T U C A N O DIÁRIO I N F O R M AT I V O José Serra visita senadores tucanos O ex-senador José Serra visitou ontem os velhos companheiros de Senado. Ele conversou reservadamente com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) e com o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM). O tucanonão confirmou se vai concorrer à presidência do PSDB, mas tampouco descartou a possibilidade. “Estou à disposição do partido”, disse Serra. Segundo ele, “cada coisa tem seu tempo”. “Até agora, minha candidatura não passa de boato, não vai além disso”, desconversou. O ex-ministro da Saúde embarca na próxima semana para os Estados Unidos, onde participa de um ciclo de palestras na Universidade de Princeton (Nova Jersey). Serra retorna em setembro para o Brasil. Campos quer militares no subteto da Previdência O deputado João Campos (PSDB-GO) se reuniu na última terça com membros das associações de delegados da PF e dos Fiscos Estaduais. Durante o encontro, representantes das entidades apoiaram a emenda tucana que poderá ser apresentada durante o segundo turno da PEC 040, na semana que vem. A emenda inclui militares, delegados, auditores fiscais, bombeiros e fiscais no mesmo subteto proposto aos desembargadores estaduais. “O objetivo é dar tratamento isonômico às carreiras exclusivas do Estado”, disse. D A S B A N C A D A S D O P S D B N A Nº 74, 22 D E A G O S T O D E C Â M A R A E N O S E N A D O 2 0 0 3 Vacilo do go no adia vvotação otação da PEC 041 govver erno Um cochilo dos deputados governistas, que se atrasaram para a reunião destinada a discutir ontem o relatório da reforma tributária, causou o adiamento da votação do parecer do relator Virgílio Guimarães (PT-MG). Diante da falta de quorum, o presidente da Comissão, deputado Mussa Demes (PFL-PI), cancelou a reunião, provocando reações destemperadas de parlamentares da base aliada. “Esse episódio mostra de forma clara a incompetência do PT, que não conseguiu mobilizar a tempo nem os seus”, afirmou o deputado Antônio Cambraia (PSDB-CE). A decisão do presidente foi uma resposta a uma questão de ordem levantada pelo deputado Walter Feldman (PSDB-SP) e por parlamentares do PFL, eles alertaram que apenas 15 dos 20 Partidos da base ensaiam manobra anti-regimental Os governistas reagiram com uma manobra regimentalmente duvidosa à decisão do presidente da Comissão Especial de encerrar a sessão de ontem e, em um primeiro momento, marcar a votação da PEC 41 para a próxima semana. Deputados da base de apoio que compõem a Comissão cogitaram renunciar aos seus lugares e forçar a votação da reforma tributária diretamente no Plenário. “Isso seria um golpe e revela o viés autoritário dos partidos governistas”, protestou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ). “Felizmente, essa manobra, que não encontra nenhum amparo no Regimento, foi abortada.” Após negociações entre os líderes, uma nova reunião foi marcada para hoje. membros necessários para o início da sessão haviam registrado presença. Os deputados governistas ainda tentaram dar andamento à discussão, mas o presidente da Comissão decidiu cumprir estritamente o Regimento Interno e marcou para hoje uma reunião extraordinária para debater e votar da matéria. “Esse processo é educativo para o Partido dos Trabalhadores, que aprendeu a respeitar o Regimento da Casa”, afirmou Júlio Redecker (PSDBRS). Para Walter Feldman, a obstrução da oposição foi uma reação “ao rolo compressor do governo na Comissão Especial e à maneira apressada e inconseqüente com que ele trata a reforma tributária”. “A base de apoio descobriu que erros políticos como os cometidos hoje são imperdoáveis”, disse. Zulaiê destaca atuação de Duque de Caxias Em nome do PSDB, a deputada Zulaiê Cobra (SP) discursou ontem de manhã na sessão solene em homenagem ao bicentenário de nascimento do Duque de Caxias, o patrono do Exército. A tucana destacou a capacidade de liderança, sempre exercida de forma enérgica, o que permitiu uma defesa efetiva do território. Zulaiê disse ainda que as Forças Armadas do país têm conseguido manter a paz e a capacidade brasileira de defesa, o que vai ao encontro do legado deixado pelo Duque de Caxias. FHC: Reforma da Previdência só foi aprovada graças ao PSDB Em entrevista à rádio CBN, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso destacou que a reforma da Previdência só foi aprovada graças ao apoio do PSDB. O tucano lembrou que faltou cooperação dos petistas quando o governo passado tentou aprovar essa reforma, prejudicando o país. “Não dá para o PT se livrar da responsabilidade de ter votado contra na minha gestão. Eles conseguiram mudar a opinião até de parlamentares da base aliada, sob o argumento de que a reforma ia de encontro aos interesses da população. Por que mudaram de opinião?”, questionou FHC. O ex-presidente disse que à época a sua base aliada era proporcionalmente do mesmo tae-mail: [email protected] manho dos partidos que apóiam o atual governo e havia vontade política para aprovar a reforma. Ocorreu, no entanto, uma diferença fundamental: o PT contou com o apoio dos tucanos na votação da PEC 040. Na entrevista, FHC destacou também uma série de conquistas obtidas em seu segundo mandato (1998-2002), como a Rede de Proteção Social, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a consolidação da reforma do Estado. O ex-presidente comentou ainda a redução da taxa de juros. “Eu sei da dificuldade que isso significa. A taxa de juros real nunca esteve tão alta como nos últimos meses. É melhor exagerar na redução do que manter uma taxa tão elevada.” site do PSDB: www.psdb.org.br 2 DIÁRIO TUCANO ■ 22 de agosto de 2003 Argentinos terão de explicar sobretaxa Representantes do Congresso e do setor açucareiro argentinos serão convocados pela Comissão Mista do Mercosul por sugestão do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Eles prestarão esclarecimentos sobre a decisão do governo argentino de sobretaxar o açúcar brasileiro. O deputado Mendes Thame (PSDB-SP) também pedirá à Comissão de Agricultura e Política Rural audiência pública com os parlamentares argentinos. “É a primeira vez que o Congresso chama para si a responsabilidade de conduzir a política comercial externa. Isso mostra um certo descontentamento do legislativo com a maneira adotada pelo governo Lula de dirigir essa questão”, avaliou o tucano. Ele defendeu a iniciativa do Parlamento brasileiro de estar à frente das negociações em defesa dos interesses comerciais do país. “Precisamos mostrar aos países do Mercosul que o Congresso tem força suficiente para retaliar qualquer decisão que afete os interesses comerciais brasileiros”. O deputado cobrou do Executivo mais firmeza com o governo da Argentina. “O açúcar brasileiro foi sobretaxado pelo governo argentino. Em contrapartida, o governo Lula manteve a isenção tarifária e os benefícios ao trigo argentino. O governo brasileiro está prejudicando os interesses dos fornecedores de cana e dos trabalhadores”, disse o tucano. Para Virgílio, Lula “politizou e amesquinhou” a Funasa A demissão de Antônio Carlos Andrade da diretoria-executiva da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi classificada pelo líder no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), como “uma mistura de fisiologismo e falta de convicção do governo”. Andrade é marido da deputada Maninha (PT-DF), que se absteve na votação em primeiro turno da PEC 040. Segundo Virgílio, o presidente Lula “politizou e amesquinhou” a Funasa, ao submeter a direção do órgão a apadrinhados do PT, relegando a segundo plano a competência técnica. Os senadores José Jorge (PFL-PE) e Almeida Lima (PDT-SE) também criticaram a nomeação de políticos do PT derrotados nas eleições passadas, que ocupam cargos de direção da Funasa nos estados de PE e SE. “Será que a indicação de Andrade foi politiqueira, sem ter competência para o cargo e, por isso, foi demitido; ou é um profissional competente e foi demitido para punir Maninha por ter ido contra a orientação do Planalto. De qualquer forma, a Funasa virou comitê eleitoral”, concluiu. Lucia Vânia diz que tensão no campo é culpa do governo Casara exige ações a favor do seqüestro do carbono Para a senadora Lucia Vânia (PSDB-GO) a falta de interlocutores e de uma proposta política clara em relação à reforma agrária são as principais causas do recrudescimento dos conflitos no campo. A tucana acredita que as declarações contraditórias dos ministros da Justiça, da Reforma Agrária, e do procurador geral da República servem apenas para acirrar os ânimos entre o MST e os produtores rurais. “A omissão do governo acentua a intranqüilidade entre os que produzem, sem resolver os problemas dos que precisam de terra para plantar”, considerou. Ela participou esta semana, em Goiânia, do lançamento do Movimento Paz no Campo, criado por produtores rurais de todo o país com o objetivo de promover marchas para chamar a atenção da sociedade e do governo sobre o problema enfrentado pelos que produzem e têm suas terras ameaçadas de invasão. Hoje, haverá marcha do movimento em Cuiabá. Em MG, TO e PA também haverá a caminhada, em data a ser marcada. Segundo a tucana, tanto a movimentação dos produtores rurais como dos sem-terra não seriam necessárias se o governo tivesse um projeto claro de reforma agrária. A senadora disse que a Federação da Agricultura e uma comissão de deputados goianos decidiram encaminhar uma carta ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, chamando a atenção do governo para a ilegalidade das ações e pedindo o fim dos conflitos agrários. “O governo precisa se manifestar claramente sobre o que pretende em relação à reforma agrária já que admite não dispor de recursos financeiros para cumprir a própria meta de assentar 60 mil famílias em 2003. O recuo indica falta de planejamento, de metas e de compromisso”, declarou. O deputado Hamilton Casara (PSDB-RO) cobrou ontem, durante debate na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, maior empenho das autoridades e da comunidade científica com o chamado seqüestro do carbono, processo de despoluição natural da atmosfera por meio da fotossíntese das árvores e plantas. O seqüestro do carbono, que resulta na redução do efeito estufa no planeta, é objeto do Protocolo de Quioto, assinado em 1997 mas até hoje não ratificado por diversos países. “A Comissão está disposta a criar um grupo parlamentar para colocar o assunto em pauta junto ao governo e às universidades brasileiras e poderá inclusive participar de uma reunião sobre o tema em dezembro deste ano, na Itália”, afirmou o tucano. Bonifácio participa de conferência do Parlatino O presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia do Parlamento Latino-americano (Parlatino), deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG), participa hoje em São Paulo da V Conferência Ministerial da OMC, promovida pelo Parlatino. Na opinião do tucano, duas questões preocupam de modo geral a América Latina nos assuntos de abrangência da Comissão: o analfabetismo e a necessidade de maior aproximação entre as universidades para debater os grandes temas que afligem o continente. “É necessário que os governos dêem às pessoas o mínimo de conhecimento e instrução e proporcionem um intercâmbio de informações entre a comunidade científica e acadêmica”, afirma. D I Á R I O T U C A N O Informativo das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado Câmara dos Deputados - Anexo II, sala 130 CEP 70160-900 Brasília (DF) Telefone: (61) 318-7230 Fax: (61) 318-2500 Líder da bancada na Câmara: deputado Jutahy Junior Líder da bancada no Senado: senador Arthur Virgílio Presidente do PSDB: José Aníbal Presidente do Instituto Teotônio Vilela: deputada Yeda Crusius Coordenador de Comunicação: Teodomiro Braga Editor: André Campos Subeditor: Marcos Côrtes Secretário de redação: Marco Caetano Produção: Bia Ramos e Fernanda Azevedo Repórteres: Achiles Pantazopoulos, Bruno Matos, Gabriela Flores, Geraldo Sobreira e Marcus Achiles e-mail: [email protected] site do PSDB: www.psdb.org.br