necessidade de ações de saúde desenvolvidas por uma rede regionalizada e hierarquizada
de atenção à saúde, com tecnologias adequadas a cada nível de atenção, visando ao atendimento integral
da população (REBERTE; HOGA, 2005). O trabalho grupal deve ser utilizado como estratégia do processo
educativo, pois a construção deste acontece a partir das interações entre seres humanos de forma dinâmica
e reflexiva. A técnica de trabalho com grupos promove o fortalecimento das potencialidades individuais e
grupais, a valorização da saúde, a utilização dos recursos disponíveis e o exercício da cidadania (HOGA;
REBERTE, 2007). Este trabalho teve como objetivo verificar a importância de espaços para grupos de
gestantes atendidas na atenção primária. Para atender ao objetivo proposto, foi desenvolvida uma revisão
bibliográfica, mediante levantamento de artigos nacionais disponíveis nos bancos de dados LILACS e
SCIELO. Foram utilizados como descritores os termos gestação, gestantes e educação em saúde, sendo
selecionados os artigos originais, que estavam disponíveis na íntegra. A coleta de dados ocorreu em
maio/2012, quando foram obtidos dez artigos, os quais foram lidos e criticamente analisados. Em seguida,
selecionaram-se quatro estudos que implementaram e avaliaram estratégia de grupos de gestantes, sendo
ainda consultado a Política Nacional de Humanização. Segundo Moura et al (2001) abrir um espaço de
discussão e de expressão das vivências relativas à gravidez, auxiliar na elaboração desta situação de vida
que podem se problematizar pelas intercorrências orgânicas ou subjetivas, bem como, discutir com os
participantes do grupo os diferentes aspectos que envolvem a gravidez, o parto, o puerpério e os cuidados
com o filho recém-nascido, podem ser caracterizado como um grupo cooperativo de suporte, devido o
período gestacional exigir respostas adaptativas, seja orgânicas ou psicológicas por parte das mulheres que
vivenciam, bem como seu grupo familiar. O incentivo à participação ativa das gestantes para promover um
espaço onde é realizada uma troca de experiências sendo este um fator relevante na coordenação de grupos
de gestantes, cria uma atmosfera de coesão e compreensão mútua dos membros do grupo e isto favorece a
sua continuidade, de forma harmônica e construtiva. Neste clima, seus integrantes se sentem incentivados a
participar e expressar suas idéias, promovendo o compartilhamento de vivências, expectativas, temores e
dúvidas que são inerentes ao processo (HOGA; REBERTE, 2007). De maneira geral, os grupos de gestantes
tem como finalidade complementar o atendimento realizado nas consultas, melhorar a aderência das
mulheres aos hábitos considerados mais adequados, diminuir ansiedades e medos relativos ao período
grávido e puerperal. Os conteúdos abordados nestes grupos incluem as vivências e necessidades da
gestante e de seu parceiro relativas ao aleitamento materno e às práticas de contracepção (REBERTE;
HOGA, 2005). A convivência grupal possibilita a troca de conhecimentos, uma vez que nela são expressos
saberes de cada um, e a mobilização destas informações permite um melhor entendimento do momento
vivido pelo grupo facilitando a adesão da estratégia grupal. Considerando os benefícios, avalia-se que a
estratégia do desenvolvimento de grupo de gestantes é uma atividade relevante, constituindo um recurso
importante na promoção da qualidade da assistência à gestante e sua família. Trilhar caminhos inovadores
na assistência à saúde é considerado um desafio que merece ser alcançado, mesmo que isso possa exigir a
superação de modelos hegemônicos na atenção à saúde, realizando uma autocrítica da própria prática
cotidiana, competência e envolvimento com o trabalho.
REFERÊNCIAS:
BRASIL, Ministério da Saúde.; Humaniza SUS- Política Nacional de Humanização: A humanização como
eixo norteador das práticas de atenção e gestão em toas as instâncias do SUS.;
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf; agosto-2012..
HOGA, Luisa Akiko Komura; REBERTE, Luciana Magnoni.; Pesquisa-ação como estratégia para desenvolver
grupo de gestantes: a percepção dos participantes.; Rev Esc da Enferm.; 41; 559-566; 2007.
MONTRONE, Victoria Garcia; ROSE, Júlio.; Uma experiência educacional de incentivo ao aleitamento
materno e estimulação do bebê, para mães de nível socioeconômico baixo: estudo preliminar; Cad. Saúde
Públ.; 12; 61-68; 1996.
MOURA, Lúcia de Fátima Almeida de Deus; LIRA, Divina Maria Martins; MOURA, Marcoeli Silva et al.;
Apresentação de um programa preventivo para gestantes e bebês; Jornal Brasileiro de Odontopediatria e
Odontol. do bebê; 4; 10-14; 2001.
REBERTE, Luciana Magnoni; HOGA, Luisa Akiko Komura; O desenvolvimento de um grupo de gestantes
com a utilização da abordagem corporal; Rev Contexto Enferm.; 14; 186-192; 2005.
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