CAPÍTULO
20
Produto, Taxa
de Juros e Taxa
de Câmbio
Prepared by:
Fernando Quijano and Yvonn Quijano
© 2004 by Pearson Education
Macroeconomia, 3ª edição
Olivier Blanchard
Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Produto, Taxa de Juros e
Taxa de Câmbio
 O modelo desenvolvido neste capítulo é uma
extensão do modelo IS-LM para economias
abertas conhecido como modelo Mundell–
Fleming.
 As principais questões que tentamos resolver
são:
 O que determina a taxa de câmbio?
 Como os formuladores de política econômica
podem afetar a taxa de câmbio?
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Equilíbrio no Mercado de
Bens
20-1
 O equilíbrio no mercado de bens pode ser
descrito pelas seguintes equações:
Y = C(Y - T ) + I(Y ,r ) + G - εIM(Y , ε ) + X(Y * , ε )
(  , )
(  )
(  , )
(  , )
NX(Y ,Y * ,ε ) º - εIM(Y ,ε )
Y = C(Y - T ) + I(Y ,r ) + G + NX (Y ,Y * , ε )
(  , , )
(  )
(  , )
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Equilíbrio no Mercado de Bens

Neste capítulo fazemos duas simplificações:
 Ambos os níveis de preços interno e externo são
dados, então, as taxas de câmbio nominal e real
variam juntas:
P*
= 1Þ ε = E
P

Não há inflação, nem atual nem esperada.
πe = 0, so r = i
 Assim, a condição de equilíbrio se torna:
Y  C(Y  T )  I (Y , r )  G  NX (Y , Y * , E )
(  )
(  , , )
(  , )
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
20-2
O Equilíbrio nos Mercados
Financeiros
Títulos de Dívida Internos versus Externos
 Que combinação de títulos de dívida internos
e externos os investidores financeiros devem
escolher para maximizar o retorno esperado?
e
E
t 1  E t
*
it  i t 
Et
 A taxa de juros interna deve ser igual à taxa
de juros externa mais a taxa de depreciação
esperada da moeda nacional.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
O Equilíbrio nos Mercados
Financeiros
e
E
t 1  E t
*
it  i t 
Et
 Se a taxa de câmbio futura esperada for
dada, então:
e
E
E
*
ii 
E
 A taxa de câmbio atual é:
Ee
E
1 i  i*
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i  E 
i  E 
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
O Equilíbrio nos Mercados
Financeiros
 Um aumento na taxa de juros norteamericana, digamos, após uma contração
monetária, elevará a taxa de juros e a
demanda por títulos da dívida dos EUA. À
medida que os investidores trocam moeda
estrangeira por dólares, há uma apreciação do
dólar.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
O Equilíbrio nos Mercados Financeiros
 Quanto mais o dólar se aprecia hoje, mais os
investidores esperam que se desvalorize no
futuro.
 A apreciação inicial do dólar deve ser tal que a
depreciação futura esperada compense o
aumento na taxa de juros norte-americana.
Quando isso ocorre, a escolha entre títulos volta
a ser indiferente para os investidores e o
equilíbrio prevalece.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
O Equilíbrio nos Mercados
Financeiros
Relação entre a taxa de
juros e a taxa de câmbio
decorrente da paridade
de juros
Uma taxa de juros menor
leva a uma taxa de
câmbio mais elevada – a
uma depreciação da
moeda nacional. Uma
taxa de juros interna mais
alta leva a uma taxa de
câmbio mais baixa – a
uma apreciação da
moeda nacional.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
20-3
Reunindo os Mercados de
Bens e Financeiro
 O equilíbrio do mercado de bens implica que
o produto depende, entre outros fatores, das
taxas de juros e de câmbio:
Y  C(Y  T )  I (Y , i )  G  NX (Y , Y * , E )
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Reunindo os Mercados de Bens e
Financeiro
 A taxa de juros é determinada no mercado
financeiro por:
M
 YL(i )
P
 A condição de paridade de juros implica uma
relação negativa entre a taxa de juros interna e
a taxa de câmbio:
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Ee
E
1 i  i*
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i  E 
i  E 
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Reunindo os Mercados de Bens
e Financeiro
 As versões da relações IS e LM para uma
economia aberta são:
e


E
*
IS: Y  C(Y  T )  I (Y , i )  G  NX  Y , Y ,
*
1 i  i 

M
LM:
 YL(i )
P
 Variações na taxa de juros afetam a economia
diretamente, através do investimento, e
indiretamente, através da taxa de câmbio.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Reunindo os Mercados de Bens
e Financeiro
O modelo IS-LM na
economia aberta
O aumento do taxa de
juros reduz o produto
tanto direta como
indiretamente (através da
taxa de câmbio): a curva
IS tem inclinação
descendente. Dado o
estoque real de moeda, o
aumento da renda eleva
a taxa de juros: a curva
LM tem inclinação
ascendente.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
20-4
Efeitos das Políticas Fiscal e
Monetária na Economia Aberta
Efeitos do aumento
dos gastos do
governo
Um aumento dos
gastos do governo
leva ao aumento do
produto, da taxa de
juros e a uma
apreciação cambial.
Um aumento dos
gastos do governo
não afeta nem a curva
LM nem a curva de
paridade de juros.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Efeitos da Política Monetária nas
Economias Abertas
Efeitos da contração
monetária
A contração monetária
provoca a redução do
produto, o aumento da
taxa de juros e a
apreciação cambial.
A redução na oferta
de moeda não afeta
nem a curva IS nem a
curva de paridade de
juros.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Contração Monetária
e Expansão Fiscal
Tabela 20-1 Surgimento de grandes déficits
orçamentários nos EUA, 1980-1984
1980
1981
1982
1983
1984
Gastos
22,0
22,8
24,0
25,0
23,7
Receita
20,2
20,8
20,5
19,4
19,2
Impostos pessoa física
9,4
9,6
9,9
8,8
8,2
Impostos pessoa jurídica
2,6
2,3
1,6
1,6
2,0
 1,8
 2,0
 3,5
 5,6
 4,5
Superávit orçamentário
Os dados referem-se a anos fiscais, que têm início em outubro do ano civil
anterior. Todos os números estão expressos como porcentagem do PIB.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Contração Monetária
e Expansão Fiscal
 Economistas da oferta — grupo de
economistas que argumentavam que um
corte nas alíquotas dos impostos estimularia
a atividade econômica.
 O aumento do produto e a apreciação do
dólar no início da década de 1980 resultou no
aumento do déficit comercial. A combinação
do déficit comercial elevado com o alto déficit
orçamentário ficou conhecida como déficits
gêmeos da década de 1980.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Contração Monetária
e Expansão Fiscal
Tabela 20-2
Principais variáveis macroeconômicas dos EUA,
1980-1984
1980
1981
1982
1983
1984
 0,5
1,8
 2,2
3,9
6,2
7,1
7,6
9,7
9,6
7,5
Inflação (CPI) (%)
12,5
8,9
3,8
3,8
3,9
Taxa de juros nominal (%)
11,5
14,0
10,6
8,6
9,6
2,5
4,9
6,0
5,1
5,9
Crescimento do PIB (%)
Taxa de desemprego (%)
real (%)
Taxa de câmbio real
11
7
99
89
85
77
Superávit comercial
( = déficit) (% do PIB)
 0,5
 0,4
 0,6
 1,5
 2,7
Inflação: taxa de variação do IPC. A taxa de juros nominal é a taxa da T-bill de três meses.
A taxa real de juros é igual à taxa nominal menos a previsão de inflação da DRI, empresa
privada de previsões. A taxa real de câmbio é a taxa real multilateral dos EUA, normalizada
de modo que em 1973 = 100.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
20-5
Taxas de Câmbio Fixas
 Os bancos centrais atuam sobre a taxa de
cambio com base em metas, implícitas ou
explícitas, e usam a política monetária para
atingi-las.
 Alguns atrelam suas moedas ao dólar, a
outras moedas ou a uma cesta de moedas na
qual os pesos das diferentes moedas refletem
a composição de seu comércio exterior.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Taxas de Câmbio Fixas
 Alguns países operam com
minidesvalorizações cambiais (crawling
peg). O aumento do nível de preços interno
em relação ao nível de preços dos Estados
Unidos leva a uma apreciação da moeda que
pode tirar rapidamente a competitividade dos
bens do país. Para evitar tal efeito, esses
países escolhem uma taxa de depreciação
predeterminada em relação ao dólar.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Taxas de Câmbio Fixas
 O SME (Sistema Monetário Europeu)
determinou a variação das taxas de câmbio
na União Européia de 1978 a1998.
 Países-membro concordaram em manter
suas taxas de câmbio dentro de bandas de
variação, em torno de uma paridade central.
 Alguns países deram um passo adiante e
adotaram uma moeda comum, o euro,
adotando uma taxa de câmbio fixa.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Âncora Cambial e Controle Monetário
 A condição de paridade de juros é:
e
E
t 1  E t
*
it  i t 
Et
 Atrelando a taxa de câmbio, a relação de
paridade torna-se:
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EE
it  i t 
 i *t
E
*
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Âncora Cambial e Controle Monetário
 Se espera-se que a taxa de câmbio
permaneça inalterada, a taxa de juros interna
deve ser igual à taxa de juros externa.
 Aumentos na demanda interna por moeda
devem corresponder a aumentos na oferta
para que a taxa de juros se mantenha
constante, satisfazendo a seguinte condição:
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M
 YL(i )
P
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Política Fiscal sob
Taxas de Câmbio Fixas
Efeitos de uma
expansão fiscal sob
taxas de câmbio fixas
Sob taxas de câmbio
flexíveis, a expansão
fiscal eleva o produto
de YA para YB. Sob
taxas de câmbio fixas,
o produto aumenta de
YA para YC.
O Banco Central deve acomodar o crescimento resultante na
demanda por moeda.
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Capítulo 20: Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Termos-Chave





modelo Mundell–Fleming
economistas do lado da oferta
déficits gêmeos
âncora cambial
minidesvalorizações cambiais
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 Sistema Monetário Europeu
(SME)
 bandas
 paridade central
 euro
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