SUMÁRIO
Apresentação ............................................................................................. 05
Programa ..................................................................................................... 06
Resumos ....................................................................................................... 10
Currículos .................................................................................................... 16
Programa Musical .................................................................................... 25
Comissões ................................................................................................... 27
Organização ............................................................................................... 29
SUMMARY
Presentation ............................................................................................... 31
Program ....................................................................................................... 32
Abstracts ...................................................................................................... 35
Curriculum ................................................................................................... 40
Musical Program ....................................................................................... 48
Commissions............................................................................................... 50
Organazation ............................................................................................. 52
APRESENTAÇÃO
Genocídio Armênio
O Protótipo de Genocídio dos Tempos Modernos
Os últimos 100 anos foram descritos como “A Era do Genocídio”, em referência
ao surgimento de um fenômeno, quando um governo ataca uma minoria étnica
identificável entre seus próprios cidadãos, a fim de exterminá-los, parcial ou
integralmente, de maneira planejada e sistemática, como parte de uma solução
adotada para seus problemas políticos. Isto marca uma mudança em relação às
chacinas em massa de populações que ocorreram muitas vezes ao longo da história, e
estavam associadas a invasões, ao imperialismo e conquistas.
Este novo fenômeno chamou a atenção de um jovem estudante de Direito na
Polônia, após a absolvição de um armênio chamado Soghomon Tehlirian, em 1921, que
foi julgado em Berlim pelo assassinato do Ministro do Interior do Império Otomano.
Esse ministro, Talaat Paxá, foi um dos responsáveis pelo planejamento da eliminação
dos cidadãos armênios, através do terror, assassinatos em massa e o extermínio de
praticamente 1,5 milhão de pessoas. Entre outras coisas, ele realizou isso mandando
“homens, mulheres, idosos, crianças, gestantes e crianças recém nascidas para o
deserto da Arábia, sem outro objetivo a não ser deixá-los morrer de inanição.”
O estudante era Raphael Lemkin, que estava chocado pelo fato de se matar uma pessoa
era crime, como não existiam leis que considerassem ser crime o assassinato de milhões de
pessoas. Mais tarde, ele cunhou o termo “genocídio” e dedicou sua vida à aprovação da
Convenção das Nações Unidas para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
O mês de abril de 2010 marca o 95º aniversário do Genocídio Armênio,
perpetrado pela Turquia Otomana, considerado o protótipo de genocídio. A
rememoração desta data oferece uma oportunidade solene de salutar para refletir
sobre esse fenômeno que se repete frequentemente. Isto pode ser significativo não só
para os que têm um interesse em casos particulares que seguiram o genocídio — o
Holocausto, Camboja, Ruanda, a ex-Iugoslávia e Darfur, para mencionar apenas alguns
— mas também para a compreensão das causas do genocídio, seus sinais de
advertência, seus métodos de execução e a negação, a fim de podermos prevenir
futuros casos de genocídio.
O genocídio é uma agressão direta aos princípios fundamentais incorporados
na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ele continua acontecendo com uma
frequência alarmante em nossos dias. Nas palavras de Raphael Lemkin, genocídio “é se
opor à vontade do Criador e perturbar a harmonia espiritual da humanidade”.
É neste contexto que o Governo do Estado de São Paulo, o Governo da Armênia
(Consulado Geral da Armênia em São Paulo), a Universidade de São Paulo, e o Instituto
Zoryan organizaram o “Seminário Internacional 95 Anos do Genocídio Armênio: o
Protótipo de Genocídio dos Tempos Modernos” em São Paulo, entre os dias 22 a 24 de
abril de 2010.
05
PROGRAMA
22 ABRIL, Quinta-feira
Anfiteatro Camargo Guarnieri, USP
08h
Inscrições e entrega de material a todos os participantes, convidados
estrangeiros e locais
09h
Abertura Oficial
Instalação da mesa de abertura com a presença dos membros da Comissão
de Honra, autoridades acadêmicas e representantes diplomáticos
09h40 Apresentação: ‘’O Protótipo de Genocídio dos Tempos Modernos:
O Genocídio Armênio’’
Sr. K.M. Greg Sarkissian (Presidente do Instituto Zoryan, Canadá)
10h10 Café
10h30 Conferência Inaugural:"Genocídio Armênio: Memória Histórica e Busca da Paz’’
Prof. Dr. Dalmo de Abreu Dallari (Faculdade de Direito São Francisco/USP, Brasil)
Documentário “Armênia Traída, Genocídio Negado”,
preparado por James-Miller da BBC
Intervalo
14h
06
Sessão 1: “Genocídio e a Violação dos Direitos Humanos”
(Anfiteatro do Depto. de História, USP)
Coordenação: Prof. Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy
(Departamento de História, FFLCH/USP, Brasil)
Prof. Dr. Steven L. Jacobs (Universidade do Alabama, EUA)
“Raphael Lemkin e o Genocídio Armênio”
Profa. Dra. Sévane Garibian (Universidade de Neuchâtel, Suíça)
“O Genocídio Armênio e o Desenvolvimento do Conceito Moderno de
Crimes contra a Humanidade”
Café
Sr. Ragip Zarakolu (Ativista dos Direitos Humanos e Publicitário, Turquia)
“A Turquia Moderna e o Genocídio Armênio”
Profa. Dra. Maria Luiza Tucci Carneiro (LEER - Departamento de História,
FFLCH/USP, Brasil)
“O Brasil diante do Genocídio Armênio, do Holocausto e da Resolução
da ONU”
Debatedor: Dr. Simão Keremian (Conselho Nacional Armênio, Brasil)
23 ABRIL, Sexta-feira
Anfiteatro de História, USP
09h
Sessão 2: “Perspectivas sobre o Genocídio Armênio: Histórica,
Comparativa e do Direito Internacional’’
Coordenação: Profa. Lusine Yeghiazaryan (Departamento de Letras Orientais,
FFLCH/USP, Brasil)
Histórico: Prof. Ruben Safrastyan (Diretor do Instituto de Estudos Orientais da
Academia de Ciências, Armênia)
“A Política do Genocídio Armênio: Gênese (1876-1915)”
Comparativo: Prof. Emérito Robert Melson (Universidade Purdue, EUA)
‘’O Genocídio Armênio como Precursor e Protótipo do
Genocídio Moderno”
Café
Legal:
Prof. Dr. Vahakn Dadrian (Diretor de Pesquisa sobre o Genocídio,
Instituto Zoryan, EUA)
“O Genocídio Armênio no Direito Internacional”
Prof. Dr. Márcio Seligmann-Silva (UNICAMP, Brasil)
“O Genocídio Armênio e a Questão da Memória do Mal no Século XX”
Debatedor: Prof. Dr. Peter Demant (Departamento de História,USP, Brasil)
Intervalo
14h Sessão 3: “Genocídio: Negação, Política e Prevenção”
Coordenação: Prof. Yervant Tamdjian (Assessor do Consulado Geral da
Armênia em São Paulo)
Prof. Emérito Roger Winston Smith (Faculdade William e Mary,
e Coordenador do Instituto Zoryan, EUA)
“A Negação do Genocídio Armênio”
Prof. Dr. Khatchik Der Ghougassian (Universidade de San Andres, Argentina)
“O Genocídio Armênio na Agenda Internacional”
Café
Prof. Dr. Herbert Hirsch (Universidade Virginia Commonwealth, EUA)
“As Lições do Genocídio Armênio para a Prevenção de Genocídio”
Profa. Dra. Anita Novinsky (Presidente do LEI- Laboratório de Estudos da
Intolerância/USP, Brasil)
“Educação para a Vida”
Debatedor: Sr. George Shirinian (Diretor-Executivo do Instituto Zoryan, Canadá)
20h Ato público solene em solidariedade ao povo Armênio na Assembleia
Legislativa de São Paulo.
Orador oficial: Prof. Dr. Antranik Manissadjian
07
24 ABRIL, Sábado
Anfiteatro “Camargo Guarnieri”, USP
10h30 Cerimônia de Encerramento
Apresentação: Profa. Lusine Yeghiazaryam (Depto de Letras Orientais, FFLCH/USP) e
Prof. Dr. Hagop Kechichian (Conselho Representativo da
Igreja Apostólica Armênia do Brasil)
11h
Cerimônia de homenagens
11h20 Programa Musical ‘’A Armênia Vive’’
Coral VAHAKN MINASSIAN do Clube Armênio;
Grupo de Dança da Escola Armênia José Bonifácio;
Orquestra SPHAERA;
Pianista Profa. Sirvart AVEDISSIAN MOMJIAN;
Trio IMAGENS.
12h45 Coquetel com comidas típicas
13h30 Visita ao Monumento dos Mártires Armênios
Estação Armênia do Metrô, em frente a Igreja Armênia,
Av. Santos Dumont, 55, São Paulo - SP
08
Local: Império Otomano, a região Síria.
Armênios, em sua maioria de crianças e mulheres,
em tendas improvisadas num acampamento no deserto.
Fonte: Armenian National Institute 1334 G Street, NW Suite 200 Washington, DC 20005
09
Fugindo da morte.
Uma mãe armênia nas
alturas das montanhas de Taurus.
Fonte: Armenian National Institute
1334 G Street, NW Suite 200
Washington, DC 20005
RESUMOS
10
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (LEER-Departamento de História, FFLCH/USP)
Sessão 1- “O Brasil diante do Genocídio Armênio, do Holocausto e da Resolução
na ONU”: Esta comunicação tem por objetivo avaliar a posição política do Brasil governo, grande imprensa e diplomatas brasileiros -- desde o genocídio armênio
(1915-1923) até o momento que o crime de genocídio foi incorporado ao Direito
Internacional expressando um avanço na legislação sobre Direitos Humanos. Através
de fontes diplomáticas e de matérias publicadas pela grande imprensa brasileira
procuraremos reconstituir os múltiplos discursos que, entre 1915 e 1948, circularam
sobre o genocídio armênio, enquanto protótipo de genocídio moderno. Junto ao
Arquivo Histórico do Itamaraty/RJ identificamos documentos que expressam a postura
da diplomacia brasileira diante do fluxo imigratório dos armênios que, por motivos
políticos, foram obrigados a deixar seu país de origem após 1915, destituídos de
qualquer situação jurídica. Os milhares os armênios em trânsito exigiram a atenção da
Liga das Nações que, em 1923, assumiu a responsabilidade pela proteção jurídica do
grupo. A partir de 1924, os armênios passaram a usufruir do direito de usar o Passaporte
Nansen e de contar com a proteção jurídica delegada por vários planos e ajustes. Em
1924 cerca de trinta e cinco países, dentre os quais o Brasil, endossaram este acordo
conhecido como Plano Relativo à Expedição dos Certificados para os Refugiados
Armênios. Com o Ajuste de Extensão de 1928, os armênios foram reconhecidos como
“Refugiados Nansen”, ampliando as categorias de refugiados políticos. Importante
reconstituir a posição do Brasil na ONU por ocasião do estabelecimento da Convenção
da Organização das Nações Unidas sobre Prevenção e Sanção do Crime de Genocídio
–CONUG, em 1946, ratificada pela maioria das nações membros da ONU em 1948. Para
Gilberto Amado -- representante do Brasil junto ao Comitê para Desenvolvimento do
Direito Internacional e sua Codificação -- essa questão não nos dizia respeito: “O povo
brasileiro é um povo homogêneo, formado por raças heterogêneas. O problema do
genocídio não nos interessa diretamente, portanto. É um crime difícil de imaginar para
o homem comum do Brasil, mas que lhe causa a maior aversão”. Somente em 1º de
outubro de 1956, a lei brasileira nº 2.889 definiu e passou a punir o crime de genocídio
adotando a mesma definição da Convenção da ONU, sendo sancionada durante o
governo de Juscelino Kubitschek.
DADRIAN, Vahakn N. (Diretor de Pesquisa sobre o Genocídio, Instituto Zoryan, EUA)
Sessão 2- “O Genocídio Armênio no Direito Internacional”: Apesar da persistente
negação turca, o Genocídio Armênio da Primeira Guerra Mundial, que em alguns
aspectos está relacionado ao Holocausto, conforme afirmado pelo próprio Hitler, surge
na história moderna como o primeiro grande massacre centralmente organizado. Em
24 de maio de 1915, os Aliados vitoriosos denunciaram o genocídio como “um crime
contra a humanidade e a civilização,” e prometeram iniciar um processo judicial após a
guerra. O caso foi submetido a uma série de iniciativas de criminalização sob a lei
internacional: (1.) a Comissão sobre Responsabilidades do pós-guerra que denunciou o
crime como “uma violação das leis da humanidade,” (2.) o Procurador geral britânico de
Nuremberg (Sir Harley Shawcross) confirmou que o precedente armênio do século XX,
(3.) através das Resoluções 95(1) e 96(1) as Nações Unidas em 11 de dezembro de 1946
enfatizaram a violação criminal dos aspectos da lei internacional e a natureza genocida
do tipo de massacre em questão, (4.) sob os termos da Convenção sobre Não Aplicação
de Limitações Estatutárias aos Crimes Contra a Humanidade de 1968, e a Convenção de
Viena de 1969, o Genocídio Armênio permanece passível de processo judicial já que o
atual estado turco é considerado legalmente o sucessor do Império Otomano, por ter
assumido a soberania sobre as terras que anteriormente pertenceram a ele. Portanto,
não está isento das obrigações decorrentes disso. Finalmente, o propósito específico
do massacre, a escala das atrocidades e outras formas de extermínio marcam o
tratamento dos armênios durante a guerra como um caso distinto de genocídio.
DER GHOUGASSIAN, Khatchik (Universidade de Santo Andrés, Argentina)
Sessão 3- “O Genocídio Armênio na Agenda Internacional”: Esta comunicação
analisa o surgimento do Genocídio Armênio na agenda internacional como uma
questão política. Considera tanto as condições estruturais como o ativismo organizado
nos níveis estatal e não estatal, dentro dos quais a demanda por reconhecimento,
reparação e reconciliação foram formuladas. A principal hipótese sustenta que o
surgimento do Genocídio Armênio na agenda internacional respondeu primeiramente
a questões de identidade tanto na Diáspora como na Armênia Soviética. No entanto,
após a independência da Armênia, em 1991, tornou-se um tema controvertido como
política de estado. Enfocando a evolução do tema desde então, a comunicação
destacará tanto as dimensões éticas como as estratégicas da questão e o desafio de
superar tais contradições.
GARIBIAN, Sévane (Universidade de Neuchâtel, Suíça)
Sessão 1- “O Genocídio Armênio e o Desenvolvimento do Conceito Moderno de
Crimes contra a Humanidade”: Logo após a Primeira Guerra Mundial, o Tratado de
Lausanne, assinado em 1923, deu por encerrada a questão armênia. Entretanto, em
1915, a Declaração Aliada sobre “ os crimes contra a civilização e a humanidade,” em
1919, os trabalhos da Conferência de Paz de Paris e, em 1920, o Tratado de Sèvres, são
documentos fundamentais para uma melhor compreensão do surgimento da lei
criminal internacional. Eles constituem, particularmente, uma importante base legal
para a conceitualização do “crime contra a humanidade”. Surgido em 1915, no
contexto do Genocídio Armênio, esse novo conceito foi diferenciado do conceito de
“crime de guerra,” referia-se a um tipo distinto de criminalidade de estado, que seria
definido legalmente apenas 30 anos mais tarde, no Estatuto de Nuremberg de 1945.
HIRSCH, Herbert (Universidade Virginia Commonwealth, EUA)
Sessão 3- “As Lições do Genocídio Armênio para a Prevenção do Genocídio”: No
decorrer deste século, o legado do Genocídio Armênio e dos demais genocídios do
século XX devem continuar a ser examinados. O Genocídio Armênio é, sem dúvida, o
genocídio paradigmático do último século. Noventa e cinco anos após os eventos de
1915, as lições aprendidas podem estar claras, mas a real implementação de programas
derivados dessas lições desenvolve-se lentamente para a discussão acadêmica. Mostra
também que pode-se duvidar quando se ouvem expressões como “nunca mais”,
mesmo quando surgem novos meios de prevenir o genocídio. De fato, desde o fim do
século XX, a prevenção do genocídio passou a ganhar importância para as
organizações de direitos humanos. Na última década, foram editadas quatro
importante publicações que tentam esboçar os mecanismos necessários para prevenir
o genocídio. Esta apresentação analisará os pontos fracos e fortes além da relativa
eficácia de tudo isso em relação ao genocídio armênio. Para fazer uma análise
11
adequada destas questões partiremos de uma explicação dos acontecimentos do
último século e, em seguida, faremos uma análise profunda das recentes tentativas de
criação de uma fórmula para evitar o genocídio. Nesta comunicação, levaremos em
conta as lições aprendidas, ou talvez, que não foram aprendidas. De fato, a
comunicação mostrará que o mundo aprendeu com o Genocídio Armênio mas nada
colocou em prática para superar os obstáculos principais à prevenção do genocídio.
JACOBS, Steven Leonard (Universidade do Alabama, EUA)
Sessão 1- “Raphael Lemkin e o Genocídio Armênio”: Raphael Lemkin (1900-1959),
um judeu polonês refugiado do Holocausto/Shoah, foi o criador da palavra "genocídio"
e o encorajador da Convenção das Nações Unidas para a Repressão e Prevenção do
Genocídio em 1948. Sem dúvida, a tragédia do Genocídio Armênio, e sobretudo o
julgamento de Soghomon Tehlirian tiveram um grande impacto sobre ele e sua
determinação em tornar o genocídio um crime após a Segunda Guerra Mundial. Esta
apresentação, que incluirá trechos extraídos de seus escritos e de sua autobiografia não
publicada, "Unofficial Man," fornecerão detalhes adicionais sobre o impacto desses
fatos em seu pensamento e sua determinação.
12
MELSON, Robert Frank (Universidade Purdue, EUA)
Sessão 2- "O Genocídio Armênio como Precursor e Protótipo do Genocídio Moderno"
Durante os séculos XX e XXI, podem ser identificados quatro fases de recrudescimento
dos conflitos étnicos e nacionais e do genocídio. Esses momentos ocorreram durante as
duas guerras mundiais e no período do pós-colonialismo e do pós-comunismo.
Durante a Primeira Guerra Mundial e nos anos seguintes, o Império Otomano
desmoronou e cometeu o primeiro genocídio completo do século XX contra a minoria
armênia. No mesmo período, a desintegração dos Impérios Alemão e Austro-Húngaro
levou à formação de movimentos nacionalistas e fascistas que reprimiam as minorias e
contribuíram para a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, os nazistas
tentaram exterminar os judeus e os ciganos, além de cometer genocídio parcial contra
outros povos. Após a Segunda Guerra, os antigos impérios coloniais europeus
renunciaram a suas possessões, deixando para trás regimes frágeis que careciam de
legitimidade. Esses governos frequentemente controlavam culturalmente sociedades
plurais e tentaram impor a hegemonia de um grupo étnico sobre os demais. Em reação,
as minorias rebelaram-se e buscaram a auto-determinação. Com a queda do regime
comunista na União Soviética e na antiga Iugoslávia, teve início a quarta fase de
aumento de conflitos étnicos e genocídio. O Genocídio Armênio não foi apenas o
primeiro genocídio completo do século XX, mas também serviu como protótipo para
os genocídios posteriores. O Genocídio Armênio se assemelha ao Holocausto, mas ao
mesmo tempo seus aspectos territoriais e nacionais o distinguem do massacre dos
judeus europeus, e o transformam em um arquétipo para os genocídios étnicos e
nacionais no Terceiro Mundo e nos estados pós-comunistas.
NOVINSKY, Anita (Presidente do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância da
Universidade de São Paulo)
Sessão 3- “Educação para a vida”: O novo século continua a longa trajetoria historica
marcada pela violencia das Cruzadas, pelo terror da Inquisição, pelo extermínio das
populações indigenas, pelo genocidio dos armênios e o holocausto dos judeus. A
modernidade abriu nova aliança entre racionalidade e barbárie. Como escreveu
Theodor Adorno, de nada vale nossa luta para vencermos a guerra e a agressividade se
não modificarmos todo nosso sistema educacional. Em primeiro lugar a educação
infantil em segundo lugar esclarecer todos os cidadãos para se tornarem concientes
dos motivos que levam a tanta destruição. Podemos buscar as razões dos genocidios
do século XX na ressurreição dos nacionalismos agressivos. Mas é na educação que
devemos concentrar nossas esperanças. Quais os recursos que temos para vencer a
insanidade,os fundamentalismo, o vendaval de violências ? Saber naõ é suficiente.
Saber naõ pode garantir um futuro melhor pera nossos filhos. É a educação
humanizada, só a educação está na base da prevenção da violência e do ódio entre as
nações.
SAFRASTYAN, Ruben (Diretor do Instituto de Estudos Orientais, da Academia
Nacional de Ciências, Armênia)
Sessão 2- "A Política do Genocídio Armênio: Gênese (1876-1915)": Esta
comunicação é dedicada ao problema da gênese da política de genocídio contra os
Armênios no Império Otomano. O autor interpreta o tema com base no uso intensivo
de documentos de arquivo e fontes turcas de primeira mão. Ele examina,
consecutivamente, as raízes e contexto histórico e político desta política, bem como a
formação de programas governamentais de genocídio durante as últimas quatro
décadas de existência do Império Otomano. O autor conclui que, os círculos dirigentes
do Império Otomano considerado o crime de genocídio como uma resposta radical ao
movimento de libertação nacional do povo Arménio.
SARKISSIAN, K.M. Greg (Presidente do Instituto Zoryan, Canada)
Apresentação- "O Protótipo de Genocídio dos Tempos Modernos: O Genocídio
Armênio": Apesar de ter ocorrido há 95 anos o Genocídio Armênio ainda é de grande
relevância. Segundo Raphael Lemkin, o responsável pela criação do termo “genocídio,” “a
função da memória não é apenas registrar eventos do passado, mas estimular a consciência
humana.” Portanto, ao mesmo tempo em que lembramos o Genocídio Armênio,
aproveitamos a oportunidade para despertar a consciência sobre o trauma causado pelas
graves violações dos direitos humanos e pelo genocídio de outros povos. Assim como os
direitos humanos são preocupação de todos, as suas violações e o genocídio também devem
ser. O 95º aniversário do Genocídio Armênio representa uma ocasião oportuna para refletir
sobre esse fato que passou a ser reconhecido como o arquétipo do genocídio moderno. A
compreensão das muitas semelhanças entre o Genocídio Armênio e outros posteriores pode
ser útil não apenas para os interessados nos estudos dos casos específicos, mas também para
entender as causas do genocídio, seus métodos, sua implementação e seus sinais de alerta, a
fim de que seja possível prevenir futuros casos.
SELIGMANN-SILVA, Marcio (UNICAMP, Brasil)
Sessão 2 - "O Genocídio Armênio e a Questão da Memória do Mal no Século XX”:
O texto aborda a questão da necessidade de testemunho de genocídios como meio de
se dar forma ao evento e permitir a passagem de uma posição de vítima para a de
cidadão com plenos direitos, inclusive o de acusar juridicamente os autores do
genocídio. O testemunho é contraposto ao negacionismo e apresentado como um
processo no qual os âmbitos individuais, coletivos e nacionais do trauma são
"trabalhados" tendo em vista a verdade, a justiça e a reconstrução dos indivíduos e das
sociedades pós-genocídio. O Genocídio Armênio tem um local-chave na história dos
genocídios e dos negacionismo. Justamente como caso radical de negacionismo ele
apresenta, ex negativo, a necessidade do testemunho.
13
SMITH, Roger Winston (Colégio of William e Mary; Coordenador do Instituto
Zoryan, EUA)
Sessão 3 - “A Negação do Genocídio Armênio”: A negação é a primeira e a última fase
do genocídio e procura responsabilizar as vítimas e reabilitar os agressores.
Normalmente, nega-se que os eventos ocorreram, que os autores foram responsáveis
pela destruição e que o termo “genocídio” possa ser aplicado. A negação tem sido a
estratégia universal dos autores de crimes no mundo moderno, mas a negação turca do
Genocídio Armênio é única em alguns aspectos, pois vem ocorrendo há 95 anos,
acarretando sérias consequências morais, políticas e econômicas e foi auxiliada por
governos poderosos. Para isso, o estado turco utilizou variadas táticas, que vão desde a
pressão política, militar e econômica a tentativas de proibição da discussão do
genocídio em conferências acadêmicas, em escolas públicas ou na mídia. Na Turquia, o
reconhecimento público do genocídio é considerado crime. A apresentação tenta
esclarecer o conceito de negação, discutir os argumentos e táticas utilizados pela
Turquia, mostrar por que a negação persistiu e explorar as possibilidades de superá-la.
ZARAKOLU, Ragip (Ativista dos Direitos Humanos e Publicitário, Turquia)
Sessão 1-“A Turquia Moderna e o Genocídio Armênio”: Esta comunicação discutirá
as várias maneiras como o Genocídio Armênio é tratado oficialmente pelo governo,
pelo poder judiciário e pela sociedade em geral. Desde o uso de eufemismos, como “os
fatos de 1915,” ao processo contra escritores, estudiosos e editores, as reações a esta
questão variam amplamente nos diferentes segmentos do estado e da sociedade.
Serão analisadas as implicações destes aspectos para a Turquia atualmente.
14
Foto: O repatriamento dos refugiados armênios
Fonte: Armenian National Institute, Inc. Elder Photo Collection.
Local: Império Otomano, a região da Síria."1915, deportados
armênia vivem no deserto aberto em tendas improvisadas.
Fonte: Armenian National Institute, Inc. Elder Photo Collection.
15
Deportados dispersos em um terreno baldio do deserto.
Não há abrigo, água, habitação ou à vista.
Fonte: Armenian National Institute,
Inc. Elder Photo Collection.
CURRÍCULOS
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (FFLCH/USP, Brasil)
Professora Associada do Departamento de História da Universidade de São Paulo.
Credenciada nos Programas de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo: História
Social da FFLCH/USP; Direitos Humanos da Faculdade de Direito São Francisco/USP; e
Língua Hebraica, Cultura e Literatura Judaicas/USP. Coordenadora do LEERLaboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação /USP e do PROINLaboratório de Estudos da Memória Política Brasileira. Autora dos livros: Judeus e
Judaísmo na obra de Lasar Segall, em co-autoria com Celso Lafer (Ateliê Editorial, 2004);
O Preconceito Racial em Portugal e Brasil Colônia. (3ªed., Perspectiva, 2005); O Antisemitismo na Era Vargas (3ed. Perspectiva, 2001); Livros Proibidos, Idéias Malditas
(2ed.Ateliê Editorial, 2002); O Veneno da Serpente. Reflexões sobre o Anti-semitismo no
Brasil (Perspectiva, 2003); Holocausto, Crime contra a Humanidade (Ática, 2000);
Cidadão do Mundo. O Brasil Diante do Holocausto e dos Judeus refugiados do
nazifascismo, 1933-1948 (Perspectiva, no prelo). Atuamente coordena o Arqshoah Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antissemitismo (http://www.arqshoah.com.br),
projeto em desenvolvimento junto ao LEER/USP.
16
DADRIAN, Vahakn N
Professor de Sociologia na Universidade do Estado de Nova York de 1970 a 1991,
dedicou sua carreira acadêmica a coordenar pesquisas em tempo integral sobre o
Genocídio Armênio. Sua inovadora pesquisa recebeu subsídios da National Science
Foundation, resultando na publicação de duas monografias pelo Yale Journal of
International Law. Durante vários anos foi diretor de um grande Projeto de Estudo sobre
o Genocídio financiado pela Fundação H. F. Guggenheim. A primeira conquista
importante do projeto foi a publicação do livro The History of the Armenian Genocide:
Ethnic Conflict from the Balkans to Anatolia to the Caucasus, que agora está em sua
quinta edição ampliada. Esse trabalho foi publicado em francês (Paris, 2ª edição) e em
grego (Atenas). Outro importante trabalho do Professor Dadrian é German
Responsibility in the Armenian Genocide: A Review of the Historical Evidence of German
Complicity, que já está em sua terceira edição. Seu terceiro livro, Warrant for Genocide:
The Key Elements of the Turko-Armenian Conflict, foi publicado em 1999. Key Elements
of the Turkish Denial of the Armenian Genocide foi publicado no mesmo ano e
traduzido para o espanhol em Buenos Aires (2002). Seu mais recente livro, um estudo
sobre os Tribunais Militares Turcos, foi publicado em turco em 2008 e terá em breve uma
edição em inglês. Além dessas monografias, Dadrian publicou inúmeros artigos em
revistas científicas ao redor do mundo e atualmente é diretor de Pesquisa sobre o
Genocídio no Instituto Zoryan.
DALLARI, Dalmo de Abreu
Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde foi
titular do Departamento de Direito do Estado entre 1974 e 2002. Realiza palestras e
conferências no Brasil e no Exterior. Dentre suas áreas de atuação estão Direitos
Humanos, Constituição, Teoria do Estado, Cidadania, Poder Judiciário, Estado de
Direito, Autodeterminação, Democracia e Direito Constitucional. Foi Secretário dos
Negócios Jurídicos da Prefeitura Municipal de São Paulo (1990-1992), Vice-Presidente
da Comissão Internacional de Juristas; Vice-Coordenador da Cátedra UNESCO/USP de
Direitos Humanos e Professor Visitante da Universidade de Paris IX [Nanterre]. É autor,
dentre outras obras, de Que são Direitos da Pessoa? (1994), Direitos Humanos e Cidadania
(2002), O Futuro do Estado (2007) e Elementos de Teoria Geral do Estado (2007).
DEMANT, Peter
Graduado em História pela Universiteit van Amsterdam (UvA, Universidade de
Amsterdã na Holanda) (1976); Mestrado (1981) e Doutorado (1988) em História
Moderna, Contemporânea e Teórica, ambos pela UvA (Tese: Ploughshares into Swords:
Israeli Settlement Policy in the Occupied Territories, 1967-1977); Livre Docente em
História Contemporânea pela USP (2007, Tese: Choque dos universalismos: Estudos
sobre a interação ocidente-islã). Lecionou na UvA até 1990. De 1990 a 1999, foi
pesquisador sênior do Harry S Truman Research Institute for the Advancement of Peace,
na Hebrew University of Jerusalem, onde esteve ativamente envolvido em diálogos
Israel-Palestina. Em 2000 iniciou suas atividades na USP como professor visitante de
História da Ásia. Em 2008 foi professor visitante no Departamento de Ciência Política –
Relações Internacionais da UvA. Atualmente é professor associado do Departamento
de História da FFLCH-USP (Programa de História Social), atuando no IRI tanto no
Bacharelado em Relações Internacionais quanto no Programa de Pós-Graduação. Autor
de textos sobre os conflitos no Oriente Médio, terrorismo, e a resolução não-violenta de
conflitos étnicos e religiosos. Possui capítulos em livros nacionais e internacionais, além
de artigos em periódicos especializados, sendo o mais recente no periódico holandês
de ciência política Res Publica, sobre o debate acerca dos imigrantes muçulmanos na
Europa (2009). Autor de “O Mundo Muçulmano” São Paulo, 2008, 3ª ed. (2004, 1ª.) e
“Islam vs. Islamism: the Dilemma of the Muslim World” (Westport, CT and London,
2006). Responsável pela área do Oriente Médio no GACINT-IRI, membro do Conselho
Deliberativo do NUPRI-USP, co-coordenador do Laboratório de Estudos da Ásia (LEA)
na FFLCH, e membro da Comissão de Pós-Graduação do IRI-USP.
DER GHOUGASSIAN, Khatchik
Ph.D. em Relações Internacionais pela Universidade de Miami (Coral Gables, FL). Ele é
professor de relações internacionais da Universidade de San Andrés (Buenos Aires,
Argentina), e Professor Visitante Associado, Universidade Americana da Armênia. Antes
de sua dedicação integral à carreira acadêmica, Der Ghougassian foi o editor do jornal
ARMENIA, em Buenos Aires, Argentina (1987-1997). Suas publicações mais recentes
incluem: “El derrumbe del negacionismo”; “Leandro Despouy, el Informe Whitaker y el
aporte argentino al reconocimiento internacional del genocidio de los armênios”
(Buenos Aires: Planeta, 2009) com Khatchik Der Ghougassian (editor), Fabian Bosoer,
Florencia Teruzzi, Juan Gabriel Tokatlian and Leandro Despouy, “A Progressive
Commitment to the Armenian Cause” (The Armenian Review, vol. 50, n. 1-4, Fall-Winter
2008); and “Transnational Links and 'Local' Connections: Latin America and Global
Terrorism” in Terrorism. Patterns of Internationalization eds. Ekaterina Stepanova and
Jaideep Saika (SAGE, 2009).
GARIBIAN, Sévane
PhD em Direito pela Universidade de Paris X-Nanterre e pela Universidade de Genebra
(2007). Atualmente, é pesquisadora do Centro de Teoria Legal e Análise (Paris X, CNRS),
França, e professora de Filosofia do Direito na Universidade de Neuchâtel, Suíça. Sua
principal pesquisa é sobre o desenvolvimento do conceito legal de crime contra a
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humanidade e também sobre temas relacionados ao Direito diante de crimes de
Estado, bem como a negação do genocídio. Ela escreveu inúmeros artigos e contribuiu
para coletâneas sobre os aspectos legais nos estudos sobre o genocídio. Seu livro,
Crime Against Humanity and the Founding Principles of the Modern State: Birth and
Consecration of a Concept (em francês) foi publicado em 2009 (co-editores: ShulthessLGDJ-Bruylant, Genebra-Paris-Bruxelas).
18
HIRSCH, Herbert
Professor de Políticas Públicas na Universidade Virginia Commonwealth em Richmond,
Virginia, onde leciona sobre política americana, psicologia política e política de guerra,
violência e genocídio. É autor de vários livros, artigos e resenhas de livros, incluindo
Genocide and the Politics of Memory (1995), e Anti-Genocide: Building an American
Movement to Prevent Genocide (2002). Apresentou comunicações na The American
Political Science Association, International Studies Association, Southwestern Social
Science Association, American Historical Association, Southern Political Science
Association, Western Political Science Association, Conferência Anual sobre o
Holocausto, Australian Association of Jewish Studies, Lembrando pelo Futuro II, Berlim,
Alemanha, Quarto Fórum Internacional de Estocolmo sobre a Prevenção do Genocídio
e muitos outros. Dr. Hirsch faz parte de vários conselhos acadêmicos e oferece
regularmente um curso sobre o Holocausto, o Genocídio e Direitos Humanos no Museu
Memorial do Holocausto de Virginia. Apresentou um seminário no gabinete de
planejamente político do Departamento de Estado norte-americano sobre os eventos
da Bósnia, em 1992, e lecionou na Austrália, Canadá, Inglaterra, Irlanda, Alemanha e
Suécia. Foi selecionado entre os 30 estudiosos participantes no Goldner Symposium
sobre Ética Pós-Holocausto no Wroxton College em Oxfordshire, Inglaterra. Ele
também é um dos vinte e dois acadêmicos cuja biografia é apresentada em Pioneers in
Genocide Studies: Confronting Mass Death in the Century of Genocide. Atualmente,
está trabalhando em um novo livro, com o título provisório de Preventing Genocide in
the New Century e é editor de Genocide Studies and Prevention: An International
Journal.
JACOBS, Steven Leonard
Professor da Cátedra Aaron Aronov de Estudos Judaicos no Departamento de Estudos
Religiosos na Universidade do Alabama-Tuscaloosa. Ele também é Rabino. Além de
ministrar cursos sobre religião, leciona sobre o Holocausto em Perspectiva Histórica. O
foco de pesquisa do Dr. Jacobs são os Estudos Bíblicos, a tradução e a interpretação,
incluindo os Manuscritos do Mar Morto, além de Estudos sobre Holocausto e
Genocídio. Também está envolvido na Comissão do Holocausto, Alabama; Conselho,
Centro de Estudos Americanos e Judaicos, Universidade Baylor, Waco, TX; Editor
Internacional, Os escritos de Raphael Lemkin; Conselho Internacional do Centro para
Estudos Comparativos sobre o Genocídio, Universidade Macquarie, New South Wales,
Austrália; Conselho Editorial, "Studies in the Shoah," University Press of America,
Lanham, MD; Conselho Editorial de Bridges: An Interdisciplinary Journal of Theology,
Philosophy, History and Science, Monkton, MD; Consultor Educacional do Centro sobre
o Holocausto, Genocídio e Direitos Humanos, Filadélfia, PA; Conselho de The Aegis
Trust for the Prevention of Genocide, Inglaterra; e da International Association of
Genocide Scholars. Entre seus livros estão Raphael Lemkin's Thoughts on Nazi
Genocide; Contemporary Christian and Contemporary Jewish Religious Responses to
the Shoah; The Holocaust Now: Contemporary Christian and Jewish Thought; The
Encyclopedia of Genocide (Associate Editor); Pioneers of Genocide Studies (Co-editor);
and Confronting Genocide: Judaism, Christianity, Islam.
KECHICHIAN, Hagop
Filho de imigrantes armênios. Bacharel e licenciado em História pela Universidade de
São Paulo (1962) e Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de
Taubaté (1968). Freqüentou o curso de Língua e Literatura Armênia, no Departamento
de Línguas Orientais, FFLCH/USP (1962-1963). Mestre em História com a dissertação
Cristianismo e o Alfabeto Armênio, fatores de preservação da integridade e da
identidade cultural nacional Armênia (FFLCH/USP,1963). Doutor em História Social com
a tese Sobreviventes do Genocídio – Imigração e Integração dos Armênios no Brasil –
um estudo introdutório – das origens a 1950 (FFLCH/USP,.2001). Tradutor de vários
artigos sobre a história e a cultura do povo armênio. Membro atual do Conselho
Deliberativo – dos 40 – da Igreja Apostólica Armênia de São Paulo - do Brasil, em
diversas gestões. Membro atual do Conselho Deliberativo da Sociedade Artística
Melodias Armênias – Clube Armênio, ocupando diferentes cargos em várias gestões.
Professor aposentado de História do Magistério Estadual e Municipal de São Paulo.
KERIMIAN, Simão
Advogado, com especialização em Direito Trabalhista, Bacherel em Jornalismo e
Didática do Ensino Superior. Foi professor de Direito e Legislação e Presidente do
Conselho Representativo e Relações Públicas da Diretoria da Comunidade da Igreja
Apostólica Armênia do Brasil. Foi Representante da Comunidade Armênia do Brasil no
CONSCRE (Conselho de Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras, da Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo. Conduziu os trabalhos de Recohecimeto do Genocídio
Armênio na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e Câmara dos Vereadores.
Articulou em nome da coletividade armênia, junto ao Governo Montoro, a conquista de
mudança da denominação da então Estação Ponte Pequena do Metrô para Estação
Armênia. Exerceu por longo período, o cargo em comissão de Diretor do Serviço de
Distribuição dos Feitos da Justiça do Trabalho, da 2a Região-SP. É atual membro da
Diretoria da AssociaÇão Cultural da Armênia de São Paulo – ACASP – Ho.Hi.Ta.-Trô e
Presidente do Conselho Nacional Armênio da América do Sul – CNA, filial do Brasil.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom
Professor titular aposentado do Departamento de História da USP e Coordenador do
Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO - USP). Foi um dos introdutores da moderna
História Oral no Brasil. Criador de uma metodologia própria de condução de História
Oral, seus trabalhos são considerados fundamentais por estabelecer elos entre a
narrativa acadêmica e o público em geral. Suas pesquisas combinam temas do "tempo
presente" com estudos sobre identidade e memória. Centrando sua atenção à "história
oral de vida" tem sido convidado para cursos e eventos acadêmicos em diversas partes
do mundo. Seus principais trabalhos no campo da relação sociedade-oralidade
abordam questões ligadas aos índios Kaiowás, modos de estrangeiros verem o Brasil
(brasilianistas), universo dos favelados paulistas da década de 1960 e ponto de vista dos
brasileiros que na atualidade deixam o país.
MELSON, Robert Frank
Professor Emérito de Ciência Política e membro do programa de Estudos Judaicos na
Universidade Purdue, EUA. De 2003 a 2005, foi Presidente da International Association
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of Genocide Scholars. Em 2006 e 2007, foi professor no Centro Família Strassler de
Estudos sobre Holocausto e Genocídio na Universidade Clark. Sua principal área de
conhecimento é o conflito étnico e o genocídio. Seu interesse no tema surgiu da
experiência de sua família na Europa, bem como de seu trabalho de campo na Nigéria
em 1964-65, um ano antes do início da guerra civil Nigéria-Biafra. A história da
sobrevivência dele e de sua família durante o Holocausto foi narrada em False Papers
(University of Illinois Press, 2000), livro finalista do National Jewish Book Award em
2001. Ele também escreveu Revolution and Genocide: On the Origins of the Armenian
Genocide and the Holocaust.
NOVINSKY, Anita
Historiadora e Professora Livre-Docente do Departamento de História da FFLCH, da
Universidade de São Paulo. Iniciou seus estudos sobre os marranos em 1963 na
Universidade Hebraica de Jerusalém sob a orientação de Haim Beinart e introduziu no
Brasil os estudos inquisitoriais. Doutorou-se em História em 1971 com a tese CristãosNovos na Bahia (Perspectiva, 1972). Autora do clássico Inquisição (Brasiliense, 1990) e
de O Olhar Judaico de Machado de Assis (Expressão e Cultura, 1990). Organizou os
inventários: Inquisição, Inventários de Bens Confiscados a Cristãos-Novos: Fontes para
a História de Portugal e do Brasil (Imprensa nacional, Casa da Moeda, 1976); Inquisição,
Rol dos Culpados. Fontes para a História do Brasil, Séc. XVIII (Expressão e Cultura, 2002).
Autora de inúmeros artigos sobre marranismo, inquisição e intolerância em periódicos
acadêmicos nacionais e internacionais. Em 2002 criou e desde então preside o LEILaboratório de Estudos da Intolerância, da Universidade de São Paulo. Coordena uma
equipe de pesquisadores brasileiros pós-graduandos que estudam as diferentes
formas de atuação do Santo Ofício no Brasil.
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SAFRASTYAN, Ruben
Diretor do Instituto de Estudos Orientais da Academia Nacional das Ciências da Armênia.
No passado, serviu como Conselheiro da Embaixada da Armênia na Alemanha e como
Diretor-adjunto do Departamento de Análise de Política do Gabinete do Presidente da
Armênia. Suas áreas de especialização incluem Estudos Turco, Otomano , Genocídio e
Regionais. Durante os últimos anos, recebeu bolsas de estudo Humboldt (Alemanha),
Fulbright (E.U.A.) e Política Internacional (Hungria) e conduziu pesquisas nas universidades
de Bochum, Berkeley, e Budapeste. As publicações do Prof. Safrastyan incluem 17 livros
editados e autorizados e 160 artigos e comunicações. Suas publicações mais recentes
incluem o livro Ottoman Empire: Genesis of the Program of Genocide (1876-1920), e os
artigos: Turkey and Eurasia in the Aftermath of the September 11 Tragedy: Some
Observations on Geopolitics and Foreign Policy, The Armenian-Turkish Relations: An
Attempt of Theoretical Interpretation from the Standpoints of the Realistic School, On the
Ideological Substantiation of Turkey's Regional Policy: Concept of Eurasia, The Return of
'Grey Wolves': Conservative Party in Turkish Politics (1983-1985), “Kuleli Incident”:
Armenian Sources, Patterns of Ottoman Politics towards Christians during Tanzimat: From
Equal Rights to Ottomanization and to Genocidal Intent, etc. Suas atividades
internacionais incluem a adesão da Fundação da International Boards of World Security
Network, N.Y. (EUA) e online periódico acadêmico internacional Nebula, Universidade de
Sydney (Austrália), bem como a contribuição permanente para o International Analyst
Network, N.Y. (EUA) e Global Politician, N.Y. (EUA). Ruben Safrastyan é editor do anuário
acadêmico Peoples and Countries of the Near and Middle East e editor-fundador do The
Turkic and Ottoman Studies, Yerevan (Armênia).
SARKISSIAN, K.M. Greg
Graduado na Universidade da Califórnia em 1972, é fundador e presidente da
Servocraft Limited Canada, uma empresa de engenheria elétrica e mecânica e
construção desde 1982, Byron-Hill Corporation desde 1985, desenvolvendo atividades
comerciais no Texas, em Nova York e Nova Jersey. Também é diretor e fundador da
Yorkbridge Plastics Packaging, em 1996, em Bethlehem, Pennsylvania. Como
descendente de dois sobreviventes do genocídio, sentiu-se motivado a ajudar a
encontrar um fim para esse sofrimento, bem como buscar maneiras que auxiliem tanto
as vítimas quantos os criminosos a lidarem com o trauma do genocídio. Em 1982, foi
membro fundador do Instituto Zoryan, que possui representantes em Cambridge,
Massachusetts, Los Angeles e Paris, e posteriormente criou o Instituto Zoryan no
Canadá em 1984 e o Instituto Internacional para os Estudos sobre Genocídio e Direitos
Humanos. É presidente dessa entidade desde 1995. Por meio do Instituto, criou e
patrocinou 1- Diaspora: A Journal of Transnational Studies, publicado pela University of
Toronto Press; 2- The Genocide and Human Rights University Program, um programa
de graduação credenciado pela Universidade de Minnesota e pela Universidade de
Toronto; 3- Genocide Studies and Prevention: An International Journal, em parceria com
a prestigiada International Association of Genocide Scholars e a IIGHRS, que tem como
objetivo compreender o fenômeno do genocídio e conscientizar o mundo da
necessidade de preveni-lo. É membro do conselho de inúmeras empresas. Também
atuou como conselheiro de organizações sem fins lucrativos, como o Joint Journal
Committee para Estudos e Prevenção do Genocídio, e é membro de vários grupos,
como Human Rights Watch e International Association of Genocide Scholars.
SELIGMANN-SILVA, Marcio
Doutor pela Universidade Livre de Berlim, pós-doutor por Yale, professor Livre-docente
de Teoria Literária na UNICAMP e pesquisador do CNPq. É autor dos livros Ler o Livro do
Mundo. Walter Benjamin: romantismo e crítica poética (Iluminuras/FAPESP, 1999),
Adorno (PubliFolha, 2003), O Local da Diferença. Ensaios sobre memória, arte, literatura
e tradução (Editora 34, 2005), Para uma crítica da compaixão (Lumme Editor, 2009) e A
atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno (Editora Record, 2009);
organizou os volumes Leituras de Walter Benjamin: (Annablume/FAPESP, 1999;
segunda edição 2007), História, Memória, Literatura: o Testemunho na Era das
Catástrofes (UNICAMP, 2003) e Palavra e Imagem, Memória e Escritura (Argos, 2006) e
coorganizou Catástrofe e Representação (Escuta, 2000). Traduziu obras de Walter
Benjamin (O conceito de crítica de arte no romantismo alemão, Iluminuras, 1993), G.E.
Lessing (Laocoonte. Ou sobre as Fronteiras da Poesia e da Pintura, Iluminuras, 1998),
Philippe Lacoue-Labarthe, Jean-Luc Nancy, J. Habermas, entre outros. Possuí vários
ensaios publicados em livros e revistas no Brasil e no exterior.
SHIRINIAN, George
Graduado pela Universidade de Toronto com especialização em Artes e Mestrado em
Biblioteconomia pela Universidade de Western Ontario. Foi diretor da Biblioteca
Pública da Cidade de York e desde 1999 é Diretor Executivo do Instituto Zoryan e do
Instituto Internacional para Estudos sobre o Genocídio e Direitos Humanos desde 2003.
Nessa função, esteve envolvido nas pesquisas, publicações e nos programas
educacionais realizados pelo Instituto na última década. É um dos criadores de
Genocide Studies and Prevention: An International Journal, que foi fundado pela
International Association of Genocide Scholars e pelo Instituto Internacional para
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Estudos sobre o Genocídio e Direitos Humanos, publicado em parceria com a University
of Toronto Press. Esse periódico foi o primeiro da área de estudos. Faz parte de equipe
de desenvolvimento do Programa anual da Universidade sobre Genocídio e Direitos
Humanos, um programa de graduação credenciado pela Universidade de Toronto.
Shirinian apresentou inúmeras comunicações em conferências internacionais e é autor
de artigos e resenhas relacionados aos Estudos Armênios e o Genocídio Armênio. É coeditor do livro Studies in Comparative Genocide, ao lado do Prof. Levon Chorbajian,
membro do Conselho do Instituto Zoryan. Ao longo dos anos, Shirinian desenvolveu
uma das mais extensas bibliografias digitalizadas sobre Estudos Armênios. Seu
interesse pelos Estudos Armênios foi despertado por sua própria história de vida, pois
ele é filho de dois órfãos levados ao Canadá na década de 1920 juntamente com outras
109 crianças, um grupo conhecido como os Garotos de Georgetown.
22
SMITH, Roger Winston
Professor Emérito de Governos no College of William and Mary em Virginia, onde
lecionou teoria política e estudo comparativo de genocídios. Prof. Smith escreveu sobre
a natureza, a linguagem, a história e a negação do genocídio. Além de inúmeros artigos,
é editor e co-autor de Guilt: Man and Society, e editor de Genocide: Essays Toward
Understanding, Early-Warning, and Prevention. É membro fundador da International
Association of Genocide Scholars. Como presidente da IAGS, vem participando de
conferências sobre o genocídio nos Estados Unidos, Canadá, França e Armênia. Em
2000, Prof. Smith deu seu depoimento no Congresso dos Estados Unidos sobre a
Resolução do Genocídio Armênio (H. Res. 596). Foi homenageado pela Associação dos
Estudantes Armênios com o prêmio Arthur Dadian pela preservação e divulgação da
história da Armênia. Em 2008, recebeu do presidente da Armênia a medalha Movses
Khorenatsi “por sua considerável contribuição ao reconhecimento internacional do
Genocídio Armênio.” A medalha Khorenatsi é a maior honraria concedida pelo
presidente da República da Armênia às pessoas que tiveram uma significativa
contribuição ao avanço da cultura armênia. Desde 2003, é diretor do Programa da
Universidade sobre o Genocídio e Direitos Humanos, e desde 2004, Coordenador do
Instituto Internacional para Estudos sobre o Genocídio e Direitos Humanos (uma
Divisão do Instituto Zoryan).
TAMDJIAN, Yervant
Professor de armênio, português e inglês, com especialização em linguística inglesa. Foi
professor-assistente do Curso de Língua, Literatura e Cultura Armênia do
Depratamento de Letras Orientais da FFLCH/USP. Lecionou inglês e inglês comercial no
Colégio Olavo Bilac, em São Paulo. É assessor consular no Consulado Geral da
República da Armênia em São Paulo. Tradutor e intérprete, traduziu do espanhol para o
português o livro O Genocídio dos Armênios, publicação do Conselho Nacional
Armênio (CNA) da Argentina. Tem publicado artigos e comentários sobre questões
lingüísticas armênias no jornal Armênia, de Buenos Aires, do qual também foi o
correspondente de São Paulo por vários anos. É redator-chefe do site
www.armenia.com.br – jornal virtual da coletividade armênia do Brasil. É assessor do
Primaz da Diocese da Igreja Apostólica Armênia do Brasil, e como tradutor e intérprete
acompanha as autoridades estrangeiras, principalmente da Armênia que visitam o
Brasil. Foi secretário do Conselho Representativo da Comunidade Armênia do Brasil por
diversas gestões. Tem recebido homenagens por suas atividades culturais na
Associação União da Juventude Armênia de São Paulo. Junto com o Primaz da Igreja
Apostólica Armênia, assessorou e traduziu a grande obra do Arcebispo Maghakiá
Ormanian, A Igreja dos Armênios. É responsável pelo suplemento em português do
órgão da coletividade armênia do Brasil, “Sipan”, bem como da seção de notícias do
“Informativo” mensal da Comunidade Armênia de São Paulo. Exerce o cargo de
secretário-geral da Associação Cultural Armênia de São Paulo. Está preparando a
tradução para a língua portuguesa de um livro sobre a coletividade armênia do Brasil,
desde seus primórdios até meados do século 20.\
YEGHIAZARYAN, Lusine
Coordenadora da Área de Língua, Cultura e Literatura Armênia da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde leciona
disciplinas de língua e cultura armênias. É formada em Letras Romano-Germânicas pela
Universidade Estatal de Yerevan (Armênia), possui mestrado em Semiótica e Lingüística
Geral pela Universidade de São Paulo (2005) e é doutoranda em lingüística na mesma
Universidade. É pesquisadora do CNPQ e membro do projeto “A Rota do Livro”, do
Conselho Europeu. Faz parte do conselho editorial do “Lraber, Boletim das Ciências
Humanas”, órgão oficial da Academia de Ciências da República da Armênia. Tem
experiência na área de Letras, com ênfase em armênio, atuando principalmente na
cultura armênia e análise da língua dentro da teoria gerativa. Além de trabalhos
lingüísticos sobre armênio, é autora de vários artigos e ensaios publicados sobre o
Genocídio Armênio e a preservação de identidade nos países onde existem
comunidades armênias. Organizou diversos eventos sobre o Genocídio, além de ter
participado de debates e mesas redondas referente ao assunto no Brasil e no exterior.
ZARAKOLU, Ragip
Nasceu na ilha de Büyükada, próximo a Istambul. Seu pai, Remzi Zarakolu, foi
governante da ilha. Ragıp cresceu entre os membros das minorias grega e armênia na
Turquia. Em 1968, começou a escrever para as revistas "Ant" e "Yeni Ufuklar". Em 1971
uma junta militar assumiu o poder na Turquia. Ele foi julgado sob acusação de relações
secretas com a Anistia Internacional. Passou cinco meses na prisão, antes que as
acusações fossem retiradas. Em 1972 Ragıp Zarakolu foi sentenciado a 2 anos de prisão
por seu artigo no periódico Ant sobre Ho Chi Minh e a Guerra do Vietnã. Permaneceu na
Prisão Selimiye (Istambul) e foi libertado em 1974 após uma anistia geral. Após sua
libertação, Zarakolu recusou-se a abandonar a campanha pela liberdade de
pensamento, lutando por uma "atitude de respeito pelos diferentes pensamentos e
culturas existentes na Turquia." A Belge Publishing House, estabelecida em Istambul em
1977 por Zarakolu e sua esposa Ayşenur, foi alvo das leis de censura turca desde sua
abertura. Várias acusações levaram à prisão do casal, ao confisco e à destruição dos
livros e a imposição de pesadas multas. Em 1979, Ragıp Zarakolu foi um dos fundadores
do jornal Demokrat e responsabilizou-se pela seção de assuntos internacionais. O
jornal foi proibido após o golpe militar de 12 de setembro de 1980 e Ragıp Zarakolu foi
encarcerado em 1982 por sua posição no Demokrat. Ele foi proibido de deixar o país
entre 1971 e 1991. Em 1986, foi um dos 98 fundadores da Associação pelos Direitos
Humanos na Turquia. Durante algum tempo, Ragıp Zarakolu coordenou o Comitê dos
Escritores na Prisão do International PEN na Turquia. Desde 2007, preside o Comitê pela
Liberdade de Publicação na União de Editores. Zarakolu publicou inúmeros livros sobre
o Genocídio Armênio, o que lhe valeu novos processos criminais em 2005. Em 1995, o
escritório da Belge Publishing House sofreu um atentado a bomba praticado por um
grupo de extrema direita e teve que ser transferido para um porão. Após a morte de sua
23
esposa, em 2002, Zarakolu continuou a publicar livros sobre os gregos, os curdos e o
Genocídio Armênio, enfrentando por isso novas perseguições.
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Local: Império Otomano, a região da Síria. 1915, deportados
armênio - mulheres, crianças e homens idosos.
Fonte: Armenian National Institute
1334 G Street, NW Suite 200
Washington, DC 2005
Local: Império Otomano, a região da Síria. 1915, as mulheres
armênias deportadas fazer lavagem no rio Eufrates.
Fonte: Armenian National Institute
1334 G Street, NW Suite 200
Washington, DC 2005
PROGRAMA MUSICAL
CORAL “VAHAKN MINASSIAN” DA SAMA-CLUBE ARMÊNIO
Diretor Jirair Mahseredjian
O atual Coral “Vahakn Minassian” foi fundado no ano de 1942 com o nome de
Sociedade Artística Melodias Armênias (SAMA), ou “Yeridassartats Miutiun”,
designação em armênio. Desde o seu início e por várias décadas, o coral foi organizado
e regido pelo maestro Vahakn Minassian. Após o seu falecimento, e como uma
homenagem póstuma, em 1983 foi decidido re-nomear o coral com o seu nome. O
coral “Vahakn Minassian” do Clube Armênio tem sempre trazido a sua valiosa
participação nos eventos comemorativos realizados tanto pela coletividade armênia do
Brasil com em outros. Por vários anos, o coral teve a regência da Profa. Sônia Ekizian
Tcherkezian. Em 2009, o maestro Alexey Kurkdjian assumiu essa regência,
acompanhado ao piano pelo pianista Gustavo Fiel.
GRUPO DE DANÇA DA ESCOLA “EXTERNATO JOSÉ BONIFÁCIO”
Diretor Pe. Yeznig Guzelian
ORQUESTRA SPHAERA (SPHAERA ENSEMBLE)
A Orquestra Sphaera (Sphaera Ensemble) é um grupo que interpreta música erudita
(clássica) como prioridade, mas que também executa outros gêneros musicais. A
Orquestra foi idealizada pelo maestro Alexey Kurkdjian, e é composta por profissionais
atuantes em orquestras conhecidas do cenário paulistano, e tem como foco principal a
pesquisa e difusão do repertório de música de todos os tempos, produzida em
qualquer parte do mundo, tanto erudita quanto popular, folclórica e étnica. A Orquestra
vem mantendo contatos com compositores armênios, pesquisando e divulgando a
música armênia. Fazem parte da orquestra, sob regência do maestro Alexey Kurkdjian,
sete músicos profissionais, a saber: Bebel Ribeiro–flauta; Will Tomato–clarineta; Luis
Cadorin– violino; Wagner de Souza–violino; Joel Alves–viola; Diego Mesquitavioloncelo e Douglas de Freitas-contrabaixo.
PROFESSORA SIRVART AVEDISSIAN MOMJIAN – PIANISTA
A Profa. Sirvarta Avedissian Momjian nasceu em São Paulo. Em 1956, formou-se
professora de piano, concluindo com distinção o curso de aperfeiçoamento e
virtuosidade, no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Em 1959, participou
e ganhou o prêmio Padre Gomidás, na 4ª Noite de Arte, promovida pela Sociedade
Brasil-Armênia. Durante muitos anos, foi pianista e organista da Igreja Apostólica
Armênia e do Coral Vahakn Minassian. Em 1987, a convite do Ministério da Cultura da
Armênia, apresentou um recital de piano na Casa do Compositor na capital armênia,
Yerevan. Em 2003, foi agraciada pelo prêmio maior “Sassuntsi Tavit” (Davi de Sassun) da
Sociedade Artística Melodias Armênias-SAMA. Atualmente, a Profa. Sirvart faz parte do
corpo docente do Colégio Prof. Carneiro Ribeiro, onde leciona educação musical e é
regente do Coral Infanto-Juvenil.
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26
TRIO IMAGENS
Maestro Henrique Müller (viola), Cecilia Guida (violino) e Achille Picchi (piano).
O Trio Images foi fundado em 1999 por três dos mais importantes músicos brasileiros,
Cecília Guida(violino),Henrique Muller (viola) e Achille Picchi (piano), professores
conceituados, com excelente formação européia e concertistas premiados. A sua
singular formação, repertório, técnica, sonoridade e afinidade musical têm levado o Trio
a realizar inúmeros concertos no Brasil e exterior (Armênia, Geórgia, Rússia, Argentina,
etc) convidados pelos governos locais, pelo “Comitê de Cultura de Moscou” e por
outras entidades sempre com relevante sucesso (“...a magia do Trio virtuoso...” – Revista
da Academia de Ciências da Rússia; “...músicos de raça e perfeição...” – La Nación),
intercambiando composições brasileiras com as dos países em que se encontraram,
verdadeiros “Embaixadores da Música” (Maestro Walter Lourenção). Com várias
estréias de obras inovadoras e algumas dedicadas ao Trio (Cláudio Santoro, VillaniCôrtes, Marlos Nobre, etc), foi “Revelação” em 2002 ( Revista“Concerto”), recebendo no
mesmo ano, a “Condecoração de Honra” do Governo Armênio, pela sua inestimável
divulgação pelo mundo da música armênia.Em 2009,completando 10 anos de
atividades, o Trio Images, em tournée, recebeu em Yerevan o“Diploma da Cultura” e a
“Medalha de Ouro da Cultura”outorgados pela Sra.Ministra da Cultura da Armênia
H.Pogyosyan, a mais alta e honorável condecoração oferecida a artistas pelo governo
armênio. Foi considerado o “Melhor Conjunto de Câmara de 2006” pela APCA
(Associação Paulista de Críticos de Arte) e em 2008 recebeu da mesma entidade o
“Grande Prêmio da Crítica”. Em 2007, O Trio Images foi laureado com a “Ordem do
Mérito Cultural Carlos Gomes” no grau de Comendadores, em reconhecimento ao seu
trabalho e incentivo cultural.
Repertório
Alexander Arutiunian - Suite - Finale
Aram Khachaturian - Suite Maskerade - Valsa (arr.Picchi)
Dança do Sabre (arr.Picchi)
COMISSÕES
COMISSÃO DE HONRA
Dr. Alberto Goldman, Governador do Estado de São Paulo
Dr. José Henrique Reis Lobo, ex-Secretário de Estado de Relações Institucionais
Dr. Marcos Antonio de Albuquerque, Secretário-adjunto da Secretaria
de Estado de Relações Institucionais
Dr. Paulo de Tarso Vannuchi, Secretário de Direitos Humanos da Presidência da República
Dr. Ashot Yeghiazaryan, Ministro Plenipotenciário,
Embaixador da República da Armênia no Brasil
Dr. Valéry Mkrtoumian, ex-Consul Geral da República da Armênia em São Paulo
Sr. Artur Harutyunyan, Primeiro Secretário e Cônsul Interino
da República da Armênia em São Paulo
Prof. Dr. João Grandino Rodas, Reitor da Universidade de São Paulo
Prof. Dr. Vahan Agopyan, Pró-Reitor de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo
Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda, Pró-Reitora de Cultura e Extensão
da Universidade de São Paulo
Profa. Dra. Sandra Margarida Nitrini, Diretora da FFLCH da Universidade de São Paulo
Profa. Dra. M. Luiza Marcílio, Presidente da Comissão de Direitos Humanos
da Universidade de São Paulo
Prof. Dr. Celso Lafer, Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo - FAPESP
Prof. Dr. Dalmo de Abreu Dallari, Faculdade de Direito São Francisco
da Universidade de São Paulo
Profa. Dra. Anita Novinsky, Presidente do LEI- Laboratório de Estudos da Intolerância
da Universidade de São Paulo
Sr. K. M. Greg Sarkissian, Presidente do Zoryan Institute, Canadá
Dr. Abraham Goldstein, Presidente da B'nai B'rith do Brasil, Programa de Direitos Humanos
Arcebispo Datev Karibian, Primaz da Diocese da Igreja Apostólica Armênia do Brasil
Dom Vartan Waldir Boghossian, Exarca Apostólico Armênio da América Latina
Roy Abrahamian, Pastor da Igreja Central Evangélica Armênia de São Paulo
Dr. Hoanes Koutoudjian, Presidente da Diretoria Executiva da Comunidade
da Igreja Apostólica Armênia do Brasil
Prof. Dr. Antranik Manissadjian, Presidente do Conselho Representativo da Comunidade
da Igreja Apostólica Armênia do Brasil
Sr. Roberto Nerguizian, Presidente da Comunidade Armênia de Osasco, SP
COMISSÃO CIENTÍFICA
Dr. Paulo André Aguado, Chefe de Gabinete da Secretaria de Relações Institucionais
Profa. Dra. Maria Luiza Tucci Carneiro, LEER - Depto. de História, FFLCH/USP
Prof. Dr. Sedi Hirano, Depto. Sociologia, LEER - Depto. de História, FFLCH/USP
Sr. George Shirinian, Diretor Executivo do Instituto Zoryan, Canadá
Dr. Simão Kerimian, Conselho Nacional Armênio
Profa. Lusine Yeghiazaryan, Depto. de Letras Orientais, FFLCH/USP
Prof. Yervant Tamdjian, Assessor do Consulado Geral
da República da Armênia em São Paulo
Prof. Dr. Hagop Kechichian, Conselheiro do Conselho Representativo
da Igreja Apostólica Armênia do Brasil
27
COMISSÃO DE TRABALHO
Profa. Dra. Maria Luiza Tucci Carneiro, LEER - Depto. de História, FFLCH/USP
Profa. Dra. Márcia Yumi Takeuchi, LEER - Depto. de História, FFLCH/USP
Profa. Dra. Marília Canovas, LEER - Depto. de História, FFLCH/USP
Prof. Yervant Tamdjian, Assessor do Consulado Geral
da República da Armênia em São Paulo
Profa. Lusine Yeghiazaryan, Depto. de Letras Orientais, FFLCH/USP
Sra. Thais Carolina Silva, Grupo de Comunicação e Eventos
da Secretaria de Estado de Relações Institucionais
ARTE E DIAGRAMAÇÃO
Leandro Nunes, Grupo de Comunicação e Eventos
da Secretaria de Estado de Relações Institucionais
SECRETARIA ADMINISTRATIVA
Diego Rosa, Secretário LEER/USP; Gláucia Castellan, Mestranda em História Social,
LEER-USP; Prof. Antonio Silva Ortega, EMEF Profa. M. Antonieta D'Alkimin Bastos;
Lígia Sanches, LEER-USP;
MONITORES LEER - ARQSHOAH-Arquivo Virtual do Holocausto e Antissemitismo
Amanda Macedo Fernandes, Ana Carolina de A. Duarte, André Luiz Pires Briant,
Guilherme Rauem Silva Jardim, Laura Lemmi Di Natale, Lilian Ferreira de Souza
e Priscila de Freitas Oliveira
TRADUÇÃO
28
Sra. Luciana Cammarota
ORGANIZAÇÃO
INSTITUIÇÕES ORGANIZADORAS
Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Relações Institucionais
Universidade de São Paulo
LEER/USP- Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação
Consulado Geral da República da Armênia de São Paulo
Instituto Zoryan, Canadá
APOIOS
FAPESP- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Universidade de São Paulo
Reitoria
Pró-Reitoria de Cultura e Extensão
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Curso de Armênio do Departamento de Letras Orientais
Departamento de História
Centro de Apoio à Pesquisa Histórica
Arqshoah- Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antissemitismo
Banco Induscred de Investimento S/A
Banco Sofisa
Procimar Cine-Vídeo
Trio Imagens
Coral Vahakn Minassian do Clube Armênio
Escola Externato José Bonifácio
Pianista Profa. Sirvart Avedissian Momjian
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
LEER - Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação
Departamento de História. Prédio de História e Geografia. LAB.04
Av. Professor Lineu Prestes, 338 - Térreo - CEP: 05508-000
Cidade Universitária - Butantã - São Paulo - SP - Brasi
Fone: (55 11) 3091-8598 | e-mail: [email protected]
Site: www.arqshoah.com.br
ESPAÇOS
Anfiteatro “Camargo Guarnieri”
Rua do Anfiteatro, 109 (próximo do MAC - Museu de Arte Contemporânea/USP)
Cidade Universitária - Butantã - São Paulo - SP
Anfiteatro de História
Prédio de História e Geografia, térreo.
Av, Prof. Lineu Prestes, n. 338.
Cidade Universitária - Butantã - São Paulo - SP
29
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
PRESENTATION
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
The past 100 years have been described as “The Age of Genocide,” referring to a
new phenomenon, whereby a government turns on an identifiable ethnic minority
among its own citizens, in order to liquidate them, in part or in whole, in a planned and
systematic manner, as part of a perceived solution to its political problems. This marks a
change from the mass slaughter of populations that occurred many times throughout
history, which were associated with invasion, imperialism and conquest.
This new phenomenon captured the attention of a young law student in Poland,
who was captivated by the acquittal in 1921 of another young man, an Armenian, at a
trial in Berlin, who assassinated the Interior Minister of the Ottoman Empire, one of the
men who had orchestrated the destruction of his Armenian citizens, through terror,
mass killing, execution, and extermination of some one-and-a-half million people. He
did this among other things by sending “men, women, elders, children, expectant
mothers and nursing babies into the Arabian desert with no other object than to let
them starve to death.”
That student was Raphael Lemkin, who was struck by the fact that it was a crime
to kill one person, but that there were no laws making it a crime to kill a million people.
He later coined the term “genocide” and devoted his life to the passage of the United
Nations Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide
April 2010 marks the 95th anniversary of the Armenian Genocide, perpetrated
by Ottoman Turkey, the prototype case of genocide. This commemoration provides a
solemn and salutary opportunity for reflection on this all too frequently recurring
phenomenon. This can be meaningful not only for those with an interest in the
particular cases which followed it—the Holocaust, Cambodia, Rwanda, the former
Yugoslavia, and Darfur, to name only a few—but also for understanding the causes of
genocide, its methods and implementation, its warning signs, and its denial, so that we
may be able to prevent future cases of genocide.
Genocide is a direct assault on the fundamental principles embodied in the
Universal Declaration of Human Rights. Genocide continues to occur with alarming
frequency in our time. Genocide “is to oppose the will of the Creator and to disturb the
spiritual harmony of mankind”—in the words of Raphael Lemkin.
It is against this background that the Government of the State of Sao Paulo, the
Government of Armenia (Consulate General of Armenia in Sao Paulo), the University of
Sao Paulo, and the Zoryan Institute have organized “The Prototype Genocide of
Modern Times: A Seminar on the 95th Anniversary of the Armenian Genocide,” in Sao
Paolo, Brazil, April 22-24, 2010.
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
31
PROGRAM
22 APRIL, Thursday
Amphitheater “Camargo Guarnieri”, the University of São Paulo
08h
Registration and delivery of materials for all participants, foreign and local
invitees
09h
Official Opening
Installation of the opening panel in the presence of the members of the
Committee of Honor, academic and diplomatic representatives.
09h40 Presentation: ‘’The Prototype Genocide of Modern Times:
The Armenian Genocide’’
Mr. K. M. Greg Sarkissian (President of the Zoryan Institute,
Canada)
10h10 Coffee-Break
10h30 Plenary Session: “Armenian Genocide: Historical Memory and the
Search for Peace”
Prof. Dr. Dalmo de Abreu Dallari (Faculty of Law, the
University of São Paulo, Brazil)
32
BBC Documentary on the Armenian Genocide - “The Betrayed”
Interval
14h
Session 1: “Genocide and the Gross Violation of Human Rights”
(Amphitheater of the History Department)
Coordination: Prof. Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy (History Department,
the University of São Paulo, Brazil)
Prof. Steven Leonard Jacobs (University of Alabama, USA)
“Raphael Lemkin and the Armenian Genocide”
Dr. Sévane Garibian (University of Neuchâtel, Switzerland)
“The Armenian Genocide and the Development of the Modern Concept
of Crimes against Humanity”
Coffee-Break
Mr. Ragip Zarakolu (Human Rights Activist and Publisher, Turkey)
“Modern Turkey and the Armenian Genocide”
Prof. Dra. Maria Luiza Tucci Carneiro (LEER - History Department, the University
of Sao Paulo, Brazil)
“Brazil in front of the Armenian Genocide, the Holocaust and the UN
Resolution”
Discussant: Dr. Simão Kerimian (Armenian National Council, Brazil)
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95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
23 APRIL, Friday
Amphitheater of the History Department, University of São Paulo
09h
Session 2: “Perspectives on the Armenian Genocide”
Coordination: Prof. Lusine Yeghiazaryan (Department of Oriental Literature,
the University of São Paulo, Brazil)
Historical: Prof. Ruben Safrastyan (Director of the Institute of Oriental
Studies, Armenia)
“The Policy of the Armenian Genocide: Genesis (1876-1915)’’
Comparative: Prof. Emeritus Robert Frank Melson (Purdue University, USA)
“The Armenian Genocide as Precursor and Prototype of
Modern Genocide”
Coffee-Break
Legal: Prof. Vahakn Dadrian (Director of Genocide Research Zoryan Institute, USA)
“The Armenian Genocide in International Law”
Prof. Dr. Marcio Seligmann-Silva (University of Campinas, Brazil)
“The Armenian Genocide and the Question of Evil Memory in the XX
Century”
Discussant: Prof. Dr. Peter Demant (History Department, the University of
Sao Paulo, Brazil)
Interval
14h
Session 3: “Genocide: Denial, Politics and Prevention”
Coordination: Prof. Yervant Tamdjian (Consultant of the Consulate General
of the Republic of Armenia in São Paulo)
Prof. Emeritus Roger Winston Smith (College of William and Mary,
and Chairman, Zoryan Institute, USA)
“The Denial of the Armenian Genocide”
Prof. Khatchik Der Ghougassian (University of San Andrés, Argentina)
“The Armenian Genocide on the International Agenda”
Coffee-Break
Prof. Herbert Hirsch (Virginia Commonwealth University, USA)
“The Lessons of the Armenian Genocide for the Prevention of Genocide”
Prof. Dr. Anita Novinsky (President of LEI-Laboratory of Studies on
Intolerance/USP, Brazil)
“Education for Life”
Discussant: Mr. George Shirinian (Executive Director of the Zoryan Institute,
Canada)
20h
Annual Ceremony to honor the victims of the Armenian Genocide, and
in solidarity with the Armenian people at Legislative Assembly of the
State of São Paulo
Keynote Speaker: Prof. Dr. Antranik Manissadjian
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
33
24 April, Saturday
Amphitheater “Camargo Guarnieri”. University of São Paulo
10h30 Closing Ceremony
Presentation: Prof. Lusine Yeghiazaryan (Department of Oriental Literature,
the University of São Paulo, Brazil) and
Prof. Dr. Hagop Kechichian (Adviser of the Representative
Council of the Armenian Apostolic Church Community in
Brazil)
11h
Honoring Ceremony
11h20 Musical Program ‘’Armenia Lives’’
Chorus VAHAKN MINASSIAN of the Armenian Club of São Paulo;
Dance Group of the Armenian School José Bonifácio;
Orchestra SPHAERA;
Pianist Prof. Sirvart AVEDISSIAN MOMJIAN;
Trio IMAGENS.
12h45 Cocktail (Armenian traditional cuisine)
13h30 Visit to the Armenian Genocide Monument
34
Photo: Deported Armenians during
the genocide in motion
Fonte: Armenian National Institute,
Inc. Elder Photo Collection.
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
ABSTRACTS
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (LEER/History Department, University of Sao Paulo, Brazil)
Session 1: “Brazil in front of the Armenian Genocide, the Holocaust and the UN
Resolution (1915-1948)”
This paper will analyze Brazil's political position - government, press and Brazilian
diplomats -- since the Armenian Genocide (1915-1923) until the integration of the
crime of genocide to the International Law, expressing an advance to the Human Rights
Laws. Through the diplomatic documents and articles published by important Brazilian
newspapers, we will attempt to reconstitute the multiple discourses, about the
Armenian Genocide as prototype of the modern genocide, from 1915 to 1948. In the
Historical Archive of Itamaraty/RJ we found documents that express the Brazilian
diplomacy position before the migratory flow of the Armenian people who, for political
causes, had to leave their homeland after 1915, without legal protection. Thousands of
Armenians in transit demanded the attention of the League of Nations that, in 1923,
took the responsibility for the legal protection of the group. Since 1924, the Armenians
started to have the right to use the Nansen Passport and to count on the legal
protection offered by many plans and arrangements. In 1924, thirty five countries,
including Brazil, endorsed this agreement known as Plan for the Issue of a Certificate of
Identity to Armenian Refugees. With the Arrangement of Extension in 1928, the
Armenians were recognized as “Nansen Refugees”, extending the categories of political
refugees. It is important to reconstitute Brazil's position at the UN during the United
Nations Convention on the Punishment and Prevention of Genocide –CONUG, in 1946,
ratified by the most of the UN member states in 1948. In the words of Gilberto Amado Brazilian representative in the Commitee of Codification and Progressive Development
of International Law – this issue did not concern us: “Brazilian people are homogeneous,
made up of heterogeneous races. Therefore, the problem of genocide does not concern
us directly. It is a crime the common Brazilian man cannot figure out, but it horrifies him
anyway”. The Brazilian Law nº 2.889 defined and started to punish the crime of genocide
only in October 1st,1956, during Juscelino Kubitschek government, adopting the same
definition ratified by the UN Convention.
DADRIAN, Vahakn N. (Director of Genocide Research, Zoryan Institute, USA)
Session 2- “The Armenian Genocide in International Law”
Despite persistence Turkish denials, the World War I Armenian Genocide that in some
respects is linked to the Jewish Holocaust, as attested to by Hitler himself, emerges in
modern history as the first major and centrally organized mass murder. Publicly
denounced by the victorious Allies, on May 24, 1915, as “a crime against humanity and
civilization,” which they vowed to prosecute after the war, the case underwent a series of
initiatives of criminalization under international law. These included (1.) the postwar
Commission on Responsibilities that denounced the crime as “a violation of the laws of
humanity,” (2.) the British Chief Prosecutor of Nuremberg (Sir Harley Shawcross)
confirmed the 19th century Armenian precedent, (3.) through Resolutions 95(1) and
96(1) the U.N. on December 11, 1946 underscored the criminal violation of the
international law aspects and the genocidal nature of the type of mass murder in
question, (4.) under the terms of the Convention on Non-Applicability of Statutory
Limitations to Crimes Against Humanity of 1968, and the Vienna Convention of 1969,
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
35
the Armenian Genocide continues to remain prosecutable as the present Turkish State is
legally deemed as the successor State-to the extent that it assumed sovereignty over
formerly Ottoman lands, and hence not free from obligation incurred by it. Finally, the
specific intent involving the general context of the mass murder, the related series of
concomitant acts of perpetration, the scale of the atrocities, the systematic targeting of
the Armenians as members of the victim group, and other forms of liquidation, mark the
wartime overall treatment of the Armenians as a distinct case of genocide.
DER GHOUGASSIAN, Khatchik (University of San Andrés, Argentina)
Session 3-“The Armenian Genocide on the International Agenda”
This paper analyses the emergence of the Armenian Genocide on the international
agenda as a political issue. It considers both the structural conditions and agency
activism on the dual state and non-state levels within which the demand for
recognition, reparation and reconciliation have been formulated. The main hypothesis
sustains that the emergence of the Armenian Genocide on the international agenda
responded first to identity considerations in both the Diaspora and Soviet Armenia, but
after Armenia gained independence in 1991 it became a controversial issue as a state
policy. Focusing on the evolution of the issue since then, the paper highligths both the
ethical and strategical dimensions of the question and the challenge to overcome their
contradictions.
36
GARIBIAN, Sévane (University of Neuchâtel, Switzerland)
Session 1-“The Armenian Genocide and the Development of the Modern Concept
of Crimes Against Humanity”
Soon after World War I, the 1923 Treaty of Lausanne buried the Armenian question.
Nevertheless, the 1915 Allied Declaration on “crimes against civilization and humanity,”
the 1919 Paris Peace Conference's work, and the 1920 Treaty of Sèvres are key
documents for a better understanding of the emergence of international criminal law. In
particular, they constitute an important legal basis for the conceptualization of “crime
against humanity.” Born in 1915 in the context of the Armenian Genocide, this new
concept was distinguished from that of “war crime,” as it referring to a different type of
state criminality, which would then finally be legally defined only 30 years later, in the
1945 Nuremberg Statute.
HIRSCH, Herbert (Virginia Commonwealth University, USA)
Session 3- “The Lessons of the Armenian Genocide for the Prevention of Genocide”
As the Twenty First Century rolls on we must continue to examine the legacy of The
Armenian Genocide and the later genocides of the Twentieth Century. The Armenian
Genocide is, without doubt, the paradigmatic genocide of the previous century. Yet, ten
years into the Twenty First Century, and ninety five years after the events of 1915, the
lessons learned may be clear, but the actual implementation of programs derived from
these lessons lags behind the academic discussion and means that the slogans such as
“never again” and others reverberate with a ring of insincerity even as new prescriptions
emerged containing new instructions as to how genocide is to be prevented in the new
century. In fact, from the end of the Twentieth Century into the Twenty First, genocide
prevention entered the consciousness of human rights organizations and regional and
international organizations. Over the last ten years there have appeared at least four
major international and national publications which attempt to outline the mechanisms
necessary to prevent genocide in the new century. This presentation will analyze the
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
strengths, weaknesses and relative effectiveness of these in light of the Armenian
Genocide. In order to approximate an adequate analysis of this we begin with an
explication of what happened in the last century and, from there, move to an in depth
examination of the recent attempts to provide a formula to prevent genocide.
Throughout this paper we will not lose sight of the lessons learned, or perhaps most
accurately, not learned. In fact, the paper will argue that the world did learn some
lessons from the Armenian Genocide but has not implemented them in such a fashion
as to adequately overcome the primary obstacles to the prevention of genocide.
JACOBS, Steven Leonard (University of Alabama, USA)
Session 1- “Raphael Lemkin and the Armenian Genocide”
Raphael Lemkin (1900-1959), a Polish-Jewish refugee from the Holocaust/Shoah, was
the author of our word "genocide" and the motivating force behind the 1948 United
Nations Convention on the Punishment and Prevention of Genocide. There is no doubt
that the impact of the tragedy of the Armenian Genocide, and especially the trial of
Soghomon Tehlirian had upon him were major, if not central influences upon him and
his determination to secure international post-World War II support outlawing the
crime of genocide. This presentation, including actual words taken from his writings and
unpublished autobiography, "Unofficial Man," will detail further the impact of these
events upon his thinking and determination.
MELSON, Robert Frank (Purdue University, USA)
Session 2- “The Armenian Genocide as Precursor and Prototype of Modern
Genocide”
During the 20th and 21st centuries, the world the world has experienced four tidal
waves of national and ethnic conflict and genocide. These were punctuated by the First
and Second World Wars, and by the post-colonial and post-Communist eras. During the
First World War and its aftermath, the Ottoman Empire collapsed and it committed the
first total genocide of the 20th century against its Armenian minority. In the same
period, the disintegration of the German and Austro-Hungarian Empires set off
nationalist and fascist movements that repressed minorities and precipitated the
Second World War. In the context of that war, the Nazis attempted to exterminate the
Jews and Roma and committed partial genocide against other peoples. Following the
Second World War, as former European colonial empires withdrew from their
possessions, they left behind fragile regimes that lacked legitimacy. Such governments
frequently ruled over culturally plural societies and tried to impose the hegemony of
one ethnic group over the rest. In reaction, minorities rebelled and sought selfdetermination. In the wake of the collapse of Communist regimes in the Soviet Union
and former Yugoslavia, the fourth wave of national upsurge, ethnic conflict and
genocide was witnessed. The Armenian Genocide was not only the first total genocide
of the twentieth century; it also served as a prototype for genocides that came after.
The Armenian Genocide approximates the Holocaust, but at the same time its territorial
and national aspects distinguish it from the mass-murder of European Jews, and
connect it as an archetype for ethnic and national genocides in the Third World and in
Post-Communist states.
NOVINSKY, Anita (President of LEI- Laboratory of Studies on Intolerance,
University of São Paulo, Brazil)
Session 3 - “Education for Life”
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
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The new century continues the long historical trajectory marked by the violence of the
Crusades, the terror of Inquisition, the extermination of indigenous population, the
Armenian genocide and the Jewish holocaust. Modernity brought a new relation between
rationality and barbarity. In the words of Theodor Adorno, the fight against war and
agressiveness will be in vain if we do not change our educational systems. Besides
children's education, it is important to make all the citizens aware of the causes of the
destruction. We can find the reasons of the genocides in the 20th century in the
resurrection of aggressive nationalisms. But we shall concentrate our hope on education.
What resources do we have to win the insanity, the fundamentalism, the wave of violence?
Knowledge is not enough. Knowledge cannot ensure a better future for our children. Only
humanized education can prevent violence and hate among the nations
SAFRASTYAN, Ruben (Director of the Institute of Oriental Studies, Armenia)
Session 2: “The Policy of the Armenian Genocide: Genesis (1876-1915)”
Paper is devoted to the problem of genesis of policy of genocide towards Armenians in
Ottoman Empire. Based on the extensively using the archival documents and Turkish
first hand sources author offers his interpretation of this problem. He examines
consecutively the roots and historical and political background to this policy as well as
the formation of governmental programs of genocide during last four decades of
existence of Ottoman Empire. Author concludes that, the ruling circles of Ottoman
Empire considered the crime of genocide as the radical response to the nationalliberation movement of Armenian people.
38
SARKISSIAN, K. M. Greg (President of the Zoryan Institute, Canadá)
Presentation: “The Prototype Genocide of Modern Times: The Armenian
Genocide”
The Armenian Genocide, although now 95 years old, is still very relevant to the world
today. In the words of Raphael Lemkin, the man who coined the word “genocide,” “the
function of memory is not only to register past events, but to stimulate human
conscience.” Therefore, while commemorating the Armenian Genocide, we take the
opportunity to raise awareness of the trauma caused by the gross violations of human
rights and genocide of any people. As human rights are everybody's concern, so too are
the gross violation of human rights and genocide. The 95th anniversary of the Armenian
Genocide provides an ideal occasion to reflect on the event that has become
recognized as the archetype of modern genocide. Understanding the many parallels
between the Armenian Genocide and other cases of genocide can be useful not only for
those with an interest in the particular cases which followed it, but also for
understanding the causes of genocide, its methods and implementation, and its
warning signs, so that we may be able to prevent future cases of genocide.
SELIGMANN-SILVA, Marcio (UNICAMP-University of Campinas, Brazil)
Session 2: “The Armenian Genocide and the Question of Evil Memory in the XX
Century”
The text deals with the question of the necessity of witnessing after genocides as a
mean to give a form to the event and to allow the passage from a victim position to the
one of a citizen with his rights, including the one to sue in court the responsible of the
genocide. The testimony is confronted with negacionism and presented as a process
that encompasses individual, collective and national traumata and allows the working
through envisaging justice, truth and the reconstruction of the person and of postinternational seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
genocide societies. The Armenian Genocide occupies a key-position in the history of
genocides and of negacionism. As a radical case of negacionism it presents, ex
negativo, the necessity of witnessing.
SMITH, Roger Winston (College of William and Mary, and Chairman, Zoryan
Institute, USA)
Session 3- “The Denial of the Armenian Genocide”
Denial is both the first and the last stage of genocide and seeks to blame the victims and
rehabilitate the perpetrators. It typically denies that the events took place, that the
perpetrators bear responsibility for the destruction, and that the term “genocide” is
applicable to what occurred. Denial has been the universal strategy of perpetrators in
the modern world, but Turkey's denial of the Armenian Genocide is unique in certain
respects: it has gone on for 95 years, with serious moral, political, and economic
consequences, has been aided and abetted in the denial by powerful governments, and
the Turkish state has used a variety of tactics, ranging from political, military, and
economic pressure to attempts to prohibit discussion of the Genocide whether at
academic conferences, in public schools, or through the media. Within Turkey itself,
public acknowledgement of the Genocide is a criminal offense. The presentation
attempts to illuminate the concept of denial, discuss the arguments and tactics that
Turkey has used, clarify why the denial has continued, and explore possibilities for
overcoming the denial.
ZARAKOLU, Ragip (Human Rights Activist and Publisher, Turkey)
Session 1- “Modern Turkey and the Armenian Genocide”
This paper will discuss the various ways the Armenian Genocide is treated officially by
government and the judiciary, and by society at large. From using euphemisms, such as
“the events of 1915,” to prosecuting writers, scholars and publishers, the responses to
this issue vary widely among the different segments of state and society. The
implications of all this for Turkey are analyzed.
Photo: Armenian deportees living in Nisibin
Fonte: Armenian National Institute, Inc. Elder Photo Collection.
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
39
CURRICULUM
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci
Associated Professor at the Department of History, University of São Paulo. Accredited
in the Programs of Post Graduate of the University of São Paulo: Social History,
FFLCH/USP; Human Rights, Law Faculty, São Francisco/USP; and Hebrew Language,
Jewish Culture and Literature/USP . Coordinator of LEER- Laboratory of Studies about
Ethnicity, Racism and Discrimination /USP e do PROIN- Laboratory of Brazilian Political
Memory Studies. She wrote the following books: Judeus e Judaísmo na obra de Lasar
Segall, (co-author with Celso Lafer (Ateliê Editorial, 2004); O Preconceito Racial em
Portugal e Brasil Colônia. (3ªed., Perspectiva, 2005); O Anti-semitismo na Era Vargas
(3ed. Perspectiva, 2001); Livros Proibidos, Idéias Malditas (2ed.Ateliê Editorial, 2002); O
Veneno da Serpente. Reflexões sobre o Anti-semitismo no Brasil (Perspectiva, 2003);
Holocausto, Crime contra a Humanidade (Ática, 2000); Cidadão do Mundo. O Brasil
Diante do Holocausto e dos Judeus refugiados do nazifascismo, 1933-1948
(Perspectiva, in press). Currently she coordinates Arqshoah- Virtual Archive about
Holocaust and Anti-semitism (http://www.arqshoah.com.br), a division of LEER/USP.
40
DADRIAN, Vahakn N
Professor of Sociology at the State University of New York from 1970 to 1991, shifted his
academic career to conducting research full-time on the Armenian Genocide. His
groundbreaking research has been supported by two large grants from the National
Science Foundation, resulting in the publication of two separate monographs by the
Yale Journal of International Law. For several years he was engaged as Director of a large
Genocide Study Project sponsored by the H. F. Guggenheim Foundation. The project's
first major achievement was the publication, now in its fifth printing expanded, of an
extensive volume titled The History of the Armenian Genocide: Ethnic Conflict from the
Balkans to Anatolia to the Caucasus). This work has appeared in French (Paris, 2nd
printing) and in Greek (Athens). Professor Dadrian's second major work is German
Responsibility in the Armenian Genocide: A Review of the Historical Evidence of German
Complicity and is now in its third edition. His third volume, Warrant for Genocide: The
Key Elements of the Turko-Armenian Conflict, appeared in 1999. Key Elements of the
Turkish Denial of the Armenian Genocide appeared the same year and was translated
into Spanish in Buenos Aires (2002). His most recent book, a study of the Turkish Military
Tribunals, appeared in Turkish in 2008, with an English edition forthcoming. In addition
to these monographs, Dadrian has published numerous articles in scholarly journals
around the world. Professor Dadrian currently is Director of Genocide Research at the
Zoryan Institute.
DALLARI, Dalmo de Abreu
Professor Emeritus of the College of Law of the University of São Paulo, where he was
lecturer of the Department of Government Law from 1974 to 2002. He has presented
papers and conferences in Brazil and other countries. His researches include Human
Rights, Constitution, Theory of Law, Citizenship, the Judiciary, Democratic State based
on the rule of Law, Self-determination, Democracy and Constitutional Law. He was
Secretary of Juridical Affairs of the Municipal Government of São Paulo (1990-1992),
Vice-President of the International Commission of Jurists; Vice-Coordinator of
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
UNESCO/USP Chair of Human Rights and Visiting Professor of the University of Paris IX
[Nanterre]. Among other books, he has written Que são Direitos da Pessoa ? (1994),
Direitos Humanos e Cidadania (2002), O Futuro do Estado (2007) and Elementos de
Teoria Geral do Estado (2007).
DEMANT, Peter
Bachelor's Degree in History at the University of Amsterdam, Netherlands (1976);
Master (1981) and Doctorate (1988) in Modern, Contemporary and Theoretical History,
at the University of Amsterdam (Thesis: Ploughshares into Swords: Israeli Settlement
Policy in the Occupied Territories, 1967-1977); Full Professor in Contemporary History
at the University of São Paulo (2007, Thesis: Choque dos universalismos: Estudos sobre
a interação ocidente-islã). He taught at the University of Amsterdam until 1990. From
1990 to 1999, he was Senior researcher at the Harry S Truman Research Institute for the
Advancement of Peace, at the Hebrew University of Jerusalem, where he was actively
involved in Israel-Palestine dialogues. In 2000 he started his activities as Visiting
Professor of History of Asia at USP. In 2008 he was Visiting Professor at the Department
of Political Science – International Relations at the University of Amsterdam. Currently
he is Associated Professor at the Department of History at FFLCH-USP (Social History
Program), lecturing in the Bachelor's Degree in International Relations and in the
Graduate Program. He has written numerous texts about Middle East conflicts,
terrorism and non violent resolutions of ethnical and religious conflicts. In addition, he
has published contributions to collective books and articles in scientific journals,
including a text about the Muslim immigrants in Europe, in Res Publica, a Dutch Journal
of Political Science (2009). He is also author of O Mundo Muçulmano (São Paulo, 2008,
3ª. ed. (2004, 1ª.) and Islam vs. Islamism: the Dilemma of the Muslim World (Westport,
CT and London, 2006). He is responsible for Middle East area at GACINT-IRI, member of
the Advisory Board of NUPRI-USP, co-coordinator of the Laboratory of Asian Studies
(LEA) at FFLCH and member of the Graduate Commission of IRI-USP.
DER GHOUGASSIAN, Khatchik
Ph.D. in International Studies from the University of Miami (Coral Gables, FL). He teaches
international relations at the Universidad de San Andrés (Buenos Aires, Argentina), and
is a Visiting Adjunct Professor at the American University of Armenia. Before his full
dedication to the academic career, DerGhougassian was the editor of the ARMENIA
newspaper in Buenos Aires, Argentina (1987-1997). His latest publications include El
derrumbe del negacionismo. Leandro Despouy, el Informe Whitaker y el aporte
argentino al reconocimiento internacional del genocidio de los armenios (Buenos Aires:
Planeta, 2009) with Khatchik DerGhougassian (editor), Fabian Bosoer, Florencia Teruzzi,
Juan Gabriel Tokatlian and Leandro Despouy; “A Progressive Commitment to the
Armenian Cause” (The Armenian Review, vol. 50, n. 1-4, Fall-Winter 2008); and
“Transnational Links and 'Local' Connections: Latin America and Global Terrorism” in
Terrorism. Patterns of Internationalization eds. Ekaterina Stepanova and Jaideep Saika
(SAGE, 2009).
GARIBIAN, Sévane
Received her PhD in Law from the University of Paris X-Nanterre and the University of
Geneva (2007). She is currently a Researcher at the Center of Legal Theory and Analysis
(Paris X, CNRS), France, and a Senior Lecturer in Philosophy of Law at the University of
Neuchâtel, Switzerland. Her main research has been on the development of the legal
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
41
concept of crime against humanity and, more generally, on issues related to Law facing
State crimes, as well as genocide denial. She has written numerous articles and
contributions to collective books on the legal aspects of genocide studies. Her book,
Crime Against Humanity and the Founding Principles of the Modern State: Birth and
Consecration of a Concept (in French) was published in 2009 (co-editors: ShulthessLGDJ-Bruylant, Geneva-Paris-Bruxels).
42
HIRSCH, Herbert
Professor of Government and Public Affairs at Virginia Commonwealth University in
Richmond, Virginia, where he teaches courses on American politics; political
psychology; and the politics of war, violence and genocide. He is the author of several
books and numerous articles and book reviews, including Genocide and the Politics of
Memory (1995), and Anti-Genocide: Building an American Movement to Prevent
Genocide (2002). He has presented papers at The American Political Science
Association, International Studies Association, Southwestern Social Science
Association, American Historical Association, Southern Political Science Association,
Western Political Science Association, Annual Scholar's Conference on The Holocaust,
Australian Association of Jewish Studies, Remembering for the Future II, Berlin,
Germany, Fourth International Stockholm Forum on Preventing Genocide, and several
others. Dr. Hirsch serves on numerous advisory boards and regularly offers a course on
The Holocaust, Genocide, and Human Rights at the Virginia Holocaust Memorial
Museum. He gave a seminar for the policy planning staff at the U.S. Department of
State about the events in Bosnia in 1992 and has lectured in Australia, Canada, England,
Ireland, Germany and Sweden. Dr. Hirsch was selected as one of 30 scholars to
participate in the Goldner Symposium on Post-Holocaust Ethics at Wroxton College in
Oxfordshire, England. He is also one of twenty-two scholars whose biography is
featured in Pioneers in Genocide Studies: Confronting Mass Death in the Century of
Genocide. Dr. Hirsch is currently working on a new book, tentatively titled Preventing
Genocide in the New Century and is an editor of Genocide Studies and Prevention: An
International Journal.
JACOBS, Steven Leonard
Professor and Aaron Aronov Chair of Judaic Studies in the Dept. of Religious Studies at
the University of Alabama-Tuscaloosa. He is also an ordained Rabbi. In addition to
courses on religion, he also teaches the Holocaust In Historical Perspective. Dr. Jacobs'
primary research foci are in Biblical Studies, translation and interpretation, including the
Dead Sea Scrolls; as well as Holocaust and Genocide Studies. His professional and civic
involvements include the Alabama Holocaust Commission; Board of Advisors, The
Center for American & Jewish Studies, Baylor University, Waco, TX; International Editor,
The Papers of Raphael Lemkin; International Advisory Board of the Centre for
Comparative Genocide Studies, Macquarie University, New South Wales, Australia;
Editorial Board, "Studies in the Shoah," University Press of America, Lanham, MD;
Editorial Board of Bridges: An Interdisciplinary Journal of Theology, Philosophy, History
and Science, Monkton, MD; Educational Consultant to the Center on the Holocaust,
Genocide, and Human Rights, Philadelphia, PA; Board of Advisors of The Aegis Trust for
the Prevention of Genocide, England; and the International Association of Genocide
Scholars. Among his numerous books are Raphael Lemkin's Thoughts on Nazi
Genocide; Contemporary Christian and Contemporary Jewish Religious Responses to
the Shoah; The Holocaust Now: Contemporary Christian and Jewish Thought; The
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
Encyclopedia of Genocide (Associate Editor); Pioneers of Genocide Studies (Co-editor);
and Confronting Genocide: Judaism, Christianity, Islam.
KECHICHIAN, Hagop
Son of Armenian immigrants. Bachelor and teaching degree of History of the University
of São Paulo (1962) and Bachelor of Legal and Social Science from the Faculty of Law of
Taubaté (1968). He studied Armenian Language and Literature, in the Departament of
Oriental Languages, FFLCH/USP (1962-1963). Master in History with the dissertation
Cristianismo e o Alfabeto Armênio, fatores de preservação da integridade e da
identidade cultural nacional Armênia (FFLCH/USP,1963). Doctor in Social History with
the thesis Sobreviventes do Genocídio – Imigração e Integração dos Armênios no Brasil
– um estudo introdutório – das origens a 1950 (FFLCH/USP,.2001). He has translated
numerous articles about Armenian history and culture. Currently he is one of the forty
members of the Advisory Board of the Armenian Apostolic Church of São Paulo, Brazil.
He is also member of the Advisory Board of the Sociedade Artística Melodias Armênias
– Clube Armênio and has occupied different positions. He is retired teacher of History of
the public education in São Paulo.
KERIMIAN, Simão
Lawyer, with graduate specialization in Labour Law, Bachelor in Journalism and College
Didactic. He was Professor of Law and Legislation. He was President of the
Representative Council and Public Relations of the Directory of the Armenian Apostolic
Church in Brazil. He was also President of the Armenian Cultural Association in São
Paulo. He was representative of the Armenian Community in Brazil at the CONSCRE
(Council of Communities of Foreing Roots and Culture, at the Legislative Assembly of
the State of São Paulo and at the City Council). In the name of the Armenian Collectivity,
he managed to persuade the Montoro Government to change the name of the subway
station Ponte Pequena to Armênia station. He was Director of the Services of
Distribution of the Acts of the Justice Labour, 2ª region-SP, during many years. Currently,
he is member of the Directory of the Armenian Cultural Association in São Paulo –
ACASP – Ho.Hi.Ta.-Trô and President of the Armenian National Council in South
America - CNA, Brazilian division.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom
Retired lecturer of the Department of History of the University of São Paulo and
Coordinator of the Oral History Research Office (NEHO - USP). He was one of the
scholars who introduced the modern Oral History in Brazil. He created an original
methodology of Oral History and his works are fundamental to stir general public
interest for academic narrative. His researches combine issues of “current interest” and
studies about identity and memory. Focusing his research on "life oral history", he has
presented papers in scientific events around the world. His main researches about the
relation society-orality address questions related to Kaiowas Indians, the way nonBrazilian scholars see Brazil (brazilianists), the world of slum-dwellers from São Paulo in
the 1960's and the point of view of Brazilian immigrants.
MELSON, Robert Frank
Professor Emeritus of Political Science and a member of the Jewish Studies program at
Purdue University. From 2003 to 2005, he was the President of the International
Association of Genocide Scholars. In 2006 and 2007, he was the Cathy Cohen-Lasry
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
43
Distinguished Professor in the Strassler Family Center for Holocaust and Genocide
Studies at Clark University. His primary area of expertise is in ethnic conflict and
genocide. His interest in the topic derives from his family's experience in Europe, as well
as from his field work in Nigeria in 1964-65, a year before the onset of the NigerianBiafran civil war. The story of his and his family's survival during the Holocaust is told in
False Papers (University of Illinois Press, 2000), which was a finalist for the National
Jewish Book Award for 2001. Among his other books is Revolution and Genocide: On
the Origins of the Armenian Genocide and the Holocaust.
NOVINSKY, Anita
Historian and Lecturer of the Department of History of FFLCH, University of São Paulo.
She started her researches about marranos in 1963 in the Hebrew University of
Jerusalém, advised by Haim Beinart, and introduced in Brazil the studies about
inquisition. In 1971 she concluded her doctoral thesis in History: Cristãos-Novos na
Bahia (Perspectiva, 1972). She is also author of Inquisição (Brasiliense, 1990) and O
Olhar Judaico de Machado de Assis (Expressão e Cultura, 1990). She organized the
inventaries: Inquisição, Inventários de Bens Confiscados a Cristãos-Novos: Fontes para
a História de Portugal e do Brasil (Imprensa nacional, Casa da Moeda, 1976); Inquisição,
Rol dos Culpados. Fontes para a História do Brasil, Séc. XVIII (Expressão e Cultura, 2002).
She has written several articles about marranism, inquisition and intolerance in national
and international scientific journals. In 2002 she created and since then is the Director of
LEI- Laboratory of Studies on Intolerance, at the University of São Paulo. She also
coordinates a team of Brazilian graduate candidates researchers who study the Holy
Office in Brazil.
44
SAFRASTYAN, Ruben
Director of the Institute of Oriental Studies, Armenian National Academy of Sciences.
In the past, he served as a Counselor of the Armenian Embassy in Germany and was
the Deputy Director of the Department of Political Analysis for the Office of the
President of Armenia. His areas of specialization include Turkish, Ottoman, Genocide,
and Regional Studies. During last years, he has received Humboldt (Germany),
Fulbright (USA), and International Policy (Hungary) fellowships and conducted
researches at the universities of Bochum, Berkeley, and Budapest. Prof. Safrastyan's
publications include 17 authorized and edited books and 160 articles and papers. His
most recent publications include book Ottoman Empire: Genesis of the Program of
Genocide (1876-1920), and articles: Turkey and Eurasia in the Aftermath of the
September 11 Tragedy: Some Observations on Geopolitics and Foreign Policy, The
Armenian-Turkish Relations: An Attempt of Theoretical Interpretation from the
Standpoints of the Realistic School, On the Ideological Substantiation of Turkey's
Regional Policy: Concept of Eurasia, The Return of 'Grey Wolves': Conservative Party
in Turkish Politics (1983-1985), “Kuleli Incident”: Armenian Sources, Patterns of
Ottoman Politics towards Christians during Tanzimat: From Equal Rights to
Ottomanization and to Genocidal Intent, etc. His international activities include
memberships of International Boards of World Security Network Foundation, N.Y.
(USA) and Nebula online international academic periodical, University of Sydney
(Australia) as well as standing contribution to the International Analyst Network, N.Y.
(USA) and Global Politician, N.Y. (USA). Ruben Safrastyan is editor of the Academic
Yearbooks Peoples and Countries of the Near and Middle East and founding editor of
The Turkic and Ottoman Studies, Yerevan (Armenia).
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
SARKISSIAN, K.M. Greg
Graduate from the University of California in 1972, is founder and president of
Servocraft Limited Canada, an electrical and mechanical engineering and construction
company since 1982, Byron-Hill Corporation since 1985, developing residential and
commercial properties in Toronto, Texas, New York and New Jersey. He is also founder
and CEO of Yorkbridge Plastics Packaging in 1996 in Bethlehem, Pennsylvania. As the
descendant of two survivors of genocide, he has been motivated to help find an end to
this universal scourge, as well as find ways to help both victim and perpetrator group
deal with the associated trauma of genocide. In 1982, he became a founding member of
the Zoryan Institute, with offices in Cambridge, Massachusetts, Los Angeles and Paris,
and subsequently established the Zoryan Institute of Canada in 1984, and its division,
the International Institute for Genocide and Human Rights Studies. He has been
President since 1995.Through the Institute, he is a founder and sustaining sponsor of 1Diaspora: A Journal of Transnational Studies, published by the University of Toronto
Press; 2- The Genocide and Human Rights University Program, a graduate-level
program accredited by the University of Minnesota and the University of Toronto; 3Genocide Studies and Prevention: An International Journal, in partnership with the
prestigious International Association of Genocide Scholars and the IIGHRS, has as its
mission to understand the phenomenon of genocide, create awareness of it worldwide,
and promote the necessity of preventing it. He is a member of several boards of
companies. He has also served on the boards of non-profit organizations, such as the
Joint Journal Committee for Genocide Studies and Prevention, and is a member of
several groups, such as Human Rights Watch and the International Association of
Genocide Scholars.
SELIGMANN-SILVA, Márcio
Doctor from the Free University of Berlin, post-doctor from Yale University, Lecturer of
Literary Theory at UNICAMP and researcher at CNPq. He has written several books: Ler o
Livro do Mundo. Walter Benjamin: romantismo e crítica poética (Iluminuras/FAPESP,
1999), Adorno (PubliFolha, 2003), O Local da Diferença. Ensaios sobre memória, arte,
literatura e tradução (Editora 34, 2005), Para uma crítica da compaixão (Lumme Editor,
2009) and A atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno (Editora Record,
2009); he organized the volumes Leituras de Walter Benjamin: (Annablume/FAPESP,
1999; segunda edição 2007), História, Memória, Literatura: o Testemunho na Era das
Catástrofes (UNICAMP, 2003) and Palavra e Imagem, Memória e Escritura (Argos, 2006)
and Catástrofe e Representação (Escuta, 2000). He also translated Walter Benjamin
books (O conceito de crítica de arte no romantismo alemão, Iluminuras, 1993), G.E.
Lessing (Laocoonte. Ou sobre as Fronteiras da Poesia e da Pintura, Iluminuras, 1998),
Philippe Lacoue-Labarthe, Jean-Luc Nancy, J. Habermas, and others. He has written
numerous essays published in books and journals in Brazil and other countries.
SHIRINIAN, George
Graduate of the University of Toronto with an Honours Bachelor of Arts degree in
Classics and a Master of Library Science degree from the University of Western Ontario.
He was Acting CEO of the City of York Public Library, and since 1999 has been Executive
Director of the Zoryan Institute, as well as of the International Institute for Genocide and
Human Rights since 2003). As Executive Director, he has been involved in all research,
publication and educational programs undertaken by the Institute over the past ten
years. Executive Director, is one of the planners of Genocide Studies and Prevention: An
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
45
International Journal, which was co-founded by the International Association of
Genocide Scholars and the International Institute for Genocide and Human Rights
Studies, published in partnership with the University of Toronto Press. This journal has
become the premier journal in its field. He is one of the development team of the annual
Genocide and Human Rights University Program, a graduate-level program accredited
by the University of Toronto. Mr. Shirinian has presented several papers at international
conferences and is the author of articles and reviews relating to Armenian Studies and
the Armenian Genocide. He is the co-editor of the book Studies in Comparative
Genocide, along with Prof. Levon Chorbajian, a Zoryan Board Member.Over the years,
Mr. Shirinian has developed one of the most extensive computerized bibliographies on
Armenian Studies. His involvement in Armenian and Genocide Studies have their roots
in his personal background, being the son of two orphans brought to Canada along
with 109 other children in the 1920s, part of the group known as the Georgetown Boys.
46
SMITH, Roger Winston
Professor Emeritus of Government at the College of William and Mary in Virginia, where
he has taught political theory and the comparative study of genocide. Prof. Smith has
written extensively on the nature, language, history and denial of genocide. In addition
to numerous articles, he is the editor and co-author of Guilt: Man and Society, and
editor of Genocide: Essays Toward Understanding, Early-Warning, and Prevention. He is
a founding member of the International Association of Genocide Scholars. As a
president of the IAGS, he has spoken extensively on the topic of genocide in the United
States, Canada, France and Armenia. In 2000, Prof. Smith gave testimony before the U.S.
Congress relating to the Armenian Genocide Resolution (H. Res. 596). Dr. Smith has
been honoured by the Armenian Students Association with the Arthur Dadian Award
for the preservation and presentation of Armenian history. In 2008 he was awarded the
Movses Khorenatsi Medal by the president of Armenia “for his considerable
contribution to the international recognition of the Armenian Genocide.” The
Khorenatsi medal is the Republic of Armenia's highest award presented by the
president to people who have significantly contributed to the advancement of
Armenian culture. Since 2003, he has been the Director of the Genocide and Human
Rights University Program, and since 2004, Chair of the International Institute for
Genocide and Human Rights Studies (A Division of the Zoryan Institute).
TAMDJIAN, Yervant
Professor of Armenian, Portuguese and English, with graduatespecialization in English
Linguistics. He was Assistant Professor at the ArmenianLanguage, Literature and
Culture of the Department of Oriental Languages, FFLCH/USP.He taught English and
commercial English at the Olavo Bilac School, in São Paulo. He is the Consultant of the
Consulate General of the Republic of Armenia in São Paulo. Translatorand interpreter,
translated from Spanish to Portuguese the book O Genocídio dos Armênios, published
by Conselho Nacional Armênio (CNA) from Argentina. He wascorrepondant in São
Paulo of the newspaper Armenia, from Buenos Aires, during manyyears and has
published several articles and comments about Armenian linguisticquestions in the
same periodic. He is redactor in chief of the site www.armenia.com.br –virtual
newspaper of Armenian Community in Brazil. He is consultant of the Primate ofthe
Diocese of the Armenian Apostolic Church in Brazil. He is translator and interpreterand
accompanies foreign authorities, especially Armenian, who visit Brazil. He wassecretary
of the Representative Council of the Armenian Community in Brazil. He hasbeen
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
honoured for his cultural activities in the Armenian Youth Union Association. Headvised
and translated, with the Primate of the Diocese of the Armenian Apostolic Church, the
great work of Archbishop Maghakiá Ormanian: A Igreja dos Armênios. Heis responsible for
the Portuguese supplement of the newspaper of the Armenian Community in Brazil,
“Sipan”, as well as the news page of the monthly “Newsletter” of the Armenian Community
in São Paulo. He is General Secretary of the Armenian Cultural Association in São Paulo.
Currently he is translating to Portuguese a large book about the Armenian Community in
Brazil, since the beginning until the mid XXth century.
YEGHIAZARYAN, Lusine
Head of Chair of Armenian Language, Culture and Literature of the Faculty of Philosophy,
Literature and Human Sciences (FFLCH), at the University of Sao Paulo, where she teaches
courses on Armenian culture and language. Graduate from the Faculty of Romance and
Germanic Philology of Yerevan State University, she is presently working on her PhD thesis
at the Department of Linguistics of University of Sao Paulo. Her research includes topics
such as preservation of national identity of Armenian communities around the world and
Armenian Genocide. She is currently a researcher of CNPQ ("National Counsel of
Technological and Scientific Development of Brasil"), working on volumes on Armenian
language and culture. She is a member of the editorial board of Bulletin of Social Sciences
(Lraber Hasarakakan Guitutyunneri), published by the National Academy of Sciences of
the Republic of Armenia. She has presented papers, participated in and organized debates
on the topic of the Armenian Genocide in Brazil and abroad.
ZARAKOLU, Ragıp
Born on the island of Büyükada close to Istanbul. At that time his father, Remzi Zarakolu, was
the district governor on that island. Ragıp grew up with members of the Greek and Armenian
minority in Turkey. In 1968 he began writing for "Ant" and "Yeni Ufuklar" magazines. In 1971 a
military junta assumed power in Turkey. He was tried on charges of secret relations to
Amnesty International. He spent five months in prison, before the charges were dropped. In
1972 Ragıp Zarakolu was sentenced to 2 years' imprisonment for his article in the journal Ant
on Ho Chi Minh and the Vietnam War. He stayed in Selimiye Prison (Istanbul) and was released
in 1974 following a general amnesty. On his release Zarakolu refused to abandon his
campaign for freedom of thought, striving for an "attitude of respect for different thoughts
and cultures to become widespread in Turkey." The Belge Publishing House, established in
Istanbul in 1977 by Zarakolu and his wife Ayşenur, has been a focus for Turkish censorship laws
ever since. Charges brought against the couple resulted in imprisonment for both Ayşenur
and Ragıp Zarakolu, the wholesale confiscation and destruction of books and the imposition
of heavy fines. In 1979 Ragıp Zarakolu was one of the founders of the daily newspaper
Demokrat and took responsibility for the news desk on foreign affairs. The paper was banned
with the military coup of 12 September 1980 and Ragıp Zarakolu was shortly imprisoned in
1982 in connection with this position in Demokrat. He was banned from leaving the country
between 1971 and 1991. In 1986 he became one of 98 founders of the Human Rights
Association in Turkey. For some time Ragıp Zarakolu chaired the Writers in Prison Committee
of International PEN in Turkey. Since 2007 he chairs the Committee for Freedom of Publication
in the Union of Publishers. Zarakolu has published several books on the Armenian Genocide,
which brought new criminal charges in 2005. In 1995 the Belge Publishing House offices were
firebombed by a far right group, forcing it to be housed in a cellar. Since his wife's death in
2002, Zarakolu has continued to publish books about Greeks, Kurds and the Armenian
Genocide, and to face further prosecutions.
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
47
MUSICAL PROGRAM
“VAHAKN MINASSIAN” CHOIR (SAMA- ARMENIAN CLUB)
Director Jirair Mahseredjian
“Vahakn Minassian” Choir was created in 1942 and it was previously called Armenian
Melodies Artistic Society (SAMA), or “Yeridassartats Miutiun”, in Armenian. During
many decades, the choir was organized and conducted by Vahakn Minassian. After his
death, the choir received his name as a posthumous homage in 1983. “Vahakn
Minassian” Choir of Armenian Club has always participated in many celebrations,
specially those realized by the Armenian collectivity in Brazil. During many years, the
choir was conducted by Professor Sônia Ekizian Tcherkezian. In 2009, she was
substituted by the condcutor Alexey Kurkdjian, who is accompanied on the piano by the
pianist Gustavo Fiel.
“JOSÉ BONIFÁCIO SCHOOL” DANCE GROUP
Director Pe. Yeznig Guzelian
48
SPHAERA ENSEMBLE
Sphaera Ensemble is a group that performs many kinds of music, but prioritizes erudite
music (classical). The Ensemble was conceived by the conductor Alexey Kurkdjian, and is
composed by professionals who perfom in ensembles well-known in the artistic
scenario of São Paulo. Its main focus is the research and diffusion of music repertoire of
all time, produced anywhere in the world, both erudite and popular, folk or ethnical.
The Ensemble has been contacting
Armenian composers, researching and
disseminating the Armenian music. The Ensemble is conducted by Alexey Kurkdjian and
is composed by seven professional musicians: Bebel Ribeiro–flute; Will Tomato–clarinet;
Luis Cadorin– violin; Wagner de Souza–violin; Joel Alves–viola; Diego Mesquitavioloncello and Douglas de Freitas-double bass.
PROFESSOR SIRVART AVEDISSIAN MOMJIAN – PIANIST
Prof. Sirvarta Avedissian Momjian was born in São Paulo. In 1956, she concluded with
honour the course of mastery and virtuosity at the Dramatic and Musical Conservatory
of São Paulo and started to teach piano. In 1959, she won Padre Gomidás Award, in the
Fourth Night of Art, promoted by Brazil-Armenia Society. During many years, she was
pianist and organist at the Amernian Apostolic Church and at the Vahakn Minassian
Choir. In 1987, she was invited by the Ministry of Culture of Armenia to present a recital
of piano at Composer House, at Yerevan, the Armenian capital. In 2003, Armenian
Melodies Artistic Society-SAMA granted her “Sassuntsi Tavit” (Davi de Sassun) Prize.
Actually, Professor Sirvart teaches music education at Prof. Carneiro Ribeiro School and
conducts the Juvenile Choir.
international seminar
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Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
IMAGENS TRIO
Conductor Henrique Müller (viola), Cecilia Guida (violin) and Achille Picchi (piano).
Trio Images was created in 1999 by important Brazilian musicians: Cecília Guida (violin),
Henrique Muller (viola) and Achille Picchi (piano). They studied in Europe and actually
they are reputable professors and prizewinning concertists. They executed sucessful
concerts around the world invited by governments (Armenia, Georgia, Russia,
Argentina, etc), by the Commitee of Culture of Moscow and other institutions. This
success is due to their singular training, repertoire, technique, sonority and musical
affinity: (“...the magic of the virtuoso Trio...” – Russian Academy of Sciences Journal;
“...passionate and perfect musicians...” – La Nación). They interchange Brazilian
compositions with the music from the countries they visited and for this reason they are
considered real “Ambassadors of Music” (Maestro Walter Lourenção). Numerous
innovative compositions were performed for the first time by Trio and some of them
were specially created for the group (Cláudio Santoro, Villani-Côrtes, Marlos Nobre,
etc), They were “Best New Artists” in 2002 (“Concerto” Magazine), and in the same year,
they were awarded with the “Honour Condecoration” by the Armenian Government,
due to the remarkable diffusion of the Armenian music around the world. In 2009, Trio
Images completed 10 years of activities and received the highest condecoration
granted to artists by the Armenian Government: “Diploma of Culture” and the “Gold
Medal of Culture” granted by the Minister of Culture of Armenia H.Pogyosyan, during a
tour, in Yerevan.
Repertory
Alexander Arutiunian - Suite - Finale
Aram Khachaturian - Suite Maskerade - Waltz (arr.Picchi)
Saber Dance (arr.Picchi)
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COMMISSIONS
HONOR COMMISSION
50
Dr. Alberto Goldman, Governor of the State of São Paulo
Dr. José Henrique Reis Lobo, ex-Secretary of Institutional Affairs of the State of São Paulo
Dr. Marcos Antonio de Albuquerque, Deputy Secretary of Institutional Affairs
of the State of São Paulo
Dr. Paulo Vannuchi, Secretary for Human Rights of the Presidency of Republic
Dr. Ashot Yeghiazaryan, Ambassador of Armenia in Brazil
Dr. Valéry Mkrtoumian, Former Consul General of Armenia in São Paulo
Mr. Artur Harutyunyan, First Secretary and Acting Consul of Armenia in São Paulo
Prof. Dr. João Grandino Rodas, Rector of the University of São Paulo
Prof. Dr.Vahan Agopyan, Dean of Graduate of the University of São Paulo
Prof. Dr. Maria Arminda do Nascimento Arruda, Dean of Culture and Extension
of the University of São Paulo
Prof. Dr. Sandra Margarida Nitrini, Director of FFLCH at University of São Paulo
Prof. Dr. M. Luiza Marcílio, President of Human Rights at University of São Paulo
Prof. Dr. Celso Lafer, President of Research Foundation of the State of São Paulo -FAPESP
Prof. Dr. Dalmo de Abreu Dallari, Faculty of Law of the University of São Paulo
Prof. Dr. Anita Novisnky, President of LEI at University of São Paulo
Mr. K. M. Greg Sarkissian, President of the Zoryan Institute, Canadá
Dr. Abraham Goldstein, President of Brazil's B'nai B'rith, Human Rights Program
Archbishop Datev Karibian, Primate of the Diocese
of the Armenian Apostolic Church in Brazil
Dom Vartan Waldir Boghossian, Armenian Apostolic Exarch in Latin America
Roy Abrahamian, Minister of the Armenian Evangelical Central Church in São Paulo
Prof. Dr. Hoanes Koutoudjian, President of Executive Directory
of the Armenian Apostolic Church Community in Brazil
Prof. Dr. Antranik Manissadjian, President of the Representative Council
of the Armenian Apostolic Church Community in Brazil
Mr. Roberto Nerguizian, President of the Armenian Community of Osasco, São Paulo
SCIENTIFIC COMMISSION
Dr. Paulo André Aguado, Head of Staff of the Secretary of Institutional Affairs
of the State of São Paulo
Prof. Dr. Maria Luiza Tucci Carneiro, Department of History, FFLCH/USP
Prof. Dr. Sedi Hirano, Departament of Sociology, FFLCH/USP
Mr. George Shirinian, Executive Director of the Zoryan Institute, Canada
Prof. Dr. Simão Kerimian, Armenian National Council
Prof. Lusine Yeghiazaryan, Department of Oriental Languages, FFLCH/USP
Prof. Yervant Tamdjian, Consultant of the Consulate General
of the Republic of Armenia in São Paulo
Prof. Dr. Hagop Kechichian, Adviser of the Representative Council
of the Armenian Apostolic Church Community in Brazil
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
WORKS COMMISSION
Prof. Dr. Maria Luiza Tucci Carneiro, Department of History, FFLCH/USP
and Coordinator of LEER/USP
Prof. Dr. Márcia Yumi Takeuchi, Doctor in Social History, Researcher at LEER/USP
Prof. Dr. Marília Canovas, Post-Doctoral Candidate in History, researcher at LEER/USP
Prof. Dr. Yervant Tamdjian, Consultant at the Consulate General
of the Republic of Armenia in São Paulo
Prof. Lusine Yeghiazaryan, Department of Oriental Languages, FFLCH/USP
Mrs. Thais Carolina Silva, Communication and Events Group
at the Secretary of Institutional Affairs of the State of São Paulo
DESIGNER
Leandro Nunes, Communication and Events Group
at the Secretary of Institutional Affairs of the State of São Paulo
OFFICE
Diego Rosa (LEER/USP Secretary), Gláucia Castellan (Master's Candidate in Social
History/USP), Prof. Antônio Silva Ortega (EMEF Profa. Maria Antonieta D 'Alckimin
Bastos) and Ligia Sanches (LEER/USP)
ARQSHOAH/LEER-Monitors
Amanda Macedo Fernandes, Ana Carolina de Almeida Duarte, André Luiz Pires
Briant, Guilherme Silva Jardim, Laura Lemmi Di Natale, Lilian Ferreira de Souza e
Priscila de Freitas Oliveira
TRANSLATIONS
Mrs. Luciana Cammarota
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
51
ORGANIZATION
ORGANIZATIONAL INSTITUTIONS
Government of the State of São Paulo, Secretary of Institutional Affairs
University of São Paulo
LEER/USP- Laboratory of Studies about Ethnicity, Racism and Discrimination
Consulate General of the Republic of Armenia in São Paulo
Zoryan Institute, Canada
52
SUPPORT
FAPESP- Foundadtion for Research Support of the State of São Paulo
University of São Paulo
Rectory
Dean of Culture and Extension
Faculty of Philosophy, Literature and Human Sciences - FFLCH
Chair of Armenian Language, FFLCH
History Department
Support Center for History Research
Arqshoah - Virtual Archive on Holocaust and Antisemitism
Banco Induscred de Investimento S/A
Banco Sofisa
Procimar Cine-Vídeo
Trio "Imagens’’
Chorus "Vahakn Minassian" of the Armenian Club of São Paulo
Dance Group of the Armenian School José Bonifácio
Orchestra "Sphaera»
Pianist Mrs. Sirvart Avedissian Momjian
LABORATORY OF STUDIES
LEER- Laboratory of Studies about Ethnicity, Racism and Discrimination
History Department, University of São Paulo
History and Geography Complex, ground floor
Av. Prof. Lineu Prestes, n. 338, Lab.04 - Cidade Universitária. Butantã. São Paulo, SP
Phone LEER: (11) 3091-8598 | e-mail: [email protected] or [email protected]
Site: www.arqshoah.com.br
AMPHITHEATER
Amphitheater “Camargo Guarnieri”. University of São Paulo
Rua do Anfiteatro, n. 109 [near MAC- Museum of Contemporary Art /USP).
Cidade Universitária. Butantã. São Paulo, SP.
Phone: (11) 3091-3000
Amphitheater of the History Department, University of São Paulo
History and Geography Complex, ground floor
Av. Prof. Lineu Prestes, n. 338.
Cidade Universitária. Butantã. São Paulo, SP
international seminar
95th Anniversary Of The
Armenian Genocide
The Prototype Genocide of Modern Times
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