IST IP sobre ATM Augusto Casaca IST/INESC ([email protected]) INESC IST INESC INDICE 1. IP e ATM: cooperantes ou competidores? 2. IP sobre ATM: modelo clássico 3. Multiprotocolo sobre ATM (MPOA) 4. Integração IP-ATM por comutação de etiquetas 5. Qualidade de Serviço em IP 6. Conclusões 2 IST INESC Everything over IP and IP over everything 3 IST INESC 1. IP e ATM: COOPERANTES OU COMPETIDORES? IP (Internet Protocol) • Protocolo para interligação de redes. • Pacotes de comprimento variável. • Fornece um serviço sem conexão. • Endereçamento próprio. • Mecanismos de encaminhamento próprios (e.g. OSPF) • Existência de Multicasting. • Maioria das aplicações corre sobre IP. • Reserva de recursos na rede e falta de garantias para a Qualidade de Serviço são um problema. 4 IST INESC ATM (Asynchronous Transfer Mode) • Modo de transferência de informação baseado na comutação de pacotes de comprimento fixo (53 octetos). • Possibilidade de suportar IP ou outros protocolos da camada de rede. • Fornece um serviço orientado à conexão. • Endereçamento próprio. • Mecanismos de encaminhamento próprios (e.g. PNNI). • Vários tipos de serviço ATM (DBR, SBR, ABR,…). • Várias classes de Qualidade de Serviço. • Capacidade de suportar aplicações directamente. 5 IST INESC • Potencialmente ATM e IP podem competir entre si. Rede Universal baseada em ATM Rede Universal baseada em IP • Co-existência de IP e ATM vai ser uma realidade. • IP sobre ATM para as aplicações que correm sobre IP. • Aplicações específicas requerendo garantias de Qualidade de Serviço podem: - correr directamente em ATM - utilizar novas funcionalidades de IP em definição 6 IST INESC 2. IP sobre ATM: MODELO CLÁSSICO • Este modelo foi criado no IETF. • Adoptou-se um modelo overlay: • ATM é considerado como um protocolo da camada 2. • IP corre sobre a infraestrutura ATM sem modificações nos routers e nos sistemas terminais. • Encaminhamento/Endereçamento IP e ATM são independentes. • IP permite a conectividade entre redes com diferentes protocolos na camada 2. 7 IST INESC • A estrutura clássica das redes IP é preservada. • Numa LIS (Logical IP Subnet) todos os membros têm o mesmo netid. • Qualquer pacote IP destinado para fora da sub-rede original, passa por um router. LIS A C LIS B LIS C C C C R C R C C C Computador R Router 8 IST INESC Resolução de Endereços (RFC 1577) • É preciso um mecanismo para converter endereços IP em endereços ATM. • Cada LIS contém um único Servidor ATM ARP (Address Resolution Protocol). Cliente B Rede ATM 4 5 2 3 1 Cliente A Servidor ATM ARP 9 IST INESC Encapsulamento dos pacotes IP (RFC 1483) • Os pacotes IP são encapsulados numa PDU AAL5. Pacote IP 0xAA-AA-03 0x00-00-00 (LLC) (OUI) 0x08-00 Pacote Encapsulado (PID) AAL5 SDU 10 IST INESC Multicasting • Multicasting não ocorre naturalmente numa rede ATM. • É necessário ter um Servidor de Resolução de Endereços Multicast (MARS). Subrede IP MARS2 MARS1 Rede ATM Cluster 1 Router IPmc H1 H2 Router IPmc Cluster 2 H3 H4 11 IST INESC Optimização do Encaminhamento • Problema no modelo clássico: qualquer pacote encaminhado entre sistemas que pertençam a LIS distintas tem de passar por um router. • A solução é o NHRP (Next Hop Resolution Protocol). NHS1 Pedi d Resp o osta NHS2 NHS3 NHS4 Rede NBMA LIS1 LIS2 LIS3 LIS4 Conexão directa Sistema Origem Sistema Destino 12 IST INESC 3. MULTIPROTOCOLO SOBRE ATM (MPOA) • Modelo desenvolvido no ATM Forum. • Pretende-se obter conectividade completa ao nível da camada 3 em redes ATM • É uma evolução da Emulação de LANs (LANE) e do modelo clássico IP sobre ATM. • MPOA integra LANE para comunicação interna à LIS e NHRP para resolução de endereços. • Baseia-se no modelo overlay • MPOA utiliza os protocolos de sinalização e de roteamento ATM. 13 IST INESC • Elementos básicos de MPOA são: Edge Device - suporta interfaces LAN para clientes de LANE MPOA Host - sistema ATM que suporta MPOA MPOA Router - router convencional que suporta MPOA. • É utilizada uma arquitectura cliente-servidor • Funções principais: configuração, registo e descoberta, resolução de endereços destino, gestão das conexões e transferência de dados. 14 IST INESC Comunicação entre elementos MPOA Edge Device ou MPOA Host MPOA Router Servidor(es) MPOA Cliente(s) MPOA NHS LAN Emulada Cliente(s) LANE Cliente(s) LANE 15 IST INESC 4. INTEGRAÇÃO IP-ATM POR COMUTAÇÃO DE ETIQUETAS • Objectivo: evitar a complexidade inerente ao modelo clássico IP sobre ATM. • O modelo overlay não é utilizado. • São usados endereços e protocolos de roteamento IP juntamente com comutação de etiquetas (tipo ATM) • Etiqueta: pequeno conjunto de bits, de comprimento fixo e não estruturado. Transportada no cabeçalho de uma trama (nível 2) ou num campo suplementar entre os cabeçalhos de níveis 2 e 3 de um pacote. • Em ATM a etiqueta pode ser transportada no campo VPI/VCI. 16 IST INESC • Comutadores ATM enviam pacotes para a rede utilizando “substituição de etiquetas” (label swapping), mas o mecanismo para construir as tabelas de encaminhamento é controlado pelo protocolo IP. • Sob o ponto de vista de controlo de comutador, os comutadores ATM comportam-se como routers IP. • Eliminou-se a necessidade de mapeamento entre IP e ATM ao nível do controlo, não se usando a sinalização ATM. 17 IST INESC COMUTAÇÃO IP (IP Switching) • Desenvolvido pela Ipsilon. • Distinto do Modelo Clássico e de MPOA. • Admite que IP é o único protocolo a considerar na camada rede. • A actual tecnologia dos routers apresenta limitações de velocidade. • Objectivo: realizar encaminhamento IP com a velocidade de comutação ATM. 18 IST INESC Comutador IP Software IP Controlador do Comutador IP Software de gestão do Comutador ATM Hardware ATM Comutador ATM Conceito Realização • O software de um router IP é integrado no hardware de um comutador ATM. 19 IST INESC Operação do Comutador IP Cont rolador do Comut ador IP Nó a mont ant e Comutador AT M Controlador do COmutador IP Nó a jusant e Nó a montante Comut ador IP Redirecciona Comutador AT M Nó a jusante Comutador IP a) Modo Store and forward c) Redireccionamento para jusante Controlador do Comutador IP Cont rolador do Comut ador IP Redirecciona Nó a mont ant e Comutador AT M Nó a jusant e Comut ador IP b) Redireccionament o para mont ant e Nó a montante Comutador AT M Nó a jusante Comutador IP d) Modo Cut-through 20 IST INESC COMUTAÇÃO DE MARCAS (Tag Switching) • É uma proposta da CISCO. • Tag Switching não está restringido a utilizar só tecnologia ATM. • Uma marca (conjunto de bits) é associada com o endereço destino. É o equivalente a uma etiqueta. • Os pacotes que vão para um certo destino têm um prefixo constituído por uma marca à medida que são comutados na rede. • Os comutadores de marcas tomam decisões rápidas para o envio de pacotes através do mecanismo de substituição de etiquetas. 21 IST INESC • Componentes do Comutador de marcas • Envio de pacotes • A marca é utilizada como um apontador para a TIB (Tag Information Base). • Cada entrada na TIB consiste de : marca de entrada: marca de saída, interface de saída, info sobre ligação de saída. • Para cada igualdade: a marca do pacote é substituída pela marca de saída e a informação da ligação de saída substitui a existente no pacote. • O pacote é enviado para a interface de saída. • Controlo • Gera ligações de marcas a caminhos na rede. • Distribui informação sobre as ligações pelos comutadores de marcas. 22 IST INESC Arquitectura de comutação de marcas para ATM TER TER TS TER TS Protocolo de distribuição de marcas TS TS TER TER TS Tag Switch TER TER TER Tag Edge Router 23 IST INESC The Internet has met its enemy, and its name is QoS 24 IST INESC 5. QUALIDADE DE SERVIÇO EM IP SERVIÇOS INTEGRADOS/CLASSES DE SERVIÇO Serviço Garantido: garante um determinado ritmo e atraso máximo na comunicação Serviço com Carga Controlada: serviço equivalente ao best effort numa rede pouco carregada Serviço Best Effort: serviço tradicional da Internet (sem garantias) 25 IST INESC RSVP • Resource Reservation Protocol (RSVP) é usado pelas aplicações num ambiente IP para reservar recursos numa rede ao longo do caminho estabelecido pelo algoritmo de encaminhamento. • Os nós da rede, quando recebem uma mensagem RSVP, executam uma espécie de “Controlo de Aceitação da Conexão” e reservam os recursos necessário (soft-state). • RSVP é um protocolo simplex. • É orientado para o receptor. • Usado para comunicações unicast e multicast. • É feito um controlo de tráfego para fluxos IP semelhante ao que é feito pela sinalização para fluxos de células ATM. 26 IST INESC • O uso de RSVP numa rede IP sobre ATM, requer o mapeamento das mensagens RSVP em mensagens de sinalização ATM. • Para realizar uma reserva na rede: • Sessão - fluxo de dados identificado pelo receptor. • Especificação de Fluxo - contém os requisitos de Qualidade de Serviço da aplicação • Especificação de filtro - determina os pacotes a que se aplica a especificação de fluxo. • Um descriptor de fluxo contém: Especificação de fluxo e Especificação de filtro. 27 IST INESC Fluxo de mensagens RSVP Resv R3 Emissor R1 Receptor 2 R2 Path Receptor 3 R4 Ri Receptor 1 Receptor 4 Router • Descriptor de fluxo é transmitido como um parâmetro de RSVP. • Mensagens RSVP transportadas dentro de pacotes IP. 28 IST INESC 6. CONCLUSÕES • IP e ATM representam duas filosofias diferentes para redes de informação. • A convergência de redes IP e ATM não atingiu ainda a estabilidade. • Tem-se, no entanto, progredido para obter uma integração eficiente de IP e ATM. • Se essa integração fôr bem sucedida, significa uma melhoria considerável nos serviços Internet. 29 IST INESC • O modelo clássico de IP sobre ATM é uma solução testada. Foi melhorado com multicasting (MARS) e encaminhamento optimizado (NHRP). • MPOA é um protocolo complexo, baseado no conhecido conceito de Emulação de LANs. Pode ser, no entanto, uma boa solução para integrar protocolos da camada 3 sobre ATM. • Comutação IP e Comutação de Marcas são soluções proprietárias. • O grupo MPLS (Multiprotocol Label Switching) no IETF pretende normalizar uma tecnologia que integre o paradigma de “substituição de etiquetas” com o encaminhamento ao nível de camada de rede. • IP sobre SDH é uma opção. 30 IST INESC • Reserva de recursos e falta de garantias de Qualidade de Serviço são um problema em redes IP. • Definição de Classes de Serviço IP e RSVP são uma primeira tentativa para resolver este problema. • RSVP pode ter problemas em redes de grandes dimensões. • Existe uma outra proposta em estudo no IETF para reserva de recursos em redes IP (Serviços Diferenciados). • Embora a maioria das aplicações corra em IP, é possível desenvolver novas aplicações que corram directamente sobre ATM com as inerentes garantias de Qualidade de Serviço. 31