02/06/2015
Uso da tecnologia é saída para a pecuária leiteira ­ Economia ­ Estado de Minas
Uso da tecnologia é saída para a pecuária leiteira
Programas de bonificação são a saída para pecuaristas que pretendem conseguir uma
receita maior com a atividade leiteira. Outras técnicas que reduzem as despesas de
propriedades são bem­vindas
postado em
01/06/2015 08:16
Marinella Castro /
Com a produção do alimento dos animais na fazenda, é possível diminuir os gastos
Acompanhado de Tork, seu cão pastor, o produtor Cláudio Notini circula entre o rebanho da Fazenda
Jardim, em Santana de Pirapama, a cerca de 150 quilômetros da capital. Olhar atento aos custos e
satisfeito com os resultados que tem alcançado, diariamente ele entrega para a indústria 2,8 mil litros de
leite, seguindo um rigoroso processo de qualidade. Com um aplicativo nas mãos, Notini acompanha
todas as informações sobre seus 320 animais da raça girolando. Em ordenha, são 160 fêmeas. A
sanidade do rebanho, a higiene primorosa e um leite rico em proteínas e gorduras lhe garantem uma
remuneração até 14% maior que o preço médio do litro de leite.
Na política de bonificação pela qualidade, o valor pago pela indústria ao produtor que atinge padrões de
excelência é, em média, 10% maior que a média do mercado, podendo alcançar até 20%, o que hoje
elevaria o preço pago pelo litro do alimento a R$ 1,20, em média. Centavos que, no fim do mês, se
transformam em milhares de reais.
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Pequena ou de grande porte, a atividade leiteira, que é uma das mais antigas de que se tem notícias
em Minas, está caminhando rumo à modernização. Práticas tradicionais estão sendo substituídas por
novos modelos de gestão, que reduzem custos, aumentam a produtividade e a qualidade, abrindo
espaço no exigente mercado consumidor.
Há 10 anos, depois de deixar o setor de desenvolvimento de
softwares, Cláudio Notini decidiu investir na atividade. Na Fazenda Jardim, herança de família que já
guardava a vocação para a pecuária, ele apostou em um modelo de gestão moderno, incluindo rígido
controle de custos. Uma das medidas foi a mecanização da propriedade. O alimento dos animais
passou a ser em grande parte produzido na fazenda, reduzindo a despesa, que é a mais pesada da
produção, chegando a representar 50% do custo da atividade. Com a venda do alimento excedente,
também é possível gerar receitas.
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CONTROLE RIGOROSO Na propriedade, a recria é terceirizada e a alimentação do gado segue dieta
balanceada. Cevada, farelo de malte, núcleo mineral, poupa cítrica e silo de mombaça fazem parte do
cardápio. Depois de reunidos, os ingredientes são misturados por uma máquina que mede a quantidade
a ser servida, na exata necessidade do rebanho. “Mensalmente, amostras do leite são coletadas e
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avaliadas pela indústria. Os padrões de qualidade definem a bonificação”, explica o produtor.
Célio Moreira, diretor­executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais
(Silemg), diz que o processo de bonificação da indústria pela qualidade reflete diretamente na
produção, que pode ter um resultado até 6% maior, a partir de um alimento rico em teor de gordura,
proteínas, acidez balanceada e baixa contagem bacteriana. “O que é um resultado muito importante
para a indústria”, aponta.
Em um momento de queda nos preços do leite, Notini preserva o otimismo. Diz que os altos e baixos
dos preços fazem parte da trajetória do mercado, desafios que ele pretende vencer atingindo padrões
superiores de qualidade. “Em um ano e meio, devemos alcançar 5 mil litros de leite/dia”, conta o
produtor. Equipada com resfriador que recebe o leite direto da ordenha mecânica, a fazenda já está
estruturada para uma segunda fase de ampliação da produção, que tem o objetivo de chegar a 8 mil
litros/dia. Os animais da raça girolando podem produzir até 40 litros/dia, mas a média da fazenda é de
18 litros por animal. No inverno, apesar da menor fartura do pasto, a produção deve crescer para 21
litros.
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