04 GERAL www.jhoje.com.br REAÇÃO Cascavel, 17 de janeiro de 2013 OPOSIÇÃO DEFENDE VOTAÇÃO SUMÁRIA DOS OUTROS VETOS FEITOS PELA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF Deputados articulam derrubada de vetos eputados da oposição e da bancada ruralista articulam derrubar em fevereiro vetos presidenciais a pelo menos quatro projetos de lei que confrontaram Executivo e Legislativo durante sua discussão no Congresso. Em dezembro, em meio à pressão dos parlamentares para votar vetos recentes da presidente Dilma Rousseff à nova lei que redistribui os royalties do petróleo, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o Congresso vote antes, em ordem cronológica, mais de 3 mil vetos anteriores, que estão parados na fila. A intenção dos parlamentares é aproveitar não só para reverter a polêmica decisão sobre os royalties. Na mira, estão também D vetos relativos ao fim do fator previdenciário, à recomposição de áreas verdes determinadas pelo Código Florestal e ao investimento na saúde, previsto na regulamentação da Emenda 29. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que integra a bancada ruralista da Câmara, afirmou que articula aprovar a maioria dos 3 mil vetos de forma sumária, e deixar os quatro projetos polêmicos para votação à parte. “Primeiro, vamos votar os mais polêmicos e depois, o restante, de forma global. Esse é o entendimento que vamos tentar implementar. Foram matérias aprovadas no Congresso, nas duas Casas. Se elas foram vetadas, isso não condiz com aquilo que o Congresso Na- cional debateu durante tanto tempo”, afirmou Caiado. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), defende a votação em ordem cronológica dos vetos. Para o tucano, vetos a dispositivos que não geram polêmica devem ser aprovados de for- ma sumária, sem discursos e debates. Ele disse que o partido também vai defender a derrubada dos vetos aos quatro projetos citados por Caiado. “Acho que devemos ir pela ordem e, quando chegar a vetos importantes, eles serão considera- PT contra O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), é contra derrubar os vetos presidenciais. Segundo ele, restaurar as propostas aprovadas pelo Congresso poderá prejudicar o país economicamente. “Tem vetos polêmicos que o governo e o PT vão fazer um acordo para não derrubar. Tem veto ao Código Florestal, à regulamentação da Emenda 29, ao fim do fator previdenciário, e esses temas têm que ser discutidos com responsabilidade. Votar sem a devida atenção e cuidado pode quebrar o país”, afirmou. SELIC O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu ontem à noite manter a taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano. Essa decisão era esperada pela maioria dos investidores do mercado. Com isso, a “nova poupança” continua rendendo menos do que a antiga. A poupança vai continuar rendendo 5,08% ao ano mais a TR (5,08% é 70% da Selic, conforme determina a nova regra adotada em maio deste ano). Antes de as regras mudarem, a poupança rendia 6,17% ao ano, mais a TR. A taxa de 7,25% é a menor que o Brasil já teve desde o início da série histórica da Selic, em 1986. A série de dez reduções seguidas, interrompida no final de novembro, começou em agosto de 2011, quando os juros caíram de 12,5% para 12%. dos e discutidos. Chamaremos a atenção para a presença deles na listagem. Acho que vale cumprir o rito e estabelecer um cronograma. Esses vetos referentes a fator previdenciário, Emenda 29, e royalties são vetos que o partido vai votar pela derrubada”, disse. Gasolina O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique da Silveira, disse ontem que a defasagem no valor da gasolina no Brasil em relação ao internacional é de cerca de 7% e que um reajuste no preço do combustível neste patamar é “plausível”. Ele apontou, entretanto, que o governo ainda não decidiu quando será este aumento. Silveira informou ainda que, antes de abril, não deve haver aumento no percentual da mistura de etanol na gasolina, dos atuais 20% para 25%. De acordo com ele, neste momento ocorre a entressafra na produção do etanol e a prioridade do governo é garantir o abastecimento. www.jhoje.com.br NACIONAL/ESTADUAL 05 Cascavel, 17 de janeiro de 2013 2012 RESULTADO SE DEVE PRINCIPALMENTE À REGIÃO CENTRO-OESTE DO PAÍS, ONDE O VALOR DE PRODUÇÃO AUMENTOU 83,4% SOBRE 2011 Valor de produção do milho bate recorde produção histórica de milho na temporada 2011/12 de 72,98 milhões de toneladas de grãos - superando inclusive a de soja (66 milhões de toneladas) - resultou na mais valiosa produção de milho na história: R$ 34 bilhões. A informação é da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), baseada nos levantamentos da última safra divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro A de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado se deve principalmente ao Centro-Oeste, cujo valor de produção aumentou 83,4% sobre 2011 e foi o maior entre todas as regiões do país, de R$ 14,4 bilhões, seguido pelo Sul (R$ 10,3 bilhões e alta de 1,6 %) e Sudeste (R$ 5,6 bilhões; +15,6%). Entre os estados, os destaques no ano passado foram Mato Grosso (R$ 7,46 bilhões) e Paraná (R$ 7,44 bilhões), com elevações respectivas de 103,1% e 27,1% sobre 2011. Os resultados poderiam ter sido ainda melhores, mas a seca nas regiões Sul e Nordeste afetaram importantes estados produtores, como o Rio Grande do Sul. No entanto, há perspectiva do Estado se recuperar na atual safra, já que a Conab prevê aumento na produção do cereal de 40,6% no período 2012/13. Com a recuperação no Sul do País, a perspectiva para o valor de produção nacional do milho este ano é de R$ 41,7 bilhões, alta de 22,3% sobre 2012. ESTADOS UNIDOS Obama anuncia medidas contra armas O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem um pacote de 23 medidas para endurecer o controle de armas e pediu ao Congresso mais medidas sobre o tema. Entre as medidas aprovadas por Obama estão a proibição de comercializar armas de assalto, a exigência de atestado de antecedentes criminais para todos os compradores de armas, e o aumento da cobertura médica para problemas de saúde mental. As medidas, que não precisam ser aprovadas pelo Congresso, foram anunciadas pelo presidente reeleito em resposta ao massacre na escola Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, em dezembro, que resultou na morte de 20 crianças e 8 adultos. Entre essas ações estão a proibição das armas de assalto, uma medida para proibir cartu- chos de munição de alta capacidade (para mais de dez balas) e balas perfurantes e um esforço para “fechar enormes lacunas no sistema de verificação de antecedentes no país”, segundo a Casa Branca. OAB ENALTECE GOVERNO O novo presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), Juliano José Breda, tomou posse na noite de terça-feira, em Curitiba, em solenidade que teve a presença do governador Beto Richa. Na ocasião, Breda ressaltou a iniciativa de Richa de instituir a Defensoria Pública do Paraná, regularizar o pagamento dos honorários de advogados dativos e promover as ações de melhoria do sistema prisional paranaense. PROCONS Celular supera cartão de crédito e lidera queixas As empresas de telefonia celular tomaram a dianteira em 2012 no ranking de atendimentos do Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), que congrega as informações de mais de 2 milhões de atendimentos feitos por 441 Procons do País. Em 2011, o líder do ranking havia sido o segmento de cartões de crédito. A operadora Oi foi a líder do ranking empresarial, substituindo o Itaú, campeão de 2011. As informações foram divulgadas ontem pela Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça. Durante o ano passado, o sistema recebeu 172.119 “demandas” sobre telefonia celular - ou 9,17% do total de atendimentos. Em segundo lugar, vieram os bancos comerciais, com 169.427 atendimentos (9,02%); companhias de cartão de crédito, com 154.501 (8,23%); telefonia fixa, com 125.403 (6,68%); e financeiras, com 97.032 (5,17%). A Secretaria Nacional do Consumidor classifica como “demandas” os atendimentos feitos pelos Procons, e não como “reclamações”, porque há consultas que não terminam na abertura de processos administrativos pelo órgão e são resolvidas apenas com o esclarecimento de informações aos consumidores. No ranking empresarial, a campeã Oi contabilizou 120.374 demandas, seguida por Claro e Embratel com 102.682; Itaú com 97.578; Bradesco com 61.257 e Vivo Telefônica com 44.022. A participação do setor de telecomunicações no total de atendimentos - telefonia celular, fixa, TV por assinatura e internet - saltou de 17,46% para 21,7%, o maior crescimento. O setor financeiro, contudo, que reúne bancos comerciais, cartão de crédito, financeiras e cartão de lojas, seguiu com a maior parcelas das demandas: 23,85%.