SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA E RELAÇÕES DE GÊNERO ENTRE ADOLESCENTES E JOVENS DE GUINÉ-BISSAU E BRASIL (CEARÁ/MACIÇO DE BATURITÉ). Teodora Tchutcho Tavares1 RESUMO Esta pesquisa de teor antropológico, que está sendo realizada, visa em descrever as características sócio comportamentais relacionadas a saúde sexual e reprodutiva e relações de gênero entre adolescentes e jovens de 15 a 27 anos. A pesquisa está sendo realizada com adolescentes e jovens de Guiné-Bissau e do Brasil (Ceará/Maciço de Baturité), estudantes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (Unilab). Está sendo destacados os problemas, sensibilidades, vontades, negociações e tendências distintas que afetam o cotidiano dos (as) sujeitos (as), em consonância com as expectativas e as políticas públicas de apoio à educação e à saúde sexual e reprodutiva da juventude, nos respectivos países, através de se colocar no lugar do outro e se distanciar do seu para poder enxergar a realidade, tal como propõe o antropólogo Da Matta, que segundo ele “de tal modo que vestir a capa de etnólogo é aprender a realizar uma dupla tarefa que pode ser grosseiramente contida nas seguinte fórmula: (a) transformar o exótico no familiar e/ou (b) transformar o familiar em exóticos”2. Daí a metodologia está articulada com a perspectiva do “PAR EDUCADOR”, onde vamos ver que “a socialização sexual decorre num período de transição em que o adolescente procura o seu lugar no mundo adulto e vai se autonomizando da família, ao mesmo tempo em que busca entre os seus pares, valores e comportamentos novos que, por sua vez, ajudam a modelar a construção de gênero” (OSÓRIO; SILVA: 2008, p.134). Palavras-chave: Saúde sexual e reprodutiva; Gênero; Juventude. 1 Graduanda no curso de Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia AfroBrasileira, bolsista do Programa de Extensão, Arte e Cultura e integrante do Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidade da Unilab. 2 Da Matta, Roberto. O Oficio de Etnologo, ou Como Ter Anthropological Blues Disponivel em: http://www.museunacional.ufrj.br/ppgas/Boletim_MN/Boletim%20do%20Museu%20Nacional%202 7.pdf. INTRODUÇÃO Este artigo está sendo destacado a partir da experiência eu tive oportunidade de fazer parte e trabalhando como par educador3 em Bissau e interessei-me mais ainda para pesquisar este tema, através da integração no Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidades (NPGS) e sendo bolsista do Programa de Extensão, Arte e Cultura da UNILAB, realizando pesquisa sobre Nzinga: Cultura, Capoeira e Gênero no Maciço de Baturité. E isso levou me a identificar nessa área em descrição das características sócio comportamentais relacionadas a saúde sexual e reprodutiva e relações de gênero entre adolescentes e jovens, da faixa etária de 15 a 27 anos, estudantes da Unilab de Guiné e do Brasil. Pretende-se abordar os problemas, sensibilidades, vontades, negociações e tendências distintas que afetam o cotidiano dos (as) sujeitos (as), em consonância com as expectativas e as políticas públicas de apoio à educação e à saúde sexual e reprodutiva da juventude nos respetivos países. A metodologia está articulada com a perspectiva de se colocar no lugar do outro e se distanciar do seu para poder conseguir os dados da melhor forma sobre as características do comportamento social fazendo o papel do par educador. Nesse sentido destaca ainda de maneira geral que, no Brasil à medida que rapazes e moças crescem, os adultos vão criando expectativas diferenciadas sobre eles e elas, e sobre as suas vidas. Estas diferenças culturalmente instituídas entre os sexos influenciam, com frequência, a vida de adolescentes e jovens, nos campos da sexualidade, da saúde da desigualdade do gênero e da inserção social. Este artigo vão se descrevendo através desse interesse de tentar compreender o modo de comportamento dos adolescentes e jovens nas prática sexuais, por que na verdade, favorecer a participação juvenil é uma estratégia eficaz de promoção da saúde para estes sujeitos, pois seus benefícios são vários. Primeiro é porque contribui para a auto-estima do adolescente e do jovem, a sua assertividade e a formulação de um projeto de vida, e por outro lado observa que ingressando essas população numa linha de pesquisa sobre as causas que afeta-o, vão se aprendendo com as experiências. E esses aprendizados constituem-se em elementos-chave de qualquer estratégia de prevenção à violência a desigualdade racial, a estigmatização, a desigualdade de gênero e bem como ao abuso sexual e na prevenção contra às IST/HIV/SIDA, nessa faixa etária. 3 PAR EDUCADOR: é uma estratégia que foram utilizado em Guiné-Bissau para trabalhar e conseguir mais informação com pessoas da mesma faixa etária. Baseando em poucas informações sobre o assunto que os adolescentes e jovens da Guiné-Bissau e os brasileiros, de modo particular residentes do Maciço de Baturité no Ceará onde se encontra a Unilab, também, vai-se focalizando justamente a isso, levando a objetivamente um interesse de pesquisar a causa desse pouca informação e por quê que não sabem como agir nessa fase sexual, e saber o que a sexualidade traz para a saúde nessa fase quando se trata de má pratica. Tal como se comportam dentro de qualquer sociedade evitando as causas que conduz as consequências drásticas. Por outro lado, politicamente, vamos ver que a saúde do adolescente muitas vezes não está ligada diretamente a problemas na esfera orgânica, podendo ser influenciada pelas más condições de vida, pelas situações de abandono familiar o grupo social e envolvimento com prostituição ou até o uso incorreto do preservativo (não usado com frequência), como também com situações em que o adolescente sofre algum tipo de violência. E este trabalho se colocando como Par Educador, vai se desenvolvendo de maneira mais eficaz pela experiência própria. METODOLOGIA E FUNTAMENTAÇÃO TEÓRICO Evidentemente, às categorias como as questões apresentado da pesquisa explica um fato recomendatórias aos estudos relevantes sobre o problema, isso implica que como vimos o fato de preocupação da intervenção de característica socio-comportamentais da sexualidade para a saúde dos adolescentes e jovens e de que precisa de um amplo esclarecimento e um estudo, pesquisa e fontes que criticam dentro e fora, dialogando sobre os saberes e ampliando os horizontes da aprendizagem no que diz respeito o tema. É preciso analisar o caso de boa forma e de uma estratégia que facultará o estudo e a pesquisa, pois a consequência que é visto entre esses duas camadas acredito que é a falta de uma boa socialização no lugar onde o sujeito encontra, tais como: na família, na comunidade e em diferentes grupos sociais. Primeiro tentar focar nesse paradigma social: o fato familiar, cultural e a ignorância social. Como podem ver no sistema de valores que fundamenta fator da cultura sexista, uma forma que o masculino representa a supremacia e o poder, enquanto o feminino é associado à fraqueza e dependência. Essa injustiça repercute tanto sobre as mulheres quanto sobre os homens. De acordo com a construção sociocultural dos gêneros que prevalece na tradição ocidental, a reprodução seria um assunto feminino, em decorrência da natureza da mulher, e o campo da sexualidade seria essencialmente masculino, em decorrência da natureza do homem; enquanto a ignorância isto apesar de que parte de cada ser humano, mas pode-se questionar a sociedade que muita das vezes traz essas influências também ignorando o óbvio que acaba afetando os adolescentes e jovens, por que aí é a fase em que procura sua identidade, queira e sente desejo de experimentar tudo na vida como a experiencia encontrada já no decorrer dessa pesquisa, pois se sabe que é a fase mais difícil na vida. No que se refere aos adolescentes e jovens do sexo masculino, pode-se dizer que sua identidade é submetida a uma automutilação por exemplo, por terem que reprimir as partes de sua própria personalidade consideradas femininas. Além disto, o valor cultural e de ser respeitada enquanto menino, aí gera a necessidade de comprovar a sua virilidade através de demonstrações de força física, valentia, enfrentamento de perigos entre outras, aumentando os riscos de sofrerem ou praticarem violência ou abusos sexuais de qualquer jeito e de qualquer forma. Onde muitos ficam pelo caminho, por falta das orientações sociais, também gera essa dificuldade deles entenderam o perigo no seu todo, porque na verdade é ali que se depara com várias coisas que leva a um bom caminho assim também como ao mau, é onde observa os pensamentos de imitação social, considerando assim como uma pessoa moderna e comparando-se como os outros, porém a observar que à questão de imitar as coisas demais não leva lugar nenhum muita das vezes, visto que muitas relações virtuais familiarizam conosco e que nos deixa confusos. Por isso é importante se cuidar; nas questões familiares, as vezes não se houve forte socialização em casa antes de ter grande contato com o mundo fora, mas o que analisa é forte desobediência que se verifica muito nessa fase, na vida da adolescência e jovem e por que muitos factos influenciadores estão sujeito a ser contraído e se pais as famílias não conseguem dar conta e conseguir uma estratégia perante essa situação, por tanto a fala e o espaço é muito importante nessa hora, pois ao analisar os fatos observa que ajuda muito. O avanços da tecnologia também. Por outro lado, um aspeto importante a não ser ressaltado, por que se a criança já aprendeu desde bebê que manipular partes do seu corpo pode produzir um algo de sensação agradável a ele/a, imagina um adolescente ou um jovem. Por tanto não podemos negar que na vida a pessoa não pode fazer algo relacionado à sexualidade mesmo que vem a dar má, como é visto em algumas comunidades guineense, os pais e a religião muçulmana ainda proíbe os filhos a ter contato co sexo oposto nem namoro nem nada, o que em muitos casos não adianta até por com esse ditado de que “o que é proibido é mais saboroso”, agente se depara com isso. Portanto o que é importa, é falar com eles ou elas a fim de entender melhor e orienta-los em cada passo da vida cotidiana sem cobrança. Com tudo isto, e essa lógica dos acontecimentos e os fatos apresentados que estão sendo pesquisado vai ser aprofundados nos dados dos livros, diálogo com grupo alvo que são os (as) estudantes da Unilab, de Guiné-Bissau e do Maciço de Baturité. Fazer um estudo amplo nesse campo social, onde se encontra vários países lusófonos, através de levantamento de dados, fazendo um trabalho etnógrafo, e análise dos artigos, ensaios entre outros como está sendo feito. Por que estou vendo que estes instrumentos não só vai facilitar a investigação assim também como vai ajudar no raciocínio ao longo da minha pesquisa no âmbito de realizar um trabalho relevante para os estudos mais profundo, mas lembrando que o processo de socialização não cinge só na família ou na comunidade onde nasce o individuo, muitas se coisas aprendem em outros lugares de convivência social no nosso cotidiano. A comprovação de entrevista na pesquisa, como propõe que: Não obstante todos os entrevistados terem em mente que devem manter a imagem e zelar pela reputação, eles/elas sente (sic), a necessidade de transpor a fronteira entre casa e rua, ou melhor, entre os ensinamentos da casa e os da rua. Para tanto, aponto mais um fator determinante no processo de construção desta juventude universitária, que é o ato de sair de casa, seja para brincar com amigos, ou quando adultos para a universidade ou trabalho. Como forma de suprir as necessidades de maior conhecimento sobre o mundo a sua volta no que se refere á questões, principalmente, da intimidade (masturbação, menstruação, iniciação sexual), muitos destes jovens acabaram aprendendo todas essas coisas no espaço de fora da casa da família de origem, especialmente quando se trata da iniciação sexual, onde é preciso sair de um espaço mais formal e adentrar num ambiente mais micro, mais íntimo. Sair do âmbito familiar é quase premissa fundamental para estes jovens que buscam um aprendizado sobre o corpo, sexualidade, visto que os padrões de conduta familiar estabelecidos são configurados por meio de convenções sociais. (HEILBORN 1996, p. 4) No que diz respeito a orientação da proteção sobre saúde sexual, não se deve resumir meramente na própria saúde. Mas também levar em consideração vários aspetos que podem influenciar como: sociais, culturais, psicológicos. Muita das vezes, as pessoas não fazem o que é bom para saúde ou que se sintam bem, não é porque não sabem, mas sim porque estão acostumados a fazer tudo conforme as suas culturas onde estão inseridas, nesse âmbito constata-se também através dessa passagem de proteção escolar analiso que na realidade os espaços educativos e a participação social em movimentos e ações coletivas, faz-se sentir mais hábil e distante dos perigos influenciadoras que as outras sociedades impõe. Por outro lado vê-se que a função reprodutiva da mulher expõe a tensão e risco, durante grande parte da sua vida. Desde os primeiros indícios da puberdade, quando ainda criança, as meninas começam a despertar para a sexualidade e, muitas vezes, sem orientação por parte da família ou dos educadores. Às vezes se iniciando prematuramente na vida sexual, daí algumas se tornam ‘’mãe crianças’’, ou contraem doenças transmissíveis de forma consciente ou inconsciente, apesar que existe direito reprodutivo de cada individuo sobre seu próprio corpo, mas a orientação é muito fundamenta e a partir desses direitos vejamos: O direito de decidir sobre a reprodução sem sofrer discriminação, coerção, violência ou restrição ao número de filhos e intervalo entre seus nascimentos; O direito de ter acesso à informação e aos meios para o exercício saudável e seguro da reprodução e sexualidade; O direito de ter controlo sobre o próprio corpo; O direito de exercer a orientação sexual sem sofrer discriminações ou violência (VENTURA, 2002, p.15) Com base nessas leituras a noção veio aparecer sobre as ignorâncias, os orgulhos e a falta de grande afeto pelo outro ou melhor o interesse pelo “outro”, o que chama mas atenção é essa ideia de julgar o outro e tirar o outro do nosso seio só por ele/a adoeceu o que não ajuda a não ser piorar a situação da vítima. Pois essas coisas de doenças graves tornar-se um insulto pela sociedade ou comunidade diríamos que são coisas bem antiga na era dos judeus que definiam como o pago dos pecados cometidos, tipo assim “castigo de Deus”, a noção de que todos os seres humanos na terra tem probabilidade de um dia ficar doente, portanto o que devemos fazer é sensibilizar mostrar os fatos reais para nossa juventude, abrir o diálogo, oficinas enfim tornar a causa perto de todos. Assim como os pesquisadores procura os dados assim deve ser. A partir daí a pesquisa cingiu em diferentes problematizações: Como a sexualidade interfere na saúde dos adolescentes e jovens de Guiné-Bissau e do Estado e Ceará (Maciço de Baturité)? Por quê que uma vez que a falta de informação suficiente é visto muito em sociedade geral no Estado e Ceará (Maciço de Baturité) e de Guiné-Bissau? Como fazer uma campanha de mobilização onde irá reunir muitos adolescentes e jovens para mostrar-lhes que a interseção da sexualidade na vida de qualquer um, que não tem um conhecimento de perto ou vivenciado, quer dizer que tipo de prática sexual vai adaptar e como vão pratica-lo para não trazer para vida juvenil ou adulto vários problemas no futuro? Com base nisso, ainda a sociedade discute a forma de fato que conduz a interferência do comportamento sociais na sexualidade e na saúde dos adolescentes e jovens, visto que tudo inicia na fase da puberdade onde o corpo começa já a sofrer transformação e se começa a interessar-se por sexo oposto. Na verdade como sabe que a sexualidade começa desde que o individuo nasce, por que tudo o que faz para sentir prazer sabemos que já é sexualidade, no entanto é muito difícil proibir uma pessoa a praticá-lo, mas o que é pertinente é educar, sensibilizar, dar-lhes informações para que a saúde não vier a ser instável. Uma sociedade evolutiva é aquele que tem boa saúde, baseando também em boa forma de prevenção, sem ignorância e com colaboração de todos para o bem-estar. Em fim tudo o que a pessoa não aprendeu em casa, aprende na rua como na comunidade sociedades e o que aprendeu em casa complementa na sociedade aonde se vai desenvolver ao longo da vida, tanto social como acadêmico, lembrando que o processo de socialização não cinge só na família ou na comunidade onde nasce o individuo, muitas coisas aprende em outros lugares de convivência social. DADOS PRELIMINARES DA PESQUISA Distribuição de dados em comparação entre Guiné-Bissau e Ceará Na Guiné-Bissau, as meninas de 15-24 anos têm três vezes mais probabilidade do que os meninos da mesma idade de serem infectadas pelo VIH (4,2%versus 1,4%, INASA 2010, Figura 1). Isto é, 4,1% de homens na faixa etária 25-49 têm uma prevalência de VIH e 19% das meninas entre 15-24 anos (casadas ou solteiras) afirmam ter tido sexo com homens 10 anos mais velhos do que elas (MICS-4). Figura 1 Nessa camada juvenil é notada a alta taxa de prevalência do IST/VIH/SIDA. Essa situação está a ganhar contornos cada vez mais complexos e alarmantes, devido a vulnerabilidade que apresenta particularmente as meninas de 15 a 19 anos de idade que são forçados a se casarem com homens de 10 ou mais anos de idade superior a elas e, que já se casou com muitas mulheres de seu idade e que algumas delas morreram de doenças infeccios as sem saberem dos seus estados serológicos e nem têm conhecimentos suficientes em relação ao VIH. Esses adolescentes e jovens não têm poder de decidirem mesmo querendo porque os maridos os impõem fazer o que pretendem. Tudo isso tem a ver com fracos conhecimentos que os mesmos maridos se dispõem sobre a saúde reprodutiva (SR), IST e VIH/SIDA, recusam de ir ao centro hospitalar para procurar as informações, saberem dos seus estados de saúde e fazerem tratamento em caso de alguma enfermidade alegando que as mulheres é que são culpadas em qualquer situação do género. BRASIL-CEARÁ A análise dos resultados sobre o conhecimento dos aspectos relacionados DST/HIV/aids e exposição ao HIV segundo a faixa etária mostrou diferença significativa em relação ao conhecimento sobre a aids e sua transmissão, uso do preservativo na prevenção às DST/aids e na exposição ao HIV por via sexual, ou seja, adolescentes entre 10-11 anos parecem conhecer menos sobre a transmissão da doença, aspectos relacionados à prevenção quando comparados as outras faixas etária. Não houve diferença entre as faixas etárias em relação ao uso de preservativo para a prevenção de gravidez, significando conhecimento amplo sobre esse assunto independente da faixa etária na amostra de adolescentes estudada e o uso de drogas. Entre essas duas desatribuição de dados entre Guiné-Bissau e o Estado de Ceará observa a proposição de ações para redução de fatores condicionantes que põem em risco essa população, ratificando o aspecto biológico, ignorando outros de tipos de influência. Legando o primeiro contato dos adolescentes e jovens nas unidades de saúde vejamos que se faz na recepção ao mundo do gênero. Comprando esses dados mostra que: GUINÉBISSAU Feminino Inicio de N= (%) relação sexual/HIV 15-49 19 Masculino N= (%) 4,2 Brasil- CE Feminino Idade de N= 39(%) início relação sexual 10-11 Masculino N=41 (%) 3 (7,3) 5 (12,2) 15-49 2,4 15-24 6,9 12-13 1,4 25-49 4,2 14-15 9,9 16-17 5 (12,8) 21 (53,8) 20 (48,8) 9 (23,1) 8 (19,5) 4 (10,3) 5 (12,2) 4,1 18-19 - - - CONSIDERAÇÕES FINAIS As experiências vivida trabalhando como par educador em Bissau ajudou-me bastante na compreensão dessa sociedade distinta à fazer comparação entre esses sujeitos, descobrir até então as características que afeta o cotidiano no que diz respeito a saúde sexual. A partir dai observei que o que faz com que esses jovens desviarem e se optaram aos outros caminhos (prostituição, gravidez precoce, consumo de drogas, álcool, abandono escolar etc.) tudo isso por falta de opção que leva muitos a esse perdição da vida, pois prefere buscar algo que sustentasse em vez de estudar. Praticamente, observei que adolescentes de sexo feminino são mais vulnerável e isso porque inicia a vida sexual muito mais sedo e isso sem saber ou seja sem ter uma experiência adequada para essa vida sexual, mas pratica do mesmo modo mesmo modo, nem que veio a dar uma resposta erada (coisas indesejáveis). Também observei que em Guiné como tem várias culturas, etnias diferentes e isso tem visto que muitos fazem esse casamento forçada com adolescentes ou jovens, mas com a pessoa dez vezes maior que elas, dito isso por se verifica mais no sexo feminina. As vezes por causa da terra e de outros bens que o homem tem, isso através da realidade que vivi la e os trabalhos desenvolvemos enquanto ativista Par Educador de FNJP4. Além de muitos que não tem o conhecimento sobre HIV/SIDA e outros IST. Mas no Brasil já é diferente a faixa etária não houve mais numero assim de percentagem nos estudantes, os que não conhecem são entre de 10-11 e uso de preservativo na prevenção de resultados indesejáveis. Considerando o Projeto de Extensão da UNILAB: Nzinga: Cultura, Capoeira e Gênero no Maciço de Baturité, coordenado pela professora Violeta Holanda5 a qual faço parte e que já está na fase final, que foi uma das que me motivou bastante sobre o interesse de conhecer de pertos os comportamento sexuais dentro e fora dessa comunidade dos adolescentes e jovens desse Maciço. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOZON, M.; HEILBORN, M. L. As carícias e as palavras. Iniciação sexual no Rio de Janeiro e em Paris. In: Terrain, Paris, n. 27, p. 37-58, set./1996. OSÓRIO, Conceição; SILVA, Teresa Cruz. Buscando sentidos. Gênero e sexualidade entre jovens estudantes do ensino secundário, Moçambique, Ed. WLSA Moçambique: Maputo, 2008, PP. 103-168. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. (1996). Conferência mundial sobre a mulher, 4/ONU. Rio de Janeiro: Fiocruz. VENTURA, Miriam. Direitos reprodutivos no Brasil. São Paulo: 2002, p, 15. 4 FNJP: Fórum Nacional da Juventude e População. É um espaço de concertação, coordenação e promoção de acções das Associações juvenis nos domínios da População e Desenvolvimento, concretamente nos assuntos ligados com a Inserção Sócio-Económica, Saúde Reprodutiva, Género e Desenvolvimento, Educação para a cidadania e Desenvolvimento, representando a Juventude guineense em relação aos parceiros que operam nesta área. 5 É docente da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), coordena o Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidades (NPGS), vinculado à Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis (PROPAE/UNILAB).