Este Boletim é produzido pela Fundação Ulysses Guimarães por meio de sua Assessoria de Comunicação Social, em parceria com a Presidência e as Lideranças do PMDB na Câmara e no Senado. www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 03 de Julho de 2013, número 157. Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB Wendel Lopes/PMDB Peemedebistas participam do Seminário “Para onde a cidadania quer levar o Brasil?” promovido pela Fundação Ulysses Guimarães Lindomar Gomes Nilson Bastian / Agência Câmara Renan e Henrique recebem PMDB comemora rejeição proposta do plebiscito da PEC 37 que limitava sobre a Reforma Política poder do MP CÂMARA SENADO Ministro da Fazenda participa de audiência pública com peemedebistas CONGRESSO CAS aprova relatório de Jucá sobre cartão de identificação do SUS 2 Senado aprova relatório de Eunício sobre “ficha limpa” para servidores públicos SENADO CMO discute relatório preliminar de Danilo Forte à LDO para 2014 2 Lia de Paulo/Agência Senado Projeto de Renan Calheiros sobre passe livre estudantil na pauta do Plenário 2 3 PMDB Valdir Raupp comemora decisão do Congresso em atender às demandas populares 4 1 Congresso Nacional CÂMARA SENADO Peemedebistas debatem cenário econômico com ministro da Fazenda João Alberto Souza é favorável ao projeto sobre regras para eletrificação de cercas CÂMARA Em reta final, CMO discute relatório preliminar de Forte e inclusão do Sistema S no Orçamento Wendel Lopes/PMDB A Comissão Mista de Orçamento (CMO), presidida pelo senador Lobão Filho (MA), se prepara para votar nesta semana o relatório preliminar do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2014, elaborado pelo deputado Danilo Forte (CE). A aprovação do relatório preliminar abre o prazo para a apresentação de emendas ao texto final, que deve ser deliberado até o dia 17 Senador João Alberto Souza (MA) A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado analisa hoje o PLC 52/2010, que dispõe sobre regras para a eletrificação de cercas, tanto na área urbana quanto na rural. A proposta estabelece que a cerca não pode ter uma carga mortal e que deve haver avisos claros sobre o risco de choque. Caberá à Defesa Civil de cada município, a fiscalização do cumprimento das normas. O relator na Comissão é o senador João Alberto Souza (MA) que apresentou parecer favorável ao projeto, na forma de um substitutivo aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). O projeto de lei tem como objetivo estabelecer os cuidados e procedimentos que devem ser observados pelo proprietário ou morador de imóvel, localizado em zona urbana e rural, que possua ou venha a instalar cerca eletrificada ou energizada. A ideia é que as cercas obedeçam a critérios da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para não oferecer perigo à população. O choque deve ter baixa corrente e pulsos de pequena duração. A proposição exige ainda a fixação de placas de aviso que alertem sobre o perigo de choque e que possam ser compreendidas por pessoas analfabetas. Há também previsão de multa cobrada de proprietário ou morador do imóvel, no caso de descumprimento dos procedimentos estabelecidos. Para João Alberto, embora a cerca eletrificada seja, em princípio, assunto de interesse local e, portanto, matéria de competência municipal, ela se diferencia das demais edificações de interesse local pelo fato de usar energia elétrica. “Ainda que seja necessário ditar algumas normas mínimas a serem observadas em todo o país, é importante dar às autoridades locais a oportunidade de introduzir regulamentos que reflitam condições locais. Além disso, consideramos apropriado não exigir que o projeto e a manutenção das instalações estejam sob responsabilidade de empresa legalmente habilitada. O que importa é que, na eventualidade de descumprimento das normas, o proprietário do imóvel e o responsável técnico sejam punidos”, defendeu. SENADO Eunício: Senado vota “ficha limpa” para servidores públicos O Plenário do Senado aprovou nesta terçafeira (2), a PEC 6/2012, que exige “Ficha Limpa” para o exercício de função em órgão público, nas esferas municipal, estadual e federal. A matéria foi incluída na pauta de votação por solicitação do líder do PMDB na Casa e autor do substitutivo, senador Eunício Oliveira (CE). O peemedebista foi o relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. “Essa é uma matéria importante, porque avança ainda mais na eficiência do serviço público e no compromisso de moralizar as instituições. A sociedade exige que o serviço público tenha em seus quadros, pessoas com ‘ficha limpa’ e com capacidade de gerir as propostas que o Brasil necessita para o seu desenvolvimento”, afirmou Eunício. De acordo com o texto, nenhum cidadão que se encontre em situação de inelegibilidade poderá ser investido e exercer car- Wendel Lopes/PMDB Deputado Danilo Forte (CE) de julho. Na semana passada, o relator defendeu a inclusão do Sistema S, composto por 11 entidades criadas pelo setor produtivo que oferecem serviço de qualificação profissional, no Orçamento da União. Integram o Sistema S instituições como Sesi, Senac, Sebrae, Senar, Sest, Sesc entre outros. Para o relator da LDO, há uma preocupação evidente a respeito do volume de recursos que passa pelo Sistema S. “Só em 2010, esse sistema recebeu R$ 21 bilhões de recursos públicos recolhidos a título de contribuição sindical. Por essa razão, é importante saber como é feito o orçamento, as transferências e os investimentos”, destacou Forte. O peemedebista acredita que a inclusão dos recursos do Sistema S no Orçamento poderá tornar a aplicação deste dinheiro mais transparente, já que a peça orçamentária da União pode ser acompanhada pela sociedade como um todo. “A expectativa é que, num segundo momento, quando houver o fechamento do relatório, possamos avaliar tanto a importância desta inclusão tanto do ponto de vista fiscal e tributário do Sistema S, como também a constitucionalidade ou não da arguição de trazer essa demanda para dentro do parecer definitivo da LDO”, ponderou. Pedro França / Agência Senado As Comissões de Finanças e Tributação (CFT); de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC); de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC); e de Viação e Transportes (CVT) da Câmara realizaram, na última semana, uma audiência pública conjunta com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para debater o atual cenário econômico brasileiro. A reunião coordenada pelos deputados João Magalhães (MG) e Edinho Bez (SC) foi solicitada pelos peemedebistas Eduardo Cunha (RJ) e Lúcio Vieira Lima (BA), juntamente com outros parlamentares. O ministro Mantega apontou a crise econômica internacional com o fator impeditivo do crescimento pleno da economia brasileira, cujo Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% em 2012. “Hoje vivemos ainda no rastro da crise econômica mundial que começou em 2008. Mesmo que os Estados Unidos venham apresentando uma lenta recuperação, a Europa se encontra mergulhada em uma recessão, com a maioria dos países em crescimento negativo”, esclareceu. De acordo com o ministro, apesar do resultado fraco do PIB brasileiro, já há indícios positivos na economia interna como o crescimento da indústria e do comércio varejista. Cafeicultura — Em sua intervenção o deputado Silas Brasileiro (MG), que também é representante do Conselho Nacional do Café, elogiou o Plano Agrícola do governo e questionou o ministro sobre a aplicação de recursos em programa que beneficia diretamente os produtores de café. “O plano deste ano é, sem dúvida, o mais robusto de todas as épocas e veio num momento muito bom. Já que o campo é grande responsável pelo superávit brasileiro e uma fonte importante de geração de emprego. No que diz respeito à cadeia produtiva do café, os números são expressivos: são cerca de 370 mil produtores que geram 8,4 milhões de empregos em todo o país”, ressaltou o peemedebista. Silas alertou o ministro sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores de café desde o ano passado. “No período compreendido entre 2010 e 2011, os cafeicultores viveram um momento de expansão que assegurava um pagamento justo pelo trabalho feito. No entanto, de 2012 até os dias atuais, houve uma queda no preço pago pelo café. Se antes o preço da saca de café chegava a R$ 450, hoje não ultrapassa R$ 275 a mesma quantidade. As medidas que estão sendo adotadas pelo governo ajudam a amenizar o problema, já que há no mercado uma especulação muito grande com relação ao estoque existente no Brasil e no mundo. O ideal seria estender o valor da saca de café para algo em torno de R$ 400, preço que não gera inflação, não pune o consumidor e ao mesmo tempo remunera o produtor”, declarou. Senador Eunício Oliveira (CE) go público. A proposta também define que o servidor efetivo que tenha sido condenado e esteja ocupando função comissionada, seja obrigado a entregar o cargo. SENADO Senado aprova projeto de Renan sobre cartão de identificação do SUS A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou o PLS 324/2012, de autoria do 2 senador Renan Calheiros (AL), que cria um cartão único de identificação do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), com validade em todo o território nacional. O relator da matéria foi o senador Romero Jucá (RR), que apresentou parecer favorável a matéria com duas emendas. O cartão permite o acesso do histórico de atendimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e deverá incluir também as informações sobre o grupo sanguíneo, o fator Rh e as alergias do paciente. Na emenda apresentada por Jucá, caberá ao gestor do SUS a definição de quais informações devam constar no cartão, que poderá avaliar as informações mais relevantes e que, do ponto de vista operacional, técnico e financeiro, sejam passíveis de inclusão. “Para a gestão do serviço, a inclusão compulsória desses dados é contraindicada, pois tornará mais complexos e com maior ônus financeiro o cadastramento e a emissão do referido cartão. Essas informações podem ser disponibilizadas em outros meios, acessíveis por meio do cartão, e não necessariamente estarem inseridas nele”, justificou Jucá . Congresso Nacional CONGRESSO Câmara dos Deputados rejeita a PEC 37 que limitava poder do Ministério Público Plenário do Senado pode votar projeto de Renan que institui o Passe Livre Estudantil O projeto que garante transporte gratuito para estudantes deve ser votado pelo Plenário Luiz Macedo/Agência Câmara Plenário da Câmara durante o processo de votação da PEC 37 O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na terça-feira passada (25), por 430 votos a nove e duas abstenções, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011, que atribuía exclusivamente às polícias Federal e Civil a competência para a investigação criminal. A proposta foi pautada pelo presidente da Casa, o peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), após acordo fechado entre todos os líderes partidários. Para ele, a decisão significa o “reencontro” dos deputados com as ruas: “nós somos parlamentares que vêm das ruas do Brasil. Então, temos que estar atentos ao que elas dizem para esta Casa fazer o que o povo brasileiro quer”. O texto rejeitado previa que o Ministério Público (MP) poderia ser impedido de realizar investigações criminais por conta própria e deveria atuar apenas como titular da ação penal na Justiça. O substitutivo do deputado Fabio Trad (MS), apresentado na Comissão que avaliou a proposta, originalmente permitia ao Ministério Público investigar, em conjunto com as polícias, os crimes contra a administração pública - como corrupção - e delitos praticados por organizações criminosas. Para facilitar a derrota da proposta, os deputados votaram apenas o texto principal, prejudicando o texto da Comissão Especial. Trad saudou a rejeição da PEC como “o atendimento do clamor ouvido das ruas”, mas defendeu um esforço para construção de um novo modelo de investigação criminal que permita ao Ministério Público investigar em parceria com as polícias. Para o deputado, o crime organizado se articula e trabalha em conjunto, por isso é urgente buscar o entendimento entre as duas instituições para “evitar que a sociedade fique em desvantagem perante o crime”. “A impunidade não se combate com a divisão e o conflito entre Polícias e MP. As duas corporações devem se unir para investigar os crimes que geram a sensação de impunidade (crimes contra a administração pública, praticados por políticos e agentes públicos e cometidos por organizações criminosas). Se investigarem separadamente, o sistema vai se desorganizar”. O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), comemorou a rejeição da PEC 37 e disse: “que ganhe a polícia, que ganhe o Ministério Público. Que a sociedade possa estar ao fim vitoriosa para o combate à criminalidade”. Voto aberto — O presidente da Câmara afirmou ainda que, depois da rejeição da PEC 37, o compromisso é votar o fim do voto secreto para cassação de mandatos, a chamada PEC do Voto Aberto. “É um compromisso que nós temos e vamos pautar até o final deste período legislativo”, disse Alves. A admissibilidade da PEC 196/2012, que institui o voto aberto para processos de cassação de mandato parlamentar por falta de decoro e por condenação criminal com sentença transitada em julgado, foi aprovada na última semana. A proposta será analisada por uma Comissão Especial antes de seguir para o Plenário. do Senado nesta semana. O regime de urgência para a proposta foi aprovado na última semana. O PLS 248/2013, de autoria do senador Renan Calheiros (AL), determina que o transporte público coletivo local será gratuito para os estudantes matriculados nos ensinos fundamental, médio e superior. O aluno, no entanto, deverá ter a frequência comprovada em escolas públicas ou privadas. Para custear essa gratuidade, a proposta prevê o uso de parte do dinheiro dos royalties do petróleo, dos contratos firmados após 3 de dezembro de 2012. A proposta faz parte da relação de matérias anunciadas pelo presidente Renan, em que o Congresso Nacional vai votar por um período de 15 dias, em regime de urgência, uma ampla pauta legislativa que atende às reivindicações da população nas mais diversas áreas. Essa pauta prioritária reúne projetos voltados à educação, saúde, segurança e mobilidade urbana, cobrança presente na maioria das mobilizações populares dos últimos dias. Na área de segurança pública, os senadores deverão aprovar a proposta que aumenta os investimentos, a que endurece a pena para traficantes de drogas, a que acaba com o direito de acusados de homicídio responderem ao processo em liberdade e a que extingue o auxílio-reclusão dos presos. Também está na pauta o projeto que torna a corrupção crime hediondo. Na área econômica, serão votadas as propostas que reduzem os juros pagos por estados e municípios e a que trata do rateio dos royalties. Renan disse que será analisado o projeto que reduz impostos do transporte público para baratear a passagem. Ele confirmou a apreciação do Plano Nacional de Educação, que destina 10% do Produto Interno Bruto para o setor. “Quem conhece o transporte público do Brasil sabe que, diretamente, custeando pela pessoa física, poucas pessoas pagam a passagem, a tarifa, porque o policial fardado tem acesso livre, passe livre; o idoso tem também passe livre; os portadores de deficiência também têm o passe livre; o trabalhador tem, por força da nossa legislação trabalhista e social, o pagamento do transporte pelas empresas para quem eles trabalham. Quem paga, efetivamente, do bolso, pessoa física, é o estudante”, pontuou. Esforço conjunto garante aprovação de projeto que tipifica corrupção como crime hediondo Em resposta aos apelos populares feitos durante as manifestações que tomaram conta do país nas últimas semanas, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), apresentaram matérias que deverão compor a pauta prioritária do Congresso Nacional para os próximos dias. O esforço conjunto dos presidentes das duas Casas possibilitou a junção de propostas que tratam de temas como educação, saúde, segurança pública e mobilidade urbana. O primeiro projeto deste rol, aprovado pelos senadores na última quarta-feira (26), é o PLS 284/2011, que torna a corrupção, ativa e passiva, um crime hediondo. O texto apreciado pelo Senado contém uma emenda elaborada pelo senador José Sarney (AP) que também inclui o homicídio simples na lista de crimes hediondos. Essa classificação impossibilita os condenados por corrupção ou homicídio de receberem benefícios como anistia, graça, indulto e livramento mediante fiança. Além disso, a medida torna mais criterioso o acesso à liberdade condicional e à progressão de regime. Para Sarney, a mudança representa um avanço no combate à corrupção, ao peculato e ao crescente número de homicídios no país. “Se nós temos essa oportunidade de considerar crime hediondo, como eu acho que é justo, os da administração pública, como não temos condições de incluir aí na relação de crimes hediondos os crimes praticados contra a vida, em primeiro lugar, o homicídio?”, contestou. A matéria segue para a apreciação da Câmara dos Deputados, que deve votá-la ainda esta semana. AGENDA & NOTAS Temer entrega sugestões do Executivo ao Congresso sobre o plebiscito da Reforma Política O vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entregaram na manhã desta terça-feira (2), aos presidentes do Senado, Renan Calheiro (AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), a mensagem da presidente Dilma Rousseff contendo as sugestões do Executivo que podem ser incluídas no Lindomar Gomes plebiscito sobre Reforma Política. Ao todo foram sugeridos cinco pontos Renan e Henrique recebem proposta do governo sobre plebiscito a serem analisados: financiamento público de campanha, sistema eleitoral (voto distrital puro ou misto), continuidade ou não da suplência nas eleições para o Senado, manutenção ou não existência das coligações partidárias, fim ou não do voto secreto. Durante o ato de entrega do documento, Michel Temer ressaltou que a decisão de tudo que diz respeito ao plebiscito é do Parlamento. “Quem vai conduzir esse processo, do seu início até o final, é o Congresso Nacional. Portanto, quando vai ser o plebiscito, se haverá e quais são os temas, isso será definido pelo presidente Renan, pelo presidente Henrique, pelas lideranças das duas Casas”, enfatizou. Moka quer garantir segurança jurídica na Lei de Licitações O senador Waldemir Moka (MS) é o relator revisor da Comissão Especial criada para atualizar a Lei das Licitações (Lei 8.666/1993). Ele defende a simplificação da legislação para que seja garantida segurança jurídica em todo o processo licitatório público federal. “O Congresso precisa acabar com as brechas na lei que permitem a improvisação na execução de obras”, disse. Na primeira audiência pública do colegiado, realizada no último dia 24, Moka explicou que a intenção não é aumentar o número de artigos atuais e sim modernizar o texto. A Comissão deverá ouvir entidades da sociedade civil, setores econômicos, especialistas, órgãos de controle e governo. Wendel Lopes/PMDB Também devem ser convidados represenSenador Waldemir Moka (MS) tantes da administração estadual e municipal, já que a lei veicula normas gerais de abrangência nacional. A última fase será dedicada ao direito comparado, quando serão ouvidos especialistas brasileiros e estrangeiros. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Bancadas do PMDB debatem atual cenário político em seminário promovido pela Fundação Ulysses Guimarães Wendel Lopes/PMDB Vice-presidente Michel Temer participa do debate realizado pela Fundação A Fundação Ulysses Guimarães, presidida pelo deputado Eliseu Padilha (RS), realizou, nesta terça-feira (2), o Seminário “Para onde a cidadania quer levar o Brasil?”. O evento, que reuniu as Bancadas do PMDB no Senado e na Câmara, discutiu o atual momento pelo qual passa o Brasil, com manifestações populares que acontecem em todo o território nacional. “Para traduzirmos no máximo possível o teor da mensagem que está brotando das ruas e redefinirmos os caminhos que deverão ser seguidos por nós, para a reconstrução de nossa legitimação e franquia na representação política, convidamos e temos o prazer de contar com três expositores que se encontram entre os mais destacados estudiosos das manifestações políticas e sociais dos brasileiros”, explicou Padilha. Os debates foram coordenados pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco (RJ), e contou com a presença do fundador do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, do professor e sociólogo Paulo Baía e de Thiago de Aragão, cientista político da empresa Arko Advice. Na avaliação do ministro Moreira, o objetivo dos painéis foi o de trazer para o debate no Partido, não só na bancada, mas também para a Fundação, os efeitos da série de manifestações públicas realizadas nas últimas semanas. “Precisamos entender essa nova realidade que vivemos. São milhões de pessoas nas ruas com mobilizações se dando de maneira surpreendente, inovadora”. Em seu discurso, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), destacou o papel do PMDB nesta nova fase de manifestações populares: “não há como negar que a conjuntura política tem sido caracterizada por sinais explícitos de desprezo de boa parte das autoridades públicas e dos políticos ao sentimento do eleitor. Porém, o PMDB e o Congresso Nacional tem captado a insatisfação das ruas propondo e executando medidas. Na última semana, tanto o Senado quanto a Câmara despertaram para a evolução do impasse democrático destravando pautas de votação de projetos relevantes, mas que por motivos mais variados foram lentamente deixados à margem dos interesses do Parlamento”. O vice-presidente da República, Michel Temer (SP), ressaltou o papel da Fundação Ulysses Guimarães com a realização do seminário: “num momento angustiante da vida nacional, a Fundação vem promover um debate sobre o tema”. Temer afirmou que as mobilizações são pelo que ele chamou de “democracia da utilidade dos serviços públicos”, que é um aspecto material das reivindicações: “podemos chamar de democracia eficiente, que pede por melhor condições de saúde, educação, transporte, segurança”. Sobre a atual situação política, Temer concluiu dizendo que “a política na democracia é a arte da contrariedade da contestação. E é preciso exercitar isso”. Painéis — Para o professor Paulo Baía, esses movimentos que chegam às ruas brasileiras não eclodiram do nada, refletem os desejos da classe média, que tem anseios que superam o universo do consumo. “Para entender esse movimento, temos que fazer o que se chamou de sociologia no mundo da vida e sairmos do nosso ponto de vista. A novidade não é o que acontece agora, mas o fato de o movimento ter se espalhado e ter atingido a totalidade do país”, disse. Ele observou que esse “não é movimento insurgente, pois não pede a derrubada dos governos, mas quer que eles funcionem bem”. O cientista político Thiago de Aragão elencou os principais pontos que teriam motivado milhares de pessoas a sair às ruas reivindicar novos direitos desde a segunda semana do mês de junho. Para ele, o cerne da crise vivida pelo governo brasileiro nos últimos dias se refere a uma crise de tomada de decisão. “Criou-se uma ilusão de que o que está sendo entregue para o povo satisfaz todas as necessidades de quem está recebendo, mas quem está recebendo não tem os veículos necessários para ingressarem nesse processo de tomada de decisão”, disse. Para Renato Meirelles, duas mudanças importantes aconteceram no Brasil nos últimos tempos, a primeira delas é a redução da pobreza, com aumento da classe média. E, a segunda, é o surgimento de uma nova classe A e B no Brasil, que se deu através do empreendedorismo e do conjunto de pessoas que saíram da classe C. “Essa mudança na pirâmide gerou dois fenômenos que vão levar ao conjunto grande de insatisfação com relação aos serviços públicos”, observou. Eduardo Pinho Moreira é reeleito presidente estadual do PMDB catarinense Com 318 votos, a chapa Sempre PMDB, do vice-governador Eduardo Pinho Moreira (SC), conquistou 57,92% dos votos da Convenção Estadual da sigla, realizada no último sábado (29), em Florianópolis/SC. Com essa votação a chapa tem direito a 38 dos 64 nomes que compõem o novo Diretório Estadual do PMDB. A chapa Ulysses Guimarães – Unidade e Democracia, liderada pelo deputado federal Mauro Mariani (SC), tem direito a 26 nomes do Diretório. Além deles, os ex-presidentes e o líder da bancada estadual compõem a relação total de 71 nomes. Após a confirmação do resultado, Moreira discursou para a militância catarinense: “o PMDB é um Partido muito forte, a presença maciça demonstra que há interesse em participar ativamente das decisões e o resultado aponta que temos muito trabalho e que será necessário planejamento e organização para conduzir da melhor forma o futuro do Partido. E para isso tudo precisamos seguir juntos, porque só a união vai permitir que o PMDB continue forte”, afirmou. O presidente em exercício do Partido, ex-governador Paulo Afonso Vieira, fez um balanço positivo do resultado. “Foi uma convenção empolgante, entusiasmante e democrática, onde o resultado demonstrou de forma inequívoca que o PMDB quer ser protagonista da política catarinense”, disse. O novo diretório reúne-se na quintafeira (4), às 15 horas, em local ainda não confirmado, para definir a composição da nova Executiva do PMDB-SC e homologar a presidência de Eduardo Moreira e o Conselho Fiscal. Convenção Estadual do PMDB-SC tação em regime de urgência. “Se necessário for, o Congresso Nacional deverá cancelar o recesso parlamentar para se debruçar exclusivamente na busca de uma solução para os problemas aos quais a população está a exigir soluções urgentes”, afirmou. Como exemplo de projetos votados em resposta aos protestos que tomaram conta do país, Raupp citou a rejeição, pela Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)37/2011 que retirava do Ministério Público o poder de investigar e a aprovação do projeto (PL 323/2007) que destina recursos dos royalties do petróleo para a educação e a saúde. No Senado, ele mencionou a aprovação do projeto de lei (PLS 204/2011) que torna a corrupção crime hediondo. Para finalizar, Raupp defendeu a realização de um plebiscito para que os brasileiros possam se manifestar sobre a reforma política. Jeferson Baldo DISCURSO Raupp ressalta que trabalho do Congresso tem atendido demandas populares Em discurso no Plenário, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), falou sobre o trabalho desenvolvido pelo Congresso Nacional, nos últimos dias, visando o atendimento das principais reivindicações dos movimentos populares que estão ocorrendo no país. Expediente 4 Assessoria de Comunicação Social da Fundação Ulysses Guimarães Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Ana C. Silva, Paulo Marcial e Roberta Ramos Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br O peemedebista disse que, após um levantamento das demandas dos movimentos de rua, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), selecionou proposições legislativas sobre educação, saúde, segurança e mobilidade urbana, as quais devem ser submetidas, em razão da crise política, a vo-