ESTRUTURAS DE MERCADO • Concorrência perfeita: Livre concorrência – Deseconomias de escala após certo nivel de producao – Grande número de empresas pequenas no mercado: empresas não conseguem afetar preço de mercado • Monopólio: Regulação. – Monopólio institucional: Licenças, patentes. – Natural: economias de escala em todos os níveis de produção – Empresa podem afetar preço de mercado. • Oligopólio: Defesa da Concorrência – Poucas firmas no mercado. DEFESA DA CONCORRÊNCIA: CONCEITOS • Mercado relevante: – substitubilidade dos produtos – abrangência geográfica. • Concentração aumenta a possibilidade de conluio – Market-Share: quanto menor o numero de concorrentes, maior a possibilidade de conluio entre as empresas. • Indices CR4 e HH – Barreiras à entrada: Vantagens absolutas de custo, economias de escala, diferenciação de produtos, escala elevada • Concentração pode aumentar a eficiência. DEFESA DA CONCORRÊNCIA: PADRÕES DE AÇÃO ANTITRUSTE • Regras relativas à conduta: punição de práticas anticompetitivas decorrentes do abuso do poder de mercado. – Práticas anti-competitivas horizontais: acordo entre empresas de um mesmo mercado • cartéis, Associações Profissionais. – Práticas anticompetitivas verticais: acordo entre empresas compradoras/vendedoras • Fixação dos preços de revenda, restrições territoriais aos revendedores/distribuidores, acordos de exclusividade, venda casada, discriminação de preços. DEFESA DA CONCORRÊNCIA: PADRÕES DE AÇÃO ANTITRUSTE • Ações de caráter estrutural: evitam a concentração do mercado, prevenindo atos de concentração – Integração horizontal ou vertical – Buscam avaliar efeito liquido da concentração: • Ganhos de eficiência: economias de escala e escopo, racionalização e especialização, sinergias, economias em P&D... • Atos de concentração com potencial anticompetitivo: – Fusões e aquisições: limita concorrência em preços – Joint Ventures para desenvolvimento de um novo produto: reduz concorrência via inovação. DEFESA DA CONCORRÊNCIA NO BRASIL • Legislação: – Constituição: artigo 173 (repressao ao abuso de poder economico) e 170 (livre concorrencia como principio constitucional) – lei 8884/94 (lei antitruste) • Instituições: – CADE (autarquia): julga casos – SDE (ministério da justiça): investiga e instruI processos – SEAE (ministério da fazenda): emite pareceres FORMAS DE REGULAÇÃO DOS PREÇOS (i) Regulação por taxa de desconto: – tarifa suficiente para que a receita cubra: custo operacional + depreciação + taxa de lucro. – Não estimula a inovação visando redução de custos. (ii) Preço-teto (IPC-X) – Variação da tarifa = inflação - produtividade (índice X) – Estimula produtividade (redução dos custos) (iii) Tarifa em duas partes: Componente fixo + preço por unidade consumida. REGULAÇÃO NOS PAISES DESENVOLVIDOS • Industrias de Rede: Antes de 1980: • • • • Caracterizadas como monopólios naturais Regulação por taxa de retorno EUA: empresas privadas Europa: empresas estatais • Reformas neoliberais das décadas de 1980 e 1990 – Desverticalização das redes • Segmentos onde há rede (monopólio natural): regulação por preço teto e abertura do acesso às redes. • Introdução da concorrência nos demais segmentos – Privatização das empresas estatais e criação das agências reguladoras. REGULAÇÃO NO BRASIL • Telecomunicações – Desmembramento e Privatização da Embratel. – Lei 9472/97: cria a Anatel – Regulação por preço-teto. • Petróleo e Gás – Reforma Constitucional de 1995 retira monopólio da Petrobrás – ANP: responsável por: licitação de blocos petrolíferos, Regular acesso aos dutos – Agencias reguladoras estaduais: regulam distribuição de gás. Experiência Internacional • Setor Elétrico: gera externalidades sociais controle estado durante século XX na Europa e América Latina. • Crise do Petróleo, progresso técnico na geração, falhas regulação por custo serviço aumento do preço da energia após 1970. programas de reestruturação do setor elétrico • Reforma Neoliberal: concorrência e liberalização mercado • Países desenvolvidos: objetivo: concorrência diminuição preço. – Inglaterra: desverticalização e privatização, criação mercado livre para grandes e pequenos consumidores. – California: desvertizalização, liberalização mercado. – Noruega: desverticalização sem privatização. – Problemas: diminuição preços para grandes consumidores mas não para pequenos consumidores, poder mercado dos geradores, volatilidade mercados. • Países em Desenvolvimento: – América Latina: falência do estado durante crise anos 80. • objetivo: investimento privado, receitas com privatização para pagar divida governo • Resultado: problemas sociais, crises abastecimento (Chile, Brasil, Argentina...) – Índia e China: incentivos fiscais para parcerias entre setor privado e governo Reforma do Setor Elétrico Brasileiro • Até década 1970: regulação por custo-operacional e investimento público permitiram a expansão setor elétrico • Década 1980: Falência Estado, contenção tarifas para controlar inflação – Empresas estaduais de distribuição, geradoras federais. – Empresas federais: Responsáveis por coordenação do sistema e planejamento da expansão. • Década de 1990: Liberalização – – – – – 1993 (lei 8631): Recuperação tarifas para atrair capital privado 1995 (lei 8987): regula concessões e privatização. 1997: criação do marco regulatório. 1998: criação do ONS Distribuição: Privatização empresas estaduais e federais (reguladas por preçoteto) – Geração: Paralisação dos investimentos apagão de 2001. • Adiamento da Privatização da geradoras federais: falta interesse investidores. • Paralisação dos investimentos públicos em geração: Processo de privatização, Prioridade uso energia termoelétrica (gás Bolívia) • Setor privado não investiu em geração A Crise do Setor Elétrico Brasileiro • Escassez criação Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – Racionamento (20-25% diminuição consumo) – Mercado para empresas negociarem excedentes de consumo – Construção de usinas termoelétricas com alto custo financiado com aumento tarifas • Após fim crise energética: Mudança hábitos consumo – – – – Diminuição receita das empresas prejuízo distribuidoras. Excesso de oferta de energia elétrica queda preço prejuízo geradoras. Falência Enron: investidores fogem do setor elétrico Empresas com dívidas em dólar atingidas por desvalorizações de 1999 e 2002: prejuízos financeiros empresas. Aumento tarifas (2002) para “salvar” as empresas do setor, financiamento BNDES para melhorar o perfil dividas das empresas • Modelo neoliberal em sistema elétrico base hidráulica: – Concorrência não suficiente para estimular investimentos. – Regime hidráulico sujeito a escassez: situação normal gera volume de investimento insuficiente para momentos de escassez de chuvas. Contra-Reforma Brasileira • Reforma Neoliberal (1995-2001): (i) Aumento tarifas 106% ante inflação de 46%, (i) aumento tarifa residencial maior que aumento da tarifa industrial, (iii) Escassez de energia por falta de investimento. Novo modelo setor elétrico (2003/2004) • Objetivos: Segurança no fornecimento, modicidade tarifária, Regras Estáveis • 2 ambientes de comercialização (i) ACR - Ambiente de contratação regulada (consumidores cativos) – Contratos de Longo Prazo (ii) ACL - Ambiente de Contratação Livre (grandes consumidores) – Preço e quantidade da energia contratada livremente entre geradoras e grandes consumidores. • Abandono do programa de privatização Parcerias Público-Privadas. O Ambiente de Contratação Regulada • Distribuidoras devem cobrir 100% da demanda de energia prevista nos mercados cativos por contratos de longo prazo com as geradoras. • Leilões de Energia nova: construção de novas unidades geradoras – Distribuidoras: devem indicar toda necessidade de energia nos próximos 20 anos necessidade de todas empresas somada para calcular a necessidade total do sistema (distribuidoras formam Pool) – Geradores em potencial: indicam a tarifa que aceitam receber para construir cada usina – Vence o leilão para construir cada usina a empresa que oferece a menor tarifa para a usina. – Contratadas novas usinas até atingir necessidade total sistema. Custos diferentes das usinas rateados. – Novas usinas : garantia de venda de energia por 15-35 anos com tarifa contratada (reajustada por inflação) – Exigência de Licença ambiental antes da licitação de novos empreendimentos para evitar atraso nas obras. • Leiloes energia velha: geradoras existentes. Prazo 3-15 anos – Contratos de Longo Prazo para geradores Perspectivas do Mercado de Energia Elétrica • Crescimento Econômico após 2002 aumento consumo de Energia Elétrica – Uso excesso oferta energia após apagão – Necessidade de novos investimentos • Transmissão: otimizar potencial energético • Termica e Renováveis: menos intensivas em capital podem ser usadas para aumentar segurança. • Novas Usinas Hidroelétricas: problemas ambientais usinas com pequenos reservatórios (fio de água) para aproveitar diferença regimes hidrológicos. • Novos instrumentos financiamento: FDICS (securitização de recebíveis), Project Finance (BNDES).