Parte II Focalizando a história recente: Panoramas e desafios Questionamento sobre as práticas de internação de crianças nos anos 1980 (redemocratização) • • • • • • • Busca de alternativas à Internação; Movimentos sociais organizados; Estudos; Interesse dos profissionais; Protesto de internados; Art.227 da CF (Direitos da Criança); Amplo processo de discussão que culmina com o ECA. • Foco nas causas; • Movimento internacional de revisão das políticas de atendimento; • Reações de dentro dos internatos, da sociedade civil e da esfera governamental; • 1987: Projeto Diagnóstico Integrado para uma nova política do bem-estar do menor; • Centralização política/descentralização da execução; • FUNABEM – CBIA; • ONGs Os anos 1990: o abrigamento e a internação frente ao ECA • • • • Abrigamento Excepcional e temporário; Proteção; Nomenclaturas; Convivência familiar e comunitária. Internação • Brevidade e excepcionalidade; • Flagrante delito; • Atendimento inadequado; Momento de transição • Resistência na passagem das idéias às práticas; • Esforços contrários: garantia de direitos/atendimento inadequado/redução da idade penal; Instituições de abrigamento após o ECA • Crianças e adolescentes órfãos ou em situação de abandono; • Em situação de risco; • Em situação de pobreza; • Descontinuidade e rompimento de vínculos • • • • • • • • Famílias JIJ Eles mesmos Outros agentes DPCA DECA Conselho Tutelar Forma não articulada de ação: repetição quanto ao rompimento de vínculos Tipos de instituições que abrigam crianças e adolescentes Não há um sistema nacional integrado (apesar de metade da população ter menos de 20 anos) • 1. Curto prazo: caráter provisório (máximo de 3 meses), situações de risco; • 2. Longo prazo: perspectiva de continuidade (casas de acolhida) As intervenções que mais beneficiam são as que cortam o processo de instabilidade e insegurança. Preferência à casa da família de origem ou futura. Instituições de abrigamento do passado e do presente • Casos complexos e problemas das entidades; • Confusão com o internato; • Necessidade de rompimento com traços assistencialistas e autoritários; • Política deve ser entendida como um empreendimento essencial para o desenvolvimento humano, social e econômico do país. Marcos referentes à prática de institucionalização de crianças e adolescentes ao longo da história: permanências e mudanças • • • • • • • • • • Sistemas centralizados/regimes autoritários; Ideologias justificadoras da internação; Construção social da categoria de menor; Poder tutelar do Estado sobre os filhos dos pobres; Culpabilização da família e desautorização do papel parental; Relações clientelistas; Circulação dos menores (causas e formas de atendimento); Tensão entre educação e repressão; Indefinição do período de internação; Política de assistência em detrimento de políticas públicas integradas; “Sem os direitos garantidos, como cobrar o cumprimento de deveres?” Principais atores envolvidos – comunidades, famílias e filhos – passam a ser vistos como importantes na busca de alternativas aos problemas identificados como prioritários Apontando caminhos • Colocar a institucionalização em seu devido lugar; • Sistemas alternativos; • Privilegiar a convivência familiar e comunitária; • Regularizar e supervisionar instituições. Enfrentando o problema • Pauta de prioridades da agenda política nacional; • Pesquisa e experiência acumulada; • Participação na busca de soluções; • Políticas e práticas;