SITUAÇÕES DE TRABALHO INFANTIL: COLAGENS REAIS E VIRTUAIS Proposta pedagógica apresentada ao curso: A Escola no Combate ao Trabalho Infantil (ECTI) José Célio de Lima 1 1. Apresentação O presente projeto tem como finalidade a aplicação prática dos conteúdos abordados no Curso A Escola no Combate ao Trabalho Infantil (ECTI), ministrado à distância, na modalidade online, promovido pela Fundação Telefônica e a Rede PróMenino. Para alcançar os objetivos do Curso, o presente projeto será implementado na escola da Secretaria Executiva Regional – SER V, da Prefeitura Municipal de Fortaleza, a saber. Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) Narciso Pessoa de Araújo, localizada na Av. General Osório de Paiva, nº 6741, Bairro Canindezinho / Siqueira, código do INEP/MEC nº 23302615. 2. Identificação do projeto Eixo Temático: Combate ao Trabalho Infantil. Beneficiários: Quarenta e nove (49) alunos do 6ª Ano, turno manhã, sendo: vinte e sete (27) da Turma A e vinte e dois (22) da Turma B. Período de execução: 3º bimestre do ano letivo de 2012. 3. Problematização A situação de trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme a legislação de cada país. 1 Funcionário público da P refeitura Municipal de Fort aleza, Técnico em Educação, lotado na Secretaria Municipal de E ducação (SME), e à disposição do Distrito de Educ ação da SER V – Escola Municipal de Educaç ão Infantil e Ensino Fundamental (EME IF) Narciso Pessoa de Araújo. O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. Especificamente, as formas mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem crime. A exploração do trabalho infantil é comum em países subdesenvolvidos, e países emergentes como no Brasil, onde nas regiões mais pobres este trabalho é bastante comum. Na maioria das vezes isto ocorre devido à necessidade de ajudar financeiramente a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que possuem muitos filhos. Apesar de os pais serem oficialmente responsáveis pelos filhos, não é hábito dos juízes puni-los. A ação da justiça aplica-se mais a quem contrata menores, mesmo assim as penas não chegam a ser aplicadas. Apesar de existir legislações que proíbam oficialmente este tipo de trabalho, é comum nas grandes cidades brasileiras a presença de menores em cruzamentos de vias de grande tráfego, vendendo bens de pequeno valor monetário. 4. Campo de ação O projeto será desenvolvido, em sala de aula e no laboratório de informática educativa, nas disciplinas da área de Linguagens e Códigos e suas Tecnologias, especificamente Português e Arte-Educação. Durante o momento da culminância abrangerá as áreas de Cultura e Sociedade e suas Tecnologias, assim como toda a comunidade escolar da escola envolvida. 5. Objetivo geral do projeto Promover, a partir da educação formal escolar, a disseminação dos conceitos básicos e fundamentais dos direitos da criança e do adolescente para o pleno exercício da sua cidadania, a partir de valores éticos, de forma que os alunos e alunas se tornem capazes de eleger critérios pautados na justiça social e no bem comum para compreender, enfrentar e combater as diversas formas de exploração e trabalho infantil. 6. Conteúdos gerais do Eca Direitos fundamentais da criança e do adolescente; direito à vida e a saúde; direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; direito à convivência familiar e comunitária; direito à educação, à cultura, ao esporte e lazer; e direito à profissionalização e à proteção no trabalho. 7. Situações de aprendizagem Tratamento dos conteúdos: os conteúdos devem ser tratados como Objetos de Aprendizagem, que segundo alguns autores consistem na apreensão do conhecimento usando como recursos tecnológicos, além dos meios tradicionais, as várias mídias disponíveis na escola e no cotidiano do aluno, como por exemplo: telejornais, Internet, livros, revistas, filmes e laboratórios de informática; as quais, de acordo com Bettio e Martins (2004), são independentes umas das outras. Tarefa para trabalhar os conteúdos: considerando os conteúdos do Estatuto da Criança e do Adolescente, os alunos deverão pesquisar ações nocivas, consideradas de exploração e trabalho infantil, bens como ações úteis de proteção à criança e ao adolescente. Onde: na História, na vida cotidiana, nos meios de comunicação, na Internet. Na História, os alunos poderão contar com a ajuda do professor da área de Cultura e Sociedade. No cotidiano, podem buscar ajuda da família, entre amigos, etc. Nos meios de comunicação, em jornais, revistas, livros, filmes, etc. Na Internet, em sites de busca (Google, Yahoo, etc.), utilizando o Laboratório de Informática Educativa. Ambiente de aprendizagem na escola: na sala de aula, em pequenos grupos, após pesquisa individual realizada em casa ou na biblioteca / sala de leitura da escola, os alunos selecionarão três ações úteis e três ações nocivas. Exemplos: crianças brincando, indo à escola; crianças trabalhando nos sinais de trânsito, pedindo esmolas para ajudar em casa, etc.; bem como, outros exemplos veiculados nos telejornais, revistas, jornais impressos, etc. No Laboratório de Informática – os computadores devem ter acesso à Internet e o professor de informática educativa, para facilitar, pode orientar os alunos a pesquisar ou já deixar as máquinas ligadas com o link do Objeto de Aprendizagem acessível (ECA, direitos da criança e do adolescente,trabalho infantil, etc.). De acordo com o período de execução do projeto, serão selecionadas, no mínimo, quatro aulas para a discussão dos conteúdos: uma para os exemplos pesquisados na História; uma para os exemplos pesquisados no cotidiano; uma para os exemplos pesquisados nos meios de comunicação e uma para os exemplos pesquisados na Internet. 8. Como será avaliado o projeto A avaliação se dará numa perspectiva contínua de aprendizagem: à medida que os grupos forem apresentando suas opiniões, os demais alunos serão instigados acerca do que eles apreenderam sobre os conteúdos do ECA e sobre o trabalho Infantil. As questões básicas do processo avaliativo serão realizadas através dos seguintes questionamentos: como julgamos as ações úteis e nocivas em relação à exploração do trabalho infantil? Pode-se através da educação aprender e praticar valores éticos que promovam a cidadania das crianças e adolescentes? Essas questões podem ser avaliadas e discutidas com todos os envolvidos no processo educativo – professores, alunos, gestores e comunidade – por ocasião da culminância do projeto. 9. Como culminará o projeto A apresentação dos resultados obtidos durante a execução do projeto será realizada através de colagens em painéis, cartolinas e/ou por meio de colagens virtuais apresentadas no Laboratório de Informática Educativa: slides (power point) ou outros recursos disponíveis na escola. Durante a apresentação dos resultados do projeto, que poderá ser realizada na sala de aula, no laboratório de informática, ou em murais no pátio da escola, o papel dos envolvidos no processo será o de fomentar a discussão com os demais alunos, bem como com outros professores e comunidade escolar, de forma que, em benefício da sociedade, todos possam refletir acerca das regras ou ações que temos para considerar se uma situação é útil ou nociva e como podemos aplicá-la no contexto do ECA e do trabalho infantil. O objetivo da culminância é que todos que visitem a exposição, percebam a presença de situações de proteção e de exploração, assim como se sensibilizem para a reflexão acerca da origem dessas situações e de que forma podem conserválas, se consideradas úteis, ou mudá-las, se consideradas nocivas, tendo como finalidade última, a proteção da criança e do adolescente. 10. Recursos Humanos: professores; alunos; professor do Laboratório de Informática; professor da Sala de Leitura; coordenador pedagógico; supervisor escolar; orientador educacional; diretor (a); vice-diretor (a); e comunidade escolar. Materiais: jornais; revistas; livros; filmes; computadores com conexão banda larga; cartolinas; pinceis atômicos; tesouras; projetor de slides; fitas gomadas; e colas. 11. Cronograma Atividade para o 3º bimestre: preparação do projeto (outubro); sensibilização dos alunos (outubro); aplicação e realização das atividades (outubro e novembro); avaliação (novembro e dezembro); culminância geral do projeto (dezembro). Devidos a duas greves consecutivas durante os períodos de 2009 e 2010, o ano letivo de 2012, da Prefeitura de Fortaleza, só se encerra entre os meses de março a abril de 2013. 12. Referências BETTIO, Raphael W.; MARTINS, Alejandro. Objetos de aprendizado: um novo modelo direcionado ao ensino à distância. [s.n.t.], 2004. (texto impresso). BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da República do Brasil, Brasília, 16 de julho de 1990. ECOAR. O Fim do Trabalho Infantil. Educação, Comunicação e Arte na Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Colagem. Brasília: OIT/Secretaria Internacional do Trabalho, 2007. PROATIVA. Guia do professor. Disponível em: <http://www.proativa.vdl.ufc.br>. Acesso em: 01 de outubro de 2012. SILVA, Simone. Trabalho infantil, uma realidade: crianças deixam a escola para exercer atividades que complementem renda familiar. [ON LINE]. Disponível em: <http://www.revelacaoonline.uniube.br/a2002/cidade/infantil.html>. Acesso em: 02 de outubro de 2012. WIKIPÉDIA. Trabalho infantil. Texto sobre trabalho infantil. [ON LINE]. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_infantil>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.