07/10/2014 - Nº 171 SEGURANÇA E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO TÊM QUE SER PARA TODOS Nesta semana está acorrendo mais uma SIPAT Integrada no Polo Petroquímico, onde devemos fazer, mais profundamente, uma reflexão sobre a real condição de segurança e saúde ocupacional que os trabalhadores, principalmente os terceirizados, estão submetidos. Os trabalhadores terceirizados passam o ano todo escutando discurso de segurança, de prevenção, de que as empresas se preocupam com suas vidas, mas na prática, a realidade é bem outra. Durante o ano todo, o SINDICONSTRUPOLO se reúne dezenas de vezes e debate com as empresas sobre as condições inseguras de trabalho e de outras questões como a qualidade da alimentação, os riscos da área do Transbordo no Distrito dos Terceiros. As condições de acidente e risco a saúde continuam sem que as empresas mexam uma palha para resolver os graves problemas denunciados. Quando a situação fica muito crítica, que os trabalhadores estão a ponto de paralisar, elas tomam algumas medidas paliativas, para fazer de conta que estão resolvendo, mas como tudo é precário, em pouco tempo os problemas retornam, quando não pioram. E quando chega a SIPAT INTEGRADA, a participação dos trabalhadores terceiros se resume a uma singela participação nas palestras ou de poucos representantes das CIPAS e assim as empresas contratantes e contratadas podem dizer que os terceirizados também estavam lá CHEGA DE BLÁ, BLÁ, BLÁ! QUEREMOS AÇÕES CONCRETAS Os trabalhadores terceirizados estão cansados de discursos vazios. Querem ações concretas e soluções definitivas para os graves problemas que permanecem e que as empresas estão cansadas de conhecer. São soluções reivindicadas pelo Sindiconstrupolo em relação à Área do transbordo, ao refeitório, ao transporte, na segurança nas áreas industriais e nos canteiros do Distrito, no respeito ao trabalhador e no combate ao assédio moral. Neste informativo sindical, mais uma vez estamos cobrando soluções definitivas para segurança de todos. Queremos alertar as empresas que estamos cansados de reuniões e discursos improdutivos e queremos ações concretas e urgentes. Chega das empresas se preocuparem apenas com o lucro e com a produção. Está mais que na hora de olharem com respeito os trabalhadores terceirizados. Pois a produção também depende de nós! DISTRITO DOS TERCEIRIZADOS É incontável o número de vezes que o Sindiconstrupolo levou a situação da área de transbordo dos terceiros para as empresas, tanto as contratadas como a contratante Braskem. E, além de não resolver, elas conseguiram piorar o que já era ruim. O translado que antes ocorria principalmente na Portaria 2 da UNIB/Braskem tinha muitos riscos de acidentes, mas desde que transferido este embarque/desembarque dos trabalhadores para o Distrito de Terceiros, os problemas aumentaram. São a falta de segurança que continua, riscos de atropelamento, quedas, os alagamento da área nos dias de chuva, o risco de colisão com as manobras dos veículos, entre outras questões. A área do transbordo dos terceiros fica num local de “chão batido” que quando chove alaga, pois a drenagem é precária, ficando o barro e a lama e, quando está tempo seco, o problema é a poeira insuportável e insalubre. Além disso, há muitos desníveis e saibro, criando um ambiente propício para acidentes, escorregões e até atropelamentos, já que os veículos (ônibus, vans, micro ônibus e alguns veículos leves) têm que realizar manobras juntos com o deslocamento das pessoas, em um local sem demarcação, sinalizações, calçamento, passeio ou qualquer outra medida segura que possa minimizar os riscos. Além disso o local fica longe de tudo e os trabalhadores são obrigados a se deslocarem numa grande distância até as empresas na chuva ou no poeira, pois falta abrigos e piso adequado. 01 ALIMENTAÇÃO Quanto à alimentação, depois de dezenas de reclamações, reuniões e denúncias, houve alguma melhora na questão dos refeitórios. Mas como era de se esperar, não duraram muito tempo. Além disso, todo dia surgem novas surpresas desagradáveis. A mais recente é a falta de tampa na caixa d'água do refeitório. Já temos a diversidade de todos os produtos químicos que são emanados das plantas petroquímicas e que devemos tomar muito cuidado, além disso, a água utilizada, exatamente na limpeza dos utensílios de cozinha e na produção da alimentação, é oriunda de uma caixa d'água que pode estar contaminada. Quanto tempo não é inspecionada? Há quanto tempo está sem tampa? Como fica a nossa segurança alimentar? Não temos outra opção para nos alimentar, somente o refeitório do Distrito! SEGURANÇA TAMBÉM É PROBLEMA NOSSO PA! SEM TAM SULZER IMPÕE CONDIÇÕES PRECÁRIAS AOS TRABALHADORES Os trabalhadores da SULZER que estão indo trabalhar em São Paulo em uma parada de manutenção, estão sendo submetidos a condições precárias, sendo obrigados a ficar em um local com péssimas condições de trabalho. No local até nem os banheiros tem condições de uso. UMA VERGONHA! As questões envolvendo a segurança dizem respeito a todos os trabalhadores do Pólo, independente de serem terceirizados ou diretos. Neste sentido, todos os espaços e debates que discutem esta questão, como é para ocorrer na SIPAT, seja ela Integrada ou não, deveriam envolver sempre todos os trabalhadores terceiros, desde sua organização até sua realização. Não é admissível ter discriminação até no tratamento de segurança entre trabalhadores terceiros e diretos. Somente cobrar as tais "Regras de Ouro" e preenchimento infindáveis de documentos não é o que se espera como uma atitude concreta de segurança pelas empresas quer sejam as contratantes, quer sejam as contratadas. É preciso muito mais do que isso. NOSSA VIDA, NOSSA SAÚDE VALE MUITO! POIS "A VIDA É UMA SÓ"!!! PORTARIAS Diversas vezes já pedimos um abrigo para as portarias da PP2, PE5, PE4. Mas até o momento, apesar de conhecer as necessidades dos trabalhadores tercei-rizados, a Braskem não tem dado atenção a esta questão. Queremos portarias decentes para os trabalhadores terceirizados, com abrigo para os dias de chuva e que ofereça segurança. TRANSPORTE A situação do transporte é mais outro problema enfrentado pelos trabalhadores, são problemas ligados a itinerário, distâncias, tempos e condições dos ônibus que tem exigido constantes interferências do Sindicato. Atualmente está em debate entre as empresas contratadas e contratantes a forma de transportar os trabalhadores, só que elas não querem escutar e atender as necessidades dos passageiros, ou seja, dos trabalhadores, elas se preocupam apenas em buscar continuamente o lucro. Colocar mais empresas de transporte de passageiros não será a solução para realizar o deslocamento dos trabalhadores. Nós, sindicato e trabalhadores, acreditamos que é necessário rever itinerários, estabelecer rotas razoáveis de forma que os trabalhadores não levem até duas horas e meia entre a saída da empresa e a sua casa, passando por três ou quatro cidades. Isso é o que melhorará o transporte, e não colocando novas empresas de transporte, visando só o lucro e o menor custo. Esse problema é também uma responsabilidade das empresas petroquímicas Braskem, Innova, Lanxess, Oxiteno e Borealis, contratantes das empresas que trabalhamos. Queremos um transporte com a mesma qualidade e segurança que é disponibilizado aos trabalhadores diretos. Não podemos aceitar um retrocesso no transporte!