DISCUTINDO SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES GRÁVIDAS DO BAIRRO TERRENOS NOVOS ARAÚJO, Alan Marcio Brito SILVA, Fernanda Lima RESUMO Na adolescência, a gestação é quase sempre uma desagradável surpresa, onde a vergonha e o temor ocasionam a negação e ocultação da mesma, de maneira que a adolescente grávida não receba uma assistência de saúde adequada. A gravidez exige adaptações anatômicas, funcionais e emocionais do organismo materno. Com o envolvimento destes três planos iremos atingir a sexualidade. Dispomo-nos a pesquisar aspectos relacionados à vivência da sexualidade, conduta sexual e a relação desta com o estado de gravidez das adolescentes. Desenvolvemos um estudo do tipo pesquisa-ação com abordagem qualitativa, desenvolvido na Unidade Básica de Saúde da Família - UBSF do bairro Terrenos Novos em Sobral - CE. O mesmo foi implementado em dois encontros. O primeiro foi realizado no dia 18/junho, onde realizamos um debate e expomos nossos objetivos. O segundo encontro foi realizado no dia 2/julho/2004, onde promovemos uma oficina e aplicamos um questionário para a coleta de dados. Os resultados foram apresentados e analisados em forma de tabela e gráficos e, de forma descritiva, apresentamos os perfis colhidos e, em seguida, discutimos cada aspecto. É importante salientar que utilizamos um termo de consentimento e atribuímos nomes fictícios às adolescentes, respeitando seu anonimato. Revelamos a relação entre abandono escolar e gravidez não planejada bem como a falta de conhecimentos do tema sexualidade, antes da primeira relação sexual e atualmente na condição de gestante, potencializando os riscos de complicações no período gestacional e neonatal. Palavras-chave: Sexualidade; adolescência e gravidez. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version ABSTRACT In adolescence the gestation often is a disagreeable surprise because shame and dread cause the occultation, doing with the adolescents don't have a adequate assistance of health. The gestation to ask for adaptation anatomical, function and emotional of the organism maternal. With the involvement of this three plan obviously to go bed to arrive at the sexuality. We made a research about aspects connected with the sexual life and conduct and the relation with the condition of pregnancy in adolescents. We develop a study of type search-conduct with qualifying abordage, developped in UBSF of Terrenos Novos suburb in Sobral-CE. It was implemented in two meetings. The first was achieved in June eighteenth, there was a debate and we expose our objectives. The second was achieved in July second; we promote a workshop and apply a questionnaire for collect of informations. The results went presented and examined in descriptive form in other words presented in each aspect. It's important to point out that we utilize a term of consent and gave fictitious names for the adolescents, respecting their anonymity. We ravel the relation between school evasion and no planed pregnant, and the sexuality before knowledge about sexuality before of first sexual relation and nowadays, in the condition of the pregnant, enlarging the dangers of complications in gestation period. Words-keys: Sexuality; adolescence e pregnancy. 1 INTRODUÇÃO O exercício da sexualidade se processa por meio de possibilidades e se realiza dentro de um marco cultural delimitado por preconceitos e rituais. Dessa maneira, as trajetórias de vida são marcadas por exigências quanto à performance e às afirmações sobre o eu no mundo, caracterizando-se, entre outras dimensões da sexualidade, por tênues fronteiras entre a intimidade, formas de ser, padrões sócio-culturais e por ditames da sociedade de consumo (GIDDENS, 1992 apud CASTRO; ABRAMOVAY; SILVA, 2004). A iniciação sexual é portanto um forte rito na vida dos indivíduos e de coletividades, pois é normatizada de acordo com parâmetros sobre a juventude, ciclo privilegiado na simbologia de consumo, mitificada por meio da valorização do corpo e da saúde perfeita (Viana 1992 apud Castro; Abramovay; Silva, 2004), o que representa o controle sutil dos corpos e da sexualidade. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version O processo de se sentir indivíduo, dono de suas decisões surge então do agenciamento das emoções, da sensibilidade que diferentes falas, discursos e práticas despertam, compondo assim a idéia de unicidade e subjetividade (Duarte, 1999; Neubern, 1999; Rey, 1997 apud Castro; Abramovay; Silva, 2004). Em uma dinâmica de relação consigo e com os outros a sexualidade se vai processando, colaborando para demarcar fases, trajetórias individuais e formas de ser e estar no mundo. Para Castro; Abramovay; Silva (2004) em se tratando de jovens, a iniciação sexual, é socialmente percebida como um rito de passagem, cujos contornos ainda não estão claramente definidos. Mas os adolescentes jovens ao se iniciarem na sexualidade, passam a ser considerados, pelo menos nesse aspecto, como adultos. O jovem vive a ambigüidade de ser então sexualmente adulto e em situações de dependência nas dimensões econômicas e familiares, entre outras. A respeito do conceito de adolescência, este não pode ser resumido em poucas palavras, dado a sua amplitude. Então, torna-se necessário, inicialmente, tomarmos o conceito aceito pela Organização Mundial de Saúde – OMS (2001) que considera a adolescência como uma transição entre a infância e a vida adulta, que se caracteriza por várias transformações e que se estende dos 10 aos 19 anos. Tem início como ponto de referência à menarca nas meninas e a primeira ejaculação nos meninos. Na adolescência, o corpo cresce, a mente se desenvolve, o ambiente se modifica, surgem novas manifestações sexuais e a qualidade das sensações afetivas e sexuais se transforma. Tudo isto provoca no adolescente uma série de crises que vão tendo que ser superadas, uma por uma, com maior ou menor dificuldade, sem que seja afetado o desenvolvimento humano (COSTA, 1998). É difícil considerar que para a maioria dos jovens essa seja uma etapa de transição e não de momentos de definições ou de envolvimento em situações socialmente determinadas. O ter filhos pode então assumir, para muitos, expressão de poder, de virilidade, uma compensação por outras faltas e exclusões (CASTRO; ABRAMOVAY; SILVA, 2004). Para Cavalcante, et al (2000), dessa forma, na adolescência, a gestação é quase sempre uma desagradável surpresa, onde a vergonha e o temor ocasionam a negação e ocultação da gravidez, de maneira que a adolescente grávida não receba uma assistência de saúde adequada nesse período (...) (BRASIL, 2000). Em um estudo realizado na UNIFESP quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera conseqüências tardias e em longo prazo são geradas, tanto para a adolescente Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado (...) (VITALLE; AMÂNCIO, 2004). É sabido que a gravidez exige adaptações anatômicas, funcionais e emocionais do organismo materno. A sexualidade envolvendo estes três planos obviamente é atingida, advindo daí mudanças que mostram diversas gradações, desde as leves e temporárias até as mais radicais e permanentes. Assim os padrões de sexualidade anteriormente estabelecidos são usualmente alterados, levando a constrangimentos e preocupações ao casal e o médico, como regra, nem sempre está preparado para informar, esclarecer e orientar adequadamente as dúvidas e indagações (TEDESCO, 1999). O mesmo autor comenta que contribuem para essa alteração de comportamento a fadiga, o desconforto físico e a preocupação sobre os prejuízos para o feto. Os fatores limitadores são as adaptações gravídicas mamárias e genitais, a auto-imagem negativa, a desinformação do casal e da equipe de saúde atendente, o risco gravídico elevado e os componentes emocionais próprios da gravidez. Todos estes fatores se refletem em sentimento único:a insegurança, presente em todos os períodos gestatórios. Por outro lado, o obstetra ou a equipe atendente não tem formação, tempo e, muitas vezes, paciência para ouvir, discutir e orientar. A insegurança mais uma vez se instala, prejudicando o saudável desempenho da sexualidade. Os adolescentes possuem, verdadeiramente, características, necessidades e problemas próprios, que os diferenciam das crianças, dos jovens e adultos. Portanto, nessa fase, a educação sexual deve ser iniciada tendo como objetivos preparar o adolescente para as mudanças que ocorrerão do ponto de vista físico, fisiológico, emocional ou psicológico e social. O programa educativo deve ultrapassar o conhecimento, englobando atitudes, sentimentos e idéias relativos à sexualidade, além disso, o educador deve, mais do que nunca, conquistar a confiança do educando (BRASIL, 2000). A família, principalmente na figura dos pais, deveria discutir e orientar seus filhos com relação às dúvidas, angústias, tabus e preconceitos, tão freqüentes nessa etapa da vida. A maioria dos adolescentes coloca que seus pais têm dificuldades de discutir esses temas em casa. (Brasil, 2000). Em relação à conversa com os pais, segundo a literatura, faltaria diálogo mais íntimo sobre temas relacionados à vida sexual (...). Para muitos jovens o diálogo com os pais sobre sexualidade não se dá de forma fácil, em particular pelo receio dos jovens sobre os ajuizamentos dos adultos quanto suas lógicas sobre trânsitos entre o afetivo e o sexual Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version (CASTRO; ABRAMOVAY; SILVA, 2004). Se já é difícil conversar sobre a vivência da sexualidade enquanto adolescente, o que dirá na condição de grávida. A socialização dos jovens no campo da sexualidade se dá, principalmente, entre os pares, quando as conversas sobre o tema têm lugar privilegiado, seja porque conversar com os amigos é mais agradável ou mais fácil, seja porque o diálogo com os pais é dificultado por fronteiras de geração. A etiologia para este fato social reside em parte, na indiferença da sociedade quando esta procura ignorar a sexualidade da adolescente, e como essas jovens têm suas manifestações sexuais negadas, influenciadas e reprimidas, na maioria das vezes, com uma educação sexual inadequada, suas ações, às vezes, têm repercussões negativas, como o aumento das doenças sexualmente transmissíveis e até mesmo o aborto (COSTA, 1998). Todos esses problemas que gravitam em torno da gravidez mal planejada, adquirem gravidade proporcional à carência financeira e educacional apresentados pela população. Em outras palavras, pode-se afirmar que o crescente número de gravidez é um mecanismo de feed back: quanto maior a pobreza material e cultural apresentados por adolescentes de uma determinada área, maior a falta de educação e informação. Essas conclusões sobre a relação entre pobreza e o aumento de gravidez precoce podemos obter ao analisarmos as condições de vida de populações que habitam a periferia de inúmeras cidades em nosso país. No contexto de conseqüências psicossocias, ocorrem complicações que impedem o desenvolvimento natural da personalidade e identidade da adolescente, deixando-lhe seqüelas profundas em seu desenvolvimento social. Segundo Angermeier (1993), para que o adolescente possa superar as crises sentimentais e existenciais próprias da adolescência, é importante que este alcance uma independência emocional em relação aos pais ou outros adultos. Aqui, a tomada de decisões pessoais é essencial. Para muitos adolescentes trata-se também de atingir a dependência financeira, o que contribui antes de tudo para a independência emocional. Para as adolescentes grávidas, seu desenvolvimento social acaba sofrendo bruscas interrupções com o inicio da gestação. A jovem que fazia do exercício da sexualidade o símbolo de sua liberdade, agora se encontra presa às atribuições geradas pela maternidade, tornando-se ainda mais dependente de seus pais, não apenas financeiramente, mas também emocionalmente e mesmo moralmente, submetendo-se a dividir a maternidade de seu filho com estes. Essa nova realidade vivenciada pela futura mãe adolescente a obriga a recusar uma vida de sonhos ou pelo menos a ajustar sues projetos de vida em função das exigências desta situação inesperada (BRASIL, 2000). Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version A principal intenção deste trabalho é intervir sobre uma das problemáticas, que no momento, julgamos merecer atenção especial: o crescente aumento de gravidez na adolescência, representando quase sempre uma questão conflituosa para o adolescente e sua família, podendo trazer alterações dramáticas para sua vida. Em espectro mais amplo, representa ainda, um importante problema de saúde pública, pois como foi mostrado estatisticamente aumenta a incidência de mulheres grávidas menores de 20 anos. É importante salientar também que a prática do aborto, evasão escolar, repressão familiar, estigmatização social e tentativa de suicídio relacionado à gravidez são situações enfrentadas por muitas adolescentes. Essas importantes constatações foram descobertas em uma pesquisa implementada no período de agosto a novembro de 2003, sobre as principais dificuldades enfrentadas pelas adolescentes grávidas realizada pelos autores deste atual trabalho. Com a mesma pesquisa percebeu-se a falta de preparo em discutir sobre sexualidade no âmbito familiar, que também não é suprida pelo sistema educacional, pois este não dispõe de profissionais capacitados ou mesmo habilitados para trabalhar temas relacionados à sexualidade de maneira mais aprofundada. Com base nesse pressuposto julgamos essencial uma parceria entre profissionais da área da saúde e estudantes com interesse em trabalhar educação em saúde. Como acadêmicos de Enfermagem, somos conscientes da importância, para nossa formação humana, a presença em campo convivendo com a comunidade. Diante da inquietação por qualidade de vida, escolhemos um dos bairros com maior incidência dessa realidade, que inclusive, é um dos maiores bairros de Sobral, que tem população quase ou abaixo da linha de pobreza, intervindo através da conversa informal, atendendo-as em suas necessidades e contribuindo para que estas alcancem um melhor bem-estar físico e psicossocial. 2 OBJETIVO • Pesquisar aspectos relacionados à vivência da sexualidade, conduta sexual e a relação desta com a gravidez das adolescentes. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 3 METODOLOGIA 3.1 TIPO DE ESTUDO Desenvolvemos um estudo do tipo pesquisa-ação, com abordagem qualitativa. 3.2 LOCAL DO ESTUDO Realizamos o estudo na Unidade Básica de Saúde da Família do bairro Terrenos Novos em Sobral - CE, localizada na zona Norte do estado do Ceará, durante o mês de junho e julho de 2004. 3.3 SUJEITOS DO ESTUDO Participaram 08 (oito) adolescentes grávidas domiciliadas no bairro Terrenos Novos, assistidas no Pré-Natal na Unidade Básica de Saúde. 3.4 COLETA DE DADOS Utilizamos o método de oficina para coletar informações. Nesses encontros desenvolvemos dinâmicas de grupo (APÊNDICE C) e rodas de conversa. Foi utilizado um questionário (APÊNDICE A) contendo questões de identificação e perguntas objetivas e subjetivas acerca de informações referentes ao exercício da sexualidade por adolescentes grávidas. Para complementação da investigação, lançamos mão da observação direta que, de acordo com Marconi e Lakatos (1990: 79), “é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. As referidas autoras enfatizam que a observação não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar”. Utilizamos a observação simples, por ser aquela em que o pesquisador permanece alheio ao grupo ou à situação que pretende estudar. 3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version Os resultados foram efetivados a partir da categorização dos depoimentos, bem como tabela e gráficos e em seguida teceremos alguns comentários. 3.6 ASPECTOS LEGAIS E ÉTICOS Pensamos que o pesquisador, ao inserir-se em pesquisas que envolvem seres humanos, deve proceder de acordo com os cuidados definidos pela Resolução 196/ 96 do conselho Nacional de Saúde, que por sua vez regulamenta a necessidade de utilização do consentimento livre e esclarecido dos sujeitos (APÊNDICE B), obedecendo aos princípios da autonomia, beneficência, não-maleficência, justiça e equidade. É importante ressaltar que, pensando no anonimato das participantes, atribuiremos nomes fictícios, nomes de brincadeiras de criança, às agentes do estudo. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 PERFIL DAS ADOLESCENTES GRÁVIDAS No estudo realizado com adolescentes grávidas acompanhadas pelos profissionais de saúde do Programa de Saúde da Família de um bairro da cidade de Sobral- CE, procuramos conhecer a idade, o estado civil, a escolaridade, bem como a ocupação de cada uma, considerando que estes quesitos mantêm relação com o exercício da sexualidade. Para tanto, aplicamos um formulário, cujos dados coletados são expostos a seguir: Características apresentadas por 8 adolescentes grávidas do bairro Terrenos Novos, junho, 2004 TOTAL Nº IDADE (em anos) 15 2 16 1 17 2 18 2 19 1 ESTADO CIVIL Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version SOLTEIRA 2 CASADA 0 UNIÃO ESTÁVEL 6 NÍVEL DE ESCOLARIDADE ENSINO FUNDAMENTAL I 2 ENSINO FUNDAMENTAL II 5 ENSINO MÉDIO 1 OCUPAÇÃO Cuidam exclusivamente de sua casa 7 Dona de casa e estudante 1 Fonte: Os próprios autores. No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). São vários os motivos apontados para a alta incidência de gravidez entre adolescentes. Os principais são a iniciação sexual cada vez mais cedo, muitas vezes fruto da empolgação ou do momento; dificuldade de acesso aos meios anticonceptivos; desagregação familiar; falsas expectativas e falta de informação. A gravidez precoce representa sérios riscos para a saúde de uma adolescente. Por esta razão, com o corpo ainda em formação, ela pode enfrentar complicações, assim como o bebê. Um dos problemas mais comuns nesse tipo de gravidez é a anemia, que faz com que a gestante fique mais vulnerável a infecções e pré-eclâmpsia. Existem ainda os fatores psicológicos e sociais envolvidos (Lamare, 2004). Na faixa dos 14 anos a mulher ainda não tem uma estrutura óssea e muscular adequada para o parto e isso significa uma alta probabilidade de risco para ela e para o feto. O resultado mais comum em uma gestação precoce é o nascimento de um bebê com peso abaixo do normal, o que exige cuidados médicos especiais de acompanhamento do recém-nascido. Para Tedesco (1999) a gravidez, para algumas adolescentes, representa a confirmação da identidade sexual e é sentida como a expressão máxima da feminilidade. Com isso, elevase a auto-estima e, nessas mulheres, o instinto maternal está suficientemente desenvolvido para ultrapassar as dificuldades emocionais da gravidez. Assim, a mulher consegue adquirir o exercício da sexualidade ao estado gestatório. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version Em relação ao estado civil e a gravidez; a situação de estar casada para engravidar não é um fator determinante, visto que 6 mantêm união estável. Para Vitalle e Amâncio (2004) na puberdade, o despertar sexual entre os adolescentes os impulsiona, pela força de seus instintos juntamente com a necessidade de provar a si mesmo sua virilidade e sua independente determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto, a contrariar com facilidade as normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos familiares. Isso gera preocupação para os pais, pois, quando discute sobre a iniciação sexual dos jovens, Castro; Abramovay e Silva (2004), em seu livro Juventudes e Sexualidade coloca que, os depoimentos de muitos pais, em um estudo realizado no mesmo ano em escolas, evidenciase que persistem preconceitos e discriminações para com as mulheres que iniciam as suas práticas sexuais, independentemente dos vínculos de casamento ou mesmo de relações afetivas estáveis. Estas reações estão ausentes quando se trata da iniciação sexual dos rapazes. O adolescente é, muitas vezes, imediatista, sem muita visão de futuro, não costuma traçar metas em longo prazo. Pensa em satisfazer suas necessidades do momento, sem avaliar conseqüências que podem ser negativas e incorrer em mudança de planos. Não pensa sobre isso, justamente por não traçar muitos planos. A sexualidade, no universo escolar, é tópico polêmico, considerando a multiplicidade de visões, crenças valores dos diversos atores, assim como os tabus e interditos que social e historicamente cercam temas que lhe são relacionados. Deve-se insistir na capacitação dos profissionais das áreas de saúde e educação, para que se sintam preparados a estabelecer uma comunicação interpessoal baseada na comunicação horizontal da escuta e de respeito aos valores e atitudes dos jovens. É necessário, também, garantir o acesso às informações de todos os métodos contraceptivos, para que os adolescentes possam conhecer, discutir, escolher, enfim, negociar o melhor método para ambos. A educação sexual nas escolas é, portanto, fundamental para que os jovens possam falar sobre sua sexualidade, sem preconceitos, superando os tabus. Além disso, a escola é um espaço propício para o autoconhecimento e a descoberta de outras formas de relacionamento afetivo que não as relações sexuais. A maioria das adolescentes não trabalha tanto por causa da idade, que impede que essas consigam um emprego, como também devido às mudanças fisiológicas e anatômicas, que limitam algumas atividades. A dependência financeira dos pais e/ou do parceiro também condiciona esse fato. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version De acordo com Oliveira (1999) se considerarmos trabalho como característica capaz de transformar permanentemente o meio ambiente e a si mesmo, percebe-se que a divisão de trabalho e dos poderes sociais e políticos vividos por homens e mulheres, ao longo do desenvolvimento das sociedades, dentro e fora da casa, foram e são invenções culturais. E de maneira recorrente e variada, as formas de divisão social do trabalho excluem e discriminam a mulher, tendo por base seus atributos biológicos, como os relacionados ao ciclo vital: menstruação, gestação, parto e puerpério, amamentação, climatério e menopausa, que estabelecem uma divisão sexual. 4.2 O QUE É SEXUALIDADE E QUANDO SE MANIFESTA? A capacidade de aprender para desenvolver potencialidades está relacionada aos seres humanos. Dessa forma, trabalhar questões relacionadas com a sexualidade é fundamental para que o indivíduo passe a gostar e a cuidar do próprio corpo, respeitando-o tanto no aspecto físico como psicológico. Segundo Tedesco (1999) a sexualidade é recheada de mitos e crendices e de elementos culturais arquetípicos. Na vida de relação da grávida manifestam-se, por exemplo, pelos relatos e comentários de outras mulheres sobre os fatos da sexualidade na gravidez, quase sempre fatos com conotações negativas, concluindo-se ao final que: “na gravidez é assim mesmo...”. Por isso, a gravidez é tomada por grande parcela de casais como não sendo período próprio para o exercício da sexualidade (...) (TEDESCO, 1999). O exercício da sexualidade na gravidez baseou-se sempre em crenças e mitos que orientaram as civilizações através dos tempos. A gravidez exige adaptações anatômicas, funcionais e emocionais do organismo materno. A sexualidade envolvendo estes três planos obviamente é atingida, advindo daí mudanças que mostram diversas gradações, desde as leves até as mais radicais e permanentes (TEDESCO, 1999). As idéias mais importantes que surgiram no decorrer das respostas dadas pelos sujeitos e a atenção durante a observação transformaram-se em uma soma de argumentações para o nosso estudo . cumpre-nos enfatizar que os depoimentos dados durante as entrevistas, muitas vezes, desviaram-se da realidade, a qual nos foi apresentada. Ao abordamos o quesito: O que é sexualidade e quando se inicia, obtivemos as seguintes respostas; “Pra mim é quando procuramos alguém certo e que realmente podemos nos envolver, na maioria dos casos adolescentes de 13 anos já tem relação sexual.” (Amarelinha, 19 anos) Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version “Sexualidade pra mim é duas pessoas que se sentem atraída uma pela a outra se ama e se respeita na adolescência.” (Esconde-esconde, 18 anos) “Sexualidade pra mim é uma coisa muito importante para os adolescentes, e geralmente se inicia entre 14 e 15 anos na adolescência.” (Pula corda, 15 anos) “Sexualidade é quando a pessoa tem relação com um home.” (Pega-pega, 17 anos) “Na sexualidade é importante para todos mulher mais jovem menina 12 anos porque é um crianças.” (Bolinha de gude, 17 anos) 4.3 A CONVERSA SOBRE SEXUALIDADE Com o parceiro 1 2 Com a mãe 4 1 Com os colegas na escola Vê alguma coisa nas novelas Figura 1 – Com quem costuma conversar sobre o assunto: Sexualidade Metade das 08 (oito) adolescentes respondeu que conversa com seu parceiro; apenas 1 delas ainda conversa com sua mãe sobre o assunto e o restante adquire informações de colegas e através da mídia em geral. Os adolescentes procuram satisfazer suas curiosidades de diversas maneiras. Buscam informações na mídia, com os pais, com os colegas, com alguns professores, enfim, a sexualidade como uma construção social sobre as relações tem um lugar privilegiado na socialização dos jovens, ou seja, há uma preponderância do papel dos amigos, da família, do parceiro ou mesmo de grupos. A dificuldade de diálogo com os pais se deve a diferenças geracionais. O nível de conhecimentos sobre temas correlatos à sexualidade pode ser empecilho ao diálogo entre pais Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version e filhos. Ainda que a maioria afirme que têm conhecimentos, mais de um terço não têm informações. Os meios de comunicação como, por exemplo, a TV, o rádio e revistas, aparecem como uma fonte de provocação para a conversa da família sobre sexo. A mídia tem interferência, tanto positiva quanto negativa na educação dos jovens. Se por um lado evidencia-se que os programas e novelas motivam a conversa sobre sexo de forma mais descontraída entre pais e folhos; por outro, são observadas fortes reações de preconceitos (CASTRO; ABRAMOVAY; SILVA, 2004). Para o mesmo autor, reconhecer a sexualidade como construção social assemelha-se a dizer que as práticas e desejos são também construídos culturalmente, dependendo da diversidade de povos, concepções de mundo e costumes existentes; mesmo quando integrados a um só país, como ocorre no Brasil. Isso envolve a necessidade de questionamento de idéias majoritariamente presentes na mídia, em condutas idealizadas, que são “naturalizadas”, e, assim, generalizadas para todos os grupos sociais, independentemente de suas origens e localizações. 4.4 O SENTIR-SE ATRAENTE, SENSUAL 4 4 SIM NÃO Figura 2 - O sentir-se atraente, sensual na condição de grávida Quando questionamos sobre sua imagem corporal durante a gestação, 04 afirmaram se sentirem atraentes; contrariando 04 que não se acham sensuais nesse momento. É sabido que a aquisição de uma imagem corporal positiva é fundamental. Esta irá fortalecer, na adolescente, especialmente grávida, o sentido de atratividade, de aceitação social, capacidade de dar e receber afeto, a maneira como percebe a si mesmo e ao outro sexo e, principalmente, aptidão, para estabelecer e manter vínculos amorosos. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version No entanto, Tedesco (1999) explica que a auto-imagem negativa é comum na grávida. O aumento volumétrico das mamas e do abdome, o ganho de peso exagerado, o edema, a dificuldade crescente de movimentação, a mancha anserina, agravados por aparecimento de manchas e estrias na pele e de varizes, provocam, por vezes, efeito antierótico. A percepção modificada de si mesma e do próprio corpo, o não se sentir como objeto de desejo (às vezes explicitado), o desconhecimento do que acontece física e emocionalmente, canalizam para a insegurança. Compromete-se assim o desempenho sexual. 4.5 PARCEIRO OU PARCEIROS? Na inquietude de enfatizar sobre saúde reprodutiva, perguntamos com quantas pessoas tinham mantido relação sexual até o momento atual. Apenas 1 delas afirmou ter se relacionado com 2 pessoas, as demais se relacionam com uma única pessoa, o pai de sua criança. É o que evidencia a tabela a seguir: Quantidade de pessoas com quem as adolescentes grávidas do bairro Terrenos Novos já transaram até o momento; Sobral, junho, 2004. TOTAL Nº SOMENTE UMA 7 COM MAIS DE UMA 1 COM MAIS DE CINCO 0 COM MAIS DE DEZ 0 Fonte: Os próprios autores. É interessante que compreendamos a definição de saúde reprodutiva, , considerando os aspectos funcionais biológicos, delimitados ao período reprodutivo de diferentes dimensões em homens e mulheres, a Organização Mundial de Saúde – OMS (1999) coloca que ela começa com o crescimento e desenvolvimento sexual que se manifesta na puberdade, prossegue durante toda a vida do homem e termina com a menopausa na mulher. Sobre a saúde reprodutiva influem a fecundidade e as decisões relacionadas com a atividade sexual, a gravidez e a anticoncepção. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 4.6 COMPORTAMENTO SEXUAL A freqüência das relações sexuais das adolescentes grávidas do bairro Terrenos Novos; Sobral, junho, 2004. TOTAL Nº Todos os dias 2 Quase todo dia 3 Pelo menos uma vez por semana 2 Pelo menos uma vez por mês 0 Às vezes, passam mais de meses sem 1 relação Fonte: Os próprios autores. A respeito do comportamento sexual, indagamos sobre a freqüência das relações sexuais durante o período gestacional. Esses resultados não difere muito daquilo que é apontado por muitos autores acerca da freqüência das relações; Tedesco (1999), por exemplo, em seu livro A Grávida afirma que é fato aceito que a maioria das mulheres continua a atividade sexual durante a gravidez, porém com padrão diferente em relação às não-grávidas. Assim, há acordo em que a freqüência coital diminui no primeiro trimestre, mantém-se praticamente no mesmo nível durante o segundo e diminui mais no terceiro. No entanto, pouco mais da metade das grávidas mantém relacionamento sexual duas a três vezes por semana até o início do terceiro trimestre, e mais da metade abstém-se três a seis semanas antes do parto. A causa determinante da diminuição (ou abstenção) sexual é a perda da libido. Técnicas sexuais não-coitais, como a masturbação, por exemplo, são também referidas por alguns autores, fazendo parte da atividade sexual de algumas grávidas e seus parceiros. 4.7 IMPRESSÃO DOS FAMILIARES SOBRE A GRAVIDEZ Temos percebido que, muitas vezes, quando uma menina engravida, depois do choque inicial sua família acaba por acolher a filha e, futuramente, o bebê. Entretanto, depois da criança ter nascido, inicia-se um processo de cobrança e de controle. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version A impressão da família das adolescentes sobre seu estado gravídico; Sobral, julho, 2004 REAÇÃO QUANDO DA DESCOBERTA TOTAL DA GRAVIDEZ Nº Com naturalidade 5 Com preconceito 1 Com repúdio 2 Fonte: Os próprios autores. Temos percebido que, muitas vezes, quando uma menina engravida, depois do choque inicial sua família acaba por acolher a filha e, futuramente, o bebê. Entretanto, depois da criança já ter nascido, inicia-se um processo de cobrança e de controle sobre a adolescente. O contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam a essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência (Vitalle; Amâncio, 2004). Esse fato é notório em famílias que residem em periferias, onde geralmente moram em verdadeiros “cubículos”, o que facilita a proximidade e intimidade entre as pessoas, principalmente ao que se relaciona com o comportamento sexual dessas. É importante ajudá-los a assumirem juntos e publicamente a gravidez e a estarem cientes da importância dos cuidados que essa situação exige: pré-natal adequado, alimentação de qualidade, trocas afetivas, informações sobre o parto e possibilidades de contracepção no futuro. 5 CONCLUSÃO Revelamos a relação entre evasão escolar e gravidez não planejada, tendo em vista que as adolescentes não estão na escola, isto é, abandonaram sues estudos, tanto por sua condição de grávida como também por condições financeiras, considerando que todo o tempo agora será reservado à criança que está por vir. A preocupação dessas meninas é com que materiais, como receberão essa criança. Querem conseguir trabalho, pois aquelas que não dependem de seus parceiros, dependem de sua família. A falta de conhecimentos sobre sexualidade ficou evidenciada nas respostas subjetivas, o que pode afetar em seu comportamento sexual e mesmo nos cuidados com o Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version corpo, tendo em vista que, possivelmente, desconhecem seu próprio corpo. É preciso discutir sobre esse assunto. Poucas conversam com seus pais sobre sexualidade, o que alimentam os tabus e crendices que permeiam o exercício da sexualidade, assim como os tabus e interditos que social e historicamente cercam temas que lhe são relacionados, principalmente na condição de gravidez. Aquelas que conversam com seus parceiros podem receber informações errôneas, tendo em vista que esses são adolescentes e iniciam sua vida sexual precocemente, talvez cheio de dúvidas sobre a vivência saudável da sexualidade, bem como a distância dos riscos que deve ocorrer. A socialização entre os jovens no campo da sexualidade se dá principalmente entre os pares, quando as conversas sobre o tema têm lugar privilegiado, seja porque conversar com os amigos é mais agradável ou mais fácil, seja porque o diálogo com os pais é dificultado por fronteiras de geração. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANGEIRMEIER, W. F. Psicologia para o dia-a-dia. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes. 1992. 327 p. ARRUDA, S.; CAVASIN, S. Gravidez na Adolescência: Um Outro Enfoque. Disponível em: < http:// www. intelecto. net/ cidadania/ gravidez. htm>. Acesso em 31 de maio de 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do Multiplicador: Adolescente. Brasília, 1997. 160 p. BUENO, G. M. Dicas - Instituto POLIS IDÉIAS PARA AÇÃO MUNICIPAL. Gravidez na Adolescência N.191, 2001. COSTA, M. V. Problemas enfrentados por adolescentes frente à gravidez. 1998 55 f. Monografia (Especialização). Curso de Enfermagem. Universidade Estadual Vale do Acaraú. Sobral - CE. 1998. CASTRO, M. G.; ABRAMOVAY, M.; SILVA, L. B. da. Juventudes e Sexualidade. Brasília: UNESCO. 2004. 428 p. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version LAMARE, T. Gravidez na Adolescência. São Paulo, 2004. Disponível em: <http:/ / www. mulher. com. br / template. aspcanal= saude&id_mater= 2003>. Acesso em: 31 de maio de 2004. MARINHO, P. apud MARCONI, M. A. ; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982. Ministério da Saúde. ABEN – Projeto Acolher: Um Encontro com o Adolescente Brasileiro. Brasil. Distrito Federal. 2000. 195 p. OLIVEIRA, E. M. As filigranas do Ocultamento. In: _________. A mulher, a Sexualidade e o Trabalho. 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If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version APÊNDICE A UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE-CCS TRABALHANDO DILEMAS E PERSPECTIVAS DAS ADOLESCENTES GRÁVIDAS DO BAIRRO TERRENOS NOVOS 2º Momento – Sexualidade na Adolescência IDENTIFICAÇÃO Iniciais: | | | | | | Estado civil: ___________________ Escolaridade: ___________ Idade: | | Ocupação: ________________________________. SEXUALIDADE 1. Na sua opinião, o que é sexualidade e quando inicia? ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2. Você já conversou com alguém sobre sexualidade? Com quem ou aonde? 3. Você, na sua condição de grávida, se sente atraente, sensual? ( )Sim ( )Não 4. Na sua infância, você lembra de ter vivenciado algumas brincadeiras eróticas ou envolvimentos eróticos com alguém? ( )Sim ( )Não Se a resposta for Sim, então responda a pergunta seguinte, podendo marcar mais de uma alternativa. As pessoas com as quais você tinha envolvimentos eram: a. ( ) Com colegas ou amigos de mesma idade que a sua b. ( ) Com primos, parentes de mesma idade c. ( ) Com parentes mais velhos c. ( ) Com pessoas mais velhas e sem nenhum parentesco Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 5. De modo geral, com quantas pessoas você já transou até o momento atual? Marque uma opção. a. ( ) Somente uma c. ( ) Com mais de cinco b. ( ) Com mais de três d. ( ) Com mais de dez 6. Com quantas pessoas você já teve um relacionamento mais sério e duradouro? 7. Com que freqüência, depois de grávida, você tem relações sexuais? Marque um X na alternativa que melhor expressar sua resposta. a. ( ) Todos os dias d. ( ) Pelo menos uma vez por mês b. ( ) Quase todo dia e. ( ) Às vezes, passa mais de meses sem relação c. ( ) Pelo menos uma vez por semana A FAMÍLIA – O QUE PENSAM 9. Sua família trata o assunto gravidez... a. ( ) Com naturalidade, transparência e aceitação b. ( ) Com preconceito e repúdio c. ( ) Evita falar sobre o assunto APÊNDICE B TERMO DE CONSENTIMENTO Solicitamos sua colaboração no sentido de participar do presente estudo. Esse tem como objetivo de promover uma reflexão acerca da vivência da sexualidade por adolescentes grávidas. Não detenhamos de nenhum cargo administrativo neste município, sendo que este tomará conhecimento dos resultados quando forem publicados no relatório final, no qual está assegurado o anonimato dos componentes da pesquisa (amostra). Os resultados deste trabalho são estritamente confidentes e em nenhum caso acessíveis a outras pessoas. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version Pelo presente consentimento, declaro que fui informada de forma clara e detalhada sobre o objetivo e a justificativa do estudo que participarei e, dos benefícios desse projeto. Fui igualmente informada: • Da garantia de requerer resposta a qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos e benefícios e outros assuntos relacionados ao estudo; • Da liberdade de retirar meu consentimento, a qualquer momento, e deixar de participar do estudo, sem que isso traga prejuízos a mim; • Da segurança de que não serei identificada e que se manterá o caráter confidencial das informações relacionadas à minha privacidade; • Do compromisso de proporcionar informação atualizada obtida durante o estudo, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando. Os pesquisadores acadêmicos responsáveis por este trabalho, Alan Márcio de Brito e Fernanda Lima, estudantes do Curso de Enfermagem da universidade Estadual Vale do Acaraú, tendo sido este documento revisado e aprovado. Assinatura da participante: __________________________________________ Assinatura dos acadêmicos: __________________________________________ APÊNDICE C PLANO DE AÇÃO DA OFICINA 1º ENCONTRO - 18/ 06 /2004 Objetivo Geral – Interação e Socialização do Grupo. 14:00 Hs – Acolhimento e Apresentação do Grupo Dinâmica: A rede _ Objetivo: Integrar o grupo de adolescentes entre si e em relação ao treinamento. Refletir sobre informação, integração e comunicação. Insumo: Sala ampla, rolo de cordão ou barbante. Tempo: 30 minutos. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version Pontos para discussão: Qual a importância da rede e o que a forma da rede simboliza para o grupo. 14:30 Hs – Debate sobre: Quem sou eu e como me sinto Explanação acerca dos objetivos do trabalho e implementação da Terapia Comunitária pela agente comunitária de saúde _ Objetivo: Incentivar os jovens a refletirem sobre sua auto-estima e auxiliar as adolescentes a tomarem consciência da imagem que ela tem do seu próprio corpo. Insumo: Sala ampla, música lenta de relaxamento e espelho. Tempo: 90 minutos. Pontos para discussão: A forma como nos sentimos em relação ao nosso corpo é influenciado pelo que as pessoas do outro sexo acham interessante ou atraente? 16:30 Hs – Lanche e encerramento. 2º ENCONTRO - 02/ 07 /2004 Objetivo Geral – Interação e Socialização do Grupo. 14:00 Hs – Acolhimento e Apresentação do Grupo Dinâmica: Cosme e Damião _ Objetivo: Integrar o grupo de adolescentes entre si e auxiliar os adolescentes a identficar seus valores de vida e a refletir sobre os mesmos. Insumo: Sala ampla, música, bombons de chocolate e folhas de papel com mensagens positivas relacionadas à Adolescência, Sexualidade e Gestação ou barbante. Tempo: 30 minutos. Pontos para discussão: Que valores aparecem mais? Que tipos de valores são? Por que eles não estão na mesma escala de prioridade? Durante a nossa vida, esses valores se modificam? Por quê? 14:30 Hs – Debate sobre a Sexualidade da Adolescente Grávida Dinâmica: Expressando a Sexualidade _ Objetivo: Discutir com as adolescentes as manifestações da sexualidade. Insumo: Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas e jornais atuais, tesouras e cola. Tempo: 30 minutos. Pontos para discussão: Por que as pessoas confundem sexualidade com sexo? De que maneiras a sexualidade pode ser expressa? Que sentimentos podem estar envolvidos na Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version expressão da sexualidade? O que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia? 15:00 Hs – Discussão e Apresentação dos trabalhos. 16:00 Hs – Lanche e encerramento. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version