EDIÇÃO EXTRA - PLANOS DE SAÚDE FLORIANÓPOLIS, 21 DE SETEMBRO DE 2007, EXTRA Apufsc amplia debate sobre planos de saúde EDIÇÕES ESPECIAIS DO BOLETIM VÃO TRATAR DO ASSUNTO C onforme decisões da reunião ampliada de Diretoria, realizada no dia 5 de setembro, e divulgadas no Boletim nº 609, de 10/09, sob o título Plano de Saúde: debate será ampliado, ocorreu reunião da Comissão Ampliada de Planos de Saúde em 17 de setembro. Essa reunião decidiu pela publicação da primeira edição do Boletim Especial sobre o assunto já nesta semana, o que foi reafirmado na reunião ampliada do dia 19 de setembro. Este Boletim visa cumprir algo que é direito dos associados: informar sobre estudos e encaminhamentos possíveis, relacionados com outros planos oferecidos pela Unimed, bem como a possibilidade de convênios com outras operadoras como Agemed e Geap. Após ampla divulgação de todas as informações, inclusive no site da Apufsc, como a proposta da Unimed, a proposta da Agemed, informações e possibilidades da Geap (que é um plano patronal) e as normas reguladoras da ANS – para estabelecer condições de opções para os associados – o assunto será encaminhado à Assembléia Geral dos Professores da UFSC para decisão, conforme determina o regimento interno da Apufsc no seu artigo 13º, item b. Queremos informar ainda que: 1º. Outra(s) edição(oes) do Boletim Especial será(ão) publicada(s). 2º. A Comissão Ampliada de Planos de Saúde reúne-se às segundas-feiras, às 9 horas, na sede da Apufsc. 3º. No sentido de esclarecer dúvidas de nossos colegas, informamos que o contrato atual com a Unimed tem validade até novembro de 2007 e não houve rompimento ou interrupção do mesmo. Este mês, para não comprometer o atendimento aos usuários, a taxa vigente foi paga incluindo o reajuste de 19%, acertado entre a Unimed e o presidente da Apufsc. Portanto, no mês de outubro teremos uma correção de 38%, sendo 19% de aumento e 19% de ressarcimento para a Apufsc. Reuniões abertas da Comissão Ampliada de Planos de Saúde às segundas, às 9 horas, na Apufsc 2 Apufsc – Unimed: esclarecimento sobre as negociações Armando de Melo Lisboa Há que recuperar o fio da história. Relatos de colegas que acompanharam a “questão Unimed” nas diretorias anteriores testemunham que sempre existia “medo” diante da Unimed cada vez que vinha a renegociação do contrato. Estas dificuldades de relacionamento culminaram com a ruptura temporária do contrato com a Unimed em outubro de 2005. Obviamente, esta ruptura caracteriza uma imensa irresponsabilidade histórica por parte de quem conduziu pela Apufsc o processo, pois, além do fato de que muitos colegas permanecem associados ao sindicato devido ao plano de saúde, colocaram-se em risco milhares de vidas. Evidentemente que, como em toda relação, não se pode culpabilizar exclusivamente nenhuma das partes. Porém, aqui temos uma parceria com uma empresa capitalista, que busca reproduzir-se e aufere lucros para isto. Aqui não adianta arrogância, blefar ou retórica apenas. Não cabe criticar a ninguém em particular, mas, regimentalmente, o presidente da Apufsc é a única pessoa da Diretoria que representa externamente o sindicato. Portanto, a condução da negociação é de responsabilidade do presidente. Os executivos da Unimed testemunham que nas reuniões de negociação o professor Carlos Soares algumas vezes vinha sozinho. Sabemos, entretanto, que ele era amparado por um grupo de professores que compunha um GT de saúde e previdência que também tratava da questão, e que, após este conflito com a Unimed, surgiu uma comissão de professores que cuidava especificamente do assunto Unimed. Estes colegas, generosa e voluntariamente dedicavamse a pensar quais os melhores procedimentos, ajudando na tomada de decisões. Após a ruptura do contrato, o sempre problemático relacionamento da Apufsc com a Unimed ficou completamente deteriorado, impossibilitando um diálogo lúcido e boas negociações. Passamos, desde então, a adotar o reajuste semestral das mensalidades (o que é um grave prejuízo financeiro a todos os associados, pois deveria ser óbvio que o reajuste anual é a melhor opção), além de “comprar” a vista a “sinistralidade” (o déficit) do contrato acumulado ao longo do ano. Ora, apesar de ser primário perceber que a nossa melhor escolha é diluir o pagamento deste déficit ao longo dos próximos 12 meses, isto foi rejeitado em assembléias. Em 2005, a Unimed queria um aumento de 17,7% (correção da inflação, mais incorporação do déficit). Optamos por comprar R$ 860 mil do déficit, e o reajuste ficou em 5,37%. Em 2006 o reajuste da mensalidade era para ser 16,61%, porém ficou em 8,62%, pois pagamos R$ 250 mil1. Estes pagamentos foram decisões nossas, e não imposições unilaterais da Unimed (como o professor Soares afirmou na reunião da Diretoria de 05.09), o que se pode constatar lendo os boletins da época. Por outro lado, a rejeição desta incorporação do déficit sobre a mensalidade apenas ampliava a diferença entre os custos do nosso plano de saúde e as nossas contrapartidas, agigantando o déficit cada vez mais, deixando-nos pagando mensalidades com valores defasados à preços praticamente de 2004. Isto contribuiu decisivamente para que a Unimed propusesse inicialmente um reajuste de 21,04% para 2007. Os custos/Unimed aumentaram, nossas mensalidades não o cobrem, e há que pagar a conta. Aqui mágica não adianta. Este imenso aumento Florianópolis dos custos do nosso contrato com a Unimed deve-se a vários fatores: 1. Em 2005 a Unimed modificou a tabela pela qual remunera os médicos, reajustando os preços, uma vez que muitos médicos já não atendiam os clientes via Unimed por avaliarem que não valia a pena financeiramente; 2. Há um progressivo envelhecimento do conjunto dos professores, e isto obviamente implica em maior uso e maiores custos para nosso plano; 3. A compra da “sinistralidade”, ou seja, do brutal déficit ocorrido em 2005 e 2006, deixou-nos pagando mensalidades abaixo dos custos médios; 4. Os custos judiciais decorrentes dos processos que associados/ Apufsc fizeram contra a Unimed, através do nosso advogado e sob a orientação do sindicato, também compõem uma pequena fração dos custos totais (para além do salário mensal - R$ 1.500,00 pago diretamente pela Apufsc). Por outro lado, não se pode desconsiderar que a posição monopólica da Unimed no mercado de planos de saúde complementares de Florianópolis permite-a impor preços mais elevados. As taxas de administração destes planos de saúde são bem superiores as das nossas fundações universitárias, especialmente porque eles alegam que precisam ter uma boa reserva financeira para se prevenir diante de emergências, que costumam ser muito onerosas (UTIS, cirurgias cardíacas...), cobrindo a “sinistralidade” ao longo do ano. Não conheço tão bem este mercado, mas a informação de que disponho é que elas cobram no mínimo 20%, onde também estão embutidos lucros e impostos. A presidência da Agemed revelou, no debate de 06.09, que ela opera com uma taxa de 30%. Foi obviamente questionada, pois a da Unimed é 20%. “Louca” para entrar no mercado de Floripa através da Apufsc, e talvez disposta a correr riscos e até algum prejuízo inicial, a Agemed afirmou que trabalharia conosco com uma taxa de 10%, mais os impostos, o que se aproxima dos 30% originais. De qualquer modo, na presente negociação a Unimed acordou conosco assumir mais de 200 mil reais de “prejuízo”, ao aceitar reduzir o aumento da mensalidade de 21,04% para 19%. É inédito que a Unimed tenha abrido mão, em negociações, de tamanho montante. Contribuiu para isto estarmos negociando um segundo contrato de plano de saúde com a Agemed. Estamos agarrados a um antigo e defasado plano de saúde (Uniplan), anterior à lei de 1998 que regula o mercado de planos de saúde complementares, que não cobre muitos procedimentos cirúrgicos e terapias extremamente caros (mas que nos são oferecidos por outros planos, já regulados, e que temos insistido em rejeitar). Quando surge a urgência de usar destes serviços, muitos colegas (ou seus familiares) negociam com a Apufsc para que esta pague o custo da tabela da Unimed (o que é possível apenas se a Apufsc solicitar à Unimed este preço, menor que o de mercado), com a promessa de que posteriormente a Apufsc seria ressarcida pelo sócio. Aqui surgiu uma gigantesca dívida de associados para com a Apufsc, grande parte já prescrita. A partir de 2006, a Diretoria anterior contratou um advogado para amparar processos judiciais quando surgisse este tipo de situação, obrigando a Unimed a arcar com o custo dos serviços reivindicados. Obviamente, os juizes sempre nos deram ganho de causa, pois nada justifica que um paciente morra na mesa de cirurgia por um litígio financeiro sobre o preço da operação. BOLETIM APUFSC 21 de setembro de 2007 3 O incrível era que a Apufsc ingenuamente entendia que estávamos uma imensa complexidade técnica, e profissionalmente é que deve transferindo estes ônus para a Unimed, quando apenas estamos divi- ser tratado. É em essência uma questão gerencial e executiva a ser dindo com todos (pelo princípio da solidariedade que subjaz aos planos tratado administrativamente e com a maior responsabilidade, e não de saúde) estes custos, pois eles são somados ao custo total, elevando emocionalmente com discursos inflamados. Ficava-me evidente que a “sinistralidade”, e, portanto, o reajuste da mensalidade quando da este tema não deveria ser levado corriqueiramente para deliberação renegociação. Além disto, estamos agregando as despesas judiciais, bem em assembléia: isto apenas fomenta o assembleísmo esvaziado, bacomo o salário mensal do advogado. nalizando a participação e a prática democrática, pois assuntos mais A quase totalidade dos associados da Apufsc ignora a existência de polêmicos e substantivos (como o tema das Fundações) e que justificam outros planos regulados que a Unimed quer nos oferecer. Estes planos, a realização de uma assembléia não eram trazidos para as mesmas. além de disponibilizarem mais possibilidades médicas, também mode- As assembléias devem ser preservadas para questões eminentemente ram o uso com a cláusula opcional da co-participação (o usuário paga políticas, conflituosas, evitando o desgaste do seu uso abusivo. Pelo uma pequena fração cada vez que utiliza algum serviço). É somente visto, face ao impasse, agora teremos uma assembléia sobre plano de diante duma situação desesperadora que o colega descobre que seu saúde que se enquadra nisto. Poderia ter sido evitada. plano não lhe dá uma série de benefícios. Entretanto, este importante esforço veio em paralelo com a crescente Os novos planos regulados terão um maior equilíbrio financeiro crise interna da Apufsc, a qual progressivamente paralisa sua diretoria. (até porque o cálculo atuarial já incorpora os novos serviços médico- Em verdade, a atual Diretoria é um ajuntamento de professores onde terapêuticos), permitindo inclusive que aqueles que pouco utilizam o alguns pouco (ou nem) se conheciam. Em raras ocasiões temos algum plano de saúde paguem uma mensalidade menor, caso o professor opte consenso. Qualquer decisão sempre é muito desgastante. Desde o início pela cláusula da co-participação. era evidente o ciúme e desconfiança que o professor Clóvis gerava para Pouco antes de tomar posse na Diretoria, participei da assembléia alguns dos membros da Diretoria e outros colegas. Infelizmente, sabia de 19.10.06 que deliberou sobre a renovação do contrato com a Unimed que dificilmente obteria consenso interno a respeito do que estava sendo (no dia 05.10 já tinha ocorrido uma outra assembléia sobre a mesma encaminhado com a Unimed, até porque o professor Carlos Soares, questão). Éramos menos de 20 colegas, e ficamos a tarde inteira (passa- colega que até então era quem mais entendia do assunto “Unimed”, mos da 18h30), e chegamos a poucos consensos. Na continuidade, para tem buscado me desestabilizar. se resolver os impasses, se convocou então uma “reunião ampliada da Reitero, todavia, que todas nossas reuniões com a Unimed eram de Diretoria” para o dia 21.11.06, a qual, realizada numa sala do CCS, conhecimento dos colegas que até então acompanhavam o assunto, compareceram cinco pessoas (incluindo o advogado). A gestão atual porém eles, por diversos motivos, declinavam de participar. Aqui está já tinha tomado posse em 31.10.06. presente uma armadilha potencial: quem não foi, irá depois criticar Numa das reuniões da atual Diretoria em dezembro, o professor e desqualificar a decisão. Registro apenas, como relatei na reunião Clovis Lima participou apresentando um projeto de extensão pelo da Diretoria, que diversas vezes encontrei-me entre fevereiro e maio qual ele se prontificava a acompanhar técnica e com o professor Carlos Soares na Apufsc quando voluntariamente a gestão do nosso plano de saúde, íamos nos reunir com a Unimed, e ele então nos OS NOVOS o que foi aprovado, não sem dificuldades e resistêninformava que não iria junto pois considerava que cias, pela Diretoria. Sua principal proposta era de a sua presença apenas atrapalharia as conversações, planos construir um núcleo de inteligência profissionalizado uma vez que as animosidades pessoais decorrentes para acompanhar esta questão, do que resultou o regulados terão da ruptura de 2005 entre ele (e a antiga comissão) surgimento do Observatório da Saúde (http://www. com os executivos da Unimed (que ainda são os maior equilíbrio mesmos) ainda eram fortes. observatoriodasaude.ufsc.br/). A partir de fevereiro, passamos a ter uma série de Na reunião da Diretoria de 4 de abril, o professor financeiro reuniões com a Unimed, buscando se antecipar aos Carlos Soares, mesmo não fazendo parte da atual problemas que surgem quando da renegociação do Diretoria, propôs a minha renúncia ao cargo de contrato. Nossa primeira providência foi solicitar uma reunião com a presidente. Naquela semana tinha publicado no Boletim nº 587 o artigo presidência da Unimed, pois nossos contatos eram com os executivos da “Jornada pela dignidade deve ser nacionalizada”2 no qual avaliava a Unimed, bem como na Unimed também recém tinha assumido uma luta pela URP e tecia críticas ao Andes. No final daquela reunião, os nova Diretoria. A idéia era que, com diretorias renovadas, pudéssemos colegas que lá estavam me cercaram e disseram que eu não poderia construir um outro relacionamento. A comissão de professores que continuar escrevendo artigos, especialmente quando críticos ao Andes, acompanhava a Unimed, bem como os colegas do GT saúde, eram pois isto era incompatível com ser presidente. sempre convidados para acompanhar estes encontros. Entretanto, A situação interna explodiu com o famigerado artigo golpista a antiga comissão praticamente não acompanhou estas inúmeras publicado no Boletim 598 (18.06.07) pelo professor Carlos Soares e reuniões. Fui a todas, e nunca delas participei sozinho, mas sempre outros três colegas, onde se menciona que “Unimed não é um tema acompanhado pelo professor Clóvis, e na maioria das vezes pelo nosso que nos divide”. advogado. Excepcionalmente, alguns colegas da comissão também No Boletim seguinte (599, de 25.06.07), o professor Clóvis Lima, estiveram presentes, bem como nosso funcionário Henrique. no artigo “Planos de saúde dos professores da UFSC”3, no qual relata Logo ficou evidente a série de equívocos primários cometidos e todo o processo de negociação já em curso com a Unimed, mostra que “democraticamente decididos”, já relatados acima, em grande parte construímos um relacionamento com a Unimed bastante diferente, provenientes da falta de profissionalismo no tratamento do assunto. recuperando uma relação que estava completamente esgarçada. De imediato não implantamos o reajuste semestral previsto para abril. Na seqüência, Boletim 600 (02.07.07), o professor Carlos Soares resTambém buscamos fazer uma ampla consulta aos associados, o que foi ponde no artigo “Um museu de grandes novidades”4, defendendo, entre realizado através daquela inédita enquete de opinião eletrônica. Demos outras coisas, o reajuste semestral que tinha ocorrido até então (o qual apoio substancial à constituição do Observatório da Saúde, contatando uma “bolsista” a um custo insignificante comparativamente ao valor 1 dos serviços prestados (são 700 reais mensais. A participação de três 2 www.apufsc.ufsc.br/_menu/2_boletins/2006/574/boletim574.pdf www.apufsc.ufsc.br/_menu/2_boletins/2007/587/boletim587.pdf professores no último Conad em São Luis foi cerca de R$ 15 mil, 20 3 www.apufsc.ufsc.br/_menu/2_boletins/2007/599/boletim599.pdf vezes mais. Notem que bastava ter enviado apenas o delegado eleito, 4 www.apufsc.ufsc.br/_menu/2_boletins/2007/600/boletim600.pdf porém deliberamos por enviar também mais dois observadores), bem 5 www.apufsc.ufsc.br/_menu/2_boletins/2007/601/boletim601.pdf 6 como alguns equipamentos imprescindíveis. www.apufsc.ufsc.br/_menu/2_boletins/2007/607/boletim607.pdf Progressivamente entendi que o tema do plano de saúde tem 7 Vejam o anexo com a divulgação dos novos planos da Unimed. Florianópolis BOLETIM APUFSC 21 de setembro de 2007 4 5 nossa gestão suspendeu, pois era lesivo aos interesses dos associados); especialmente quando chegar o plano de saúde que o governo aportará é de uma incrível afronta à minha posição. A reunião ampliada da e a contratação da assessoria jurídica para processar a Unimed para recursos orçamentários (como é sua obrigação legal), o que, aliás, a Diretoria buscou obstaculizar a conclusão da renovação do contrato Reitoria já está anunciando. Na hipótese de contratarmos uma outra com a Unimed. O relato desta triste reunião não revela que, ao final obter tratamentos que o plano de saúde não permite. Também no Boletim 600 publicam-se informações da pesquisa de operadora de saúde complementar, como a Agemed, estes novos planos da mesma são poucos os presentes, que a decisão é tomada por poucos diretores. opinião sobre planos de saúde (“Pesquisa sobre saúde continua”), pois também farão parte do cardápio. Apesar desta primeira página pontuar que “remanesceram dúvidas Os planos regulados, de maior abrangência, com cláusula opcional o convite para dela participar estava então circulando amplamente nas listas digitais. Nesta matéria está posto publicamente que esta de co-participação, em geral são mais caros que o atual, mas podem, quanto (...) à oportunidade de contratação de outra(s) operadora(s) pesquisa era para auxiliar a tomada de decisão a respeito da renovação dependendo da opção individual, ficar bem mais baratos7. Infelizmen- de plano de saúde”, não se relata uma vírgula do importante debate do contrato. No Boletim 601, publico o artigo “Pesquisa de opinião te, e em prejuízo imediato para o conjunto dos sócios, a Diretoria blo- que convoquei com a Agemed realizado dia 06.09. Do ponto de vista técnico, nada do que foi acordado se objeta. Pelo sobre planos de saúde”5, onde reitero a matéria anterior, bem como queou a divulgação do encarte que a Unimed elaborou para esclarecer os colegas sobre as novas opções. Isto ocorreria já no Boletim de 03.09 contrário: eliminamos vários erros que nos prejudicavam financeiraesclareço a respeito das questões da enquete. mente e que inercialmente se mantinham na relação com a Unimed. No Boletim 606 (20.08.07), finalmente (pois a Diretoria vinha (nº 608). Ele segue em anexo a este esclarecimento. Diante do aumento de 19% na mensalidade, é Em nenhum momento houve um sequer reconhecimento disto, pelo tentando impedir), divulgam-se os resultados da vital apresentar opções aos colegas!!! Cada um pode contrário. Há é má vontade (ou má fé) em não querer entender e enquete eletrônica sobre os planos de saúde. DIANTE do analisar qual a sua melhor opção: se permanecer enxergar estas críticas ao que estava erradamente posto. Em 27.08.07 (Boletim 607), através do artigo Insisto que o absurdo impasse criado pela atual Diretoria já está no plano antigo, ou se migrar para um dos novos. “Negociação com a Unimed”6, relato minucioaumento de Para muitos é provável que o melhor é permanecer. a prejudicar financeiramente o conjunto dos colegas, impedindo-os samente toda a negociação realizada, expondo Para outros o melhor será migrar. O pessoal da de ter acesso às informações sobre as novas opções de planos regulatambém crítica as decisões tomadas anteriormente, 19% é vital secretaria da Apufsc já está instruído para ajudar dos disponibilizados pela Unimed, e que, confrontadas com o plano mostrando como elas nos foram prejudiciais. É imapresentar a cada colega a decidir. Portanto, o que já está a atual, podem ser mais interessantes para muitos. Não está havendo portante destacar que, a partir do momento em que, ocorrer é que o aumento de 19% já está em vigor, e a divulgação das novas modalidades de Planos de Saúde que a graças ao professor Ronaldo Salum, começamos a opções os colegas não estão tendo a possibilidade de optar Unimed disponibilizará, juntamente com a manutenção do plano negociar com outra operadora de planos de saúde por algo que pode ser mais barato e adequado a atual. Cada um escolherá o que lhe for mais conveniente, financeira (Agemed), e enviamos uma nota para a imprensa, e tecnicamente. publicada na coluna de Moacir Pereira a respeito disto e das dificul- sua situação. A principal objeção é relativa a não participação da Diretoria da Em nenhum momento da reunião se demonstrou que quaisquer dades de negociação com a Unimed, o comportamento intransigente dos aspectos técnicos acordados estão incorretos ou nos são prejudiciais. negociação, e que o que foi acordado não estava sendo trazido para da mesma mudou substantivamente. Irritado por não mais controlar o relacionamento com a Unimed, As principais críticas são quanto ao processo como foi conduzido a uma assembléia. Ora, essa negociação sempre ocorreu na Apufsc o professor Carlos Soares publica o agressivo “Unimed: vamos para o negociação, ao estilo adotado (não submeter a questão a assembléia) pelas mãos duma Comissão, da qual participa, necessariamente, o Uniflex?” (Boletim 608, 03.09.07), onde, sem responder às minhas crí- e a ausência do impossível diálogo com a Diretoria. Na seqüência da presidente. Reativar a Comissão do Plano de Saúde, ampliando-a, é ticas aos procedimentos que tinham sido até então adotados, induz que minha fala inicial, o professor Carlos Soares fez uma ainda mais ex- bem vindo. Mas, a mesma comissão optou por não acompanhar as fomos desonestos, pois nossos esforços teriam beneficiado a Unimed. tensa intervenção, praticamente apenas defendendo-se das críticas por negociações, e o que foi acordado tem a legitimidade de ter sido pelo Um artigo leviano e calunioso !!! Chega a afirmar que usei palavras mim colocadas às decisões anteriormente feitas para com a Unimed, que dela restou: eu, o professor Clóvis e o advogado Nelson. Afirmo mais uma vez: apenas o presidente da Apufsc, regimende baixo calão para agredir as assembléias, as quais não costumam procurando justificá-las. Ele, após muito tergiversar, nas entrelinhas estar presentes no meu linguajar. A posição do professor Soares aqui é acaba concordando que erros (por mim apontados) foram cometidos, talmente, representa-a externamente. Nem o vice-presidente, nem os emblemática pois ele é, possivelmente, o único colega de toda a UFSC, mas sem acrescentar nenhuma novidade ou crítica ao que realizei, a demais membros da Diretoria, têm poder para enviar ofício a qualquer outra instituição ou pessoa a respeito dos nossos interesses. A primeira além do professor Clóvis, a compreender o valor de tudo que fizemos. não ser a forma como o processo transcorreu. Aliás, o que legitimava as decisões anteriores relativas à negocia- página do Boletim 609 reproduz ofício enviado à Unimed, desautoEle também está a descobrir os erros cometidos nas gestões anteriores relativas a Unimed e que estamos agora apontando. Porém ele não ção com a Unimed nunca foi um consenso interno de diretoria, mas rizando a negociação que fiz ao longo dos últimos meses. É inócuo. É é capaz de reconhecer, de autocrítica, muito menos de aplaudir. Pelo que elas estavam respaldadas por uma comissão de professores que irresponsável. É golpista !!! A decisão da diretoria de invalidar o que acordei é inócua, pois contrário. Usa de subterfúgios evasivos, é agressivo e procura desqua- acompanhava o processo, e depois eram submetidas à assembléia. A comissão, como relatei, se esvaziou, e ficou reduzida a mim e ao regimentalmente quem responde pelo sindicato é o presidente. É lificar as novidades, porém sem contestá-las efetivamente. Neste mesmo Boletim, a Diretoria publica uma chamada na professor Clóvis, juntamente com o advogado Nelson. As assembléias minha responsabilidade a renovação. Estou absolutamente tranqüilo primeira página convidando a todos para uma reunião ampliada não tiveram condições de deliberar da forma que melhor resguardasse que o que foi negociado é o melhor para o conjunto e para cada um na última quarta-feira sobre a renovação com Unimed, explicitando os interesses de todos, uma vez que lhes faltava em geral competência em particular, pois permitirá cada qual escolher a opção que lhe for técnica, em que pese a generosidade de muitos (ou poucos), nem se mais conveniente técnica e financeiramente. discordância sobre as negociações que tinham até então sido feitas. Não há possibilidade de ruptura imediata com Nesta reunião, realizada em 05.09, fiz todo este minucioso relato mostravam um lugar apropriado para pensar o ina Unimed, em que pese o alto índice de reajuste acima, detalhando alguns aspectos técnicos do novo contrato a ser teresse comum, pois nelas predominavam a emoção QUEM (19%). Isto não cogito. A renovação do contrato é assinado. Conforme relatei na reunião, a assessoria jurídica da Apufsc daqueles que tem algum problema imediato com o uma obrigação coerente com minha responsabilidacontratada exclusivamente para acompanhar nosso relacionamento plano de saúde. responde pelo de. Não posso comprometer a vida de 6000 pessoas Mas, o desfecho da reunião foi um horror, com a Unimed, participou integralmente das negociações, e está avacom os impasses internos da Apufsc. Busquei que o com acusações paranóicas ao professor Clóvis. A lizando o que foi acordado. Sindicato é o relacionamento com a Unimed não fosse prejudicaA principal novidade da renegociação é a disponibilização de planos contribuição do professor Clóvis é inestimável. Ele presidente, diz do e contaminado com a guerrilha que hoje busca regulados, ao lado da manutenção do plano antigo. No contrato estes conhece, como poucos, este mercado dos planos de me desestabilizar. Se fosse eu buscar um consenso planos estão indissoluvelmente associados, de modo que a Unimed não saúde. A chegada dele como professor na UFSC o regimento interno da Diretoria para isto (que de resto não é pode cancelar um sem cancelar o outro. Também está mantido o princí- há menos de dois anos é uma verdadeira benção exigido regimentalmente, nem nunca foi necessário pio da mutualidade do todo, ou seja, todos os que estivermos em algum que só deveríamos agradecer e louvar, pois já proplano de saúde da Unimed estaremos dividindo e compartilhando de piciou efetivos benefícios financeiros a todos nós. Os poucos colegas para os outros inúmeros convênios que a Apufsc tem para com muitas todas as despesas. Anualmente haverá uma única negociação, e um que comigo estiveram em reuniões com o pessoal da Unimed podem outras empresas, inclusive a Uniodonto), com certeza estaríamos num único reajuste igual para todos. Não há fracionamento. Para todas as testemunhar o que presenciei nas inúmeras reuniões: a presença do terrível buraco que poderia levar a Unimed a romper unilateralmente o novas opções poderemos trazer todos nossos atuais dependentes. Com professor Clóvis desequilibra a relação ao nosso favor, pois ele impõe contrato, como ela inclusive sinalizou. Aliás, é para ele que eles querem certeza a migração de alguns colegas (inicialmente serão poucos) para respeito e temor naqueles executivos que sempre nos ameaçaram. A rumar, pois a Diretoria (estimulada pelo professor Soares) está a fazer os planos novos irá aliviar a sinistralidade do plano antigo, contri- Apufsc sempre precisou de um profissional para tratar do Plano de disto uma triste queda de braço. Incrível, para me atingir, se for necessário colocar em risco o buindo para melhorar progressivamente o equilíbrio financeiro (hoje Saúde. Quando surge um dos principais operadores neste mercado, o professor Clóvis, ajudando voluntariamente, ele passa a ser rejeitado Sindicato, isto será feito. A tensão interna na Diretoria não apenas é bastante deficitário), reduzindo o ônus quando do reajuste anual. Estes planos regulados são impostos progressivamente pela lei que por aqueles que se acham dono do pedaço. “Não fazer, e não deixar altamente prejudicial à saúde de quem dela participa, especialmente da minha em particular, como também prejudica seriamente os inregula o setor desde 1998. Inevitavelmente iremos, em algum momento fazer”, eis o lema que lá impera. O que foi publicado na primeira página do Boletim 609 (10.09.07) teresses dos associados. em breve, ter de incorporar progressivamente (ou não) estes planos, Florianópolis BOLETIM M APUFSC Comparativo entre Agemed e Unimed Ronaldo Salum Estando para se decidir se optamos por permanecer com plano de saúde ou se optamos por mais outro, a pedido da direção da Apufsc, pesquisamos um plano novo oferecido pela Agemed, que aqui já esteve várias vezes conversando tanto com a Presidência, advogado, vários colegas, e até com chamada em boletim, publicamos estudo nosso, disponibilizando dados de minha família, para que possam fazer o mesmo e orientando como elaborar cálculo próprio e poder decidir quando chegada a hora. Mesmo não participando de Diretoria, teremos muito prazer em auxiliar quem deseje nos cálculos, sendo que a decisão será de cada um. Como entender o que irá ler: São quadros comparativos das tabelas das duas operadoras de saúde, Unimed e Agemed, sendo a primeira uma Cooperativa Médica e a segunda uma Empresa com suporte Empresarial. (veja quadros abaixo e na página 6). Creio que assim poderemos tomar uma decisão certa e sem atropelos. Professor Aposentado continua>> Colegas: não é possível comprometer com bravatas e zerar todo o sério esforço que fizemos. Tivemos reuniões quase semanais com a Unimed por mais de seis meses. Visitamos a GEAP. Fomos conversar com a reitoria sobre o patrocínio de plano de saúde. Foi criado o Observatório da Saúde. Nos anos anteriores, compramos a totalidade do déficit. Este ano, a Unimed aceitou arcar com mais de 200 mil reais do mesmo. Desmontamos a bomba relógio colocada. Abrimos espaço para a discussão da AGEMED e para a quebra do monopólio da Unimed. Enfim, procuramos construir opções. Se mais não foi feito, foi por causa da paralisia da diretoria da Apufsc. O resultado não é formidável, mas está muito acima do razoável. Podemos fazer mais. Discussões, críticas e sugestões são bem vindas, mas não estou disposto a ser desrespeitado e chamado de desonesto. Estes dialogarão com meu advogado. Presidente da Apufsc 21 de setembro de 2007 6 COMPARATIVO ENTRE AGEMED E UNIMED (continuação) Quadro 1 da Agemed (na página anterior)– onde por faixa etária dá valores de atendimento básico. Se necessitar de apartamento privativo, deve aumentar em 20% na tabela. Para o Titular, cujo valor básico é de R$ 180,00 se desejar apartamento privativo, deve multiplicar por 20% e terá o valor de R$ 216,00. Quadro 2 – Nos permitimos colocar nosso nome e de nossa família para melhor exemplificar. Nesse quadro está o que paguei à Unimed até agosto, o que irei pagar com 19% de aumento, e no fim estudo comparativo da Agemed (sempre nacional) básica e em apartamento privativo nacional. Quadro 3 (na página 7)– mostra estudo enviado pela Unimed com proposta de Uniflex em três patamares: nacional, estadual e regional. Nos quadros 3.1, 3.2 e 3.3, elaboramos com nossa família, dados entre os quadros 3.1 3.2 e 3.3, e Agemed (Nacional em apartamento privativo) No quadro 3.4, fizemos uma simulação onde nós, titular e esposa, ficamos no plano nacional da Unimed, os filhos no Estadual da Unimed e os netos no Regional da Unimed, comparando com a Agemed Nacional apartamento privativo. Colocamos o que a Agemed oferece (a Unimed já sabemos e suas limitações). Florianópolis BOLETIM APUFSC 21 de setembro de 2007 O MATERIAL DAS PÁGINAS 7 E 8 DESTE BOLETIM EXTRA FOI PUBLICADO A PEDIDO DA UNIMED 7 Florianópolis BOLETIM APUFSC 21 de setembro de 2007 8 Florianópolis BOLETIM APUFSC 21 de setembro de 2007