XI I C ON G R ES SO D E E D U C AÇ Ã O DO NORT E PI O N EI RO
Educar para a Sensibilidade:
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ANÁLISE SOBRE A INDISCIPLINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL, ENFOCANDO A
AUSÊNCIA DOS PAIS NA DETERMINAÇÃO DE LIMITES NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Fabiana Stella Silva (PG-CCHE-UENP/CJ)
Resumo: Os distúrbios disciplinares estão sendo grandes problemas pedagógicos e morais,
causando grande preocupação aos educadores, inclusive nas instituições de Educação Infantil.
Há uma maior busca de imposições de limites razoáveis de convivência social dentro e fora das
escolas. Objetiva-se analisar a indisciplina na Educação Infantil, revelando as causas principais
da ausência de limites aos filhos. Diante desse propósito foram levantados os seguintes
questionamentos: Será que os comportamentos inadequados na educação infantil vêm
trazendo muitos reflexos da permissividade na educação fornecida no ambiente familiar? Os
comportamentos tidos como inadequados por crianças de 0 a 5 anos se tratam de sintomas de
perturbações afetivas? Assim, que atitudes o educador deverá tomar diante de infantes
indisciplinados? Por fim, esta comunicação fundamenta-se na hipótese de que muitos
desequilíbrios emocionais das crianças têm como origem o contexto desestruturado das
famílias que, geralmente, apresentam dificuldade em lidar com limites.
Palavras-chave: Distúrbios disciplinares. Educação infantil. Limites. Ambiente familiar.
A indisciplina na Educação Infantil tem sido um fato muito preocupante para muitos
professores. De modo geral, as crianças que chegam às instituições de ensino apresentam
dificuldades para aceitar regras, muitas vezes tendo comportamentos de violência.
O processo social na criança é essencialmente importante durante seu convívio em
uma creche e pré-escola, mas perante este processo deve-se saber que ela antes de ser um
ser social é um ser individual que lida com frustrações, medo, conflitos e vitórias, que
necessita especialmente de adultos que lhe dê estruturas.
A convivência familiar hoje é um pouco diferente dos dias anteriores, muitos pais
trabalham fora, ausentando-se a maior parte do tempo da vida de seus filhos, cujos muitas
vezes ficam com babás, nas creches ou até mesmo com um irmão maior; e quando nos
momentos que podem ficar com seus filhos não estão sabendo lidar com situações frustrantes,
ou não conseguem decifrar através de um olhar de seus filhos a saudade que sentem de seus
pais para brincar, assistir uma TV, contar uma história, e até mesmo uma horinha para contar
a seus pais como foi o dia na escola.
Alguns pais de hoje também tem expectativas diferentes para educar seus filhos,
procurando não repreendê-los como estes foram no passado, às vezes perdidos para dizer na
hora certa um “não” ou um “sim”, buscam dar tudo a seus filhos, a felicidade sem barreiras.
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Mas a felicidade para os filhos tem conceitos muitas vezes diferentes, traduz um
ideograma sobre felicidade Tiba (2003, p.5), na página de abertura de seu livro Quem ama,
educa:
Os pais podem dar alegria e satisfação para um filho, mas não há como lhe dar
a felicidade. Os pais podem aliviar sofrimentos enchendo-o de presentes, mas
não há como lhe comprar felicidade. Os pais podem ser muito bem-sucedidos e
felizes, mas não há como lhe emprestar felicidade. Mas os pais podem aos
filhos; dar muito amor, carinho, respeito, ensinar tolerância, solidariedade e
cidadania, exigir reciprocidade, disciplina e religiosidade, reforçar a ética e a
preservação da Terra. Pois é de tudo isso que se compõe a auto-estima que
repousa a alma, e é nesta paz que reside a felicidade.
Sabe-se também que os pais com seus exemplos valem mais que simples palavras
que os filhos possam ouvir de professores e psicólogos. Os professores de pré-escolas estão
detectando crianças com comportamentos inadequados, mas são poucas as informações de
prevenções para determinado assunto.
As crianças de 0 a 5 anos apresentam diversos comportamentos: adequados e
inadequados a
cada faixa etária, pois cada uma delas
tem suas limitações. Para a criança
colher em sua vida amor e sucesso são importantes oferecer a ela uma educação pautada com
limites desde à primeira infância.
A presente pesquisa teve por objetivo abordar o estudo dentro da fase do
desenvolvimento do ser humano as crianças que fazem parte do contexto da
educação
infantil, uma proposta de reflexão sobre falta de determinação de limites na educação informal
que recebem no ambiente familiar.
O tema foi escolhido pela pesquisadora em função da preocupação que se tem em
relação às crianças que estão tendo carência do amor dos pais e o que isto pode estar
acarretando em suas personalidades. Por significar uma maneira de saber de maneira eficiente
como lidar com as mesmas quando refletem isto na sala de aula, se faz necessário estudar
sobre as causas da indisciplina. Por ser algo que intriga esta pesquisadora a cada segundo que
a mesma buscava sobre o assunto, a cada debate que ocorre junto aos colegas profissionais
sobre as dificuldades corpo em relação à indisciplina. O assunto envolvem de tal maneira que
estudá-lo será a melhor maneira de compreender o seu aluno nos seus aspectos físicos e
emocionais.
Direcionado ao campo profissional, a educação hoje exige cada vez mais o
conhecimento cientifico aliado à prática, que nesse caso pode converter-se em compreensão,
diálogo, reflexão e para o alfabetizador entrelaçar o amor e conhecimento em sua práxis.
Muitas vezes, ou na maioria delas faz-se julgamentos precipitados sobre “crianças
indisciplinadas”, não se levando em consideração a realidade, o entendimento do que se
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passa. Como profissionais da educação e pais, tem-se o dever de estar a par do assunto, visto
a parcela de colaboração de que se tem na formação social e psicológica da criança.
Justifica-se, portanto, a escolha do tema em razão de que muito se ouve dizer sobre
crianças sem limites e pouco se sabe sobre suas implicações.
Através do estudo de várias bibliografias, a pesquisadora pôde estar em contato com
justificativas que desmistificam e esclarecem o desenvolvimento.
Este artigo se fundamenta na hipótese que muitos desequilíbrios emocionais das
crianças têm como origem o contexto desestruturado das famílias, que atualmente de modo
geral apresentam dificuldade em lidar com limites.
Para a realização da pesquisa científica cuja tema é “Análise sobre a indisciplina na
Educação Infantil, sob o enfoque da ausência dos pais na determinação de limites na educação
dos filhos”, a pesquisadora levantou questões a respeito da Indisciplina na Educação Infantil.
Entre elas podem-se citar:
Será que os comportamentos inadequados na educação infantil vêm trazendo muitos
reflexos da permissividade na educação fornecidos no ambiente familiar?
Os professores precisam muitas vezes, tomar atitudes incoerentes quando recebem
filhos desequilibrados na pré-escola?
Os comportamentos tidos como inadequados pertinentes apresentados por crianças de
0 a 5 anos podem dizer que são sintomas de perturbações afetivas?
As conseqüências da falta de limite na criança podem causar danos na personalidade?
Este artigo pretendeu pesquisar sobre indisciplina na Educação Infantil analisando as
causas principais da ausência de limites aos filhos. E, em especifico:
Refletir se há possibilidades de trabalhar a questão de indisciplina na Educação
Infantil;
Analisar o papel do professor perante o aluno indisciplinado;
Identificar características de uma criança considerada indisciplinada;
Verificar se a falta de limites na educação de crianças de 0 a 6 anos podem causar
danos no comportamento social , psicológico e emocional;
Estudar os comportamentos dos pais de crianças de 0 a 6 anos na educação de seus
filhos;
E, enfim, propor soluções alternativas a prática da disciplina para os professores e
pais.Pressupõe-se que muitos dos comportamentos inadequados, tidos como indisciplina na
sala de aula é porque existe um grande número de crianças que estão vindo de suas casas
para a escola sem base de limites que deveriam ser impostos pelos pais.
Acerca da metodologia, é oportuno mencionar que os pais de modo geral, tendo
exceções, estão dando menos carinho e atenção a seus filhos, muitas vezes recompensando
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estas carências substituídos por recompensa material, deixando-os cada vez mais defasados
de amor, causando a eles danos em suas personalidades, que só se dão conta deste prejuízo
que causaram quando seus filhos como aluno de uma instituição escolar reflete em sala de
aula comportamentos preocupantes.
Nota-se, portanto uma dificuldades dos professores que atuam na educação infantil,
dificuldade em trabalhar com estes tipos de alunos e algumas vezes estão se decepcionando
com os pais, quando estes não estão oferecendo a educação formal a seus filhos como
deveriam.
O projeto desenvolver-se-á de acordo com uma metodologia que privilegiará, em um
primeiro momento, o estudo e a análise dos textos fundamentais da Educação e, sobretudo os
comportamentais para buscar sustentar a tese aqui defendida.
No transcurso da pesquisa, entretanto, é presumível que outras metodologias e textos
críticos e literários demonstrem-se pertinentes e necessários à conclusão deste trabalho.
Partindo-se do pressuposto da ausência de limites pode-se exemplificar da seguinte
situação uma jovem de dezessete anos relata que a mãe nunca havia imposto horário para
chegar em casa e faz um argumento: dizendo que sentia de imposições de regras por parte da
mãe, pois vê as mães de suas colegas colocando horários para voltar para casa nos finais de
semana, que às vezes achava que a mãe não ligava muito para ela e até mesmo que não a
amava.
As experiências de docentes na educação infantil com crianças de três a cinco anos,
declaram que trabalhar limites com alguns alunos, e bastante observável a resistência dos pais
em aceitar argumentações que as professoras lhes fazem em relação a seus filhos, isso
acarreta uma grande preocupação com o futuro desses alunos, que a cada dia que passa a
dificuldade de impor limites, regras em sala de aula está mais difícil. Diante desta constatação,
percebe-se a necessidade de aprofundar a pesquisa norteada sobre tudo pelo aporte teórico
que versa sobre as diversas temáticas: limites, comportamentos, afetividade, educação
informal e formal.
A indisciplina nas salas de aula nas instituições de Educação Infantil vem causando
uma grande preocupação para os educadores mais especificamente nestes últimos anos. Os
distúrbios disciplinares estão sendo grandes problemas pedagógicos e morais da atualidade;
há uma maior busca de imposições de limites razoáveis de convivência social dentro e fora das
instituições escolares.
A palavra indisciplina no dicionário de língua portuguesa, deixa bem definida por
FERREIRA (1993, p.302) “um ato contrário a disciplina”, no caso de indisciplina escolar:
desrespeito às regras estabelecidas pelas pessoas que compõem a instituição escolar:
professores, diretores, colegas, funcionários e outros.
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Às vezes essa indisciplina causada pelos alunos pode ser um protesto em relação à
autoridade; pois posturas autoritárias geram tensões e resistência dos alunos; também a
postura de liberdade pode ser interpretada por estes alunos como permissividade; ambas
posturas possuem grande tendência de transferir aos alunos oportunidade para desrespeitar
regras. Estes tipos de posturas fazem com que reforçam individualismo e os estados de
anomia moral, levando o sujeito envolvido há ter dificuldade de respeitar regras da sociedade.
A escola é para a criança seu segundo espaço a ser conquistado, ela deve ter em seu
cotidiano isto, onde ela desenvolverá sua sociabilização, refletira sua afetividade através de
seus atos, e assim começa a ter conquistado um terceiro espaço, ser amigo de seus
coleguinhas; aprendendo regras sociais e a imitar os comportamento dos adultos. Neste
período pais e professores devem estar atentos aos comportamentos das crianças. A
construção de sua auto-imagem, como está se saindo perante os outros: através de jogos e
brincadeiras.
Pode-se observar que por meio de comportamentos problemáticos afetivos refletem
como: uma extrema timidez, fobia, agressividade. Pais e professores devem estar juntos,
conversando, chegando em um bom senso, com muita paz e cautela, levando sempre em
conta o comportamento, não diagnosticando que este seja anormal.
Exemplificando descreve MACHADO (2002, p. 30):
A criança que vive num ambiente tenso e estimulante de agressividade,
provalvemente será uma criança agressiva. Neste caso a agressividade é uma
característica normal para este tipo de ambiente. Já as crianças que vivem num
ambiente onde há passividade, submissão e cortesia impostas por
regulamentos, a agressividade poderá ser considerada como uma conduta
problemática.
Deste modo, a criança que tem um exemplo e o copia tende-se a ter um
comportamento considerado normal, já a que não teve a influencia do meio e adquiriu um
comportamento com condutas inadequadas, tidas como problemáticas, pode-se dizer que está
apresentando um comportamento anormal.
Como referência a pais e educadores, MIELNID (1982, p. 24) montou um quadro
demonstrativo baseando-se nos trabalhos de Senn e Solnit, analisando as situações em
relação as diferentes comportamentos infantis:
Comportamento adequado
•
Satisfação com os
Problemático
•
Má
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coordenação
Tendente a anormal
•
Extrema
agitação
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exercícios
de
neuro- motora.
habilidade
•
motora (pular, comer, recortar, etc).
•
persistentes
Investigação,
Atos
fala
memória;
•
Timidez
Autonomia
nas
•
•
Medos
•
Dificuldades
e
•
no
•
Identificação
•
do
Volta
ou
Não
reage
a
•
Fixação materna.
•
Doenças
vômitos,
prisão
de
ventre, diarréias, erupções, tiques.
•
Irritabilidade,
choro, crises temperamentais.
materna e medo de separação.
fala
terror pessoas, não se relaciona com elas.
corporal, desmame, etc.
Dependência
Pouca
•
funções corporais (comer, controle comer, dormir, eliminação, higiene somáticas;
dos esfíncteres).
(torpor
com nenhuma; não é comunicativa.
noturno.
pensamento original e animístico.
Letargia
(gagueira, ou sonolência).
pessoas e experiências.
Boa
•
•
moderados
pelo raciocínio.
•
•
Dificuldades
na
perda de palavras).
imitação e uso da imaginação.
•
ou então passividade.
Introversão
profunda (autismo).
parcial
•
a
Enurese
noturna
comportamento com os pais, irmãos modismos infantis (regressão ou (urina excessivamente na cama).
infantilização).
e amigos.
•
•
Comunicação
•
•
Consciência
incipiente dos próprios motivos.
•
intensos
Impossibilidade
agradar).
Falta de interesse
•
sobre
a
rituais,
maneirismos, excentricidades.
•
Ambivalência
dependência
Comportamento
obsessivo-compulsivo:
destrutivo
à
ou
excesso de atividade auto-erótica
Curiosidade sexual
•
(regressão
Ausência
•
mais ampla.
referente
infantil
(masturbação).
realidade (começa a testá-la).
•
as
grave).
Padrões
Dúvidas
Comportamento
•
interiorizados de “bom” e “mau”.
•
•
Crise de perdas totalmente
na companhia de outras crianças.
•
Medo excessivo de
•
(vergonha, de fôlego.
culpa, alegria, amor e desejo de
•
controle
de tudo.
estranhos.
Sentimentos
emocionais
Medo
Não
fezes.
de deixar a mãe sem sentir pânico.
através da fala.
•
Comportamento
compulsivo
(queimar,
rasgar, cortar).
e
independência,
•
Perguntas
sobre
nascimento e morte.
MIELNICK (1982:24) In: MACHADO (2002:34)
Observa-se no cotidiano do trabalho que as instituições escolares estão reformulando
seus projetos pedagógicos, que existem para elaborações de metas de acordo com a realidade
escolar local, sendo democrático tendo à participação ativa de diretores, coordenadores, corpo
docentes, funcionários, pais e comunidade local, observando as questões centrais
que
evolvem ensino e aprendizagem. Ao serem alcançadas essas metas dentro da instituição
escolar possibilitando uma democratização dentro do sistema escolar, permitindo uma maior
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abertura para moldar personalidades morais autônomas e críticas, oferecendo aos alunos
conteúdos que envolvam o cotidiano destes, trabalhando de forma indisciplinar e transversal;
transformando estes conteúdos em instrumentos para a construção de personalidades mais
autônomas e críticas, podendo fazer com que haja uma menor tendência em haver indisciplina
na sala de aula.
Diagnóstico aponta para a insuficiência ainda que haja reformulações
nos projetos
nas instituições escolares, observa-se uma enorme inquietação dos alunos ainda em sala de
aula, necessitando estes
de se libertar do egocentrismo, da submissão cega e o respeito
unilateral para com os mais velhos. Já podendo ser visto estes tipos de comportamentos na
educação infantil; crianças que não estão obedecendo a seu professores a simples regras
como: arrumar seus brinquedos após terem brincado.
Pensando no que foi exposto sobre estrutura social, familiar; percebe-se que as
famílias vão se formando à medida que os filhos aparecem, sem planejamento financeiro e
emocional. Segundo Szymanshi (2002), família pode ser definida como uma associação de
pessoas que escolhem conviver por rações afetivas e assume um compromisso de cuidado
mútuo com todos os membros que a compõem.
Petzold (1996) vai além ao relacionar quatro grupos de fatores que podem influenciar
a caracterização da família, levantando catorze variáveis, combinando essas variáveis teremos
todas as possibilidades de arranjos descritas por esse autor, obtendo centro e noventa e seis
arranjos de famílias, isso significa uma quantidade muito alta.
Percebe-se que a criança traz de casa uma grande bagagem afetiva e cognitiva para a
escola, muitas vezes bem equilibrada, mas outra muito desestruturada. Permite-se observar
dentro de uma sala de aula comportamentos inadequados e perturbadores, apresentando
sintomas tidos como problemáticos, como: desobediência, a inveja e o ciúme, a birra e o
choro, a inquietação infantil, a agressividade com diferentes fatores; todos esses sintomas
surgidos por demonstrações de perturbações afetivas. Exigindo da postura do adulto, mediante
estes tipos de comportamento infantil, discernimento de saber o que é permanente e
circunstancial, entender e saber como lidar com os mesmos.
O ambiente familiar e escolar requer atenção quanto à postura dos pais e professores
que, objetivando uma boa disciplina, deve manifestar-se com paciência, diálogo, credibilidade,
coerência, onde os limites trarão à criança segurança na construção de sua personalidade;
dando espaço para que cresça moldado a partir de limites esclarecido proporcionando-o um
adulto equilibrado.
Considerações finais
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Constatou-se que há vários caminhos a seguir para educar uma criança, mas são
poucos os que fornecem uma educação saudável, que dão a elas uma bagagem de amor,
carinho, compreensão, e que possa ter esse relacionamento não basta dizer “sim” a tudo que a
criança queira, mas persistir em um “não” que provenha de uma situação que a criança pode
futuramente se tornar um marginal ou um doente psicossomático.
Mas, atualmente as relações entre escola e família têm-se sofrido transformações;
onde antigamente se havia uma cumplicidade. Hoje se percebe uma divergência na atribuição
de papéis, os quais eram responsabilidades das famílias. Vê-se que pais exigem algo da escola
e esquece-se que são os pioneiros da educação fornecida a seus filhos.
Confirma-se através desta pesquisa que muitas das dificuldades enfrentadas na sala
de aula da Educação Infantil, como: birra, agressividade, isolamento, e outros; podem ser
freqüentemente heranças de relacionamentos desestruturados no lar, onde muitas vezes há a
presença de pais que com medo da repreensão que tiveram de seus pais, oscilam
comportamentos que determinariam limites para os filhos.
Os pais são fundamentalmente importantíssimos na vida de seus filhos, eles detêm o
poder de: dar vidas biológicas, de cuidar, de amar, de destruí-los com simples exemplos e
palavras.
Observa-se que não é fácil educar para felicidade, mas possível tentar achar caminhos
que ajudem a demonstrar aos filhos e alunos que amamos e que um “não” nem sempre é uma
punição e sim uma prevenção.
As crianças de 0 a 5 anos são como peças de porcelana: uma vez quebradas
dificilmente encontrará todos os pedaços
para reformá-la, e quando reformada carregará
rachaduras pelo resto de sua vida; deve-se ver ela como um todo, um ser que vinda da fábrica
com alguma rachadura dificilmente o lojista conseguirá deixá-la perfeita.
O professor da Educação Infantil sempre será visto para familiares e alunos como
segundo pais, mesmo sendo errôneo este conceito, sendo que este tem uma linda função hoje
em alguns casos: ajustar algumas peças de porcelanas que vem rachada de fábricas às vezes
mal estruturadas, ou com funcionários inseguros ao moldá-las.
Atualmente é complexo detectar a indisciplina na Educação Infantil, por fim não difícil
saber se o aluno está tendo comportamentos inadequados, onde se vinculam diversos fatores
contribuintes.
Tratou-se de uma satisfação realizar esta pesquisa, onde se abriu um grande leque de
informações sobre a importância de determinar limites as crianças desde de seus primeiros
meses de vida e venho afirmar a importância do trabalho da educadora da Educação Infantil,
sua contribuição da construção do “eu” das crianças.
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Referências
FERREIRA. Dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.577p.
MACHADO, Patrícia Brum. Comportamento Infantil: estabelecendo limites. Porto Alegre:
Mediação, 2002. 80p. (Cadernos de Educação Infantil; n.10).
PETZOLD, M. The psychological definition of “the family” (p.25-44) nlM Cusinato (Org)
Research on family: resources and needs across the world. Milão: LED Edicioni
Universitarie, 1996.
SZYMANSK, H. Viver em família como experiência de cuidado mútuo: desafios de um mundo
em mudança. Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo, 71, ano XXII, p. 09-25, 2002.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996. 240p.
Para citar este artigo:
SILVA, Fabiana Stella. Análise sobre a indisciplina na educação infantil, enfocando a
ausência dos pais na determinação de limites na educação dos filhos. In: XII
CONGRESSO DE EDUCAÇÃO DO NORTE PIONEIRO Jacarezinho. 2012. Anais. ..UENP –
Universidade Estadual do Norte do Paraná – Centro de Ciências Humanas e da Educação e
Centro de Letras Comunicação e Artes. Jacarezinho, 2012. ISSN – 18083579. p. 195 – 203.
203
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