T U C A N O DIÁRIO I N F O R M AT I V O D A S BA N C A D A S D O P S D B N A C Â M A R A E N º 817, T E R Ç A – F E I R A , 6 D E M A R Ç O N O S E N A D O DE 2007 D eputados enaltecem legado de Már io C ovas Mário Co O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) (SP), destacou ontem os exemplos de coragem, determinação, honestidade e persistência do governador Mario Covas Covas, falecido em 6 de março de 2001. Nesta terça-feira, às 9h30, uma missa na Catedral da Sé, em São Paulo, marcará os seis anos da morte do tucano. PERFIL – Segundo Pannunzio, Covas era um líder imprescindível, que sabia pontuar na hora exata o que o partido podia fazer ou não. “Para nós, que tivemos o privilégio de conviver com ele, a passagem do governador é um fato sentido em todos os momentos. Seus exemplos e sua coragem política são até hoje uma grande inspiração”, ressaltou o líder. “Ele deixou um vazio imenso”, completou. Mario Covas Júnior nasceu em Santos (SP), em 21 de abril de 1930. Formou-se engenheiro civil Tucanos: PAC deve ser negociado com governadores Página 2 Redecker condena corte em orçamento da segurança Página 3 Deputados condenam aliança Marta-Maluf em SP Página 3 Nogueira: governo abandonou setor agropecuário Página 4 pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e teve intensa militância na política estudantil dos anos 50. Formado, prestou concurso público na Prefeitura de Santos, trabalhando como engenheiro até 1962, ano em que foi eleito deputado federal. Um dos momentos mais importantes de sua carreira política ocorreu em junho de 1988, quando participou da fundação do PSDB, partido pelo qual disputou a Presidência da República. Em 1994, foi eleito governador de São Paulo com 8,6 milhões de votos e reeleito quatro anos mais tarde com 9,8 milhões de apoios. Enquanto seu primeiro mandato foi dedicado ao saneamento das finanças públicas, no segundo realizou o maior programa de investimentos da história do estado. n Leia mais no site “Tucano foi uma grande liderança e fez muito pelo país” n “Covas foi o rumo do PSDB. Sua atuação na política e na vida pública comprovou que ele era um homem à frente do seu tempo. A ética com a qual conduzia sua trajetória, seja no Executivo ou no Legislativo, sempre balizou as decisões do partido.” Mendes Thame (SP), presidente do PSDB/SP n “Covas representa muito para o PSDB. Ele era uma figura agregadora que sabia como promover a integração do partido. O sexto ano da morte do exgovernador é um período para lamentarmos e refletimos sobre seus exemplos.” José Aníbal (SP) n “Mario Covas está fazendo muito falta. Ele era uma pessoa de visão e um político decidido. Tinha uma posição clara, ética, além de conhecimento e compromisso com as origens do partido. O Brasil e o PSDB só perdem com sua ausência.” Paulo Renato Souza (SP) n “Mario Covas significou muito para a política brasileira. Ele foi um dos fundadores do PSDB e mostrou que o partido representa uma boa solução para o país. Covas foi um homem público exemplar, além de uma figura humana muito querida.” Sílvio Torres (SP) n “Até hoje mantenho uma foto de Mario Covas em meu gabinete. Ele é sinônimo de luta, força, honestidade, além de um político que sempre valorizou a independência do Legislativo.” William Woo (SP) n Covas foi uma grande liderança e fez muito pelo país. O PSDB perdeu muito com sua morte. A lembrança do ex-governador serve como um grande exemplo aos homens públicos deste país.” Lobbe Neto (SP) n “Covas sempre foi um grande exemplo de como se deve fazer política no país. Para mim, que tenho 40 anos, o ex-governador foi incentivo para o meu ingresso na vida pública. Ele atuou com obstinação em sua luta para vencer os obstáculos e criar melhores condições de vida para a população.” Fernando Chucre (SP) n “Serei sempre um fã incondicional de Covas. Ele foi meu professor, decano e orientador. Além disso, fui líder do seu governo na Assembléia Legislativa de São Paulo. Sua perda representa uma lacuna irrecuperável. Ainda hoje ele é um exemplo de integridade, seriedade, competência administrativa e honestidade. Todos os homens públicos deveriam tê-lo como referencial.” Renato Amary (SP) n “Covas foi um dos mais importantes homens públicos do Brasil contemporâneo. Ele sempre se pautou em defesa do interesses públicos e dos mais necessitados. O partido deve seguir seus ensinamentos para que jamais se afaste da luta em prol da vontade popular.” Edson Aparecido (SP) e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br DIÁRIO TUCANO n 6 de março de 2007 Neves pede informações sobre febre aftosa ev es (MS) O deputado Waldir N Nev eves apresentou ontem requerimento de informações a ser encaminhado ao Ministério da Agricultura no qual pede explicações sobre as ações federais de combate à febre aftosa no rebanho de Mato Grosso do Sul, o segundo maior do país.“Temos a responsabilidade de velar pelo nosso maior produto: a carne bovina”, destacou.O documento elaborado com dados da Secretaria de Agricultura do Estado lembra que o MS sofre um prejuízo já contabilizado em R$ 1 bilhão em virtude do problema, e a previsão de recuperação é de, no mínimo, seis anos. n Leia mais no site Papaléo cobra debate sobre aquecimento O senador Papaléo Paes (AP) defendeu ontem a discussão, pelo Congresso Nacional, de possíveis soluções para o aquecimento global. Em discurso no plenário, o parlamentar destacou as conclusões do relatório apresentado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. O documento lista efeitos alarmantes da emissão de gases causadores do efeito estufa. Para o tucano, o interesse do presidente norte-americano George W. Bush pelo biocombustível produzido no Brasil é uma demonstração da mudança de postura dos EUA em relação aos problemas ambientais. n Leia mais no site 2 Tucanos: não haverá PAC sem diálogo com governadores Ou o governo negocia e abre espaço para a inclusão das demandas estaduais no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou dificilmente o pacote irá alavancar a expansão da economia brasileira como pretendido. O alerta é de parlamentares do PSDB, que vêem com ceticismo a possibilidade de diálogo na reunião marcada para esta manhã entre o presidente Lula e os 27 governadores no Palácio do Planalto. A reclamação geral dos tucanos é a de que a maior ia das obras incluídas no PAC já estavam previstas em outros programas ou mesmo em andamento. DEMANDAS – O líder da Minoria na Câmara, deputado J ú l i o R e d e c k e r ( R S )), afirmou que no Rio Grande do Sul o fundamental seria investir pesadamente em infraestrutura. As prioridades são o Porto de Rio Grande, a construção do metrô e a reforma da BR-101. Segundo o tucano, o mínimo que se espera do presidente Lula na reunião desta terça é “abertura para que os gov ernos exponham suas necessidades”. “Até porque é imprescindível a participação dos estados e dos municípios em qualquer projeto para o crescimento brasileiro”, ressaltou. “É ingenuidade imaginar que as parcerias público-privadas resolveriam o problema quando não há marco regulatório e segurança jurídica”, acrescentou. Para São Paulo, segundo o deputado E d s o n A p a r e c i d o ( S P ) , as obras mais importantes são a construção do Rodoanel e mais uma linha do metrô. Na avaliação do tucano, no entanto, o PAC será inútil se não houver mudança na política econômica e na relação do governo federal com estados e municípios. “O Brasil só vai reingressar na rota do desenvolvimento se os juros e a carga tributária diminuírem. É preciso também fechar os gargalos dos gastos públicos”, enumerou. O deputado R a f a e l G u e r r a ( M G ) também não vê possibilidade de que a reunião mude o panorama geral do PAC. As propostas previstas para Minas, segundo o tucano, são “ridículas” e não contemplam, por exemplo, recursos para o metrô de Belo Horizonte e para segurança pública. Embora cético a respeito da real disposição do governo Lula para o diálogo, Guerra cobrou apoio da bancada mineira ao governador Aécio Neves a fim de garantir essas demandas. Em Roraima, segundo o deputado U r z e n i R o c h a ( R R )), as prioridades são a reforma da hoje “destruída” BR-174, que liga Roraima a Amazonas, e a construção da hidrelétrica do Cotingo, que abasteceria toda a região norte do estado. Ambas não previstas no PAC. “É difícil que o pacote atenda aos verdadeiros interesses dos estados porque o governo usa o programa para fazer política”, advertiu. “Além disso, não há certeza de que essas obras realmente saiam do papel”, lamentou. O deputado Rômulo Gouveia (PB) advertiu que, sem atender às demandas dos governadores, “será muito difícil tornar o PAC uma realidade”. “Todas as propostas para o estado estão aquém das necessidades da Paraíba”, apon t o u . “O PAC p r e v ê a duplicação da BR-230, uma obra que já estava em andamento. O que queremos é o seu prolongamento até o sertão. Além disso, defendemos a construção de uma usina de biodiesel”, completou. O tucano criticou ainda a desoneração de impostos proposta sobre recursos que são compartilhados com os estados. “Lula está usando o chapéu alheio”, condenou. io (AL) (AL), por sua enório O senador J oão Tenór vez, ressaltou que se há de fato interesse do governo em garantir políticas de crescimento para o país é fundamental que o Planalto firme parcerias com os estados. Segundo ele, o principal problema do PAC é que as obras incluídas já estavam previstas em outros programas. “Como o estado mais pobre da federação, Alagoas tem demandas em todas as áreas e vive atualmente um momento muito difícil. Mas o que é novo nesse programa?”, questionou. Os governadores tucanos José Serra (São P aulo) es (M inas G er ais) aulo), Aécio N Nee vves (Minas Ger erais) ais), Yeda Crusius (Rio Grande do Sul) Sul), Ottomar Pinto (R or aima) (Ror oraima) aima), Teotônio V ilela (Alagoas) e Cássio Cunha Lima (Paraíba) confirmaram presença na reunião. Além do PAC, temas como segurança pública e reforma tributária devem ser debatidos no encontro desta terça-feira em Brasília. D I Á R I O T U C A N O Informativo das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado Câmara dos Deputados - Anexo II, sala 130 CEP 70160-900 Brasília (DF) Telefone: (61) 3215 9351 Fax: (61) 3 215 9350 Líder da bancada na Câmara: deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) Líder da bancada no Senado: senador Arthur Virgílio (AM) Presidente do PSDB: senador Tasso Jereissati (CE) Secretário-geral: Eduardo Paes (RJ) Presidente do Instituto Teotônio Vilela: deputado Sebastião Madeira (MA) Coordenadora de Comunicação: Soraya de Alencar Editor: André Campos Subeditor: Marcos Côrtes Coordenador de redação: Marcus Achiles Diagramadores: Marco Caetano e Francisco Maia Produção: Bia Ramos e Fernanda Azevedo Repórteres: Ana C. Silva, Bruno Santa Maria, Felipe Cabral, Michelle Maia, Narciso Portela, Rafael Secunho e Thais Antonelli A equipe do Diário Tucano é responsável pelo site Fotos: Paula Sholl e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br DIÁRIO TUCANO n 6 de março 2007 3 Redecker critica cortes no orçamento da segurança pública O líder da Minoria na Câmara, J ú l i o Redecker (RS) (RS), condenou ontem a falta de comprometimento do governo Lula com a segurança pública.“Uma gestão compromissada com a população e com esse setor certamente não executaria apenas 27% do orçamento do Fundo Nacional de Segurança Pública, como ocorrido em 2006. Isso é faltar com a verdade com o povo brasileiro”, condenou. Redecker fez as críticas durante a discussão da MP 345, que autoriza a União a firmar convênio com os estados e com o DF para executar atividades e serviços relacionados à segurança no âmbito da Força Nacional de Segurança Pública. A votação da medida provisória acabou adiada para hoje. ORÇAMENTO IMPOSITIVO – O tucano sugeriu medidas para evitar o contingenciamento de verbas para o setor, já pensando neste ano. “Para 2007 há uma previsão de R$ 566 milhões destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública e de R$ 211 milhões ao Fundo Penitenciário. Deveria haver o orçamento impositivo para a segurança pública, para que essas previsões orçamentárias sejam efetivamente cumpridas”, sugeriu Redecker. Ele salientou ainda que não adianta criar novas leis se o governo não destina recursos para que elas possam ser efetivadas. Já o líder do PSDB, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) (SP), chamou a atenção para o fato de que a regulamentação do convênio previsto na MP deveria ser feita por meio de projeto de lei, e não como medida provisória. “Não podemos concordar com isso. Não podemos simplesmente achar que a causa é boa e isso justifica qualquer meio. Aliás, é uma constante no Partido dos Trabalhadores a tese de que os fins justificam os meios. O governo mais uma vez atropela o texto constitucional”, reclamou. Grupo de trabalho comandado por Campos elege prioridades O grupo de trabalho destinado a analisar projetos de segurança pública em tramitação na Câmara se reuniu ontem e decidiu sugerir que o Plenário priorize duas das 27 propostas em estudo na Casa. De acordo com o coordenador do colegiado e presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Campos (GO), os PLs 1.383/2003 e 4.203/2001 devem ser votados na sessão deliberativa de hoje. CONSENSO – O primeiro deles trata da revogação da prescrição retroativa, estabelecendo novo momento de início de contagem dos prazos, buscando, assim, reduzir a impunidade. Já o segundo estabelece critérios para a organização do Tribunal do Júri, simplificando as etapas processuais e os quesitos que os jurados deverão responder. “A principal alteração proposta para o PL 1.383 foi acabar com a prescrição entre o fato e a denúncia”, esclareceu Campos. Ele adiantou que o grupo tenta criar condições políticas para a aprovação do projeto, dando especial atenção às proposições em que haja consenso dos integrantes do colegiado. Os integrantes do grupo se reúnem novamente hoje, às 14 horas, na Comissão de Segurança Pública, para apreciar o PL 4209/ 2001, que altera os procedimentos da investigação policial. Além disso, ainda existe a possibilidade de que mais alguns projetos figurem na pauta desta semana, em especial matérias que beneficiem as mulheres policiais, em razão do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Deputados condenam aliança Maluf-Marta em SP Parlamentares do PSDB rechaçaram ontem provável aliança entre o ex-governador de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf (PP) e a ex-prefeita Marta Suplicy nas eleições para prefeitura da capital em 2008. “Se ambos marcharem juntos nas próximas eleições, temos duas hipóteses: ou o petismo ‘malufou’ ou o ‘malufismo’ é petista. Em qualquer situação, a soma dos dois é negativa para a política”, condenou o líder tucano na Casa, Antonio Carlos Pannunzio (SP) (SP). ANTIGOS DESAFETOS – A articulação começou na semana passada e teve como protagonistas o próprio Maluf e o deputado Candido Vacarezza (PT-SP). A idéia é lançar Marta como prefeita – caso ela não seja indicada a um ministério – e a vaga de vice seria uma escolha do ex-governador. Maluf teria acertado ainda que, em qualquer cenário, com Marta ou outro petista na cabeça de chapa, o PP apoiaria a legenda. A intenção do grupo é também aumentar o tempo de propaganda gratuita na televisão, já que PMDB e PR integrariam a aliança. “O PSDB faz alianças por afinidade programática, levando em conta os interesses do país. É bom lembrar que já derrotou separadamente Maluf e Marta”, ressaltou Pannuzio, que estranhou a união dos exadversários. “Maluf sempre foi adversário do PT. Tenho certeza de que o paulistano não verá com bons olhos essa aliança de ocasião”, criticou o deputado W illiam Woo (SP) (SP). n Leia mais no site e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br N Ú M E R O S 22 Crianças indígenas morreram somente neste ano no Mato Grosso do Sul em virtude de desnutrição e doenças. Em 2006, a fome foi a causa da morte de 14 guaranis e caiuás com menos de 4 anos de idade. Em 2005, foram 27 casos. A exemplo do primeiro governo petista, o segundo mandato de Lula tem se notabilizado por números vergonhosos na área de saúde indígena. 3,5% Deverá ser, segundo analistas financeiros, o aumento do PIB do Brasil em 2007 – muito abaixo dos 5% que, segundo o PT, serão alcançados com o Programa de Aceleração do Crescimento. Especialistas são praticamente unânimes em concordar que o PAC – apresentado pelo Planalto como uma verdadeira panacéia – não terá sucesso em elevar substancialmente o PIB haitiano de Lula R$ 5,3 mi É o valor dos bens pertencentes ao PT e ao secretário particular de Lula, Gilberto Carvalho, que pode ser bloqueado por solicitação do Ministério Público. Segundo o MP, que investiga irregularidades cometidas durante a administração do prefeito de Santo André Celso Daniel, os recursos teriam origem em um esquema de propina envolvendo empresas de transporte coletivo. DIÁRIO TUCANO n 6 de março de 2007 Frente da Saúde debate corte de R$ 5,8 bilhões A Frente Parlamentar da Saúde realiza sua primeira reunião da atual legislatura amanhã, às 14 horas, no plenário 7 da Câmara. O principal item da pauta é o recente contingenciamento de R$ 5,8 bilhões no orçamento do Ministério da Saúde. O grupo partidário, coordenado pelo deputado Rafael Guerra (MG) (MG), começa a sessão legislativa com mais de 200 integrantes e se consolida como um dos mais influentes do Congresso Nacional. Participarão também do encontro representantes de entidades do setor como o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira, a Confederação Nacional da Saúde e o Conselho Nacional de Secretários de Estado da Saúde. Albano Franco quer estimular carcinicultura O deputado Albano Franco (SE) manifestou ontem preocupação com a situação da carcinicultura em Sergipe. Segundo o tucano, a atividade – que consiste em criar camarões em cativeiro – precisa ser estimulada por meio de ações de incentivo às cooperativas de pescadores. “É preciso oferecer financiamento aos que se dedicam à criação e promoção dessa atividade”, afirmou em plenário. O parlamentar também cobrou do governador Marcelo Déda (PT-SE) medidas para o desenvolvimento do setor. “O governador deve buscar no Banco do Nordeste e nos órgãos federais recursos necessários para que nosso estado ocupe lugar de destaque na carcinicultura brasileira”, afirmou. 4 Para Nogueira, governo abandonou setor agropecuário O deputado Duarte Nogueira (SP) criticou ontem em plenário os baixos investimentos da gestão Lula no setor agropecuário. De acordo com o tucano, o Executivo simplesmente virou as costas para o setor produtivo do país. DESPERDÍCIO – Segundo Nogueira, de nada adianta o país bater recordes na produção agrícola se parte da safra se perde nas rodovias ou nas filas dos portos. “O governo quer tomar para si os louros dos sucessivos recordes nas exportações do agronegócio, mas sua atenção ao setor é insignificante”, condenou. Na avaliação do parlamentar, além de não contemplar no Orçamento as aplicações de recursos necessários para estimular a expansão do agronegócio, o governo esqueceu de incluir o segmento no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Dentre os grandes produtores agrícolas, o Brasil é o único que ainda não tem uma política de seguro rural consolidada”, lamentou. De acordo com o deputado, o setor é responsável por 36% do saldo da balança comercial brasileira no ano passado. “Essa área representa, com participação de U$ 50 bilhões, 37% de todos os empregos gerados no país”, destacou. SUPERPOSIÇÃO DE TAREFAS – Nogueira chegou a citar os números do levantamento feito pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociação Internacional sobre os investimentos realizados pelo Executivo. “O documento aponta que o Brasil é o único país a ter dois ministérios para resolver os problemas da área - o da Agricultura e o do Desenvolvimento Agrário - que competem entre si por recursos cada vez mais escassos”, afirmou. O tucano ressaltou que somente a administração das duas estruturas consumiu cerca de 20% das verbas de ambas as pastas, entre 2003 e 2005. “A situação deve permanecer a mesma, se considerarmos que neste ano o orçamento do Ministério da Agricultura para custeio e investimento sofreu corte de 44,5% e passou de R$ 1,4 bilhão para R$ 816 milhões”, declarou. n Leia mais no site Mário Couto denuncia manobra contra Serra Pelada O senador Mário Couto (PA) denunciou ontem manobra do prefeito de Curionópolis (PA), Sebastião Curió, com vistas a impedir a reabertura do garimpo de Serra Pelada, há 15 anos fechado. “Uma notícia festejada por 67 mil garimpeiros está ameaçada pelo prefeito Sebastião Curió, que é do tipo ditatorial e mão-de-ferro”, advertiu. DESCASO PETISTA – Segundo o tucano, a luta pela reabertura do garimpo já provocou em 15 anos quatro mortes na cidade de Curionópolis. “Com as garras do Curió, que mais parece um carcará, poderemos ter problemas de morte. Já foram quatro, e poderá haver mais”, alertou. Em seu discurso, Mário Couto também fez duras críticas ao governo Lula pelo descaso com o estado do Pará. Segundo o tucano, em quatro anos de gestão petista, nenhuma obra de infra-estrutura foi realizada na região. Além disso, o senador acusou o Planalto de não ressarcir o estado pelas perdas decorrentes da Lei Kandir. “O Pará é um dos estados que mais colabora com as exportações brasileiras. Merecia até um incentivo especial do governo federal. No entanto, a região não recebe contrapartidas e compensações”, lamentou. Da tribuna, o tucano cobrou do Executivo federal a promessa do presidente Lula de incluir, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), obras para auxiliar no desenvolvimento do Pará. “Não é nenhum favor ao Pará a realização de obras como a Transamazônica, Santarém-Cuiabá, Belo Monte e eclusas de Tucuruí”, advertiu. Cícero acusa prefeito de João Pessoa de autoritarismo O senador Cícero Lucena (PB) acusou ontem o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), de autoritarismo. Segundo o tucano, Coutinho anulou, por medida provisória, teste seletivo público para contratação de agentes de saúde, realizado quando o senador era prefeito da capital paraibana, em 2003. MINISTÉRIO PÚBLICO – O motivo alegado para anulação foi a existência de irregularidades no procedimento, fato que Cícero Lucena contesta. De acordo com o senador, a medida levará à demissão de mais de mil agentes de saúde. Em seu discurso, o parlamentar desmonta a linha de argumentação de Ricardo Coutinho, que apontou como suposta irregularidade a falta de divulgação para realização do teste público. O senador responde que o próprio Ministério Público se encarregou de provar que houve ampla disseminação de informações em jornais, com as devidas exigências, prazos de inscrição e total de inscritos. Cícero Lucena acrescentou que a disputa teve 30 candidatos por vaga, daí ser uma incoerência dizer que não houve divulgação. O senador informou que coube não apenas ao Ministério Público, mas também ao tribunal de contas do estado analisar e atestar a lisura do procedimento. Ambas as instituições teriam aprovado o teste e a contratação dos agentes. Para Cícero, “perseguição política, intolerância à divergência e à crítica ou vingança” podem ter motivado o prefeito de João Pessoa a editar a medida provisória. e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br